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sábado, 24 de março de 2018

Para servir a Cristo em terras distantes, é preciso ser sincero

1) Alguns dizem que meu perfil é bem específico. Até porque ser alguém te define a ser o que você é, dentro daquilo que Deus deseja de você, para se viver a vida em conformidade com o Todo que vem d'Ele e para Ele. E isso não é uma limitação, mas uma ação afirmativa própria de quem é movido pelo Santo Espírito de Deus, pois falar a verdade se limita a dizer ou fazer o que é bom e correto, fundado na conformidade com o todo que vem de Deus.

2) Por isso nem todos são iguais, pois cada ser é único e indivisível. Por isso, ser alguém exige algo muito mais do que simular ser alguém que não é, pois isso pede para você estar presente de um Deus que sabe tudo sobre você e que não pode ser enganado, dado que Ele não erra. Eis a sinceridade - trata-se de um desafio permanente e eterno.

3.1) A pior coisa, e digo por experiência própria. é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estar à esquerda do Pai sistematicamente, ainda que se digam de direita, nominalmente falando. Eu tenho observado isso, quando escrevo sobre política na internet, sobretudo no facebook.

3.2) A maior manifestação desse conservantismo é ver o homem confiando no homem - e isso é uma maldição, pois nega o que foi fundado em Ourique, onde o primeiro cidadão de Portugal foi elevado a vassalo e rei do país por força do Filho do Altíssimo, que é o Rei dos Reis. Por isso, devo imitar D. Afonso, quando o assunto é tomar o país como um lar em Cristo - e isso me pede que eu não me limite a acreditar na mentira de que o Brasil foi invadido e que sua condenação eterna ao subdesenvolvimento foi pavimentada com a chegada dos portugueses e suas caravelas, já que a tese da invasão se trata no amor de si até desprezo de Deus, o que é falso, pois cria uma cultura de eleitos e condenados a ponto de matar a santa religião verdadeira, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) Eu prefiro estar do lado da verdade. E para ver quem está com a verdade, eu prefiro ver se a pessoa está diante de Deus. E isso implica ver o que não se pode ver; se cada um tivesse sua própria opinião, se cada um tivesse sua própria verdade, a verdade é que não haveria verdade alguma ou que ela não se encontra lugar algum. O que haveria seria relativismo moral, fingimento.

5) Por isso que não respeito quem age contra a verdade, pois quem assim age peca contra Deus primeiro, ao negá-Lo sistematicamente antes de pecar contra mim, já que, como criatura, sou acessório que segue a sorte do principal, o Criador. Não posso dar ao erro o mesmo peso que devo dar ao certo, assim como não posso dar ao ignorante - ao que vive em conformidade com o todo que vem do erro, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade e servindo liberdade com fins vazios - o mesmo peso que devo a uma pessoa esclarecida, que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

6) É duro ser sincero, mas é melhor ser assim. Eu prefiro ser radical na verdade, pois isso decorre de Deus.

7) Escrevo muito sobre isso, pois a vida é verdadeiro drama, um verdadeiro dilema. As coisas para mim devem ter um sentido - se nada tivesse sentido, viver não valeria a pena. Digo isso porque o país está precisando mesmo disso, já que a vida vivida na mentira, sistematicamente falando, se torna inviável de ser vivida, pois é cultura da morte. Mais do matar o corpo, isso também mata a alma.

8.1) Enfim, levei muitos anos até encontrar um sentido que me fizesse tomar este país como um lar e consegui encontrá-lo, apesar de todas as mentiras que contam sobre a razão pela qual este país foi povoado. Muitos, infelizmente, não conseguem ter a mesma sorte e desistem da vida, já que a vida humana não foi feita para ser vivida destituída de sentido, como diz Viktor Frankl.

8.2) Quando luto pela restauração do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, eu luto por esse sentido, já que o Brasil de 1822, o secedido, não passa de um eterno barco à deriva, sem rumo. Sou pelo que funcionava - por isso que estudo História, pois desejo restaurar em cada consciência individual o desejo de servir a Cristo em terras distantes, o que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu. E neste caso, estudar História e produzir conhecimento é apostolado, pois aponta para a verdadeira fé. E isso santifica o trabalho do Historiador, seguindo os ensinamentos de São Josemaría Escrivá.

8.3.1) Quem buscar nesta terra outra coisa que não aquilo que se fundou por força do milagre de Ourique, do qual vem a missão de servir a Cristo em terras distantes, está buscando a apatria de antemão - essa pessoa será espectro de homem, pois viveu para perecer, para ser esquecida, ao tomar da água do rio de esquecimento, ao tomar um homem como se fosse religião de modo que este tenha poder sobre todos os outros, a ponto de buscar salvacionismo no Estado tomado como se fosse religião a torto e a direito, sem medida. Isso sempre foi prenúncio de fracasso - sei do que estou falando.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de março de 2018.

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