Pesquisar este blog

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Notas sobre a importância de se atuar na cultura e não na política, tendo por base as nossas atuais circunstâncias

1) O professor Olavo fala que comunismo é uma cultura.

2) Max Weber falou que a riqueza tomada como sinal de salvação gerou uma espécie de cultura em que o processo de capitalização é tomado como se fosse uma religião, uma obsessão, uma vez que o mundo foi dividido entre eleitos e condenados. Como isso edifica liberdade com fins vazios, então ela é a causa da cultura comunista, uma vez que os comunistas são progressistas, no sentido de que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade de modo ainda mais radical.

3.1) O combate ao comunismo e ao capitalismo se dá em âmbito cultural.

3.2) A organização das coisas de modo a se dar uma justa destinação a elas e construir um bem comum a partir dessas coisas é uma cultura, pois isso leva a um chamado que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus. Por isso, a troca de uma cultura que gera má consciência por outra que gera consciência reta, fé reta e uma vida reta precisa se dar no âmbito cultural.

3.3) Uma vez vencida essa guerra cultural, aí é que virão os debates políticos necessários de modo a se estabelecer quais seriam as melhores estratégias governamentais que poderiam fazer com que as mulheres, criadas na cultura de empoderamento feminino, troquem a carreira para assumir os seus papéis naturais, dentro do plano de Deus. E esse tipo de coisa se funda no fato de que a autoridade aperfeiçoa a liberdade, favorecendo uma maior integração entre as pessoas.

4.1) Essa tal de Damares Alves, por ser protestante e ligada ao ex-senador Magno Malta, tende a assumir tendências positivistas - ela acha que lei é solução pra tudo, a ponto de forçar as mulheres todas a serem todas de donas de casa.

4.2) O que ela vai fazer é alimentar a narrativa esquerdista, além de prejudicar a economia doméstica de muitos lares, uma vez que a mulher é chefe de família na maioria dos lares.

5) Esta é uma questão que certamente passará por gerações. É uma questão antes cultural que legal, pois a lei que se dá na carne, que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, prevalece sobre a lei positiva. E neste caso, a razão, fundada na verdadeira fé, é maior do que a força.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2018 (data da postagem original).

Em serviço fundado em Deus, conquistar um novo leitor e fazer dele seu doador fiel é uma luta diária - quando isso ocorre, isso é uma bênção

1) Há quem me diga que, para chegar a ter 20 doadores regulares, uma meta mais modesta, eu devo buscar uma meta mais ousada, como 100 leitores.

2) O problema é que metas mais ousadas geram expectativas fundadas nessas metas. Mesmo que a meta mais modesta seja alcançada, um ganho sobre a incerteza, a sensação é de fracasso, não de sucesso, uma vez que estou fazendo da riqueza sinal de salvação, o que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Enfim, dizer isso é uma forma de edificar má consciência nas pessoas. E acho tal conselho um desserviço.

4.1) Eu sou mais pelo que a Bíblia nos fala, pois quem se esforça, quem se humilha a serviço de Deus, é elevado, uma vez que há certos trabalhos humilhantes e degradantes para quem é rico no amor de si até o desprezo de Deus, mas que devem ser santificados do mesmo jeito.

4.2) Conquistar um leitor novo todos os dias e fazer dele um doador fiel é uma luta diária. Se você consegue trazê-lo para seu lado, além de ganho sobre a incerteza, é uma vitória, uma bênção.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2018.

Notas sobre economia familiar - o caso dos médicos na cidade grande que possuem um pequeno sítio

1) A esposa de meu médico toca uma fazenda. Nessa fazenda, ela produz mel e iogurte a partir de leite de cabra.

2) O meu médico, em seu consultório, tem uma atendente que vende esses produtos para os pacientes, uma vez que já há uma clientela certa. Muitos deles confiam no meu médico e certamente comprarão os produtos da esposa dele, uma vez que há uma relação de confiança há muitos anos desenvolvida. Como as coisas são tocadas pela mesma família, então dá para saber a procedência e consumir sem medo um produto de excelente qualidade, o qual você não encontrará num supermercado.

3) Se fosse médico, se tivesse consultório próprio e uma esposa que tocasse um sítio, eu certamente faria o mesmo, só que com outros produtos: como café ou frutas, por exemplo.

4.1) Eis aí um modelo de integração entre campo e cidade.

4.2) Prefiro mil vezes apoiar uma economia de família a apoiar uma economia impessoal fundada nas grandes corporações, que fazem da riqueza sinal de salvação, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro. 6 de dezembro de 2018.

Novas notas sobre o imposto de renda

1) No direito brasileiro, renda pressupõe algo que seja fruto decorrente da exploração da terra, do trabalho ou da combinação ambos. Do ponto de vista do direito brasileiro, quem é assalariado e recebe algo fixo está a receber renda por força do trabalho. Fazendo ou não fazendo coisa alguma, o trabalhador recebe algo fixo - por isso, ele será tributado.

2) O imposto de renda atinge mais a classe trabalhadora do que propriamente a classe empresarial porque esta classe recebe algo fixo. E se há algo fixo, certo, então o imposto é calculado em razão disso.

3.1) O imposto de renda não enxerga o caráter de quem trabalha - ele reduz a pessoa de quem trabalha à sua função: que é produzir riqueza, como se ela fosse sinal de salvação.

3.2) O imposto de renda decorre de um ambiente onde a ética protestante e o espírito da capitalismo é uma realidade cultural - isso faz com que tudo esteja no Estado, a ponto de nada estar fora dele ou contra ele. Trata-se de um imposto perverso. Por isso mesmo, este instituto importado ajudou a alavancar o totalitarismo da República.

4) O salário mínimo divorcia renda da produtividade. Além da perda por força da inflação, que é uma espécie de imposto indireto, há ainda a tributação em razão do imposto de renda, admitindo que todos devam pagar imposto (imposto uniforme, em razão do igualitarismo).

5) Se todos fossem autônomos, não haveria uma renda fixa a ser calculada, inviabilizando a cobrança desse imposto. Como a receita do autônomo depende do ganho sobre a incerteza, então o imposto deve ser cobrado no momento em que ele consome, por conta da eventualidade.

6.1) Onde a riqueza é tomada como sinal de salvação, então ela se torna um dado certo, como se tivesse sido criada a partir do nada.

6.2) Como há uma cultura errada nessa direção, isso acaba fomentando opressão, a ponto de criar obrigações iníquas, fazendo com que os direitos e deveres sejam servidos com fins vazios.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2018.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Notas sobre minha teoria do conto

1) Um amigo meu tomou conhecimento a respeito desse meu problema de "limitação imaginativa". E aí ele me sugeriu o seguinte: que eu demonstrasse as virtudes e defeitos dos meus personagens.

2) Se fizesse ficção, muitos dos meus personagens teriam por lastro pessoas que conheci online. Muitas delas são ricas em má consciência e que bloqueei. Posso citar alguns: Leonardo Pratas, Graça Salgueiro, Pérsio Menezes (esses três exemplos de gente que desprezo).


3.1) Para fazer um personagem de ficção, tudo o que devo fazer é descrever algumas pessoas reais e pegar o que há de bom numa e o que há de ruim em outra e colocar isso num personagem, de modo a sair bem autêntico.

3.2) Quanto a cenários, bastam lugares que eu conheci; quanto a ações, basta se fazer esta pergunta: o que faria se fosse um ser mesquinho, como o Roberto Carlos? O que faria se tivesse a prepotência do Lula ou mesmo da minha ex-namorada, que achava que podia opinar sobre qualquer coisa, mesmo não sabendo patavina nenhuma do que está sendo falado, uma vez que ignora esta lição do Olavo: de que é preciso estudar antes de falar?


4.1) Mesmo que eu tenha problemas de limitação imaginativa, eu prefiro algo bem pé no chão.

4.2) Posso criar personagens fictícios, mas o lastro deles são pessoas que eu conheci na realidade (e a rede social é também uma realidade, pois lido com pessoas reais, embora distantes de mim geograficamente falando).

4.3) Muitas das pessoas que conheci me causaram impressões muito negativas e poucas me causaram impressões positivas, se levarmos em conta este tempo de fogueira das vaidades, que é subproduto dessa cultura de liberdade voltada para o nada em que estamos permeados.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2018.

Uma sugestão aos professores universitários que me acompanham

1) Mestrado e doutorado me são coisas muito bem-vindas, desde que haja professores íntegros e honestos que aceitem dialogar comigo sobre essas coisas que produzo. Já tenho mais de 4000 artigos produzidos em meu blog.

2) Enquanto houver esquerdistas dominando as instituições acadêmicas, nada feito. Não me sujeito a quem vai me reprovar porque sou contra o marxismo. Prefiro servir a meus contatos da forma como faço, como intelectual independente. Ganho pouco, mas vou progredindo.

3) Muitos dos meus contatos são professores universitários. Quem sabe um dia eles não me convidem para ser pesquisador dessas instituições? Não é preciso currículo lates - o que publiquei em meu blog já dispensa apresentações.

4) A cultura do diploma, dos títulos acadêmicos e dos currículos de emprego tem que vir abaixo. Comigo, as coisas se dão por meio de acordo - e num mundo onde cada tem um a sua verdade, o que fomenta conflitos de interesse sistemáticos, isso é desprezado. Prezo e muito a diplomacia pessoal - e é assim que consigo o que eu quero.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2018.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Por que não destilo meus textos em conto literário?

1) Tem gente que me pede para escrever livros de literatura de modo que o que escrevo sobre nacionidade ganhe ainda mais leitores.

2) Não basta ter talento para escrever. É preciso ter vivência para se contar uma boa história. Para quem tem 37 anos, minha vivência está muito abaixo da média dos que têm a minha idade. Minha vida inteira foi de estudo - minha rotina sempre foi casa e escola. Hoje, é casa e Igreja, o que não deixa de ser uma escola.

3) Nunca me fui dado a aventuras. Tirando meu irmão mais novo, ninguém aqui é aventureiro.

4.1) Para que pudesse destilar a teoria da nacionidade em um conto literário, eu precisaria ter morado em um outro país durante um certo tempo.

4.2) Como venho de uma família de poucas posses, somado ao fato de que minha profissão está sob o controle da OAB - que sempre foi aliada dos que estavam metidos até o pescoço com a mentalidade revolucionária -, então não tenho a menor experiência de vida laboral, de quem se sujeitou às regras do mercado de trabalho, dessa liberdade voltada para fins vazios, fazendo com que a riqueza se torne um sinal de salvação. Por isso, não juntei dinheiro para poder viajar e tomar outro país como meu segundo lar, por conta do trabalho.

4.3) A única coisa que posso oferecer é um estudo fundado nas minhas meditações que faço das leituras venho tendo desde 2004, quando tomei contato com o livro Um Mapa da Questão Nacional. Esta é única viagem que posso fazer. E isso pode ser destilado em sociologia, história, direito e economia. É a única viagem que posso fazer sem sair de casa, do meu escritório.

5.1) Muitos querem que eu faça isso, com base nos conselhos do Olavo. Olavo tem vivência e já esteve no exterior - por isso que ele pode fazer essas coisas.

5.2) Para quem vem de uma família que não tem o hábito de viajar, posto que isso sempre foi dispendioso, a única forma de progredir é pelo estudo. E no país do PT, isso é atraso de vida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2018.