1)
Tempos atrás eu afirmei que nacionalidade é o vínculo que eu, como
parte do povo, tenho com o meu soberano, que foi feito Rei por parte do
Rei dos Reis.
2.1)
Como sou português nascido no Brasil, estou sob a proteção e autoridade
de um soberano que descenda de D. Afonso Henriques, já que ele é filho
de algo maior do que ele mesmo, herdeiro da missão de servir a Cristo em
terras distantes. É um enorme privilégio e uma enorme responsabilidade.
Atualmente, a coroa está nas mãos dos Braganças, que são regentes do
Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves enquanto D. Sebastião não
regressa - e tem sido assim desde 1640, quando Portugal foi restaurado.
2.2) Como diz o professor Loryel Rocha,
D. Sebastião é uma espécie de Rei Arthur - ele não morreu; ele deve
estar em algum lugar onde o tempo para ele não passa. Acredita-se que
sua viagem é de alguns dias, mas, no fundo, passou séculos. E esse
detalhe está documentado na Odisséia, de Homero.
2.3)
Isso é tão verdade que o sebastianismo está sempre presente em nossa
história. Nem mesmo a secessão do Brasil do Reino de Portugal apagou
isso.
2.4)
Houve gente como Euclides da Cunha, ou mesmo Nina Rodrigues, que tratou
disso como delírio coletivo, mas no fundo isso é nacionalidade, pois o
rei representa algo maior do que ele mesmo e nós servimos a ele nestas
terras distantes. Só apátridas descristianizados tratam isso como caso
de anomalia coletiva. Afinal, eles querem apagar o sebastianismo da
nossa história - isso é algo que essa falsificação da realidade jamais irá apagar de nosso ser.
3.1)
Desde 1889, 67 anos após a odiosa secessão fundada na mentira de que
fomos colônia de Portugal, somos obrigados a ter por soberano uma figura
nefasta chamada presidente da República, que pode ser qualquer zé mané
da esquina portador de uma faixa presidencial - e esta figura asquerosa
se acha Deus e fica no cargo por quatro anos, quando é trocada por outra
figura bem pior. E essa figura pior que substitui o antecessor pode ser
até mesmo um cachaceiro analfabeto de nove dedos ou mesmo uma marmota
búlgara que saúda mandiocas.
3.2) Como o Estado está desligado daquilo que foi fundado em Ourique, então este
vínculo da nacionalidade está voltado para o nada. O que restou,
portanto, foi tomar o Brasil como um lar em Cristo apesar da República -
e é por aqui que se começa o caminho longo da restauração daquilo que
foi fundado em Ourique.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 1º de julho de 2017 (data da postagem original).
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