1) Costuma-se dizer que contrato é lei entre as partes, uma vez que isso parte de uma relação de confiança.
2) Se olharmos para a realidade, nós negociamos com desconhecidos, uma vez que cada um tem o direito de ter a verdade que quiser, o que edifica liberdade para o nada. E é por haver liberdade para o nada que os contratos tendem a ser escritos e com cláusulas estritas, cujo cumprimento é difícil de ser atingido, a ponto de virtualmente obrigar alguém ao impossível.
3.1) O primeiro passo da ordem revolucionária é essa ordem pautada na liberdade pautada para o nada - ela fomenta conflitos de interesses qualificados pela pretensão resistida sistematicamente.
3.2) O segundo passo é tomar a jurisdição como se fosse religião. E isso se dá por meio da criação de uma cultura onde o contrato não cumprido é regra e não exceção.
3.3) O terceiro passo é remover as cruzes dos tribunais. Se Cristo não é visto nas partes, então o juiz é livre para dizer o direito que quiser, conservando o que é conveniente para ele e dissociado da verdade, o que fomenta injustiça. E esse juiz precisa ser comprado de modo a te beneficiar, o que é ainda mais grave.
3.4) O quarto passo é eleger deputados e senadores comprometidos com essa liberdade voltada para o nada - cada um defenderá a verdade que quiser a ponto de criar projetos de lei que, se aprovados, obrigarão às pessoas ao cumprimento do impossível, forçando a substituição da vontade individual boa pela do Estado tomado como se fosse religião, que é perversa.
4) Isso é a negação do Direito. O sucesso da ordem pautada na liberdade voltada para o nada leva ao totalitarismo e ao fim da História, por conta da extinção da espécie humana, coisa que se dá por meio da ideologia de gênero ou mesmo por meio do transhumanismo.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 11 de julho de 2017. (data da postagem original).
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