1.1) Quando se estabelece uma atividade econômica organizada, todos os postos criados de modo a fazer a empresa funcionar têm uma história.
1.2) Esses postos existem por conta de uma necessidade específica da empresa. Para se trabalhar num posto em especial, você precisa ter não só conhecimento técnico mas também ser uma pessoa confiável e útil para a empresa, para que essa organização seja tomada como uma extensão do lar por parte de quem trabalha nela, o que também prepara para a pátria definitiva a qual se dá no Céu.
2.1) Cada cargo anteriormente ocupado é uma preparação para um cargo superior.
2.2) Há os cargos no nível mais básico, desempenhados por gente que está aprendendo a trabalhar no ofício, já que estes desejam exercer sua vocação nessa área de atuação. Uma vez que essas pessoas estão preparadas para assumirem uma função mais especializada ou são capazes de exercerem uma atividade mais complexa, elas são promovidas e passam a ocupar um espaço na hierarquia superior imediata.
2.3.1) No começo, como são pessoas novas na função, ocupam o espaço de pessoas mais antigas, de modo a substituí-las em suas férias ou eventuais impedimentos.
2.3.2) Se elas se mostram tão confiáveis quanto seus antecessores, então os antecessores são convidados a assumirem outros cargos de hierarquia superior, visto que fizeram um bom trabalho e há sucessores para eles na função que antes desempenhavam. Alguns aceitam ser promovidos, mas outros, por humildade, preferem continuar na função que desempenham muito bem, visto que estão satisfeitos nessa função
2.3.3) Por força desses humildes, vagas são criadas de modo a acomodar mais gente na mesma função que o humilde, alargando ainda mais a força de trabalho desse departamento, já que este trabalho passou a ser mais essencial para a empresa, o que leva a aumentar a capacidade de produção da empresa, bem como o compromisso que o empresário terá com os trabalhadores dessa classe, de modo a pagar-lhes um salário melhor. Assim, o exemplo do humilde se distribui aos mais jovens na mesma função, sejam eles titulares ou suplentes.
3.1) Se isso ocorre num departamento, o mesmo ocorre nos demais, beneficiando a toda a corporação de ofício.
3.2) Algumas pessoas, por humildade e por senso de empreendedorismo, costumam manter laços com o antigo patrão e acabam criando filiais da empresa em outro lugar ou empresas afiliadas de modo a colaborarem com o antigo patrão em setores em que ele não consegue dar conta de suprir.
3.3.1) Assim, o distributivismo atinge o plano da desconcentração, pois várias pessoas jurídicas surgem por desdobramento da empresa principal.
3.3.2) Como essas empresas pertencem aos empregados do antigo chefe, então o antigo patrão acaba se tornando pai espiritual do empregados dos seus antigos empregados, a tal ponto que a empresa se torna uma espécie de família.
3.3.3) Um bom patrão não demite bons empregados. Na verdade dá a eles liberdade para que possam criar uma empresa afiliada a essa de modo a complementar a atividade, uma vez que o patrão não pode dar conta de de tudo. E uma guilda se compõe de empresas associadas por gente do mesmo ramo ou de ramos conexos, por gente que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.
3.3.3) Um bom patrão não demite bons empregados. Na verdade dá a eles liberdade para que possam criar uma empresa afiliada a essa de modo a complementar a atividade, uma vez que o patrão não pode dar conta de de tudo. E uma guilda se compõe de empresas associadas por gente do mesmo ramo ou de ramos conexos, por gente que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2018.