1) Educação vem de berço. É desde a Igreja Doméstica, a família, que aprendo a viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, assim como aprendo desde cedo a noção de certo e de errado. E se meus pais têm formação e tempo para me capacitar tecnicamente para vida, eu aprenderei os primeiros passos de minha profissão a partir das habilidades da minha mãe e do meu pai - e se eu for capaz de fundir as duas coisas, então eu acabo inventando minha própria profissão, o que é próprio da genialidade. Se meu pai tem irmãos, eu aprenderei o que houver de interessante dos meus tios; se minha mãe tiver irmãos, aprenderei através dos meus tios da linha materna. Do mesmo modo, com os pais do meu pai e com os pais de minha mãe, uma vez que família é comunidade fundada naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, donde vem o afeto, e é comunidade formada por laços de sangue também.
2) Aquilo que o conjunto da minha própria família não puder suprir, eu aprenderei na escola da paróquia. Lá poderei me capacitar em coisas que não encontrarei no meu ambiente familiar. Se a minha paróquia não tem escola, posso fazer isso numa escola particular - ou pública, se minha família não tiver condições de pagar pelos serviços prestados por uma escola particular.
3) É por essa razão que não confundo minha formação de berço com a minha capacitação técnica para a vida civil. Aliás, para eu ser um bom profissional, eu preciso necessariamente ser uma pessoa íntegra primeiro. É por essa razão que não confundo educação com instrução especializada, com capacitação técnica - a partir do momento em que há essa confusão, a tarefa dos pais de educar seus filhos naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus acaba sendo substituída pelo Estado, que é tomado como se fosse religião de tal modo a abolir a religião verdadeira. Não é à toa que isso é herético e uma verdadeira apostasia.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2016.
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