1.1) Não é da natureza da monarquia o centralismo administrativo.
1.2) Como o Rei tende a tratar seu povo como se fosse parte da família, a corte acaba sendo itinerante e o Parlamento acaba sendo montado a partir da reunião eventual dos melhores da Pátria em torno do Rei, o Pai da Pátria e o primeiro cidadão da verdadeira república fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Onde o Rei fixa a sua residência, a cidade termina sendo a principal cidade da nação, por conta de o Rei estar presente ali.
2.1) Como as estruturas de poder se tornaram complexas - a tal ponto que era preciso que se resolvessem problemas políticos e econômicos do modo mais meticuloso e pragmático possível, por meio de métodos científicos fundados na Ciência do Poder - inevitavelmente o país foi descambando para um totalitarismo - e a monarquia cristã e orgânica passou a ser uma república laica, neopagã e mecânica.
2.2) O primeiro momento em que isso se deu foi no absolutismo, a partir do momento em que vemos o governante dizer que o Estado era ele ou que ele era o senhor do senhores e não o servos dos servos, tornando-se uma espécie de Messias e esquecendo-se completamente do fato de que ele era um vassalo de Jesus Cristo, um filho da Igreja, um exemplo a ser seguido pelo povo, por ser o primeiro cidadão da nação tomada como se fosse um lar em Cristo - e tal postura viola à Lei Natural, o princípio da nao-traição à verdade revelada.
2.3) Por conta desse fenômeno do centralismo, a teoria política do patriarcado - do poder natural dos reis, por força de um mandato de Céu - acabou se perdendo. E o país tomado como se fosse um lar em Cristo acabou se reduzindo a um país tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. Isso se deu a tal ponto que os melhores da pátria foram substituídos pelos piores do povo, pois a nova classe política, essa classe de víboras por profissão, era produto do mesmo espírito proletário que afetou a toda a sociedade por conta da Revolução Industrial - e isso é tão verdadeiro que não se preocupavam mais com o bem comum, mas com as próximas eleições.
3) Desde que os ventos dessa nova ordem que edificou liberdade para o nada atingiram o mundo português como um todo, o País acabou perdendo sua história, fundada em Ourique.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2016.
Matéria relacionada:
http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/09/a-metropole-e-filha-da-centralizacao.html
1.2) Como o Rei tende a tratar seu povo como se fosse parte da família, a corte acaba sendo itinerante e o Parlamento acaba sendo montado a partir da reunião eventual dos melhores da Pátria em torno do Rei, o Pai da Pátria e o primeiro cidadão da verdadeira república fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Onde o Rei fixa a sua residência, a cidade termina sendo a principal cidade da nação, por conta de o Rei estar presente ali.
2.1) Como as estruturas de poder se tornaram complexas - a tal ponto que era preciso que se resolvessem problemas políticos e econômicos do modo mais meticuloso e pragmático possível, por meio de métodos científicos fundados na Ciência do Poder - inevitavelmente o país foi descambando para um totalitarismo - e a monarquia cristã e orgânica passou a ser uma república laica, neopagã e mecânica.
2.2) O primeiro momento em que isso se deu foi no absolutismo, a partir do momento em que vemos o governante dizer que o Estado era ele ou que ele era o senhor do senhores e não o servos dos servos, tornando-se uma espécie de Messias e esquecendo-se completamente do fato de que ele era um vassalo de Jesus Cristo, um filho da Igreja, um exemplo a ser seguido pelo povo, por ser o primeiro cidadão da nação tomada como se fosse um lar em Cristo - e tal postura viola à Lei Natural, o princípio da nao-traição à verdade revelada.
2.3) Por conta desse fenômeno do centralismo, a teoria política do patriarcado - do poder natural dos reis, por força de um mandato de Céu - acabou se perdendo. E o país tomado como se fosse um lar em Cristo acabou se reduzindo a um país tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. Isso se deu a tal ponto que os melhores da pátria foram substituídos pelos piores do povo, pois a nova classe política, essa classe de víboras por profissão, era produto do mesmo espírito proletário que afetou a toda a sociedade por conta da Revolução Industrial - e isso é tão verdadeiro que não se preocupavam mais com o bem comum, mas com as próximas eleições.
3) Desde que os ventos dessa nova ordem que edificou liberdade para o nada atingiram o mundo português como um todo, o País acabou perdendo sua história, fundada em Ourique.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2016.
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