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terça-feira, 6 de março de 2018

Por que sou contra a privatização das universidades públicas?

1) Uma das razões pelas quais eu condeno a privatização das universidades públicas está no fato de que elas são lugares onde se pensa de que forma o país deve ser tomado como se fosse um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

2) Como pensar é uma forma de proclamar a verdade, reproduzindo a conduta de Cristo neste aspecto, então toda atividade universitária - seja o ensino, seja a pesquisa, seja a extensão - deve e precisa ser aberta ao público, aos ouvintes - assim, haverá sempre fiscalizadores, evitando que haja doutrinação no meio acadêmico. Eu mesmo fui um aluno ouvinte; no meu tempo livre assisti aulas de mestrado em História na UFF como ouvinte. Foi durante essas aulas que tomei contato com o conceito de nacionidade em Borneman, que foi a pedra angular de todo o meu pensamento teórico.

3) Se as universidades fossem privadas, todo o conhecimento produzido seria considerado um segredo industrial, o que concentraria o poder de usar, gozar e dispor do que foi produzido em poucas mãos, a ponto de se criar uma elite oligárquica e não uma aristocracia. Eis o caráter estratégico das universidades: formar quadros, formar a elite pensante do país, que governará o pais para as próximas gerações.

4.1) Seria mais sensato que as universidades públicas fossem pagas por todo aquele que pode pagar, pois a maioria das pessoas que se encontram na universidade tem dinheiro para pagar uma universidade privada.

4.2) O dinheiro de quem paga financia quem não pode pagar, criando uma solidariedade entre ricos e pobres que se encontram na universidade, criando uma concórdia entre as classes, uma vez que a natureza da universidade não é movida pelo lucro, já que servir a Cristo e formar os quadros de tal maneira que os melhores sirvam a todos os que necessitam ser livres em Cristo não é matéria de comércio, mas de serviço desinteressado, que deve ser patrocinado por quem pode fazê-lo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de março de 2018.

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