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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Do império de Cristo como império dos profetas

1) Quando Cristo esteve aqui em Sua primeira vinda, Ele havia dito que um profeta nunca é bem-vindo em sua própria terra. Não foi à toa que mandou que servissem a Ele em terras distantes, de modo que Seu Santo Nome fosse publicado entre os povos mais estranhos.

2.1) O império de Cristo é o império dos profetas.

2.2.1) Um profeta é o que se santifica através do trabalho, principalmente do trabalho intelectualmente organizado e voltado para a salvação de muitos, de modo Deus se faça presente em tudo o que é escrito ou dito.

2.2.2) Como disse São Paulo, já não sou eu mais que vivo em mim, mas Cristo. E em tudo o que estudo ou escrevo, eu faço as coisas de modo a promover Seu Santo Nome em terras distantes de minha terra, o Rio de Janeiro, para o bem de toda a Santa Igreja que Ele fundou e da qual faço parte.

2.2.3) Os que fazem grandes obras de arte neste fundamento constroem uma cultura, pois tomam múltiplos lugares como um mesmo lar em Cristo, unidos não só à Igreja mas também protegidos pela figura do vassalo que o próprio Cristo colocou na figura do Rei de Portugal, sucessor de D. Afonso Henriques.

2.2.4) Assim a unidade está garantida, ao mesmo tempo em que diferentes tradições litúrgicas e culturais fundadas no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem começam dar sentido a esses lugares, a ponto de esses territórios se tornarem espécies derivadas de um mesmo gênero, tal como vemos o Brasil como uma espécie, uma variante do gênero português.

2.2.5) O brasileiro, por exemplo, é aquele cuja vocação é se santificar através do trabalho de extrair pau-brasil de tal maneira a promover o valores de Cristandade, cujo Império tem sua razão de ser em Ourique. Aqui, os valores de Ourique e os ensinamentos da Opus Dei farão do Brasil ser uma civilização gloriosa. O Brasil terá um mitologema próprio sem renegar as suas origens, a ponto de ser uma civilização por direito próprio, por conta do desenvolvimento dessa visão de mundo que a Opus Dei vem fazendo através da doutrina da santificação através do trabalho. Isso não nega a Cristo, mas dá plena autonomia para uma missão própria fundada nesse serviço.

3.1) A conquista do mitologema brasileiro, de servir a Cristo em terras distantes tal como os que extraíram pau-brasil, que engrandeceram esta terra através des eu trabalho, fará o Brasil grandioso e próspero. Assim como dogmas como podem ser desenvolvidos, os mitologemas também o são.

3.2) O Brasil não foi colônia - ele era parte do Império de Cristo em Ourique. E graças ao trabalho da Opus Dei, ele passou a ter um sentido civilizacional próprio. Ele continua sujeito a Cristo, mas a passou a ter uma missão própria dentro do continente americano e no mundo inteiro. E enquanto for leal a Cristo, ele será tão quanto livre era parte de Portugal.

3.3) Ignorem o Brasil de 1822 - ele é um falso país. Trata-se de uma comunidade imaginada, de um laboratório imaginado para se fazer experiências no campo da mentalidade revolucionária. É para isso que ele serve: trata-se de um horror metafísico, de um vale de lágrimas, de um jardim das aflições. Estudem o Brasil verdadeiro e ignorem as mentiras que nos foram introduzidas através da escola.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2020.

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Como se conquista espiritualmente e simbolicamente uma cultura

1) Só no cristianismo é que vemos o verdadeiro Deus ressuscitar dos mortos.

2) Se o verdadeiro Deus ressuscitou dos mortos então uma construção tipicamente árabe, com inscrições do alcorão, dará lugar a uma construção árabe do mesmo estilo com inscrições dos versículos bíblicos. A antiga construção, que servia a Allah - esse falso Deus que manda a seu seguidor mentir em seu nome - precisou morrer, ser implodida, de modo que outra, fundada no Deus verdadeiro, assumisse o seu lugar.

3.1) O sentido da verdadeira arquitetura é verdadeiramente este. O que se funda nos falsos deuses deve dar lugar a Cristo, o verdadeiro construtor e destruidor de impérios e de culturas, visto que Ele é o segundo Adão, o segundo construtor.

3.2) O que é árabe permanece árabe, mas a serviço do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Assim, sua cultura não será servida com fins vazios. Por isso, sua cultura deve ressuscitar dos mortos tal como Jesus o fez. É assim com qualquer povo que troca seus antigos e falsos deuses por Cristo.

3.3) A conquista dos islâmicos deve se dar dessa forma. O espírito da cultura e da arquitetura árabes devem ser voltados para o Deus verdadeiro, nunca para esse falso Deus, para esse demiurgo chamado Allah.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2020.

Símbolos podem ser costurados - notas sobre a evangelização pelos símbolos

1) Loryel fala que símbolos não migram.

2) Mas se eu tomo a Polônia como meu lar em Cristo tanto quanto o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, eu acabo necessariamente criando as pontes que fazem da pátria de São João Paulo II e da Santa Faustina Kowalska uma nação vigária na missão de servir a Cristo em terras distantes, uma vez que a nação titular deste trabalho sacerdotal foi seqüestrada pela maçonaria, desde que houve o Regicídio em Portugal. E com isso um mar oceano da misericórdia foi aberto, de modo que a missão de servir a Cristo em terras distantes não tenha fim.

3.1) Se crio a ponte entre os dois povos, a ponto de estarem juntos por conta dessa missão, eu acabo costurando os símbolos, integrando-os.

3.2) A parte branca da bandeira da Polônia receberá a esfera armilar e o escudo de Portugal referente aos cinco reis mouros derrotados, em referência às cinco chagas de Cristo, cuja redenção do gênero humano foi comprado com trinta dinheiros através da cruz. Com isso, ela será tanto parte do Reino Unido Portugal, Brasil e Algarves por conta dessa missão quanto é livre por direito próprio, posto que não se submete a nenhum império de domínio a não ser o que foi fundado por Cristo, a ponto de ser um Império de Cultura, rejeitado pelos apátridas de 1822, com o nome pervertido de independência do Brasil.

3.3) A costura desses símbolos é um indício de comunidade revelada, um tipo de evangelização. Alguém que tomou ambos os países como um mesmo lar fez essa ponte, a ponto de fazer dessa aliança a santificação de seu trabalho. Por isso mesmo, o nacionista, mais do que um diplomata, é um pai de família, uma pessoa do povo, um gênio que descobre sua própria profissão sem inventá-la, pondo-se a serviço de Cristo, principalmente quando tem Portugal e o mundo português fundado no mitologema ouriqueano por berço.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2020.

O amor romântico é uma agiotagem

1) O verdadeiro amor perdoa tudo, pois o amador enxerga na coisa amada o espelho de seu próprio eu. Se ele busca a perfeição, ele incentivará a coisa amada a fazê-lo, a amar a rejeitar as mesmas coisas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento. Só por isto esta união não se dissolve, pois ela se funda Deus - e por se fundar em Deus ela é producente, a ponto de se estabelecer uma família, que é a base da sociedade. E a verdadeira riqueza de uma nação está nas famílias bem estruturadas, que amam a Deus sem medida.
2) Os românticos, que amam egoisticamente os outros só porque atendem aos seus interesses egoístas, fazem exigências fundadas ricas no amor de si até o desprezo de Deus. Não perdoam o erro, por serem incapazes de remover a trave que há bem diante de seus olhos. Por amarem mais a si mesmos do que a Deus, eles fazem do amor uma agiotagem, a ponto de praticarem usura. A cobrança constante e o ciúme fazem com que a relação não dure muito tempo, a ponto de tudo terminar em divórcio.

3) O amor romântico, a usura, a pornografia, a prostituição, todos estes assuntos estão relacionados. São elementos de uma sociedade cansada, que já não contempla as coisas do alto, posto que buscou coisas improdutivas, fundadas na riqueza tomada como um sinal de salvação. Por isso mesmo, a sociedade do espetáculo é uma sociedade regida pelo cansaço, dirigida pela classe ociosa, que faz da diversão a razão de ser da sua vida, pois par ela Deus está morto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2020.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Como se combate a pornografia?

1) Na sociedade do espetáculo, onde a liberdade foi servida de modo a relativizar a verdade, o sexo se tornou um espetáculo, onde o bonito é para ser visto, negando este princípio: em tudo o que é belo Deus coloca um véu.
 
2) O sexo pornográfico existe como um contraponto à moral puritana, comumente chamada de moral burguesa. Quando se serve ao Deus do dinheiro, é preciso que se renuncie aos prazeres desta vida, incluindo o sexo. Por isso, a abstinência sexual dos puritanos é uma falsa leitura da criação, pois ela se basta em um mero preceito. Por isso que a pornografia explodiu nos EUA como uma revolução sexual, como uma revolução de escândalo.

3.1) Em termos salvíficos, o sexo é um fenômeno da criação, é um espetáculo contemplativo fundado no amor de Deus onde um homem e uma mulher juntam suas almas ao juntarem seus corpos, a ponto de formarem uma família. Não foi à toa que Deus colocou um véu aí, pois é um mistério a ser contemplado - e a vida precisa de mistérios.

3.2.1) Assim como o casamento na Igreja costuma ser documentado na forma de um evento, esse encontro através do sexo pode ser documentado também, mas isto fica dentro da seara da família, como parte da cultura familiar, uma vez que a vida privada é um ambiente sagrado e reservado - e ninguém de fora da família deve lançar olhos curiosos sobre a vida dos dois. 
 
3.2.2) Se minha esposa é o objeto do meu amor, então o registro desse encontro do meu corpo e da minha alma com o corpo e a alma dela produzirá uma bela obra de arte, cuja memória desse amor só fará sentindo para quem viveu nesse ambiente familiar. 
 
3.2.3) Ao contrário da pornografia, todo encontro com minha esposa só renova meu amor por ela - e se esse encontro for registrado em filme ou em fotos, ele tenderá a ser inesquecível, uma vez que se tornará obra que aponta para Deus acerca da beleza da criação. Por isso que fazer filmes desses encontros com a mesma mulher nunca será cansativo - o que seria pecaminoso é expor o amor verdadeiro, a intimidade do casal a quem tem intenção de vender isso como se fosse pornografia.
 
3.3.1) Se estou sem idéias e vejo as fotos dos meus encontros com a minha esposa de modo a atender as finalidades precípuas da criação, aí eu me sinto inspirado a criar obras que realmente agradam a Deus.
 
3.3.2) Trata-se de uma cultura de intimidade familiar, de uma cultura de liberdade com um fim muito bem definido na verdade, sem mencionar que constituem a contracultura necessária ao combate à pornografia, pois dá justa destinação ao sexo como encontro de duas almas que se amam, além de produzir uma excelente obra de arte que faça com que tal evento não seja esquecido.
 
4.1) É preciso que haja uma consciência muito bem formada nessa direção, pois ela forma uma cultura.

4.2) Se a pornografia promove o adultério, o que move a cultura do divórcio e a abolição da família, então a contracultura implica produzir obras de arte relativas ao sexo como encontro fundado no verdadeiro amor, a ponto de fazer desse encontro obras de arte, a ponto de serem relíquias, tesouros de exemplos para a família.
 
4.3) Afinal, só se destrói uma coisa falsa substituindo por outra fundada na verdade. E o segredo é dar a justa destinação ao sexo na sociedade, assim como a justa destinação à documentação desse encontro enquanto cultura de família, enquanto cultura de liberdade, própria da intimidade do casal que se ama.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2020.

Como dar justa destinação à sociedade do espetáculo?

1.1) Sobre os malefícios da televisão como ferramenta de cultura de massa, nós temos estes dois livros: homo videns e a sociedade do espetáculo. Tudo o que é voltado para o nada, para o vazio, passou a ser objeto de atração - e isso serviu aos propósitos revolucionários.

1.2) Nestes dois livros, as coisas estão muito bem documentadas, posto que a televisão foi ao longo do século XX um poderoso instrumento de construção de comunidades imaginadas, fundadas no homem, pelo homem e para o homem como se este fosse o senhor de seu próprio destino e não Deus.

2.1) Para se combater o liberalismo e o comunismo é preciso que a verdade seja fundamento da liberdade. É preciso que as coisas recebam a sua justa destinação.

2.2) Qual é seria a justa destinação de uma televisão? Fazer do belo um espetáculo, uma experiência inesquecível. Se é voltado para toda a sociedade, isso edifica uma civilização. Exemplo disso, são os concertos de música erudita.

2.3.1) Quando é voltado para o âmbito das famílias, isso amplia ainda mais o amor. Exemplo: assistir sua namorada ou esposa escrevendo algo inteligente, com a possibilidade de corrigir seus erros, enquanto ela escreve.

2.3.2) A atividade intelectual voltada para Deus se torna um espetáculo para os que dela participam e os que estão nela envolvidos passam a se admirar constantemente, o que gera um amor verdadeiro. Não há amor mais verdadeiro se esse amor não se tornar um fenômeno, um espetáculo pessoal, um exemplo de cultura pessoal a ponto de se tornar uma experiência inesquecível para quem participa da experiência.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2020.

Da TV como monitor - relatos da minha experiência pessoal

1) Antes mesmo de surgirem canais onde assisto remotamente alguém jogando uma partida de videogame, meu pai, nos anos 80, conectou a TV da sala, por onde jogávamos o MSX (o nosso primeiro computador), à televisão da copa da nossa antiga casa. Cansei da assistir às partidas de meu irmão no computador.

2) Com a maturidade que tenho hoje, eu naquela época poria o videocassete pra gravar e estudaria o que meu irmão estava fazendo, como forma de melhorar meu jeito de jogar. Infelizmente, não tive essa visão naquela época porque era imaturo.

3.1) Com a TV sendo monitor de computador, eu acompanharia o artigo que minha esposa estaria escrevendo e ainda diria se estava bom ou não, visto que estudo a dois é uma forma de amor. Eu a ajudaria em traduções de textos, digitalizações e muitas outras coisas, fora que eu assistiria minha esposa a escrever e escrever bem.

3.2) Assim o homo videns passa ter uma finalidade produtiva, pois passo a assistir quem está escrevendo e também assisto o belo sendo construído bem diante dos meus olhos, letra por letra, parágrafo por parágrafo. E ver com finalidade produtiva é contemplar, pois isso aponta para o belo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2020.