1) Se a escrita é a segunda voz, uma voz perene, então é a leitura é o segundo ouvido, um ouvido perene.
2) Tudo o que é bom e conforme o Todo que vem de Deus deve ser ouvido e lido com muita atenção, pois precisa ser conservado de maneira conveniente e sensata.
4.1) Uma alma que perscruta muitos livros por ano é capaz de converter todo esse input em sabedoria - e isso vale mais que ouro e prata. Por isso, aproxime-se dessa alma piedosa e ouça e leia tudo o que ela disser, tanto na forma de blog quanto na forma de postagem de facebook.
4.2) De todo esse apanhado assimilado por osmose, você será capaz de meditar sobre coisas importantes a partir de tudo o que você aprendeu ao emprestar seus olhos, sua mente e seu coração de modo a conservar o que é conveniente e sensato até ser capaz de sentir a dor de Cristo, que é o que deve ser conservado de maneira definitiva, já que a sabedoria implica provar do fruto das coisas e não esquecer o sabor das coisas provadas - o que faz da prova, do paladar, uma coisa perene, permanente, fazendo com que a leitura dos mesmos livros que o sábio leu seja um critério de verificação.
4.3.1) Do mesmo modo que o paladar, o cheiro pelo qual detectamos a fumaça da boa razão nos permite perceber o fogo que arde sem se ver, bem como nos permite que toquemos na ferida que dói e não se sente decorrente da crucificação de Jesus, uma vez que as coisas, mesmo em ruínas, ainda ardem na forma de uma chama invisível, que só pode ser percebida pelos sensatos, pelos pios, pelos que vivem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus - mais ou menos como é a sarsa ardente, que não se consumia na época de Moisés e que ainda não se consome nos tempos atuais.
4.3.2) Eis aí a Páscoa definitiva decorrente de quem busca um atalho a partir do esforço vindo dos mais sábios, pois do sacrifício de um vem a sabedoria de muitos.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 8 de março de 2018.
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