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segunda-feira, 12 de março de 2018

A verdadeira União Européia se funda no cristianismo e não na Revolução Francesa

1) Um estudo sério de Idade Média pede não só uma análise das fontes documentais do período.

2) É preciso ler as diferentes histórias narradas, como a História do Império Bizantino; do Reino França; do Reino de Portugal, a partir do milagre de Ourique; a História das Cruzadas, a expansão islâmica, o império otomano, até a queda de Constantinopla.

3) Da leitura dessas várias histórias e do conhecimento das várias tradições historiográficas, você tem um recorte acerca do que é a Idade Média, desse período onde o Cristianismo se tornou-se a base da civilização européia.

4) Se houver uma União Européia verdadeira, o mitologema da Europa Unida é a Cristandade, sendo Roma a capital dessa Unidade, podendo a capital ser transferida para a Lisboa, já que existe uma tradição de Nova Roma na cultura e imaginário portugueses.

5.1) É do mitologema que uma civilização tem uma razão de ser, se essa civilização se fixa numa terra que será tomada como um lar em Cristo, por ser a terra prometida dada por Deus a seu povo eleito, então haverá nacionidade, pois o país será tomado um lar em Cristo, pois toda a vida será fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, o que leva para o céu.

5.2) Para se resolver conflitos de interesse qualificados pela pretensão resistida, a ponto de haver revoluções, o governo é criado, tanto para garantir a defesa desse lar, em caso de invasão estrangeira ou comoção intestina (forças armadas), seja para dizer o direito quando há conflitos de interesse (justiça).

5.3) Terra tomada como um lar, povo que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, formam a ordem de ser das coisas tal como elas são: o Estado. Ter vínculo com essa ordem de coisas leva à nacionalidade. O súdito precisa ser cúmplice de seu soberano, que precisa ser vassalo de Cristo.

5.3.1) Nacionalidade sem esse lastro é vínculo criado a partir de uma folha de papel. Com falsas tradições se criam falsas lealdades. A liberdade será servida com fins vazios, ao se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Isso é apatria sistemática.

5.3.2) O Estado será tomado como se fosse religião - seja ela a primeira ou a segunda, ela vai tomar a ordem fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus uma ordem estrangeira, um concorrente. E isso é um fruto da modernidade, posto que nenhuma civilização de mitologema europeu tem sua razão de ser senão for fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de março de 2018.

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