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sábado, 10 de dezembro de 2016

Estar sozinho é bom, mas é também horrível não ter com quem conversar

1) Enquanto estou estudando e perscrutando as coisas, adoro estar sozinho. No entanto, uma coisa da qual eu não gosto muito é não ter com quem conversar. Sempre que descubro alguma coisa interessante, adoro voltar pra casa e ter sempre uma história nova pra contar.

2) Quando sinto que não tenho com quem conversar, eu procuro pessoas comuns, geralmente gente que não está envolvida na atividade intelectual. Muitas dessas pessoas comuns me ouvem e adoram as histórias que conto - e aí acabo construindo laços mais fortes com essas pessoas. 

3) Pelo menos, são essas coisas que procuro fora do facebook: gente comum, com quem possa trocar uma idéia, sempre edificante. Elas aprendem algo comigo e eu não me sinto tão solitário. Afinal, a vida intelectual é solitária, mas isso não quer dizer necessariamente que eu deva ficar sem ter alguém com quem possa conversar. 

4) Pelo menos, esta tem sido uma das funções das outras redes das quais eu faço parte. Aqui no face, o foco é o trabalho; nas outras redes, sempre que preciso, procuro jogar conversa fora - mas isso não quer dizer falar asneira, pois não perco tempo com conversa fiada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2016.

O comunitarismo é alimentado por meio da patronagem sistemática

1.1) Patrão é aquele que patrocina uma atividade econômica organizada. Ele não precisa ser necessariamente o dono da empresa - basta que ele compre um produto feito das mãos habilidosas de um artesão ou de um escritor que ele já está patrocinando a atividade. 

1.2) Dentro deste conceito, meu patrão são os meus leitores, pois patrocinam a minha atividade de escritor, coisa que faço sozinho, já que não tenho colaboradores trabalhando comigo, no momento. E procuro fazer meu trabalho da melhor forma possível, de modo a edificar mais e mais consciências pelo bem do Brasil.

2.1) Se eu, que sirvo ao público de maneira organizada, vier a ter colaboradores comigo, eu não serei chefe deles, pois nunca tratei ninguém como um inferior. O que faço é orientá-los de modo a que façam aquilo que precisa ser feito de modo a que eu possa fazer bem meu trabalho. 

2.2) Dentro dessa lógica, meus colaboradores são meus assistentes. Se eles quiserem ter inciativas independentes, eles podem montar seu próprio escritório e recrutar seus próprios assistentes - não incomodo que usem as dependências de meu escritório de modo a tocarem seus projetos, se acharem conveniente. 

2.3) Como meus assistentes, posso dar a eles a chance de começarem trabalhando comigo e aprendendo a fazer as coisas da forma como faço. Se eles forem capazes de exercer uma atividade própria, como um desdobramento da minha, isso acaba criando um departamento novo. E no final, esses meus assistentes se tornam meus sócios - e se tiverem gratidão, por conta de acolhê-los na infância profissional, eles fazem de mim uma espécie de líder da empresa ou uma espécie de rei dentro da atividade organizada, pois tomo meus colaboradores como parte da minha família. E o escritório que comando se torna um centro de pesquisas, um think-tank, uma escola onde há vários pesquisadores trabalhando juntos com uma visão de mundo parecida, tendo por mim um pai espiritual em comum, posto que formei a todos eles, por via do estágio nos meus empreendimentos intelectuais, enquanto assistentes.

3) Pelo menos, do ponto de vista comunitarista é assim que nasce uma universidade: ela nasce a partir da guilda dos escritores, pois os escritores são os professores de uma nação inteira, que deve ser tomada como se fosse um lar, tendo por Cristo fundamento. E uma universidade forma professores, que vão atuar nas escolas. Penso que é por essa via que haverá o renascimento da universidade - é a partir do trabalho independente de um pensador organizado que nasce toda uma organização, do mesmo modo que uma nação inteira nasce a partir de um só indivíduo virtuoso. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2016.

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http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/09/da-relacao-entre-comunitarismo-e.html

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

O dízimo virá dos frutos decorrentes da atividade de escritor, pois esta é a minha melhor parte

1) Na oração do dizimista, nós dizemos o seguinte: "também não é o que me sobra que vos ofereço. Esta oferta é minha gratidão, pois o que eu tenho eu recebi de vós".

2) Eu costumo dizer que a atividade de escritor foi o que me sobrou, ao perceber que a advocacia se tornou um verdadeiro inferno, uma atividade inservível para o bem da pátria, nacionisticamente falando. Mas esta atividade que me sobrou, na verdade, é a minha melhor parte. Deus me tirou do inferno da advocacia de modo a ser seu escravo, enquanto escritor. E neste ponto, os meus escritos constituem o meu dízimo, visto que não tenho dinheiro no momento, mas o que tenho de melhor eu recebi de Deus e a Ele dedico o meu trabalho. O fruto que vier desse trabalho, isso será dado a Ele - é disto que tirarei o que é justo: a décima parte.

3) Pelo menos, eu não estou no Egito (na advocacia).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 2016.

Notas sobre a hospitalidade (uma visão que tenho sobre isso)

1) Antes da vida online, eu costumava ir à casa dos meus contatos, de modo a manter a conversa em dia. Naqueles tempos, minha antiga casa vivia entulhada de coisas, a tal ponto que isso não causaria boa impressão nos visitantes, posto que meu pai sempre foi bem desorganizado - e sempre tive receio da fofocada de colégio, dizendo que minha casa na época era uma bagunça.

2) Por isso, para evitar bullying, eu costumava marcar meus encontros nas casas dos meus contatos. As conversas eram quase sempre unilaterais - em 100% dos casos, eu tomava a iniciativa. Quando parei de tomar a iniciativa, tudo se perdeu.

3) Hoje tenho uma casa organizada, aqui em Jacarepaguá, mas minha mãe não quer saber de visitas - por isso que não chamo ninguém aqui em casa, embora eu queira muito. A razão pela qual ela disse isso é que meu irmão impunha as visitas à família. Mesmo que eu nunca tenha feito nada relativo a isso, eu respeito a decisão de minha mãe, mesmo que eu não concorde com isso. Quando tiver meu próprio cantinho, eu recebo quem eu quiser - e não me incomodo que meus contatos passem algumas noites aqui em casa, já que eu bancarei tudo o que for necessário, de modo a que passem o dia confortavelmente comigo, como meus hóspedes. 

4) Pelo menos, é o que posso fazer pelos meus pares, em tempos de rede social. Quando tiver meu canto, posso acolhê-los em casa, quando tiverem coisas a fazer aqui no Rio. Não me incomodo que minha casa sirva de hostel dos meus pares de facebook, tanto do Brasil quanto do exterior. E isso é típico da minha visão calcada na teoria da nacionidade, que estou desenvolvendo.

5) A vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus pede a hospitalidade - nunca pude praticá-la, pois meus pais têm uma visão de mundo diferente da minha. Aprendi pela experiência que não é sensato bater de frente e que a melhor forma de fazer isso é tendo sua própria casa e fazendo isso na prática. E assim o farei. Se disserem que minha casa é uma bagunça, a pessoa ficará ao relento, pois estará abusando da minha bondade - como a bondade é atribuída ao Espírito Santo, e faço isso tendo-O por meu guia, então este tipo de declaração é um pecado contra esse Espírito - por isso mesmo, Deus não perdoa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 2016.

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/04/da-relacao-entre-nacionidade-e.html

Notas sobre conta conjunta no casamento (uma visão que tenho a respeito disso)

1) Se estivesse vivendo uma vida a dois, as despesas decorrentes dessa vida seriam comuns - e para fazer frente a isso, eu não me oponho de ter uma conta bancária conjunta. Afinal, o que se funda no amor deve ser dividido - assim, minhas habilidades estão a serviço da família e as habilidades da minha mulher também. Se mônada é a menor das partículas, então a pequena comunidade formada a partir disso seria esse dado irredutível, sociologicamente falando. Isso não elimina, todavia, a possibilidade de ter um patrimônio particular, de uso estritamente meu - coisa que poderia legar a quem pudesse continuar minha atividade, ainda que não encontrasse sucessor vocacionado na minha própria família. 

2) Esse patrimônio de bens particulares, que decorre de sobras daquilo que vai para o fundo comum - o fundo familiar -, naturalmente ficaria subordinado aos interesses da família - e esses bens particulares, no sentido estrito, são os bens decorrentes da minha profissão. Tudo o que sobrasse, descontadas as despesas comuns - próprias da vida a dois -, eu investiria na atividade profissional, de modo a melhor servir aos meus pares - o que não deixa de ser, indiretamente, uma forma de investir na vida a dois. Afinal, se fosse casado, minha esposa e meus filhos seriam a minha vida, já que no casamento, enquanto vida fundada na conformidade com o todo que vem de Deus, eu estaria morto para mim mesmo - e a atividade intelectual que desempenho é o modo que encontrei para pôr um pouco de comida na mesa, já que a advocacia está inservível enquanto profissão, uma vez que a atividade se reduziu a ativismo judicial. Não somos em nada diferentes das prostitutas do chamado Distrito da Luz Vermelha - lá, elas estão nuas e seminuas; nós, vestidos de terno e gravata - e no caso das mulheres, de tailleur. Tirando as aparências, não somos em nada diferentes, nas nossas atuais circunstâncias.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 2016.

Notas sobre as três classes de apátridas

1) Existem três classes de apátridas: duas decorrentes do Direito e uma decorrente da Sociologia.

1.1) Se um casal de estrangeiros, nativos de um país onde o critério de nacionalidade é o jus solli, tem um filho num país onde o critério de nacionalidade é o do jus sanguinis, o filho nascido será considerado apátrida, por força do conflito negativo de nacionalidade. Países como a França exigem que os pais se naturalizem de modo a que os filhos recebam a nacionalidade francesa - dentro desta via, países com a França desejam que o nascituro de um casal nesta circunstância seja abortado, caso o casal venha a ter o filho assim mesmo - do contrário, o apátrida, o prejudicado por força do conflito negativo de nacionalidade, será abortado em vida, posto que não terá direito algum. Eis aí porque as legislações de países totalitários como a França, fundadas no fato dese tomar o país como se fosse religião, são consideradas uma ofensa a Deus.

1.2) Se uma pessoa for condenada por um crime, ela será declarada apátrida. Como está presa, cumprindo sentença, isso acaba facilitando a aplicação penal de outros países estrangeiros, a tal ponto que poderão ser extraditados por responderem por seus crimes lá fora. Nas circunstâncias atuais, fundadas na mentalidade revolucionária, leis injustas podem ser fabricadas e a pessoa pode acabar respondendo e sendo condenada por um crime que não cometeu, no caso de ter ofendido os imigrantes, sobretudo os muçulmanos. E neste ponto, minha colega Cristina Bassôa de Morais tem razão, pois isso dá causa à injustiça.

1.3) Se uma pessoa nasce no Brasil, espera-se que ela conheça a História do Brasil, de modo a tomar o Brasil como se fosse um lar em Cristo, tal como foi estabelecido em Ourique. Mas como a História do Brasil foi falsificada, as pessoas acabam ignorando sua própria origem e acabam conservando esta ignorância conveniente e dissociada da verdade, a tal ponto que estão tomando o Brasil republicano como se fosse sua religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele. Por conta dessa soberba, eles desligaram a terra em relação àquilo que decorre da pátria do Céu. Por isso mesmo, são apátridas, pois escolheram o erro como sendo a sua verdade. Mais do que neopagãos, eles são neobárbaros, pois negam o verdadeiro projeto civilizacional edificado em Ourique. Esta é a apatria verdadeira, pois decorre da nossa realidade atual.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 2016.

Matéria relacionada:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/12/comentarios-sobre-perda-da.html

Notas sobre a estupidez acidental e sobre a estupidez essencial

1) Uma pessoa sensata tem momentos de estupidez, em alguns momentos da vida. Se o amor tudo suporta, esse amor corrigirá a estupidez, uma vez que estará servindo de poder moderador de modo a que a pessoa se emende e permaneça na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.1) Uma estupidez mais qualificada, fundada na soberba, já é algo mais grave, pois nos afasta da amizade com Deus a tal ponto que relações sociais são desfeitas por conta disso. 

2.2) Esse tipo de estupidez não é algo acidental, como vemos no ponto 1, mas algo essencial - e se isso é essencial, a convivência com esta pessoa não é conveniente. 

2.3) Se uma pessoa for casada com gente assim, deve se afastar da pessoa e até anular o casamento, pois houve um erro de essência sobre o caráter da pessoa, uma vez que este vício permaneceu oculto até a hora da consumação do casamento. Mas se você se casou com esse tipo de pessoa mesmo com este tipo de problema, então é melhor suportar o peso da cruz, pois você assumiu o risco de que sofreria neste tipo de relação. Afinal, o amor tudo suporta - e neste ponto, é preciso intervenção divina, de modo a suportar tudo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 2016.