1) Muitos costumam dizer esta frase: quem não é visto não é lembrado.
2) Se isso fosse verdade, todos seriam ateus. Afinal, Deus, o criador do Universo, não tem imagem e todos se lembram d'Ele, uma vez que ele fala através de fatos, palavras e coisas.
3) Enfim, quem diz essa asneira conserva o que é conveniente e dissociado da verdade: a sabedoria humana dissociada da divina.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2016.
Matéria relacionada:
http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/09/notas-sobre-o-realismo-de-certas-falsas.html
2) Se isso fosse verdade, todos seriam ateus. Afinal, Deus, o criador do Universo, não tem imagem e todos se lembram d'Ele, uma vez que ele fala através de fatos, palavras e coisas.
3) Enfim, quem diz essa asneira conserva o que é conveniente e dissociado da verdade: a sabedoria humana dissociada da divina.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2016.
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Não precisamos nem chegar ao limite de Deus para saber que se trata de uma falácia. Peguemos, por exemplo, o culto aos mortos, a tradição. Isso não está, genuinamente, ligado à idéia de lembrança, afirmação e seguimento daquilo que foi feito, ou praticado, por aqueles que já não mais vemos?
ResponderExcluirA própria saudade não existiria se isso - "quem não é visto, não é lembrado" -, fosse verdade.
Bem lembrado! Obrigado!
ExcluirO próprio fato de haver essa frase indica não crença em fraternidade universal, coisa que vem de Deus. Quando falamos em tradição, em democracia dos mortos, a própria idéia de saudade nos leva à crença de fraternidade universal - afinal, a Igreja militante precisa estar conectada à triunfante. Se formos para pensar essa frase "quem não é visto não é lembrado" lembra algo que nasceu da ética prostestante - e por conta dessa não-crença em fraternidade universal isso edifica liberdade para o nada. Obrigado pela intervenção, Everton!
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