1) Um pensador, quando pede a colaboração dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, pede financiamento para que ele possa comprar livros para seus estudos. Desses livros surgem artigos, que são entregues a seus patrocinadores, o que fomenta ainda mais financiamento para a atividade, dado que se trata de uma relação de confiança, de crédito e débito.
2) Quem colabora comigo é sempre meu credor. Por isso estou sempre escrevendo coisas edificantes de modo a fomentar boa consciência nos meus pares. E um escritor, quando faz atividade intelectual organizada, está em constante posição devedora, tal qual o empresário, quando serve com seus produtos à comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.
3) Cada artigo que escrevo são os juros que são devidos por força do financiamento que é dado à minha atividade intelectual organizada. Os juros não precisam necessariamente incidir sobre dinheiro - eles também incidem sobre coisa diversa de dinheiro. É isso que vemos na colaboração para a obra intelectual que faço, por exemplo. Eis um dos fundamentos da chamada capitalização moral.
4) Numa sociedade que preza o dinheiro mais do que a Deus, é muito comum a vedação à dação de pagamento, a dar coisa diversa de dinheiro, como um livro por exemplo. Afinal, o fundamento de um bom livro é livrar alguém da ignorância - e o conhecimento advindo da leitura pode render muito mais coisas do que os rendimentos arbitrados num contrato, por exemplo.
5) Quando falo de liberalismo (de ordem fundada na verdadeira liberdade pautada na verdade, que é Cristo), eu estou defendendo a livre negociação dos acordos, pautados no princípio da pessoalidade, já que A e B se conhecem e amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. E é por haver confiança que os acordos tendem a ser livres e até mesmo não escritos.
6) Um dos fundamentos para se tomar o país como um lar em Cristo é observar os pactos. E os pactos estão selados no sangue do cordeiro, que foi imolado para obtermos o perdão de nossos pecados.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 11 de julho de 2017 (data da postagem original).
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