1) Para chegar aos mais de 2500 artigos que escrevi, eu não li muito. Na verdade, meditei mais do que li. Segundo o professor William Bottazzini Rezende, é isto que caracteriza um grande pensador.
2) Eu li um pouco do livro Belonging in the Two Berlins de John Borneman, sobretudo aquele debate com Ernest Gellner, contido numa das notas finais do livro. Enquanto Gellner dividia a História de um povo em vários períodos de nacionalismo, Borneman usou o termo nationness (que foi traduzido por nacionidade, no livro Um Mapa da Questão Nacional, no artigo "Para onde vão as nações e o nacionalismo?") para separar o senso de tomar o país como se fosse um lar de nacionalismo, do senso de tomar o país como se fosse religião.
3) Li um pouco das preleções de Pasquale Mancini, em que define a nação como um dado irredutível, a mônada racional da ciência, a qual deve ser tomada como se fosse uma segunda religião. E foi deste cara aqui que nasceu o princípio das nacionalidades no Direito Internacional.
4) A distinção entre a nacionidade e nacionalidade foi-me tão relevante que fui encontrando fundamentos na Bíblia. A questão da nacionidade eu encontrei na História de Ruth - e foi aí que encontrei o senso de tomar o país como se fosse um lar em Cristo, contrapondo-se ao nacionalismo dos hebreus, que tende a ser farisaico. Quando Cristo deu pleno cumprimento à lei mosaica através do ama o próximo como a ti mesmo, ele criou o senso de tomar o pais como se fosse um lar em Cristo, com base na pátria definitiva, a qual se dá no Céu.
5) Tempos depois, através da indicação do Tarcísio Moura, eu tomei contato com a visão do Cristo Crucificado de Ourique - e percebi que tomar o país como se um lar em Cristo implica servir a Cristo em terras distantes. Como estamos em tempos virtuais, este conceito se atualizou.
6) A questão do conservadorismo e do conservantismo, eu encontrei através da introdução que Pedro Calmon fez da obra Da natureza e dos limites do Poder Moderador. Ao longo das minhas meditações, percebi que conservador é quem conserva a dor de Cristo, ao passo que conservantista é quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade.
7) Enfim, através de sucessivas meditações e debates que tive ao longo desses anos com os meus contatos, com base nas leituras que fiz, eu fui desenvolvendo esse trabalho que estou a escrever.
8) É isso que fiz. E não é preciso ir muito longe. Deus foi tão generoso comigo que recebi do colega Haroldo Monteiro dois convites de hangout: um para debater sobre o milagre de Ourique e outro para discutir Voegelin, sendo que este último ocorreria num horário em que naquela hora já estaria dormindo, já que durmo cedo.
9.1) Embora nunca tenha lido Voegelin e outros clássicos, a experiência que acumulei investigando o que investiguei fornece novos elementos aos que estudam este pensador alemão recomendado pelo professor Olavo.
9.2) Não é à toa que minha pesquisa completa o trabalho do professor Olavo, pois analisei um outro aspecto que me pareceu interessante, a partir de algo que muitos julgam secundário, mas que se tornou a pedra angular do meu trabalho, dado meu interesse mortal sobre as verdadeiras razões pelas quais devemos tomar nosso país como se fosse um lar e não como fosse religião de Estado desta República, a qual edifica liberdade para o nada.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro 15 de setembro de 2016.
2) Eu li um pouco do livro Belonging in the Two Berlins de John Borneman, sobretudo aquele debate com Ernest Gellner, contido numa das notas finais do livro. Enquanto Gellner dividia a História de um povo em vários períodos de nacionalismo, Borneman usou o termo nationness (que foi traduzido por nacionidade, no livro Um Mapa da Questão Nacional, no artigo "Para onde vão as nações e o nacionalismo?") para separar o senso de tomar o país como se fosse um lar de nacionalismo, do senso de tomar o país como se fosse religião.
3) Li um pouco das preleções de Pasquale Mancini, em que define a nação como um dado irredutível, a mônada racional da ciência, a qual deve ser tomada como se fosse uma segunda religião. E foi deste cara aqui que nasceu o princípio das nacionalidades no Direito Internacional.
4) A distinção entre a nacionidade e nacionalidade foi-me tão relevante que fui encontrando fundamentos na Bíblia. A questão da nacionidade eu encontrei na História de Ruth - e foi aí que encontrei o senso de tomar o país como se fosse um lar em Cristo, contrapondo-se ao nacionalismo dos hebreus, que tende a ser farisaico. Quando Cristo deu pleno cumprimento à lei mosaica através do ama o próximo como a ti mesmo, ele criou o senso de tomar o pais como se fosse um lar em Cristo, com base na pátria definitiva, a qual se dá no Céu.
5) Tempos depois, através da indicação do Tarcísio Moura, eu tomei contato com a visão do Cristo Crucificado de Ourique - e percebi que tomar o país como se um lar em Cristo implica servir a Cristo em terras distantes. Como estamos em tempos virtuais, este conceito se atualizou.
6) A questão do conservadorismo e do conservantismo, eu encontrei através da introdução que Pedro Calmon fez da obra Da natureza e dos limites do Poder Moderador. Ao longo das minhas meditações, percebi que conservador é quem conserva a dor de Cristo, ao passo que conservantista é quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade.
7) Enfim, através de sucessivas meditações e debates que tive ao longo desses anos com os meus contatos, com base nas leituras que fiz, eu fui desenvolvendo esse trabalho que estou a escrever.
8) É isso que fiz. E não é preciso ir muito longe. Deus foi tão generoso comigo que recebi do colega Haroldo Monteiro dois convites de hangout: um para debater sobre o milagre de Ourique e outro para discutir Voegelin, sendo que este último ocorreria num horário em que naquela hora já estaria dormindo, já que durmo cedo.
9.1) Embora nunca tenha lido Voegelin e outros clássicos, a experiência que acumulei investigando o que investiguei fornece novos elementos aos que estudam este pensador alemão recomendado pelo professor Olavo.
9.2) Não é à toa que minha pesquisa completa o trabalho do professor Olavo, pois analisei um outro aspecto que me pareceu interessante, a partir de algo que muitos julgam secundário, mas que se tornou a pedra angular do meu trabalho, dado meu interesse mortal sobre as verdadeiras razões pelas quais devemos tomar nosso país como se fosse um lar e não como fosse religião de Estado desta República, a qual edifica liberdade para o nada.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro 15 de setembro de 2016.
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