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sábado, 10 de setembro de 2016

A modernidade líqüida é explicada por conta da proletarização geral da sociedade

1) No sentido romano do termo, proletário é todo aquele que não colabora com a sociedade política, a não ser com a sua própria prole.

2) Ele não colabora com a sociedade política honrando pai e mãe, quebrando toda uma tradição sólida. Dessa má consciência presente, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, ele vai educando seus filhos para um futuro fundado numa vida de hedonismo e tendo a liberdade que quiserem, fundada em sabedoria humana dissociada da divina. No final, o que é líqüido se torna gasoso, a tal ponto que os indivíduos se tornam atomizados, uma vez que a sociedade moderna se funda na não-crença na fraternidade universal, fraternidade universal essa que decorre da conformidade com o Todo que vem Deus, base para tudo o que é sólido, bom, uma vez que se pauta no verdadeiro.

3) Onde tudo é relativo, a manutenção das atividades produtivas tende a perder sentido, a tal ponto que a sucessão dessas mesmas atividades se torna cada vez mais difícil, a ponto de se tornar inviável. Se não há membros na família dispostos a honrar pai e mãe, então a instituição da família está abolida, assim como a noção de propriedade privada, coisa que vem do legado familiar.

4) É por esta razão que digo que a Revolução Industrial não pode comandar o ritmo geral de vida na sociedade, pois tudo se torna relativo - e se tudo se torna relativo, é porque não existe verdade alguma. E se não há verdade alguma, então Deus não existe - e isso desliga a Terra àquilo que decorre do Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2016.

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