1) Detesto ter que bloquear pessoas que me pedem alguma coisa que não posso dar no momento, por não ter dinheiro suficiente pra isso. Essas pessoas, se gostassem de mim de verdade, saberiam que quando digo não é não. Se elas insistirem, então estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade e eu não tenho outra alternativa senão bloqueá-las.
2) Algumas pessoas podem pensar que isso é cultura de descarte. Eu nunca gostei de descartar alguém. Eu sou obrigado a bloquear uma pessoa por conta de a convivência com a mesma se tornar insuportável - afinal, eu estou aqui no facebook para trabalhar e não para me aborrecer. E pra produzir bem, eu preciso de paz; não posso ter tormentos, a ponto de estes fazerem minha passagem aqui se tornar contraproducente, pois pessoas do país inteiro dependem disso que faço, de modo a terem suas consciências despertas.
3.1) Eu bloqueio a pessoa para me preservar de um conflito. É até um ato de amor, pois não quero brigar com a pessoa por não dar a ela o que me pede. Não é porque eu não quero - é porque eu não posso. Se o país não estivesse dominado por comunistas, eu poderia ter entrado tranquilamente para a iniciativa pública e teria bastante dinheiro para ajudar quem necessitasse de mim.
3.2) Pelo menos, se não fosse por esta circunstância tão difícil, eu não teria desenvolvido o dom da escrita. Esse dom surgiu como uma reação a esse estado de coisas que está aí - e estou pavimentando meu caminho nessa trilha extremamente sinuosa e espinhosa, o que toma tempo, muito tempo
3.3) Se essa é cruz que tenho de carregar, então carregá-la é uma honra, pois não há outra.
4.1) Só Deus sabe como tem sido difícil dizer não às pessoas.
4,2) Quando escrevo, eu não penso em mim, mas no país. Se pensasse em mim, poderia ter muito dinheiro, mas seria um eterno medíocre, como ocorre com a maioria dos meus colegas de faculdade, que venderam suas respectivas almas para a esquerda, em troca de um carguinho na iniciativa pública. Eles estão muito bem financeiramente, mas passarão pela vida sem ter feito algo de bom, pois abraçaram o caminho da morte em vida, que é o caminho da apatria.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 19 de março de 2018.
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