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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Notas sobre a gentrificação das grandes cidades

1.1) Gentry, em inglês, constitui a nobreza proprietária de terras, a nobreza rural.

1.2) Quando esta passou a emitir procurações para os vilões venderem seus produtos na cidade, eles passaram a ser cruciais para o renascimento comercial das cidades, seguindo o exemplo do patriciado romano, que dava aos plebeus procurações para venderem a produção de seus latifúndios.

2.1) Quando a gentry passou a concentrar muita riqueza através do comércio, ela se tornou uma espécie de classe ociosa.

2.2) Ela não se preocupava mais em tocar a terra ou vender pessoalmente o que a terra produzia para os necessitados na cidade - a sua única preocupação era em ter a renda custe o que custar, sem se preocupar em participar dos resultados da atividade economicamente organizada, uma vez que reduziu as relações pessoais de confiança a relações institucionais, movidas por um contrato de constituição de renda gerido por um banco, impessoalizando assim as coisas, uma vez que, para eles, não havia nobreza no trabalho, por ser humilhante e servil, uma vez que o mundo foi dividido entre eleitos e condenados. A Inglaterra, durante a Renascença, havia rompido com Roma - o Rei fundou uma nova Igreja e as heresias começaram a moldar a sociedade, uma vez que os católicos começaram a ser perseguidos, o que influiu seriamente no tecido social e nas suas relações econômicas, principalmente durante os tempos da chamada Revolução Puritana, que mandou muitos para a América.

2.3.1) Por conta dessa concepção errada de vida, fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, os membros dessa gentry - dessa nova nobreza criada a partir da heresia - se tornaram os primeiros especuladores da história. Eles queriam ter ganho a partir da certeza, o que descaracteriza o verdadeiro conceito de lucro, que é movido pela incerteza.

2.3.2) Como isso que eles fazem é improdutivo e abusivo, eles estão a praticar usura, pois estão cobrando por algo que não lhes pertence, uma vez que não se importam de participar da atividade dos arrendatários e de seus procuradores comerciais, a ponto de terem direito a uma participação dos lucros, enquanto sócios. Eles são tão gananciosos que são capazes de recorrer à violência de capangas, de mercenários ou mesmo dos meios judiciais para conseguir o que desejam.

3.1) O processo de gentrificação das grandes cidades está mais relacionado ao processo de especulação imobiliária.

3.2.1) Tudo é cada vez mais voltado para a economia dos luxos e dos lazeres, que são as atividades para as quais a classe ociosa dedica seu precioso tempo.

3.2.2) A maior prova disso é que no preço de um suco de laranja tomado na Barra da Tijuca é incluído o preço que é próprio do status do lugar, e nesse ponto a economia ganha ares subjetivos, a ponto de se divorciar da justiça, uma vez que a cobrança do preço justo jamais será observada. Esse preço não está relacionado ao custo que é próprio do trabalho do prestador de serviço que me vendeu este suco - esse preço está relacionado ao amor próprio de quem me vendeu este suco, que faz da riqueza sinal da salvação, algo que sempre permeia a mentalidade da classe ociosa.

3.2.3) Confundir a classe ociosa com a nobreza é um verdadeiro insulto a quem vive a vida a servir os outros nas atividades que são propriamente nobres, como a política ou a prestação de serviços de maneira organizada, de modo que muitos possam ir para o céu.

3.2.4) Ao invés de estudarmos Marx, deveríamos estudar Veblen e Weber cada vez mais para entender a ética protestante e a institucionalização dessa cosmovisão através da riqueza tomada como um sinal de salvação ou com um fim em si mesmo, pois essas coisas semearam má consciência num país cuja razão de ser é servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique.

3.2.5) Esses estudos me parecem mais realistas, dado que seus autores fizeram observações diretas da realidade, ao invés de ficarem presos à raiva cega ou à inveja, como sempre fizeram os marxistas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2019.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

É ilusão tentar deixar sua marca no mundo - a marca de Cristo, a cruz, é o que importa

1) A vida é longa demais para ser aproveitada com gente que tem conteúdo e curta demais para ser desperdiçada com gente vazia, que só sabe conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

2.1) Se você é cheio (a) de si e só pensa em deixar sua marca no mundo, então você não é nada - sua vida e seu legado não passarão de um castelo de areia; a primeira onda do mar leva tudo e tudo o que foi feito não teve sentido algum. pois você está à margem da realidade e da crise pela qual este país passa desde que ele se separou de Portugal.

2.2.1) Os condenados, estes que se mantiveram fiéis ao que foi edificado em Ourique, é que salvarão o Brasil.

2.2.2) Eles querem se submeter ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a ponto de se sujeitarem a patrões que sejam como Cristo - um bem extremamente valioso e escasso, num mundo permeado pela ética protestante e pelo espírito da riqueza tomada como um fim em si mesmo e como um sinal de salvação. Esse mundo, chamado de capitalismo, é dividido entre eleitos e condenados por conta da riqueza possuída, sem se importar com a licitude com a qual essa riqueza é construída. E é esse mundo que eu evito, porque ele é do diabo.
 
2.2.3) Enquanto não há um sujeito que patrocine a atividade intelectual organizada de condenados como eu, pelo menos os meus leitores me mantêm. Mais do que idéias de náufrago, eu vivo como um náufrago, tentando sobreviver à crise civilizatória que assolou o Brasil desde que ele foi redemocratizado, em 1985, o que aprofundou ainda mais a crise provocada em 1822. A única tábua de salvação neste aspecto é a internet - e enquanto eu puder falar o que falo, dou graças a Deus por estar vivo e escrevendo.

2.2.4) Eu navego o Mar Oceano da Misericórdia, enquanto navego neste mar novo e cheio de perigos que é a rede social, ansiando por dias melhores, por um Brasil livre do comunismo e do positivismo maçônico e militar. A vida virtual foi a única liberdade que me sobrou - e vivê-la da melhor forma possível é a minha circunstância. Considero-me morto para o mundo exterior, pois não há beleza nele e não há nada de bom nele; para o mundo das idéias e dos valores, coisa que pode ser exercida virtualmente, estou muito bem vivo, pois tudo isso se sujeita à realeza de Cristo, a razão de ser da realidade. E a rede social ainda é o meio de ação para falar o que penso e ser remunerado por força desse nobre apostolado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2019.

Notas sobre o impacto da mudança de regra feita na época do governo Lula

Na regra antiga:

1) Tigre-de-bengala: espécie de tigre nativa de Bengala, na Índia. Um predador perigoso - só caçadores experientes podem enfrentá-lo.

2) Tigre de bengala: um tigre velho, cartunesco, que usa bengala. Ele pode ser feito de pelúcia e só agrada crianças.

3) Amigo-da-onça: falso amigo.

4) Amigo da onça: você é literalmente amigo de uma onça.

Na nova regra, é tudo tigre de bengala e amigo da onça.

A mudança de regra, sancionada pelo sr. pudim de cachaça, produziu uma confusão dos infernos. O real se confunde com a caricatura. O denotativo se confunde com o conotativo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de novembro de 2019.

Notas sobre nuances de linguagem

eu, nacional = eu, como nacional ou eu, na condição de nacional.

eu nacional = indivíduo que imagina uma comunidade. O que é a Bolívia senão o eu nacional de Bolívar, rico no amor de si até o desprezo de Deus?

eu-nacional = quando se trata do nacionismo como poesia em atos, isso equivale a uma espécie de eu-lírico.

nós, nacionais = nós, o povo ou nós, como nacionais

nós nacionais = uma espécie de rede social onde a solidariedade se dá pelos que somente nasceram no país, sem levar em consideração os que tomam o mesmo país como um lar em Cristo, ainda que tenham nascido no estrangeiro. Trata-se de uma rede social incompleta, imperfeita, posto que o país está sendo tomado como se fosse uma religião e não como um lar em Cristo, como deveria ser.

nós-nacionais = é essa mesma rede levando em consideração o compartilhamento sistemático de vários eus-nacionais, uma vez que nós somos alguma coisa quando compartilhamos nossas solidões a ponto a aprender a tomar não só um, mas vários países como um mesmo lar em Cristo, já que o Todo que vem de Deus é maior que a soma das partes. Isso implica necessariamente a descoberta do outro como um espelho de nosso próprio eu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2019.

domingo, 17 de novembro de 2019

Antes de fundar partidos, é preciso que fundemos sociedades iniciáticas voltadas para o estudo sério da História do Brasil

1) Antes da atuação na política, é preciso que todo um trabalho na cultura seja feito. O que é cultura senão obra de espírito voltada para a verdade, para a conformidade com o Todo que vem de Deus, capaz de por si só despertar a consciência de muitos para conservar o que é conveniente e sensato, a ponto de muitas aprenderem a amar e rejeitar as mesmas coisas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento?

2.1) Para que isso ocorra, é preciso que haja academias voltadas para o estudo da História do Brasil verdadeiro, enquanto obra fundada na missão de servir a Cristo em terras distantes.

2.2.1) Essas academias, portanto, seriam sociedades iniciáticas, a exemplo dos templários.

2.2.2) Uma sociedade iniciática não é uma sociedade secreta, como a maçonaria, uma vez que a fé em Cristo é pública, uma vez que Ele é a verdade em pessoa.

2.2.3) Numa sociedade iniciática, a pessoa recebe os primeiros rudimentos para aprender a história dentro desse verdadeiro entendimento - é como uma guilda de historiadores especializada nessa linha de pesquisa, uma vez que as universidades estão controladas pelos comunistas.

2.2.4) Para que esse conhecimento não caia na mão de picaretas ou mal-intencionados, as pessoas recrutadas para a ordem iniciática precisariam ser honestas, honradas e extremamente católicas, capazes de se santificarem através do trabalho de pesquisa e a todos que queiram aprender com elas como alunos.

2.3.1) Uma vez semeada a consciência de se restaurar a aliança do altar com o trono e a unidade do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, a ponto de ser o verdadeiro caráter nacional que deve ser perseguido, um partido português pode ser fundado, livre do preconceito de ser chamado de colonialista, uma vez que essas idéias políticas dominantes (a positivista e a comunista) estejam banidas do Brasil.

2.3.2) Um partido brasileiro pode ser fundado com base no princípio de que devemos nos santificar através do trabalho, tal como o primeiro brasileiro, que extraía pau-brasil, pois dessa madeira vinha o corante que era usado para se tingir de vermelho as vestes dos futuros cardeais, os príncipes da Igreja que estariam dispostos a derramar seu sangue por Cristo, a exemplo dos mártires.

2.3.3) Esses dois partidos são agulha e linha - com eles vamos costurar o tecido social de tal modo que o Brasil sirva a Cristo dentro da América, dentro de um ambiente pan-americano, sem que se perca sua herança decorrente de Ourique. É assim que o Brasil ganha uma razão de ser sem recorrer à mentira, sem rejeitar a pedra angular, que é Cristo Jesus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2019.

Novas reflexões sobre as fundações lógicas e espirituais da Pátria

1.1) A palavra pátria tem profunda relação com patriarcado, do governo natural do pai de família sobre seus filhos.

1.2) O poder natural dos reis decorre de uma longa evolução, onde se deu a passagem da vida das tribos para as cidades, a essência da vida civilizada. Boa parte dessa história está documentada na Bíblia - ali estão todas as experiências políticas e espirituais necessárias que pavimentaram o caminho para a ordem fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, cuja lei se escreve na carne de cada um de nós, através da Santa Eucaristia.
 
2.1) A História de Portugal é a História de um povo eleito por Cristo de modo a fundar um Império onde o Santo Nome do Senhor seria publicado entre as nações mais estranhas, o que pavimentaria o caminho para a segunda vinda d'Aquele que é o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

2.2) Os judeus rejeitaram a pedra que se tornaria a pedra angular - e os portugueses são os pedreiros livres em Cristo, por Cristo e para Cristo que trabalham essa pedra na forma de um Império, movido através da ação do Espírito Santo, cujo desejo é como o vento que sopra onde quer, tendo por fundamento a verdade como fundamento da liberdade.

2.3) Por essa razão, toda sola scriptura e todo protestantismo é a negação dessa realidade, posto que é ato de apatria. 
 
3.1) Trata-se, portanto, da continuação da mais bela história já narrada, que está sendo escrita na carne de cada um de nós, a ponto de nos preparar para a pátria definitiva, que se dá no Céu. Não se trata de um império de domínio porque o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem não é como o Faraó do Egito; trata-se de um império de cultura, fundado no amor a Deus sobre todas as coisas, a ponto de descobrirmos o próximo como um espelho de nosso próprio eu, uma vez que devemos levar o evangelho a todos os homens, essa critaura muito amada por Deus.

3.2.1) O Brasil é herdeiro desta tradição, posto que é América Portuguesa.

3.2.2) Uma vez conhecido todo esse background, devemos estudar as fundações lógicas e espirituais da pátria de tal maneira a revertermos tudo o que decorreu do ato de apatria de 1822, indevidamente chamado de independência do Brasil, onde, a exemplo dos judeus, rejeitamos a pedra angular trazida de Portugal, a ponto de edificarmos toda uma falsa ordem onde a liberdade é servida com fins vazios, gerando uma cultura nula e um verdadeiro horror metafísico por onde passa.

3.2.3) Afinal, a história da América Portuguesa não se confunde com a história dessa comunidade imaginada por Bonifácio chamada Brasil, sendo o brasilianismo o estudo do processo de construção dessa comunidade feita à imagem e semelhança de Bonifácio, esse maçom carbonário e descendente do Faraó do Antigo Egito que escravizou os hebreus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2019.

Notas sobre a gênese do conservantismo sensato, a pré-história do conservadorismo

1) Antes da primeira vinda de Cristo, os gregos estabeleceram uma cultura de investigação da realidade tanto física quanto metafísica de sua realidade e daquilo que conheciam dos povos vizinhos de modo a ficar com o que era conveniente e sensato, uma vez que verdade conhecida é verdade obedecida.

2.1) Essa investigação da realidade, a qual chamamos de filosofia, é a base sob a qual se assenta o conservantismo em sua modalidade sensata.

2.2.1) O conhecimento acumulado fundado a partir dessa modalidade, somado ao senso de se amar e rejeitar tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem como fundamento, é a base sob a qual se assenta o verdadeiro conservadorismo, que é a transmutação de todas as coisas de modo que fiquemos todos o espelho da forma e o vinho da mente de Cristo.

2.2.2) É a partir da antropologia do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a Cristologia, que se tem o conhecimento de Deus Pai, pois ninguém vai ao Pai senão por Jesus - assim como ninguém vai ao Filho senão por sua mãe, que recebeu o privilégio de ser a Mãe de Deus e nossa advogada.

3) É do conhecimento dessas coisas que decorre toda uma ordem prática onde se pode dizer o direito vendo o Cristo na pessoa dos acusados e nas ações de cada um de nós, de modo que não repitamos o exemplo de Pôncio Pilatos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2019.