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quinta-feira, 8 de março de 2018

Por que a guilda não se enquadra naquilo que meu colega Roberto Santos apontou?

1) Como já falei noutra ocasião, se a amizade se funda no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então a sistematização disso leva à constituição da vida gregária, a qual se dá em sociedade.

2.1) Se São Josemaria Escrivá falava em santificação através do trabalho, então essa santificação é melhorada quando associações de pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento se associam de modo a proteger os interesses da sua profissão de modo que os conhecimentos das gerações anteriores não caiam em mãos erradas. 
2.2) Neste ponto, a guilda é também um sindicato entre patrões e trabalhadores se unem de modo a haver uma concórdia entre as classes, de modo que uma produza em função da outra, fazendo o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo. Nela, as guildas imitam a família, no tocante à mútua assistência e à mútua santificação.

3.1) Desta forma, a base da guilda não era neoplatônica, gnóstica, fundada num contrato social escrito, mas sim aristotélica, pois a guilda era um corpo intermediário tal como a Igreja, de modo que pessoas com interesses em comum conheçam umas às outras e possam cooperar umas com as outras, pois todos vêem a Cristo uns nos outros.

3.2) Como a lealdade entre as famílias e entre as gerações tende a se reproduzir tal como as plantas e os animais, então isso cria uma espécie de capitalização moral, uma espécie de integração entre as pessoas, já que a riqueza não visava à salvação, como vemos na cosmologia protestante, ou mesmo a um salvacionismo voltado para o nada. Essa riqueza era destinada ao aprimoramento da missão de servir aos semelhantes naquilo que é necessário, aperfeiçoando a santificação feita através do trabalho.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de março de 2018.

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