1.1) Para que eu possa obedecer a um padre, a um bispo ou até mesmo a um Papa, eu precisaria ver a figura de Cristo na figura dessas pessoas.
1.2) O princípio da obediência é o amor que deve ser dado ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, já que Ele é o caminho, a verdade e a vida. O papa é o vigário de Cristo - por isso, ele é acessório que segue a sorte do principal, enquanto a segunda vinda de Cristo não ocorre.
2) Agora, se um vigário de Cristo age como um vigarista, comprometido com os conservantismos do mundo de seu tempo ou mesmo agindo de modo a relativizar a verdadeira fé que move todas as coisas da Igreja, então não faz sentido a santa obediência, posto que o vigário está a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de não vermos Cristo na figura dele.
3.1) A mera figura de um vigarista, de um conservantista na figura de um papa, é uma séria ameaça ao papado enquanto instituição.
3.2) Por isso, se não vemos Cristo na figura de um papa que age assim, então não faz sentido obedecer, posto que a fé católica não é uma obediência cega a um homem qualquer, mas uma obediência sincera ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é Cristo, que é o cabeça da Igreja. Afinal, Ele mesmo garantiu que o mal não prevaleceria na Igreja.
3.3.1) É por essa razão que eu não sou um papista no sentido de obedecer a toda e qualquer pessoa que foi posta na cátedra de São Pedro. Nominalmente e formalmente falando, a pessoa pode estar na qualidade de papa, mas ela não está revestida de Cristo, se esta conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de promover heresia ou apostasia, ou mesmo a mentira em nome da verdade, como fazem os comunistas.
3.3.2) Estas são as lições que aprendi por conta da realidade do pontificado do Papa Francisco.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 28 de maio de 2021 (data da postagem original).