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sábado, 17 de setembro de 2016

Notas sobre uma falácia que é muito popular atualmente

1) Muitos costumam dizer esta frase: quem não é visto não é lembrado.

2) Se isso fosse verdade, todos seriam ateus. Afinal, Deus, o criador do Universo, não tem imagem e todos se lembram d'Ele, uma vez que ele fala através de fatos, palavras e coisas.

3) Enfim, quem diz essa asneira conserva o que é conveniente e dissociado da verdade: a sabedoria humana dissociada da divina.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2016.

Matéria relacionada:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/09/notas-sobre-o-realismo-de-certas-falsas.html

3 comentários:

  1. Não precisamos nem chegar ao limite de Deus para saber que se trata de uma falácia. Peguemos, por exemplo, o culto aos mortos, a tradição. Isso não está, genuinamente, ligado à idéia de lembrança, afirmação e seguimento daquilo que foi feito, ou praticado, por aqueles que já não mais vemos?
    A própria saudade não existiria se isso - "quem não é visto, não é lembrado" -, fosse verdade.

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    1. O próprio fato de haver essa frase indica não crença em fraternidade universal, coisa que vem de Deus. Quando falamos em tradição, em democracia dos mortos, a própria idéia de saudade nos leva à crença de fraternidade universal - afinal, a Igreja militante precisa estar conectada à triunfante. Se formos para pensar essa frase "quem não é visto não é lembrado" lembra algo que nasceu da ética prostestante - e por conta dessa não-crença em fraternidade universal isso edifica liberdade para o nada. Obrigado pela intervenção, Everton!

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