1) O movimento abolicionista penal fala que a função da cadeia é recuperar o detento. E isso é uma grande mentira.
2) Numa sociedade descristianizada, que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, o detento não é visto como um pecador que deve ser salvo do mal que está fazendo. Até porque para essa sociedade de hedonistas a gula, a ganância e a luxúria não são pecados. O que não presta é promovido como se fosse belo e moral e o que belo é promovido como se fosse perverso, diabólico, criando um nefasto relativismo moral e uma completa inversão dos valores. Por conta disso os critérios de punir são voltados para o nada, por estarem dissociados da verdade.
3) Numa sociedade sem Cristo, o Direito Penal tornou-se direito penal do inimigo, pois quem atenta contra o direito é inimigo da sociedade, que toma país como se fosse religião de Estado, pois tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele; é o Estado, e não Deus, quem edifica liberdade pública. E as leis que regulam a liberdade são concessões do Estado, coisa que se dá a título precário, que pode ser retirada se houver oportunidade e conveniência (e para se ditar isso, basta que um progressista ocupe o poder).
4) Como falei em artigos anteriores, a liberdade voltada para o nada, iniciada na Revolução Francesa, preparou o caminho para a ordem totalitária. A falência do sistema prisional é um reflexo da falência do sistema penal e da crise de autoridade promovida pela mentalidade revolucionária. E isto se deve ao fato de que perverteram a cultura e tudo o que há de mais sagrado.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 11 de julho de 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário