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sábado, 8 de dezembro de 2018

O templo pagão cunhou a moeda de ouro, mas a Igreja de Cristo criou a moeda fiduciária

1) É fato histórico que as moedas eram cunhadas no templo dedicado a Juno Moneta, quando Roma era pagã.

2.1) E Como todo povo pagão, os romanos faziam do homem a medida de todas as coisas, a tal ponto que o ideal republicano de que nenhum homem estaria sujeito ao arbítrio de outro homem se tornou um ideal irrealizável, utópico.

2.2) A maior prova disso é que César seguiu a proposta de Cleópatra: de se tornar um divo, tal como o Faraó do Egito. E foi nesse momento que Cristo surgiu, já que a influência do Egito já havia chegado à Roma, que já dominava a judéia nessa época.

3.1) O cristianismo venceu esse combate espiritual e conquistou Roma.

3.2) Os Imperadores deram lugar ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem como o verdadeiro Rei de Roma e seu vigário tornou-se o bispo de Roma, sucessor de São Pedro, o primeiro Papa.

4) Neste sentido, a moeda de ouro, que é feita de metal e não se reproduz, dá lugar a uma riqueza que capaz de se reproduzir, seja ela animal ou vegetal, uma vez que Deus é o autor da vida - e a riqueza mais nobre fundada nesse princípio passa a servir de parâmetro, uma vez que do pau-brasil vem um corante vermelho que é usado nas vestes dos cardeais, os príncipes da Igreja, sucessores dos apóstolos, a tal ponto que darão sua vida por Cristo como fizeram os apóstolos, que foram martirizados.

5.1) O pau-brasil passa a ser o novo lastro dessa moeda fiduciária. Ele é raro como o ouro e é capaz de se reproduzir, pois é uma árvore.

5.2) Se a moeda fiduciária for assinada pelos que são chamados a servir a Cristo, de modo a fazer com que o verbo que se fez carne se torne a nossa realidade, então essa moeda passa a ser sagrada, uma vez que a autoridade para emitir tal nota foi consagrada, santificada, garantido as obrigações de tal maneira a facilitar a integração entre as pessoas.

6.1) Se o templo dos deuses pagãos levou à salvação pela riqueza, então o templo do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem levará a riqueza a ser usada como meio a se promover o bem comum, uma vez que a verdade e a justiça são a verdadeira riqueza, a ponto de valer mais do que o ouro e a prata.

6.2) E a santificação através do trabalho que transforma a riqueza de tal maneira a bem servir aos nossos semelhantes se torna o parâmetro para se tomar o país como um lar em Cristo, a ponto de nos preparar para a pátria definitiva, que se dá no Céu. Eis a sociedade fundada na confiança, no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 2018 (data da postagem original).

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Da importância de se dar mais valor aos bens futuros do que aos bens presentes - notas à cultura de prevenção às calamidades

1) Na ordem econômica fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, os bens futuros têm mais valor que os bens do presente. Por isso mesmo as pessoas poupam dinheiro e estocam comida nos armazéns de modo que tenham o que é preciso para sobreviver em tempos de calamidade. E tendo o que comer em caso de calamidade, já é ganho sobre incerteza.

2) Os sensatos não esperam a calamidade vir. Eles vão até as paróquias e fazem seus depósitos necessários ou miseráveis, deixando ao administrador paroquial a tarefa de administrar esse bens de modo a ajudar os necessitados - o que fomenta a caridade.

3.1) Se a Igreja se torna um banco nesse aspecto, então a autoridade da Igreja acaba servindo de garantia de modo que um determinado empréstimo seja pago.

3.2) Se o empréstimo tem com o intuito reconstruir o que foi perdido, cabe restituir o que foi consumido; se tem caráter produtivo, no tocante a promover ou expandir o bem comum, então juros devem ser dados, uma que vez que essas coisas se deram na conformidade com o Todo que vem de Deus. O verdadeiro Deus e verdadeiro homem, representado na figura do sacerdote, edificou uma ponte de modo que o fiel depositante e o fiel tomador se encontrassem, a ponto de haver uma integração entre as pessoas, no âmbito da paróquia.

José Ictavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 2018 (data da postagem original).

Dos sacerdotes como os primeiros banqueiros

1) Se os sacerdotes são administradores, então eles se tornam os primeiros banqueiros, uma vez que eles têm autoridade para emitir moeda fiduciária.

2) Se Cristo é a verdade, então a assinatura do sacerdote garantindo esse título de commodity é feita se como se fosse o próprio Cristo tivesse assinado tal nota, uma vez que a riqueza da cidade que vai ser servida em terras distantes está assegurada contra eventual perda em caso de assalto nas estradas.

3) Nesse sentido, os títulos de crédito na forma de commodities estão assegurados, uma vez que estão abençoados. Esses títulos são acessórios que seguem a sorte do principal: a santificação através do trabalho.

4.1) É nesse sentido que os primeiros bancos surgiram nas paróquias, pois o padre enquanto administrador garante a integração dos povos das diferentes paróquias de modo que pudessem se desenvolver juntos, a ponto de se promover ainda mais o bem comum por conta de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4.2) E quanto mais desenvolvida é a a cidade, mais gente é chamada a servir a Cristo nessa cidade, a ponto de se tornar uma diocese - e onde está o bispo, aí está a Igreja Católica.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 2018 (data da postagem original).

Como os títulos de crédito ajudaram na formação dos Estados Nacionais?

1.1) Como em cada vila havia sua própria moeda e como havia o risco de a carga ser interceptada por ladrões, os pastores, se tivessem excedente, buscavam o auxílio dos banqueiros de modo a escriturarem o produto num título de commodity, transformando algo difícil e pesado de carregar em algo leve e fácil de carregar.

1.2) Essa moeda escriturada era abençoada, uma vez que a autoridade responsável pela emissão amava e rejeitava as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de contribuir para o desenvolvimento local.

1.3) Em razão da credibilidade do banqueiro, o título podia circular em outras vilas - e quem comprasse o título desse pastor, cujo valor é assegurado pelo banqueiro em caso de sinistro, tinha o direito de investir na economia dessa praça de onde o título foi emitido a modo a transformar a lã em tapeçaria, em produto de luxo.

2.1) Era a mesma lógica da economia protecionista que havia no Novo Mundo, pois o mar estava infestado de piratas.

2.2) A cidade atraía novos investidores, se desenvolvia ao integrar cidadãos de outras cidades à sua e ainda se protegia do assalto dos criminosos.

2.3) E quanto mais desenvolvida fosse a cidade, um serviço de segurança poderia ser melhor oferecido, a ponto de contratarem mercenários de modo a proteger os viajantes dos perigos das estradas.

2.4) Com o tempo, esse mercenários das cidades foram substituídos por cidadãos vocacionados à defesa da cidade - eles fariam a escolta desses produtos de tal maneira que a cidade pudesse se desenvolver. É assim que se começa o processo de se tomar o lugar que se vive como um lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 2018 (data da postagem original).

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Da importância dos simuladores econômicos para o desenvolvimento de todo o meu pensamento

1) Muitas das coisas que escrevo sobre história, filosofia e economia decorrem de algumas coisas que observei nos jogos que costumo jogar. Algumas coisas eu vi no Civilization 5, outras no Civilization 6, outras no Colonization original, outras no The Guild 2 e outras no Ultima Online, que é um RPG medieval.

2) Esses simuladores guardam alguma relação com a realidade, tanto é que me permite observar coisas que normalmente não veria no meu dia-a-dia. E é com base nessas coisas que observo que começo a meditar sobre isso. Enfim, jogar esses jogos é como ler centenas de livros por ano - e isso é algo que não pode ser desprezado.

3) Os economistas, quando colhem dados sociológicos, tendem a jogar isso nos simuladores de modo a ver as conseqûências práticas dessas ações. Muitos deles acabam se tornando projetistas de jogos, fazendo com que a complexidade do mundo real seja trazida com fidelidade para os ambientes virtuais, enriquecendo e muito a imaginação das pessoas.

4) E é por conta dessa imaginação enriquecida que começo a meditar nas coisas que são fundadas naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, uma vez que descarto aquilo que decorre da ética protestante e do espírito do capitalismo, que faz do homem a medida de todas as coisas, fundada numa cosmovisão em que o mundo é dividido entre eleitos e condenados, visão essa que acabou inspirando a realidade geopolítica da Guerra Fria, no século XX.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2018.

Notas sobre o surgimento das primeiras guildas

1) O conhecimento da natureza leva à domesticação de plantas e animais, a ponto de se dividir em duas especializações: agricultura e criação de animais.

2.1) Quando você faz da agricultura ou da criação de animais um atividade econômica organizada, nós estamos lidando com seres vivos, capazes de se reproduzir.

2.2) Por isso mesmo, relações de confiança podem ser desenvolvidas de modo a fomentar empréstimos e pagamento de juros, uma vez que os animais e sementes plantas emprestados acabavam levando ao desenvolvimento de novas raças de animais ou plantas a ponto de gerarem um rebanho de melhor qualidade, havendo assim um ganho sobre a incerteza. A partir de matrizes de melhor qualidade, podemos obter melhor lã, melhor couro, melhor leite, trigo de melhor qualidade e muitas outras coisas.

3.1) Famílias inteiras, comunidades inteiras se dedicavam à agricultura ou à criação de animais enquanto atividade econômica organizada, por conta da geografia privilegiada.

3.2) Essas famílias se associavam por meio do casamento e aprendiam com outras famílias segredos profissionais, a ponto de se tornarem uma classe profissional, que faz da missão de prover alimento para o corpo e para alma de uma comunidade inteira sua principal vocação, a ponto de se santificarem através desse trabalho - e a responsabilidade de alimentar toda uma comunidade que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento é uma responsabilidade pesada, cujo fardo se torna suave através da fé n'Aquele que é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, a ponto de todo esse trabalho ser gratificante e enobrecedor. Eis o nascimento das guildas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2018.

Notas sobre o conhecimento da natureza como o primeiro conhecimento necessário para se tomar o novo lugar como um lar em Cristo

1) Quando uma terra é descoberta, o primeiro passo é obter conhecimento da natureza dessa terra, de modo a tirar o máximo proveito dela para que se possa se promover um bem comum fundado na missão de se servir a Cristo em terras distantes.

2.1) Os primeiros degredados iam obtendo essas informações, favorecendo o desenvolvimento das primeiras corografias, descrevendo a geografia do lugar.

2.2) A fauna, as plantas, a propriedade medicinal de cada planta, técnicas de caça, de pesca, fabricação de barcos - todo o conhecimento indígena foi incluído no cabedal na missão de servir a Cristo a terras distantes.

2.3) Como os índios eram tomados como aliados, então isso favorecia uma parceria a ponto de viabilizar o povoamento dessa região, uma vez que os melhores do povo português se casavam com as filhas dos chefes das tribos locais, criando um novo tipo de nobreza, juntando o que havia de melhor dos dois lugares. E isso é a antevisão do senso de se tomar dois ou mais lugares como um mesmo lar em Cristo (nacionidade).

3.1) Os animais eram caçados ou domesticados, dependendo da sua utilidade de modo a se promover o bem comum, de modo que esta terra de além-mar fosse tomada como um lar em Cristo, por força daquilo que decorre de Ourique - por isso mesmo, esse valor era objetivo, uma vez que a melhor forma de se obter ganhos sobre a incerteza era preservando esses bens de modo a melhorar a vida de todos os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3.2.1) Em razão dessa missão, a mão que produz é a mão que preserva, de tal forma que as árvores frutíferas não eram abatidas.

3.2.2) Mudas das melhores árvores locais eram colhidas junto com amostras de solo florestal de boa qualidade, de modo que pudessem ser plantadas em outros lugares, sobretudo em terras distantes.

3.2.3) Muitas plantas de outros continentes foram introduzidas pelos portugueses em razão dessa missão. E é por conta dessa missão que os portugueses ensinaram os índios a preservar o pau-brasil, uma vez que eles eram os melhores engenheiros florestais do mundo.

3.2.4) Nenhuma civilização se notabilizou tanto quanto os portugueses nessa matéria, uma vez que eram um império de cultura, não um império de domínio, que faz do homem a medida de de todas as coisas a ponto de a riqueza ser tomada como um sinal de salvação, o que leva a uma economia predatória, crematística.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2018.