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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Antes de entrar no mercado financeiro, você não deve ter ilusões sobre esta vida, principalmente fundadas na riqueza enquanto sinal de salvação

1.1) Tempos atrás, quando olhava o mercado financeiro com olhos de outsider, aquilo me causava repulsa. Buscar a riqueza como um fim em si mesmo é uma ilusão, ainda mais se ela se funda na mais pura especulação, onde você põe o seu dinheiro numa empresa sem conhecer a realidade dela, sem amá-la do jeito como ela é. 

1.2) Se tiver de partir da minha experiência de jogador de videogame, do que realmente conheço, eu não poderia amar a Electronic Arts se não fosse pelos excelentes jogos que ela fez para o Mega Drive, no anos 90, ou pelos excelentes jogos de Fifa que já joguei, no final daquela mesma década. Eis a razão pela qual quero assumir o controle dessa empresa: não quero que ela se perca, pois comunistas se infiltraram nela e estão colocando ideologia nos jogos, a ponto de de quebrar a indústria dos jogos eletrônicos por dentro por meio de uma violenta crise de confiança, já que as artes eletrônicas estão sendo servidas com fins vazios, a ponto de perdermos a referência de Cristo como rosto humano de Deus e rosto divino do homem, o que nos torna de desumanos. Isso sem falar na ganância de seus diretores.

2.1) Quando me tornei católico, passei pelo mesmo deserto espiritual pelo qual os hebreus passaram antes que pudessem meter suas patas imundas pelo pecado na Terra Santa. Eles passaram por um verdadeiro processo de purificação. E foi por conta de ter passado por um processo de purificação semelhante que pude perfeitamente compreender a mensagem passada pelo professor Olavo de Carvalho: ocupar os espaços, sejam eles de partidos ou empresas. 

2.2) Como os partidos se destinam a algo mais elevado, que é a política, então o primeiro grau dessa ocupação deve se dar nas empresas. Você deve servir à comunidade naquilo que você tem de bom, antes de ser chamado a servir ao bem comum, enquanto autoridade que aperfeiçoa a liberdade de muitos.

3.1) Nas circunstâncias onde o Brasil se encontra, criar uma empresa nova é muito arriscado e perigoso. 

3.2) O risco de falir não se deve ao fato de você ser um gestor incompetente ou irresponsável, mas se deve ao fato de que vivemos num governo instável, ocupado por almas pérfidas que só sabem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de as ações das pessoas de servirem ao próximo de modo a terem dinheiro e realizarem seus sonhos de vida acabarem se voltando para o nada. E isso é odioso. 

3.3.1) É por esta razão que você deve trabalhar por conta própria de tal maneira que tenha capital suficiente para se investir em debêntures, na dívida de empresas capazes de resistir a essa tirania do status quo socialista. 

3.3.2) Quando você for capaz de exercer o controle dessa sociedade, você deve servir ordem de tal forma que a ordem dos cristos necessitados possa bem te servir, a ponto de verem você como um Cristo-príncipe, que deu a eles liberdade, ao dar a eles uma esmola na forma de um emprego.

4.1) Certos negócios, por conta de sua natureza estratégica, viabilizam outros negócios. E não conheço um negócio mais relevante à sociedade do que o sistema bancário.

4.2.1) O sistema bancário remonta aos templários - por isso, ele precisa voltar a ter as bases cristãs que ele já teve um dia. Você deve aproximar os poupadores dos cristos necessitados de investimento, pois eles estão precisando de capital de modo a estabelecerem uma atividade econômica organizada de modo a dar uma vida digna a outros cristos necessitados. 

4.2.2) O Cristo-príncipe, que aperfeiçoa a liberdade de muitos através da atividade bancária, deve ser parceiro desses cristos necessitados que querem ajudar outros cristos necessitados, como esse tomador de crédito que eu falei. Se o cristo-príncipe, na qualidade de banqueiro, participar do negócio de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos, gerando assim um investimento produtivo, então ele tem direito a juros sobre o capital investido e eles devem ser dados em razão da honra deve ser dada a Cristo, já que Ele é o caminho, a verdade e a verdade - a fonte da verdadeira riqueza. E como o poupador escolheu o Cristo-príncipe como seu representante junto aos cristo necessitados, então eles merecem os juros, pois são também sócios da autoridade que aperfeiçoou a liberdade de muitos.

4.2.3) É por esta razão que quero controlar um banco um dia: além de tirar as fontes de custeio da atividade revolucionária, quero implementar um novo tipo de atividade bancária, mais condizente com a realidade que é própria de uma sociedade católica como a nossa. Não é à toa que pretendo escrever um dia um livro chamado A ética católica e O espírito do distributivismo, em resposta ao famoso clássico de Max Weber. 

4.2.4) E como já falei num artigo anterior, o verdadeiro economista precisa ser necessariamente um mercador ou, ao menos, ter servido aos seus semelhantes, os cristos necessitados, naquilo que tem de bom, dando a eles o que é de pleno direito. E ao dar o que é de direito do cristo necessitado, o cristo-príncipe receberá o que lhe é de direito: os devidos ganhos sobre a incerteza, já que a vida é e sempre será pautada num vale de lágrimas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2021 (data da postagem original).

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