1) Para que o argumento da troca autística, segundo von Mises ,valesse, o homem precisaria ser capaz de fabricar seu próprio alimento. Ou seja, ele precisaria necessariamente fazer fotossíntese, ter qualidades de uma planta.
2.1) Na hiperciência, onde os homens fazem do conhecimento da ciência biológica ciência do poder total - a ponto de criar seres em laboratório que melhor atendam ao seus vis interesses, fundados naquilo que conservam de conveniente e dissociado da verdade -, eles são capazes de combinar dna de planta a células embriões humanos de modo a ver se as pessoas são capazes de fazer fotossíntese - agindo assim, homem nenhum terá fome ou sede, a ponto de serem deuses.
2.2) Afinal, um escravo que não sente fome ou sede é o escravo perfeito - ele não seria muito diferente do Deus da teologia da prosperidade, onde Deus é escravizado de modo a atender os caprichos dos seus seguidores, que fazem da riqueza sinal de salvação. Um consectário lógico da ética protestante e de seu subproduto, o capitalismo.
3.1) Acontece, porém, que o ser humano tem alma e ele precisa de Cristo - e a eucaristia é vital para a sobrevivência do mesmo neste vale de lágrimas. Ainda que este fizesse fotossíntese, sem a palavra de Deus não haveria a luz do sol tão necessária para que ele seja capaz de produzir seu próprio alimento.
3.2) Além disso, o trabalho dignifica o homem - para ter o que comer, é preciso trabalhar, é preciso cuidar das plantas de modo que produzam alimento para ele.
3.3) É na dependência que tenho dos outros seres, animais ou vegetais, que vivo a vida na dependência de Deus. Eis o poder moderador mais natural que tem - eu preciso descobrir os outros, ainda que não sejam da minha espécie.
3.4) Não é à toa que hiperciência é ciência e técnica a serviço da mentalidade, a ponto de ser magia. Por essa razão, isso é condenado pela Igreja Católica, pois isso é heresia.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 26 de maio de 2021 (data da postagem original).
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