1) Nas minhas relações com os americanos, eu geralmente costumo dar uma segunda chance a eles, quando falham comigo. E eles não costumam falhar.
2) Já em relação aos apátridas nascidos nesta terra, eu não costumo dar uma segunda chance, visto que são incapazes de pedir desculpas por suas falhas e são incapazes de reconhecer os erros que cometem. Afinal, onde o senso de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade se torna norma, as pessoas deixam de ser gente e se tornam verdadeiros monstros morais.
3.1.1) Tenho fama de não dar uma segunda chance quando falham comigo. Mas essa fama se dá justamente porque conheço o caráter geral dos apátridas nascidos nesta terra.
3.1.2) Afinal, o conservantismo, na sua forma insensata, não decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, pois os seus praticantes são tão prepotentes e dissimulados que se declaram de direita, nominalmente falando, quando na verdade são tão esquerdistas quanto os comunistas. Afinal, não fazem do seu "sim" um sim e do seu "não" um não - e como o colega Caio Bellote Delgado Marczuk bem falou, eles criticam o politicamente correto sendo politicamente corretos, o que reforça o relativismo moral.
3.2.1) Por conta do fato de conhecer bem a linguagem e o fenômeno do conservantismo, eu me recuso a fazer o que os outros fazem; ao dizerem que "brasileiro é mesquinho", eu me sinto incluído imerecidamente nesta declaração só porque eu nasci no Brasil. Eu não sou apátrida como os demais; a generalização que o mundo costumar usar em seus dizeres é injusta, pois há pessoas como eu - uma minoria, é verdade - que nasceram nesta terra e que fazem o Brasil ser tomado como um lar em Cristo e que se santificam através do trabalho e do estudo, não obstante a enorme quantidade de apátridas que há nesta terra que só sabem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.
3.3.1) Se soubessem dominar as nuances da linguagem, não usariam a palavra "liberal" ou "conservador" de maneira voltada para o nada, o que esvazia o significado dessas palavras, como diz o professor Loryel Rocha - o que faz com que as palavras acabem se dessacralizando por conta da luta ideológica, fazendo com que não descrevam mais uma realidade, um jeito de ser.
3.3.2) Os libertários-conservantistas (que se dizem "liberais-conservadores", de modo a mascarar o que são na verdade) riem da postura caricata de seus críticos e aproveitam que as críticas de seus oponentes se voltam para o nada para continuar relativizando a verdade e tudo o que decorre dela, uma vez que os tolos, por não dominarem a língua, tendem a jogar no mesmo balaio quem é honesto e quem não presta, o que é justamente o alvo pretendido.
3.3.3) Por isso, os libertários-conservantistas colaboram com a esquerda ao se mascararem de direita, justamente porque a maioria de seus críticos não domina as nuances da linguagem.
3.3.4) Trata-se um verdadeiro cavalo de tróia - e essa operação quase-militar só pode ser percebida somente por quem domina as nuances da língua de tal maneira a não generalizar as coisas, de modo a não jogar no mesmo balaio quem é honesto e quem não é, uma vez que o conservador liberal (o que conserva a dor de Cristo por ser livre em Cristo, já que Ele é a verdade e a liberdade) não é libertário-conservantista.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 29 de julho de 2017 (data da postagem original).
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