1) O professor Loryel Rocha, ao longo de suas postagens, falou dos tipos de Messias, mas essa tipologia messiânica não pode ser feita a partir de uma leitura em numerus clausus, taxativa, a ponto de se reduzir a um sistema fechado, gnóstico, fazendo com que o Messias se liberte do corpo social que jurou servir e proteger, da forma como se deu em Ourique. Essa leitura fechada fará o estudo da simbólica uma forma de pseudociência, ao se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.
2) A razão pela qual digo isso é que tempos atrás eu vi uma postagem que afirmava que o professor Olavo é daqueles casos que só aparece uma vez na história da civilização e que não se repete nunca mais - e nesse ponto o professor Olavo imita a História do Messias verdadeiro, pois os eventos narrados na Bíblia nunca mais se repetiram, na forma como se deram. O professor Olavo, na forma de pessoa, equivale uma palavra que só aparece uma vez na história de uma língua e que não é mais repetida em obra alguma (o termo técnico me fugiu à memória). Por conta dessas coisas, colocar o Olavo como uma espécie de Messias cultural e atualizar a tipologia messiânica não é só apenas justo, mas necessário, de modo a compreender a realidade das coisas.
3) Se alguém acha descabido tal tipo de explicação, é porque esta pessoa que está me criticando está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estar à esquerda do Pai.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 30 de março de 2018.
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