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quarta-feira, 20 de maio de 2020

Notas sobre uma qualidade e um defeito marcantes do povo brasileiro e como isso influi na questão do coronavirus

1.1) Uma qualidade de meu povo é indiscutivelmente o asseio. Até onde sei não há povo que se preocupe tanto com a higiene quanto o brasileiro. 

1.2) O hábito de comermos com guardanapo essas comidas de lanchonete, enquanto os demais povos comem com as mãos, já demonstra essa preocupação. Às vezes, isso chega a ser uma obsessão, a ponto de ser uma porta para neuroses. E num cenário de pandemia, isso pode ser fatal, pois é a porta de entrada para a tirania, como de fato está ocorrendo.

2) Um defeito marcante de meu povo é o desprezo pelo conhecimento. Se o amor pelo saber fosse combinado pelo amor ao asseio, o Brasil indiscutivelmente seria uma excelente civilização, a ponto de combinar o legado cultural indígena do asseio, que é próprio do corpo, aos cuidados da alma, através do amor pelos livros, uma das marcas da civilização européia. E isso criaria uma civilização sui generis, como a japonesa.

3) O desprezo pelo conhecimento, aliado à obsessão pelo asseio - coisa que foi fomentada pelas políticas higienistas da República Velha - fez com que as pessoas se preocupassem apenas com os aspectos aparentes da alma humana. Um bom escritor, se for capaz de remover esse verniz de conservantismo pretensamente civilizatório, de tradição inventada, verá que nada sobra. 

4) A grande verdade é que o culto ao asseio por si mesmo não é capaz de formar uma grande civilização. Ele precisa de um complemento de modo que isso torne a civilização ainda mais refinada do já que é - e isso se dá através do amor pelo saber, a ponto de casar o europeu com o indígena. E o mestiço, o híbrido disso, não será um horror metafísico, tal como pensam os gregos antigos, mas uma verdadeira porta de entrada para a virtude, fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de maio de 2020.

Introdução ao estudo da biblioteconomia

1) A biblioteconomia combina o conhecimento de duas disciplinas: a economia e a arte de ser bibliotecário.

2) Sobre a arte de ser bibliotecário, você deve compreender a natureza de uma biblioteca, enquanto celeiro. E o modelo para compreendê-la está em estudarmos a Grande Biblioteca de Alexandria no Egito, assim como o Egito enquanto celeiro do mundo, enquanto dádiva do Nilo.

3.1) A economia lida com informações, no tocante à produção e consumo dos bens da vida. É uma ciência acessória à política e à justiça, que não deve ser confundida nem com a plutologia, nem com a crematística.

3.2) Dos bens da vida, o livro é tão vital para a civilização que ele merece um estudo particularizado, uma vez que conhecimento é poder. Trata-se de um alimento para a vida intelectual, uma das necessidades da alma.

4) De nada adianta uma economia organizada na informação ou uma ciência auxiliar voltada para a difusão dessa informação  sem a bibliofilia, sem o amor pelos livros. E o amor pelos livros deriva do amor pelo conhecimento.

5.1) Antes de digitalizar ebooks e vender livros físicos, eu comecei colecionando livros. Sempre gostei de conhecimento, sobretudo conhecimento histórico - desde os 14 anos eu monto a minha biblioteca. 

5.2.1) Se você quiser melhorar a cultura de um povo, você deve ensinar seus filhos desde o berço a terem amor pelos livros, a ponto de bem cuidarem deles.

5.2.2) Da mesma forma como repreendemos nossos filhos quando eles desperdiçam alimento, devemos repreendê-los quando eles não dão o devido valor a um livro cujo conteúdo é inestimável para uma civilização inteira, a ponto de este perecer por conta da falta de cuidado. Afinal, o livro é o alimento da alma e este alimento igualmente não deve ser desperdiçado, a ponto de ser um pecado contra o Espírito Santo, contra a missão que recebemos do Crucificado de Ourique de modo a servir a Ele em terras distantes, de modo a propagar a fé cristã. E o que mata a alma por inanição não é passível de perdão.

José Octavio Dettmann

terça-feira, 19 de maio de 2020

Considerações sobre a semana de trabalho fundada numa ordem social pautada no crédito social

1) Uma semana tem 7 dias. 

2) Tirando o domingo, que é o dia do descanso, os demais dias são de trabalho. A jornada semanal é de 48 horas semanais - a pessoa trabalha 8 horas por dia e tem uma hora de almoço. 

3) Se a pessoa trabalha 48 horas em 6 dias, então tem direito a folgar por 48 horas. Dessa forma o ritmo de trabalho na sociedade é movido pela trindade.

4) As folgas podem ser acumuladas e convertidas em férias ou mesmo licenças, por conta da relação de crédito e débito. 

5) Duas são as maneiras de se obter um ano sabático: trabalhando 7 anos para um mesmo empregador ou convertendo 12 meses de férias acumuladas através da poupança.

6.1) O uso das folgas acumuladas do banco atenderá a este binômio: a necessidade da empresa do serviço desse empregado específico e o bem-estar desse trabalhador em particular. 

6.2) É mais sensato que o empregador e o empregado entrem num acordo de modo que a relação seja a mais harmônica possível. Esta é a melhor justiça do trabalho que pode ser feita, fundada na concórdia entre as classes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2020.

Por que a teoria do crédito social surgiu da disciplina nas penitenciárias?

1) O sistema de fazer o preso trabalhar e estudar por três dias de modo a ter um dia a menos de pena na cadeia estimula a disciplina. E com a disciplina a pessoa aprende a servir os outros e a seguir o caminho das honras, deixando assim o crime.

2) Através da disciplina, a pessoa consegue estabelecer uma poupança. E com essa poupança, ela vai organizando uma economia própria, a ponto de ser empregador e ter colaboradores na sua empresa.

3.1) Esta idéia da disciplina das penitenciárias - instituto este criado pela Santa Madre Igreja de modo a corrigir os pecadores que cometem crimes - pode ser estendida a toda a sociedade, pois muitas pessoas não dão o devido valor ao trabalho, enquanto pena, enquanto sacrifício pessoal visando o melhor de uma nação inteira. 

3.2) Por conta da visão de mundo muito socialista, enraizada na consciência das pessoas há muitas décadas, muitos inventam maneiras de faltar ao trabalho, a sair mais cedo do trabalho, a dar desfalque na empresa, a ponto de até mesmo buscarem um meio de acabar com a empresa na justiça do Trabalho, através da cultura do jeitinho, de se querer ter vantagem em tudo. Como diz o professor Olavo, a consciência média das pessoas está voltada para o crime - e a melhor forma de combatê-la é introduzindo um mecanismo de disciplina social, através de um sistema de crédito e débito, a ponto de a honra e a lealdade serem estimuladas e premiadas.

4) O valor objetivo dessa honra é o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele deve ser imitado e visto em toda e qualquer pessoa. Quanto mais cristã for a sociedade, maior o senso de lealdade e de integração entre as pessoas, maior a disciplina social, a ponto de a mente não se voltar para o pecado, para o crime. 

5) Cristo não pode ser retirado da sociedade sob pena de isso ser servido com fins vazios, a ponto de um grupo de animais que mentem ter controle sobre tudo e sobre todos. Por isso, o combate ao comunismo é fundamental, pois a eterna vigilância garante a liberdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2020.

Dos direitos previdenciários que podem ser adquiridos em razão da relação de crédito e débito havida nas relações de trabalho

1) Se as folgas podem ser convertidas em férias, e estas num período sabático, então elas também podem ser perfeitamente usadas para se adquirir um auxílio-doença e outros direitos previdenciários.

2.1) Se houver necessidade, o empregado deve usar os créditos que tem com o empregador de modo a se recuperar da doença. Esses créditos podem ser usados emergencialmente ou preventivamente, pois nunca se sabe quando uma pessoa saudável vai perder sua capacidade laborativa em razão de uma doença ou mesmo de um acidente.

2.2) Licenças como gala ou nojo podem ser adquiridas a partir dessas folgas acumuladas. Um empregado disciplinado e produtivo deve fazer uma poupança desses dias dias de modo a usá-los, quando mais precisar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2020.

Como nasceu meu pensamento jurídico a partir das minhas circunstâncias pessoais?

1) Quando cursei Direito, eu tive que entender a diferença entre law e right.

2) Law é a lei natural; se a justiça implica ver a verdade contida na ação dos outros, então a lei precisa ser usada como mecanismo de legítima defesa de tal maneira que o mal não prevaleça sobre o bem, uma vez que o fundamento da vida em sociedade é o bem comum - e o bem comum se funda no fato de amarmos e rejeitarmos as mesmas coisas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento, pois Ele a razão de ser de todas as coisas.

3) Right tem haver tanto com concessão quanto com aplicação de direitos. Tudo isto está fundado na reta razão. Para eu conceder um direito, é preciso que esse direito seja justo e eu preciso ver um Cristo necessitado na figura de meu povo. Se esse direito for concedido, esse povo será cada vez mais livre em Cristo a ponto de ser cada vez mais leal na missão de servir a Ele em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique. Por essa razão, o governante, que é um Cristo-príncipe (bogaty), deve conceder esse direito a esse Cristo necessitado (ubogi), aprimorando a assim liberdade de muitos. 

3) Do natural law vem o natural right, a aplicação da justiça fundada na boa razão. Medidas de convencimento racional serão usadas de modo que as pessoas cheguem a um acordo e resolvam seus conflitos sem a necessidade de uma intervenção judicial de tal maneira a substituir a vontade das partes. Eis ai o princípio da concórdia entre as classes.

4.1) Quando estudei polonês, eu aprendi a diferença entre ubogi e biedny

4.2) Ubogi é aquele é ser que portador da pobreza evangélica. Por ser humilde e depender da boa vontade de Deus (Bóg), então são suscitado um Cristo-príncipe (bogaty) de modo a cuidar dos mais pobres, posto que política, quando bem organizada, é a promoção da caridade. E a economia é uma das partes da política, neste aspecto. 

4.3.1) O biedny é aquele ser que vive segundo os preceitos da carne, em conformidade com o espírito da matéria, com o mundo atual. Mesmo que tenha dinheiro, ele gastará seu dinheiro nas suas necessidades mais imediatas, preferindo sempre bens do presente a bens futuros. 

4.3.2) Ele é um pobre decorrente de uma cosmovisão herética, que dividiu o mundo entre eleitos e condenados. A mera não posse de dinheiro o coloca na condição de exército de reserva de modo a ser usado para se fazer revolução. E uma vez feita revolução, a legislação será pautada na lei do mais forte, a ponto de conceder aos biednys todo e qualquer direito, visto que não passam de meros pobres coitados. 

5.1) Eu tive a oportunidade de estudar Direito na faculdade e polonês, em preparação para a JMJ em Cracóvia. Por conta de ter reunido estas diferentes informações em torno da minha pessoa e incorporado isso ao meu sistema de reflexões, eu pude ser capaz de produzir esta reflexão. 

5.2) Quanto mais línguas diferentes você aprender, mais dicotomias você poderá conhecer, a ponto de estabelecer uma relação entre elas. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2020.

Notas sobre direitos trabalhistas fundados numa relação de crédito e débito havida entre patrão e empregado

1.1) Na Lei de Execuções Penais, quando o preso faz o trabalho efetivo de estudar ou de trabalhar por 3 dias úteis, um dia da pena é reduzido. 

1.2) No Direito do Trabalho, esta relação análoga pode ser estabelecida: para cada dia trabalhado, o trabalhador tem direito a um crédito de 8 horas de folga - e se ele trabalhar por três dias, ele tem direito a um período de 24 horas de folga)

2) Essa folgas podem ser acumuladas. Quando ele tiver 30 dias de folga acumuladas, ele pode converter isto em férias. E elas podem ser concedidas observando a necessidade da empresa e o bem-estar do trabalhador. Essas férias podem ser acordadas.

3) Quando há múltiplas férias acumuladas e não gozadas, ao total de 12, ele tem direito a tirar um ano sabático, que deve ser destinado a descanso, a estudo, a aprimoramento profissional, ou a cuidar dos parentes mais próximos. Tudo isso fundado nos créditos trabalhistas que este trabalhador tem com as pessoas a quem serviu, um vez que esses créditos trabalhistas são créditos sociais de natureza personalíssima (são desse empregado e não de mais ninguém).

4.1) Se as pessoas que estabelecem uma atividade econômica organizada amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento a ponto de verem seus empregados como seus protegidos, como Cristos necessitados. então é melhor que se conceda estes direitos fundados na reta razão por sensatez, na medida de suas possibilidades, uma vez que isso se trata de uma questão de justiça. Precisamos ver a verdade contida nas ações dos outros - e a verdade é que o trabalho é uma honra e um grande sacrifício a ser prestado de modo que o país seja mais bem tomado como um lar em Cristo, posto que se trata de verdadeiro ato de mortificação, de santificação. 

4.2) Não esperemos o Estado tomado como se fosse religião conceder estes direitos, pois isto acabará expurgando a idéia de Deus na sociedade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2020 (data da postagem original).

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