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sábado, 1 de dezembro de 2018

Sobre a necessidade de se separar economia de plutologia e crematística

1.1) Tal como a diferença entre nacionidade e nacionalidade, devemos separar a economia da crematística, que é fazer da busca pela riqueza uma obsessão, uma espécie de sinal de salvação, a ponto de dividir o mundo entre eleitos e condenados. Isso faz da usura e do interesse fundado no amor de si até o desprezo de Deus a razão desse disciplina. Por isso mesmo é a heresia em forma de ciência. Pseudociência.

1.2) Além disso, devemos separar economia da plutologia, que é a ciência que estuda a natureza da riqueza. A verdadeira plutologia não se reduz às coisas da physis, como há no livro do Donnisthorpe - ela também leva em consideração o homem, enquanto primazia da criação.

1.3) A economia leva em conta o homem como animal político. Por isso, é um desdobramento da ciência que estuda a ordenação da polis.

2.1) O estudo do senso de tomar o Brasil como um lar em Cristo por força de Ourique é muito mais complexo.

2.2) É preciso estudar história, política, economia, sociologia, direito e muitas outras coisas. Devemos nos santificar através do trabalho - e o estudo é um tipo de trabalho - de modo que a liberdade servida com fins vazios, decorrente da secessão de 1822, seja definitivamente afastada.

2.3.1) Isto que estou a fazer é catequese de segundo grau, pois é a Doutrina Social da Igreja aplicada às nossas circunstâncias enquanto nação, por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes.

2.3.2) Nossa experiência deve servir de modelo para outros países que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo, como a Polônia. A Polônia servirá a Cristo em terras distantes dentro da sua razão de ser, enquanto nação católica e eslava.

2.3.3) Eis aí a beleza do Reinado Social de Cristo, por força de Ourique: todos os países servirão a Cristo em terras distantes levando em conta a sua razão de ser, de modo que possam ajudar a promover a glória da civilização cristã. Chega de ficar imitando modelos que não têm nada a ver com a nossa razão de ser. Sejamos católicos e ouriqueanos. Não podemos nos contentar com o que se conserva conveniente e dissociado da verdade. A luta continua.

3.1) Se pararmos pra pensar, a nobreza do escarlate supera o ouro. Primeiro porque o pau-brasil é reproduzível, enquanto o ouro não. E segundo porque o pau-brasil serve melhor àquilo que decorre do verbo que se fez carne do que o ouro e a prata, que historicamente tem mais servido à riqueza como sinal de salvação, a uma concepção de mundo dividido entre eleitos e condenados, fazendo com que a liberdade seja servida com fins vazios.

3.2) Eis aí a necessidade de se separar a verdadeira economia da falsa. Quando fizermos essa separação, uma revolução nesse campo será sem precedentes, pois estaremos jogando pra escanteio a economia moderna, que é muito materialista.

3.3.1) Meu colega Arthur Rizzi acabou de me contar que a cruz da primeira missa que foi feita era de pau-brasil, uma vez que o sangue de Cristo é o verdadeiro ouro, a verdadeira riqueza. Por isso esta terra se tornou Terra de Santa Cruz ou Veracruz.

3.3.2) Por isto, o pau-brasil superou o ouro como padrão universal de valor, por conta de sua natureza cristológica. Como símbolo é providência, então essas coisas não podem ser desprezadas no tocante de se servir a Cristo em terras distantes, a ponto de se tomar o pais como um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

3.3.3) Um estudo nessa direção a faz com que a economia busque mares nunca dantes navegados, como fizeram os portugueses. E isso é provar o sabor das coisas de verdade a ponto de se ficar o que é conveniente e sensato, uma vez que vemos Cristo nessas coisas, uma vez que Ele é a base do verdadeiro saber.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2018.

Da necessidade de se substituir o ouro como padrão universal de valor

1) Se a riqueza do Brasil fosse lastreada em pau-brasil, então a emissão da moeda dependeria necessiariamente do grau de confiança que se tem desse produto a ponto de edificar alta cultura, por meio dos violinos e por conta do vermelho que tinge a roupa dos nobres, a ponto de derramarem seu sangue por Cristo, tal como fizeram os primeiros mártires.

2) O pau-brasil é uma árvore e ela se reproduz lentamente. Por isso mesmo, sua produção deve ser a mais sustentável possível. Como o pau-brasil tem sua nobreza decorrente da verdade, da conformidade com o Todo que vem de Deus, então ela tem vantagem de valer tanto quanto o ouro, além de ter a vantagem de ser reproduzível, embora leve gerações até ficar pronto para o abate.

3) Se o Brasil imita aquilo que decorre de Ourique, a riqueza nacional se torna o novo padrão internacional de valor porque serve a Cristo em terras distantes, fundado no fato de que o mundo inteiro ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4.1) Para se trocar o ouro como padrão universal de valor, é preciso que se troque esse falso padrão de valor fundado na riqueza como sinal de salvação pela verdade que decorre do verbo que se fez carne. Assim as moedas nacionais ganham um caráter universal, por conta de servirem melhor sua riqueza em terras distantes.

4.2) Quanto mais próxima de Cristo for a riqueza, em termos de simbologia, maior a necessidade de possuí-la e de tomar o país que emite essa moeda como um lar em Cristo.

5) Pena que o pensamento keynesiano da moeda fiduciária não chegou ao tempo do Renascimento, quando o pau-brasil era a principal riqueza do Brasil. Uma crise fundada na economia pautada na ética protestante e o espírito do capitalismo precisou servir de impulso para melhor se meditar sobre essas questões.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2018.

Mais notas sobre capitalização moral

1) O primeiro lugar onde se aprende a amar e a rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento se dá na Igreja Doméstica, vendo o exemplo do pai e da mãe. É honrando pai e mãe que se aprende a assimilar a lei de Deus que se dá na carne, a ponto de se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Honrar pai e mãe implica pegar coisas emprestadas deles de modo que você, como filho, desenvolva suas habilidades a ponto de servir os outros numa economia própria organizada. Como você vê Deus na figura do Pai e da mãe, você paga o empréstimo por meio de juros, uma vez que a liberalidade do pai e da mãe se funda no amor e este é o melhor tipo de investimento que tem, posto que é produtivo.

3.1) Quando você passa para o segundo grau, em que você serve a Cristo em terras distantes ou não tão distantes de sua casa, você precisa constantemente descobrir os outros a ponto de bem servi-los naquilo de que mais necessitam.

3.2) O verdadeiro amigo é aquele que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - por isso, o serviço deve ser fundado na santificação através do trabalho. É descobrindo sistematicamente os outros que você aprende que pátria é família ampliada e nacionismo é família ampliadíssima, a ponto de Polônia e o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves serem tomados como um mesmo lar em Cristo, apesar de suas diferenças idiomáticas e culturais.

3.3.1) Um Novo Império de cultura decorrerá desse senso, dessa matriz de consciência.

3.3.2) Toda família que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento precisa assumir para si a missão de servir a Cristo em terras distantes, repetindo esse processo ao longo das gerações.

3.3.3) Servindo sistematicamente ao longo das gerações você cria um verdadeiro sistema de capitalização moral, fazendo com que haja uma verdadeira edificação do bem comum em escala global, fundada na verdade, a ponto de promover a glória da República Christiana, uma vez que não podemos nos lançar aos mares em busca de nós mesmos, a ponto de ir à falência ou à deriva por força disso.

4.1) O senso de ter o mundo para morrer nasceu de uma só pátria: Portugal, que soube casar o interesse nacional naquilo que se funda no universal, que vem de Deus.

4.2.1) Portugal foi fundado para servir a Cristo em terras distantes - e isso foi confiado a um só homem: D. Afonso Henriques e seus legítimos sucessores.

4.2.2) Se o pecado entrou por Adão e a virtude entrou por Jesus, então esse império de cultura, que promove o Reinado Social de Cristo Rei, é promovido por um só homem que foi feito vassalo diretamente por esse segundo Adão, o Adão Definitivo: D. Afonso Henriques. Todo monarca deveria imitá-lo, por força disso.

4.2.3) Eis a razão pela qual D. Afonso Henriques deveria ser tomado como santo - missas deveriam ser feitas de modo que isto renove a ordem pública fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1 de dezembro de 2018.

As duas faces do dia 1º de dezembro

1.1) Em 1640, Portugal se separa de vez da Espanha, restaurando seu trono e a missão de servir a Cristo em terras distantes.

1.2) D. João IV foi aclamado Rei de Portugal. Pôs-se como vassalo de D. Sebastião e coroou Nossa Senhora Rainha de Portugal, Brasil e Algarves no dia 8 de dezembro.

1.3) Por isso, Nossa Mãezinha é também Rainha de todo o mundo português - tratá-la como uma mulher qualquer, portanto, é ato de apatria. Por isso que devemos ver isto que os protestantes fazem como uma grave ofensa, uma vez que precisamos ver o que não se vê.

2.1) Em 1822, D. Pedro I é coroado Imperador do Brasil. Ele foi ungido e aclamado. 

2.2) Isto é uma blasfêmia, pois ele amputou o Reino Unido inventando a alegação de que o Brasil foi colônia, junto com José Bonifácio, esse apátrida carbonário que foi agraciado a founding father por iniciativa dos seguidores do Olavo de Carvalho. Além disso, por conta de Ourique, os reis não eram coroados, uma vez que desde D. Afonso Henriques Cristo já havia coroado seus vassalos, pois Ele queria fundar um Império de modo que Seu Santo Nome fosse publicado entre as nações mais estranhas.

2.3) Por conta da alegação inventada de que o Brasil foi colônia, D. Pedro recebeu o título de Defensor Perpétuo do Brasil, o que leva a exercer o Poder Moderador a ponto de ser um tirano absolutista e desfazer o modelo de federalismo pleno praticado por Portugal desde a fundação do Reino, em Ourique.

3.1) Ao escolher primeiro de dezembro como o dia da coroação e da aclamação, ele seqüestrou a missão salvífica de Portugal para a maçonaria. 

3.2) Assim nasceu o Império dos Impérios do mundo que viria a servir de experimento para o projeto da República Maçônica Universal. Isso é dar destinação vazia ao que decorre de Ourique. Isso é um ultraje!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2018.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

O primeiro passo para tornar um empréstimo produtivo é honrar pai e mãe

1) Quando você pede algo emprestado a um amigo, você toma para si a missão de honrar o empréstimo. O fato de se fazer questão de honrar a coisa que vai ser empenhada já torna o empréstimo produtivo, a ponto de remunerar o investimento que este fez em você a ponto de confiar um determinado a valor ou bem para o seu devido uso.

2) Nós aprendemos a honrar os que amam e rejeitam as mesas coisas tendo por Cristo fundamento honrando pai e mãe, a partir da Igreja Doméstica - trata-se de preenchimento de círculos concêntricos, de ampliação de nossas prerrogativas naturais fundadas na verdade, uma vez que somos livres em Cristo, por Cristo e para Cristo. Afinal, remunerar algo alheio que lhe foi confiado é ver Deus na pessoa do credor. Como é lei que se dá na carne, os juros são cabidos.

3.1) Quando alguém preza o dinheiro mais do que a relação de confiança, a tendência é cobrar de maneira aviltante por aquilo que vai ser sacrificado, uma vez que a pessoa preza a si mesma a ponto de desprezar Deus.

3.2.1) Como os emprestador não se importa com a destinação do empréstimo, então a produtividade do negócio tende a ser nula, uma vez que não há nada de bom a ser reproduzido, a não ser a avareza do sujeito - e isso acabará servindo de motivo determinante para um conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida, a ponto de o Estado ter que dizer o direito que cabe nessa seara.

3.2.2) Enfim, toda e qualquer cobrança fundada em fim vazio faz com que a liberdade acabe se voltando para o nada. Eis a usura.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2018.

Considerações sobre o fim do facebook e a questão das postagens produzidas pelos produtores de conteúdo

1) Eu disse que iria preencher 5 mil contatos, o limite do perfil do face, fazendo o que faço: escrevendo e atraindo gente realmente interessada em informação de qualidade.

2) Esse caminho não é fácil - todos os que lotaram o perfil adicionaram qualquer um sem critério. O caminho que muitos adotaram é uma solução fácil - ela deve ser evitada, já que isso leva a patrulhamento ideológico.

3) Mesmo que o facebook entre em falência, pelo menos meu ideal de crescer trabalhando não morreu. A rede de Zuckerberg, por conta de sua arrogância e esquerdismo, pode cair, mas eu não.Se houver uma rede similar ao facebook - que seja dinâmica e que nela eu possa escrever o quanto quiser, sem limitação de caracteres -, então eu peço aos meus contatos que me incluam nela. O GAB é similar ao twitter - e como o twitter limita muito a minha capacidade de criar, eu não uso.

4) É muito meritório que busquem fundar uma rede que defenda a liberdade de expressão, mas não essa liberdade de expressão servida com fins vazios, tal como vemos no liberalismo. Se há escritores dedicados a semear consciência reta e fé reta a ponto de termos vida reta, então eles devem ter todo o seu trabalho incentivado e patrocinado. É gente como que eu que faz uma rede social ser grande - e é essa gente que deve ser valorizada.

5) Uma coisa é certa: se esta rede cair, ao menos eu continuarei de pé - sinal de que meu trabalho é maior do que a rede do Zuckerberg. Como meu trabalho em Deus se funda, então ele transcende ao seu suporte. Se houver um meio de migrar o que produzi para essa nova rede, sem que eu perca nada do que foi produzido, então já me dou por satisfeito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2018 data da postagem original).

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Notas sobre as polêmicas envolvendo o Papa Francisco e a questão da ética online

1.1) Certos assuntos não podem ser discutidos em matéria de rede social.

1.2) Além de causar confusão a quem não entende, são assuntos sensíveis, que precisam ser feitos de maneira reservada de modo que só os que procuram compreender retamente todas as coisas possam entender.

2.1) Há pessoas que nada sabem de Teologia, mas se acham no direito de dizer que que o Papa é um herege, a ponto de tratá-lo como um merda qualquer, como faz o guru da Virgínia. Essa gente, por conta de sua arrogância, não percebe que o Papado, o vicariato de Cristo, merece ser tratado com toda a deferência possível, já que o Papa, além de Chefe de Estado, é o Cristo que está entre nós - e enquanto não houver um devido processo canônico que aponte que ele, o Papa, é de fato herege, o então vigário goza de presunção de inocência, do benefício da dúvida.

3) Eu mesmo não confio no Papa Francisco, mas não vejo algum processo canônico no sentido de saber se ele é herege ou não. Como ele não foi formalmente condenado por heresia, não posso tratá-lo como um inimigo da Igreja de Cristo. Trata-se de uma luta que se dá nos subterrâneos e que deve ser feita com discrição, por meio de uma diplomacia eclesial.

4.1) O que, como leigo, posso fazer é rezar para que resolvam esta confusão de uma vez por todas.

4.2) A rede social não é o ambiente propício a quem faz justiça social por meio do assassinato de reputações. Cansei de ver assassinato de reputação tanto do Papa Francisco quanto da Virgem Maria, a mãe de Jesus, que vive sendo tratada como uma mulher qualquer, da parte dos protestantes.

4.3) Se essa gente tivesse seu CPF proscrito, a ponto de estar proibida de usar a rede para pregar essas coisas, já seria uma pena justa, pois equivale à uma justa pena de morte, uma vez que escrever é prerrogativa fundada na verdade, uma vez que a liberdade deve ser servida de modo que as pessoas vivam em conformidade com o Todo que vem de Deus. A partir do momento em que ela é servida com fins vazios, essa gente tem é que ser proscrita mesmo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2018.