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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Tomar o pais como um lar em Cristo é venerar os heróis que tornaram isso possível, por terem sido verdadeiros santos, já que tinham virtudes heróicas inconstestáveis

1) Quando se toma o seu país como um lar com base naquilo que foi edificado em Ourique, você honrará (no sentido de venerar) todos aqueles que pavimentaram o caminho para se tomar o Brasil como um lar em Cristo, enquanto desdobramento do processo de se servir a Cristo em terras distantes, pois é por força do fato de bem servirmos a Ele que tomaremos este país como sendo nosso lar. E enquanto bem servirmos a Ele, nossa conexão de sentido com o que foi edificado naquela circunstância jamais será abalada ou perdida.

2) Se há heróis nesta terra, isso se deve ao fato de que todos eles viveram a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus - e a causa a que serviram foi causa santa. E santos foram, ao deixar um legado na história da Civilização.

3) Por isso, o processo de nacionidade é um processo de dulia. Você venera os verdadeiros heróis, que foram santos, pois esta nação nasceu sob a égide da Santa Cruz. E não crer na santidade é não crer em virtudes heróicas - e isso é ato de apatria.

4.1) Quanto ao processo de se ter um vínculo com um governo que coordene as coisas, de modo a que esta missão em Cristo se realize, isto é realmente importante, mas não como um formalismo vazio, a ponto de gerar uma estatolatria.

4.2) Os vínculos são importantes por conta do fim a que se destinam; se tenho vínculo com o vassalo de Cristo por força do nascimento, é razoável esperar que este imite o exemplo de D. Afonso Henriques e prepare nosso povo para continuar servindo a Cristo em terras distantes.

4.3.1) Por isso, a nacionalidade está relacionada ao fim do Estado: se o Estado português foi criado para propagar a fé cristã, então nós tomaremos o país como um lar enquanto as coisas estiverem bem servindo a esse nobre propósito.

4.3.2) Basta que esta conexão de sentido se perca que o vínculo acaba sendo voltado para o nada; neste ponto, a nacionalidade só mascara uma apatria sistemática, visto que o Estado passou a ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado nada pode estar fora dele ou contra ele - o que mata o senso de tomar o país como um lar em Cristo, base da verdadeira vida livre e com um propósito salvífico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2017.

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