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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Notas sobre os estados do ciclo econômico, tendo por fundamento os ciclos da tradição

1) Uma tradição sólida observa o espaço de 4 gerações trabalhando em conjunto. Torna-se algo consolidado, estável

2) O estado intermediário do sólido é o pastoso. Analisa o espaço de 3 gerações trabalhando em conjunto. Está a um passo de se tornar algo sólido, consolidado.

3) Tradição líqüida, ou modernidade, aborda o espaço de duas gerações: a dos pais e a dos filhos. Geralmente esta é tomada como se fosse coisa, pois é mais fácil coletar provas nestas circunstâncias para se prever o futuro.

4) Tempo presente ou estado gasoso, observa: o indivíduo atomizado, sem vínculo com o passado e sem vínculos com o futuro, visto que só quer curtir a vida, a tal ponto que adia a paternidade de modo a que possa aproveitar esta falsa ordem fundada no hedonismo, dado que só quer saber do aqui e agora - este ser está muito preso a uma liberdade voltada para. Este tempo é antieconômico e improdutivo, dado que as pessoas não estão construindo um legado de modo a passar para os descendentes. É o tempo favorito dos comunistas, pois nele a família está abolida - e com isso, o senso de se tomar o país como se fosse um lar. É neste ponto que a civilização sucumbe.

5) Se Marx diz que o sólido se desmancha no ar, então ele está fazendo com que o horizonte das pessoas se reduza. Em vez de observarmos o trabalho acumulado de quatro gerações integradas, nós observamos o de uma geração: a que vive agora, sem levar em conta o passado, que foi rompido, nem o futuro, que pode ser adiado indefinidamente, até o ponto de esta morrer de velhice. Não é à toa que isso é utópico, dado que leva à extinção da humanidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2016.

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