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quinta-feira, 15 de março de 2018

Notas sobre um caso de Direito Internacional Privado

1) Vamos supor que um ditador do naipe do Saddam Hussein seja deposto e morto. A fortuna que ele acumulou pilhando o povo termina sendo confiscada pelo governo americano e acaba virando um bônus, uma recompensa para os soldados que participaram do esforço de guerra para acabar com o reino desse tirano.

2) O dinheiro pilhado, na verdade, não pertence ao governo americano, muito menos aos soldados que receberam isso como recompensa pelos serviços prestados. Esse dinheiro pilhado pertence ao povo inocente do Iraque, que foi vítima da tirania desse cara. Alias, quem colocou esse canalha no poder foram os próprios EUA - ou seja, estão se valendo da própria torpeza.

3) Mesmo que uma mulher que eventualmente pertença às forças armadas que participaram dessa empreita se apaixone por mim e me ofereça uma parte desse dinheiro, eu não posso aceitar, pois é dinheiro sujo. Esse dinheiro deve ser devolvido ao seu verdadeiro dono: o povo do Iraque. Meu afeto não pode ser comprado, ainda mais dessa forma.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de março de 2018.

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