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domingo, 25 de setembro de 2016

Todos os caminhos decorrem de Roma ou notas sobre a árvore genealógica dos impérios

1) De Roma, surgiram dois impérios: o Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente, sendo que este último virou Império Bizantino.

2) O Império Romano do Ocidente durou até o ano 476 da Era Cristã. Tempos depois, este Império Renasceu com o nome de Sacro Império Romano-Germânico, que durou até o tempo das Guerras Napoleônicas.

3) O Império Bizantino durou até o ano 1453 da Era Cristã e seu sucessor é o Império Russo. Não é à toa que Moscou é chamada também de terceira Roma.

4) O Sacro Império Romano-Germânico foi sucedido pelo Império Austro-Húngaro, que durou até o fim da Primeira Guerra Mundial. Deste império nasceu a princesa Leopoldina, razão pela qual temos o amarelo em nossa bandeira.

5.1) De Carlos Magno, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, surgiu el-Rei D. Afonso Henriques, que recebeu de Cristo a missão de servir a Ele em terras distantes. O Brasil foi descoberto e o descobrimento levou ao desdobramento dessa missão em terras americanas.

5.2) Portugal foi restaurado a partir de 1640 por D. João IV, duque de Bragança e descendente de D. Afonso Henriques. Da Casa de Bragança vem o nosso príncipe regente: D. Pedro. É daqui que vem o verde de nossa bandeira.

6) Do casamento de D. Pedro com a D. Leopoldina surgiu o Império do Brasil, um Império descendente do Império Romano. Até mesmo este caminho, o da genealogia dos Impérios, leva à Roma.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2016.

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sábado, 24 de setembro de 2016

Notas a quem me acha um chato

1) Há quem me pergunte: sou sempre assim, filosófico?

2) A vida intelectual é uma vocação - e por isso eu disse: "aqui estou!". Não sei ser outra pessoa - além disso, estou diante de um ser que ouve tudo, vê tudo, sabe tudo e pode tudo porque é Deus. Se eu não assumir esta realidade, o fato de que estou presente diante d'Ele o tempo todo e que minha vida se volta toda para Ele, então o que faço não faria sentido.

3) Alguns podem não gostar disso, mas é disso que fui feito. Se não fosse a vida online, conversando com gente sensata, eu tomaria isso por maldição, em vez de bênção, tal como ela é, na realidade.

4) Eu posso dizer que sou a pessoa mais chata do mundo, pois dedico toda a minha energia aos estudos. Mas sou um chato feliz, pois amo meu país e dou o meu melhor por ele, apesar dos pesares.

5) Por que razão deveria perder meu tempo com baladas e chopadas da vida? Minha vida é para servir àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus - por isso, não posso perder a vida com quem quer saber de inferninhos. É por isso que, quando escrevo ou abro a minha boca, pessoas vazias vão embora e só os sensatos ficam. Isso é uma forma de expulsar os demônios da minha vida - por isso, continuo falando. Por isso que agradeço minha amiga Sara por continuar sempre me incentivando, quando as coisas parecem perder sentido.

6) Afinal, não deixo este mundo de apátridas me dominar, dado que é um vale de lágrimas. Meu país foi fundado em Ourique e tomo-o como sendo o meu lar, mesmo ele não estando mais presente na realidade das coisas desta terra. Tenho esperança de que ele vai voltar - talvez não o veja em vida, mas deixarei isso aos meus filhos e netos. Espero que me sucedam nessa esperança, tal como os filhos de Israel fizeram. E é isso que nos manterá brasileiros, quando vivermos a diáspora - a esperança é a última que morre e o país ressurgirá das cinzas desta República. E estou certo disso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2016.

Sobre a importância de ser uma criança espiritual

1) Para se investigar as coisas com grande profundidade, você precisa ter a curiosidade de uma criança: uma curiosidade inocente, feita de modo a investigar as coisas na conformidade com o Todo que vem de Deus. Embora na vida adulta a gente acabe perdendo essa inocência, a verdade é que precisamos de certa forma buscar essa criança espiritual, uma vez que é delas o Reino do Céu, como disse Jesus.

2) Quando investigo as coisas que investigo, eu as investigo com a curiosidade própria de uma criança inocente, mas não deixo que as nuances do mal passem em branco - e é meu dever como criança crescida e amadurecida denunciar as reais implicações que vêm do maligno, do fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa que está à esquerda do Pai no seu grau mais básico e que prepara o caminho para coisas mais nefastas, que estão em conformidade com o Todo que vem do Mal e que são mais profundas nesse fato de se estar à esquerda do Pai, que é tomado como se isso fosse bom.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2016.

Do verdadeiro significado do verde em nossa bandeira

1) A Casa de Bragança descende de D. Afonso Henriques - este, por sua vez, descendia de Carlos Magno, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico. E o herdeiro direto do Sacro Império Romano-Germânico é a Áustria, fundada pelos Habsburgo.

2) A cor de bandeira pessoal de D. Pedro, nosso príncipe regente, era verde. E verde é a combinação de amarelo com azul. Não é à toa que é a cor da Aliança do Altar com o Trono, uma vez que tudo que é organizado de modo a cuidar do bem comum prepara as pessoas para vida na conformidade com o Todo que vem de Deus, essencial para se tomar aquilo que se fundou em Ourique como se fosse um lar em Cristo, o que nos leva até a pátria no Céu, nossa pátria definitiva.

3) Verde é também a cor do tempo comum: a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus deve ser buscada nas coisas mais comuns, nas pequenas coisas. Se a pessoa é atenta àquilo que decorre das pequenas, esta também será atenta nas grandes coisas. A maior prova disso é que, quando cuidamos de nossos entes queridos, nós estamos nos preparando para cuidar de uma comunidade inteira como esta fosse parte de nossa família, uma vez que pátria é família ampliada. Não é à toa que a monarquia é sagrada, uma vez que a família é sagrada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2016.

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Notas sobre a importância das nuances da linguagem para a filosofia - o caso da palavra "ridículo", tanto em inglês quanto no português

1) Como já foi dito, a grande vantagem de se aprender línguas estrangeiras é que você é capaz de aprender diferentes nuances. E essas nuances precisam ser passadas de um jeito que o leitor de nossa língua seja capaz de ouvir e compreender. Não é à toa que João Guimarães Rosa falava que isso é mais do que traduzir - trata-se de um traduziradaptar.

2.1) Exemplo disso está na acepção da palavra "ridículo". No português, o que é absurdo é digno risos; no inglês, o que é digno de espanto é causa do ridículo, seja para o bem, seja o para o mal.

2.2) Trata-se de algo mais amplo do que no português: não só as coisas absurdas em si mesmas são ridículas mas também coisas assombrosas, extraordinárias, são ridículas; se você as contar para outra pessoa, esta pode achar essa história absurda, a não que ser uma imagem comprove isto ao seu favor, uma vez que isso vale mais do que mil palavras.

2.3) Na linguagem televisiva americana, essa nuance do termo "ridículo" é extremamente interessante, uma vez que ela poupa a fala para aquilo que é útil, pois a imagem, objetivamente falando, provará o que o argumento não provará, por ser um dado subjetivo, dado que é difícil de ser obtido, a não ser que haja um verdadeiro esforço individual para isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2016.

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Estudo de caso: como combater o superfaturamento nas compras governamentais. O caso dos materiais de higiene.

1) É bem comum haver superfaturamento nas compras governamentais destinadas à manutenção das instituições públicas. E um dos indícios está nos altos custos dos materiais de higiene, sobretudo no custo unitário das vassouras.

2) Sabe o que o meu professor de Processo Civil mandou fazer? Ele mandou o acusado de superfaturamento provar que a vassoura voa, ao perceber que o custo unitário das vassouras era bem mais alto do que o que se costuma praticar no mercado.

3) Não deu outra: o sujeito foi condenado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2016 (data da postagem original).

Por que não confundo educação com instrução?

1) Educação vem de berço. É desde a Igreja Doméstica, a família, que aprendo a viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, assim como aprendo desde cedo a noção de certo e de errado. E se meus pais têm formação e tempo para me capacitar tecnicamente para vida, eu aprenderei os primeiros passos de minha profissão a partir das habilidades da minha mãe e do meu pai - e se eu for capaz de fundir as duas coisas, então eu acabo inventando minha própria profissão, o que é próprio da genialidade. Se meu pai tem irmãos, eu aprenderei o que houver de interessante dos meus tios; se minha mãe tiver irmãos, aprenderei através dos meus tios da linha materna. Do mesmo modo, com os pais do meu pai e com os pais de minha mãe, uma vez que família é comunidade fundada naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, donde vem o afeto, e é comunidade formada por laços de sangue também.

2) Aquilo que o conjunto da minha própria família não puder suprir, eu aprenderei na escola da paróquia. Lá poderei me capacitar em coisas que não encontrarei no meu ambiente familiar. Se a minha paróquia não tem escola, posso fazer isso numa escola particular - ou pública, se minha família não tiver condições de pagar pelos serviços prestados por uma escola particular.

3) É por essa razão que não confundo minha formação de berço com a minha capacitação técnica para a vida civil. Aliás, para eu ser um bom profissional, eu preciso necessariamente ser uma pessoa íntegra primeiro. É por essa razão que não confundo educação com instrução especializada, com capacitação técnica - a partir do momento em que há essa confusão, a tarefa dos pais de educar seus filhos naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus acaba sendo substituída pelo Estado, que é tomado como se fosse religião de tal modo a abolir a religião verdadeira. Não é à toa que isso é herético e uma verdadeira apostasia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2016.