1) Eu nunca fui bom aluno de Física, mas a primeira coisa que aprendi foi a noção de referencial.
2.1) Em História do Brasil existem dois referenciais: um falso e outro verdadeiro.
2.2) O falso é acreditar que a História do Brasil começou em 1500 - se a civilização foi plantada a partir do nada, então em 1500 a semente foi plantada e a árvore revolucionária começou a dar frutos em 1822. De lá para cá, só tivemos turbulências, instabilidades políticas, revoluções. A ordem foi implantada a partir do caos e o progresso feito através do mais puro relativismo moral, o que é um retrocesso. Ou seja, o começo da nossa história começa quando ficamos a ver navios - e não sabemos a razão pela qual isso ocorre, pois isto foi convenientemente silenciado.
2.3) Se os apátridas pensam que vão salvar o pais indo a protestos com a camisa da seleção brasileira de futebol - esses falsos bravos que ganham milhões em dólar e que não tem nada de bom a acrescentar à pátria - e dizer frases de feito "menos Marx, mais Mises" (esse charlatão que equiparou Jesus a um bolchevique), então estão muito enganados. Não é com salvacionismo de um projeto revolucionário que se salva o pais.
3.1) O Brasil é desdobramento do que houve em Ourique. Cristo mandou os portugueses irem servir a Ele em terras distantes, e o Brasil foi povoado da mesma forma como o sul de Portugal foi povoado: por meio de migrações. Estabeleciam assentamentos para se lavrar a terra - e essas eram as verdadeiras colônias. E dai todas as coisas surgem por mero acréscimo. Por isso, assistam ao vídeo o Brasil não foi Colônia do professor Loryel Rocha, bem como leiam os livros de Tito Lívio Ferreira.
3.2) Neste ponto, ele tem razão - e não sou louco de sair por ai botando uma melancia no pescoço (leia-se: uma camisa estampada com o rosto dele), dizendo que ele tem razão. Isso é coisa de gente inferior, que não contribui em nada para a sociedade política a não ser colocando filho no mundo para que o mundo crie, a ponto de estar omisso em relação ao fato de fazerem do rebento rato de laboratório das mais sinistras experiências pedagógicas. Nem o homeschooling salvará este país se houver no seio da família toda uma má consciência que conserva este estado de coisas conveniente e dissociado da verdade, a menos que aquilo que se fundou em Ourique seja parte da educação a ser feita em casa.
4.1) Ainda que de maneira inconsciente, quem foi às ruas levando imagens de Nossa Senhora e terços, tal como se deu em 1964, fez mais bem a esta terra do que esses apátridas que tomam o Brasil como se fosse religião, aos moldes do patriotismo de Copa do Mundo.
4.2) Do ponto de vista civilizacional, quem trouxe Deus para o campo de batalha deve e precisa ser eternamente lembrado, pois tomava o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves como um lar em Cristo de modo a se preparar para a pátria definitiva - a qual se dá no Céu -, apesar desta República.
4.2) Do ponto de vista civilizacional, quem trouxe Deus para o campo de batalha deve e precisa ser eternamente lembrado, pois tomava o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves como um lar em Cristo de modo a se preparar para a pátria definitiva - a qual se dá no Céu -, apesar desta República.
5.1) O que o mundo chama de onda conservadora é, na verdade, uma onda conservantista, libertária e salvacionista.
5.2) Salvação pelo conhecimento não basta, bem como a necessária restauração do imaginário, se não entendermos as origens. Sem referência a Ourique, o país estará fechado à verdade pela qual esta terra foi povoada - e isso é gnose, pois a secessão (falsamente chamada de "independência") desobrigou o povo desta terra daquilo que Cristo nos mandou fazer, que era uma missão salvífica. E isso é claramente revolucionário, a tal ponto que nosso imaginário político é todo ditado pela Revolução Francesa, ou pela Revolução Americana, e não por aquilo que decorre de Portugal, por força de Ourique.
5.3) Se as coisas permanecerem como estão, o Brasil continuará deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 12 de março de 2018.
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