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sábado, 31 de março de 2018

Notas sobre este tríduo pascal de 2018

1) Assim como o Padre Evandro sempre me incentivou a continuar escrevendo sempre, seu Orlando, o padrinho de Crisma de meu amigo Helleno, me pediu para eu não desistir, para eu continuar escrevendo sempre. Isso aconteceu na missa de Sexta-Feira da Paixão.

2.1) Nesta vigília pascal, que se deu no Sábado de Aleluia, o Padre Jan deu uma escorregada na homilia: em um momento ele falou "nacionidade", em vez de "nacionalidade".

2.2) De tanto falar em nacionidade como sendo tomar o país como um lar em Cristo e nacionalidade como tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, talvez ele tenha falado isso por sugestão - sinal de que está lendo o que escrevo. Desse erro que provoquei nele por sugestão, e que não foi proposital, eu vi o sinal de Deus para continuar a escrever o que escrevo.

3) Enfim, fiquei muito feliz, pois Deus está gostando disso que faço, pois faço isso para o bem do país.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de março de 2018.

Sobre o fato de não fazer perguntas - como consigo perceber a sinceridade das pessoas a partir das respostas às perguntas implícitas, que não foram por mim feitas expressamente, mas que a situação por si mesma impõe, objetivamente falando?

1) Desde o ano 2000, quando uma ex-colega de pré-vestibular me tratou muito mal só pelo simples fato de fazer perguntas, eu aprendi que perguntar ofende. Desde então, não é do meu feitio fazer perguntas. Aprendi a me contentar com o que me contam.

2) Aprendi a ver sinceridade naquelas perguntas implícitas que não são expressamente perguntadas. Se a pessoa visse em mim a figura do Cristo, ela diria a razão pela qual considera certas coisas que digo como improcedentes, sem que eu precise perguntar o porquê. Como muitos não fundamentam a acusação de que sou improcedente no que digo, então eu percebo que a pessoa está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, já que a pessoa não está vendo Cristo em mim.

3) Com base na postura dessa pessoa, eu tiro minhas conclusões a partir do que foi dito. Como percebi que isso é bom, então não farei pergunta nenhuma - vou guardar tudo o que me é dito no coração e escreverei reflexões a respeito - e isto aprendi a partir do exemplo de Nossa Senhora, a Mãe de Deus. A única exceção que eu abro é a quem não nasceu no Brasil, pois sei que não serei hostilizado por simplesmente fazer perguntas, de modo a compreender a situação. Se perguntar é motivo de ofensa, então a pessoa está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade - e a cultura de fingimento é que cabe no conservantismo, naquilo que está à esquerda do Pai, ainda que se diga de direita, nominalmente falando.

4) Não conheço forma melhor de saber se a pessoa está presente ou não diante do ouvinte onisciente do que o fato de ela ser capaz de responder a perguntas que não foram por mim expressas, mas que a própria situação fundada em Deus objetivamente exige que sejam respondidas, por amor à verdade, à conformidade com o Todo que vem de Deus. Se a pessoa visse Deus em mim, responderia a isso sem precisar que eu faça essa pergunta.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de março de 2018.

A classificação dos tipos de Messias que existiram ao longo da História não pode ser feita de maneira taxativa, fechada

1) O professor Loryel Rocha, ao longo de suas postagens, falou dos tipos de Messias, mas essa tipologia messiânica não pode ser feita a partir de uma leitura em numerus clausus, taxativa, a ponto de se reduzir a um sistema fechado, gnóstico, fazendo com que o Messias se liberte do corpo social que jurou servir e proteger, da forma como se deu em Ourique. Essa leitura fechada fará o estudo da simbólica uma forma de pseudociência, ao se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) A razão pela qual digo isso é que tempos atrás eu vi uma postagem que afirmava que o professor Olavo é daqueles casos que só aparece uma vez na história da civilização e que não se repete nunca mais - e nesse ponto o professor Olavo imita a História do Messias verdadeiro, pois os eventos narrados na Bíblia nunca mais se repetiram, na forma como se deram. O professor Olavo, na forma de pessoa, equivale uma palavra que só aparece uma vez na história de uma língua e que não é mais repetida em obra alguma (o termo técnico me fugiu à memória). Por conta dessas coisas, colocar o Olavo como uma espécie de Messias cultural e atualizar a tipologia messiânica não é só apenas justo, mas necessário, de modo a compreender a realidade das coisas.

3) Se alguém acha descabido tal tipo de explicação, é porque esta pessoa que está me criticando está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estar à esquerda do Pai.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de março de 2018.

Por que digo que o professor Olavo é uma espécie de messias cultural?

1) Se por um lado o professor Olavo faz o papel de São João Baptista, no cenário do messianismo político, no messianismo cultural ele é Messias por direito próprio, dado que ele é um sobrevivente daquela antiga cultura que havia nos anos 50 e 60 e que foi destruída pelo gramscismo. Ele ficou encoberto - com o tempo, e com o avanço tecnológico, ele passou a se tornar uma espécie de desejável, na luta contra o comunismo.

2.1) Como a política é uma expressão da cultura, então o messianismo político de Bolsonaro tem um corpo trabalhado, coisa que é fundada no messianismo cultural do Olavo, pois houve o milagre da água que se transformou em vinho; afinal, o Olavo semeou consciência nessa direção.

2.2) Este messianismo é diferente de todos os demais messianismos políticos de Collor até Aécio, que deram todos n'água. Os políticos surfaram nessa onda que não foi criada por eles e depois a descartaram porque quiseram conservar o que é conveniente e dissociado da verdade: no caso específico do Aécio, o projeto revolucionário Fabiano.

3.1) Esse messianismo de corpo trabalhado é diferente de todos os outros porque há uma chance real de tomada do poder.

3.2) O único problema é que o Brasil está fechado àquilo que decorre de Ourique, fazendo com que a República, fundada naquilo que é conveniente e dissociada da verdade, tenha mais uma sobrevida.

3.3) Por isso esse messianismo que chama outros messianismos tende a ter um fim em si mesmo, a ponto de edificar liberdade com fins vazios, a ponto de acabar dando n'água por conta do desconhecimento da outra ponta de nossa História, que nos foi sonegada.

4) O professor Loryel pode achar isso descabido, mas é a melhor análise que pude perceber do fenômeno, pois é uma leitura que pude fazer da realidade, tomando por base o que ele falou. O próprio Olavo falou que o significado do nome dele é "o sobrevivente". Então, tomei este dado como parte integrante da análise.

5.1) No Egito Antigo, houve um Faraó que viveu até os 90 anos, numa época onde a expectativa de vida mal passava dos 30.

5.2) Se essa pessoa que viveu até os 90, o faraó, foi testemunha da passagem de várias gerações ao longo da vida, então essa pessoa acaba se tornando divina, pois isso se fundou na sua sobrevivência, já que sua longa permanência na Terra foi abençoada. O problema é que o faraó se fechou nessa bênção, a ponto de ter poder de vida e de morte sobre quem está sujeito à sua autoridade, que na verdade decorre de Deus e não dele.

5.3) Como não havia rede social, esse sobrevivente permaneceu encoberto, até o momento em que ele passou a se tornar descoberto, com o advento dessa mesma rede - e o que ele falava contra o comunismo tornou-o "o desejável". Então, dizer que o Olavo é uma espécie de Messias cultural não é descabido, nem improcedente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de março de 2018.

Postagens relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/03/a-classificacao-dos-tipos-de-messias.html

sexta-feira, 30 de março de 2018

O messianismo político de Bolsonaro é precedido pelo messianismo cultural de Olavo de Carvalho - notas sobre a capitalização messiânica (do messianismo que chama outros messianismos)

1) É patente que o professor Olavo de Carvalho age como um São João Baptista, já que prepara o caminho para o Messias que tem Messias no nome passar.

2) Considerando que política é uma expressão da cultura, então esse messianismo político é precedido de um messianismo cultural - e como o professor Olavo é sobrevivente daquela antiga cultura que havia nos anos 50 e 60 que foi destruída, então acaba fazendo o papel de profeta perfeitamente.

3) Este caso de messianismo político é diferente de todos os outros, pois há algo de trabalhado por trás do movimento messiânico, que costuma ser espontâneo, embora os políticos costumem surfar nessa onda por puro oportunismo. Aécio mesmo navegou nessa onda, mas dessa água não bebeu porque preferiu conservar o que era conveniente e dissociado da verdade: a mentalidade revolucionária fabiana.

4) No caso de Bolsonaro, esse quê de trabalhado por trás do movimento messiânico está associado a outro milagre: a conversão da água em vinho. Este messianismo tenderá a ser bem sucedido, em termos de tomada do poder, porque ele foi muito bem trabalhado, já que está lastreado em outro messianismo: o cultural, capitaneado pelo professor Olavo de Carvalho. Trata-se de uma espécie de capitalização messiânica: um messianismo que chama outro messianismo. Isso acabará levando a uma segunda independência que anulará o ato de apatria que foi praticado contra Cristo, contra a missão que falta cumprir e que nos foi levada desde Ourique e contra Portugal, que nos deu o nosso sentido de pátria. A não-sujeição se volta contra homens cheios no amor de si até o desprezo de Deus - o que inclui revolucionários de toda sorte: liberais, maçons, comunistas etc. Eles não passam de loucos de todo gênero nos termos do artigo 22 do Código Civil Antigo: absolutamente incapazes de governar a nação, por conta de serem absolutamente incapazes de governarem a própria vida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de março de 2018 (data da postagem original).

Rio de Janeiro, 18 de julho de 2023 (data da postagem atualizada)
 

Se quem vive a vida em conformidade com o todo que vem de Deus vale mais que muitos pardais, então com algumas centenas de doadores me dando cem reais por mês de maneira recorrente valerei mais do que um ministro do STF. E com um pouco sorte, valerei mais do que a corte inteira, em termos de salário

1) Se continuar fazendo esse trabalho que faço aos meus leitores ano após ano, chegará um dia em que terei 200 a 300 doadores que me doarão 100 reais por mês ou mais de maneira recorrente - por enquanto tenho dois doadores fiéis, que colaboram comigo todos os meses, mas a tendência é só crescer.

2) Graças à capitalização moral decorrente da economia livre em Cristo, ganharei tanto quanto um ministro do STF, não terei a carga de trabalho deles e ainda serei bem visto por todos os que buscam conhecimento de maneira sincera. Enfim, valerei bem mais do que esses trastes do STF, pois não darei desgosto a quem me sustenta.

3) Bem que Cristo disse: quem vive a conformidade com o Todo que vem de Deus vale mais do que muitos pardais. Por isso, esse meu humilde trabalho vale muito mais do que o desserviço que eles prestam à nação inteira. Isso sem contar que não estou obrigando todos os mais de 200 milhões de habitantes desta terra a me custearem, por meio dos impostos, já que cultura não é aquilo que decorre da Lei Rouanet. Só quem conhece meu trabalho é que me sustenta e o pouco já me é muito - bastam algumas centenas de doadores e estarei muito bem de vida, fazendo o que mais gosto: escrever para vocês, que me ouvem.

4) Afinal, meus leitores são minha segunda família. Assim como honrei meu pai e minha mãe, eu honrarei meus leitores ao produzir análises honestas e que levam às pessoas a viverem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. Terei muitos ganhos em meio a esta circunstância de incerteza e angústia pela qual o país passa, o que me permitirá viver de maneira confortável, já que estou trabalhando de maneira digna, sem enganar meus leitores. E isso é uma troca mais do que justa!

5) Convenhamos: com um exército de 300 doadores fiéis, vai chegar num ponto onde este trabalho de semear consciência (esse arado intelectual) vai ser facilmente convertido em espada, pois o mal do conservantismo vai ser extirpado pela raiz. Meus doadores serão como os 300 combatentes de Gedeão - e com esses 300 combatentes ou mais terei um exército tão poderoso que é capaz de vencer o exército combinado de cinco reis mouros ou mesmo o mal que o STF anda causando, com seu exército de Brancaleone composto de 11 ministros e seus milhares de burocratas carreiristas, que não fazem o que deve ser feito.

6) Com esses meus doadores, vencerei qualquer guerra, com a ajuda do Crucificado de Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de março de 2018.

quinta-feira, 29 de março de 2018

Se as universidades são templos do saber, então Deus precisa fazer santa habitação nas universidades públicas - e para isso os levitas, os verdadeiros professores universitários, precisam ocupar o espaço, uma vez purificado o ambiente de todo e qualquer esquerdismo

1) Quando uma pessoa maligna ocupava um templo em Israel, no tempo do Antigo Testamento, esse lugar era purificado, de modo que Deus pudesse fazer nele santa habitação. E uma vez purificado o templo, os levitas, da onde vêm os sacerdotes, ocupavam o espaço, o seu devido lugar.

2) Se Lulas é o Messias da esquerda, o produto por excelência de tudo aquilo que se fundou em 1822, então todo lugar onde esse demônio fez habitação deve ser purificado, uma vez desalojados todos os lacaios que dele decorrem.

3) Um exemplo disso são as universidades. Os diplomas de doutorado honoris causa que foram concedidos a ele devem e precisam ser cassados, uma vez desesquerdizadas as universidades.

4.1) Se a universidade é templo dedicado ao saber, de modo que as coisas ali pesquisadas façam o povo tomar o país como um lar em Cristo e a viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, então Deus precisa fazer santa habitação nas universidades públicas - e neste ponto, as universidades federais e estaduais serão verdadeiras Pontifícias Universidades Católicas para os que não têm condição de pagar por uma educação universitária de qualidade, pois formar a elite que vai nos ajudar a governar é tarefa nobre e vale o sacrifício da população de modo a custear essas universidades. Afinal, não é porque o indivíduo é pobre que ele deve ser excluído da elite intelectual do país - se ele ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e pode contribuir de modo que com seu a trabalho santifique uma nação inteira, seja na iniciativa pública ou privada, então ele deve ser chamado a colaborar nessa empreitada salvífica.

4.2) Assim, os verdadeiros professores universitários, os verdadeiros sacerdotes, podem pregar a palavra de Deus de uma maneira que complete aquilo que está nas homilias e nas cartas-encíclicas, dentro de suas respectivas áreas de estudo. A tarefa de formar a elite que governará o país termina sendo distribuída e estendida a quem não tem condição de pagar pelos serviços de uma universidade privada. Isso acaba ampliando o escopo do ensino católico, se o Estado estiver em aliança com a Santa Madre Igreja.
4.3) Afinal, é preciso servir a Cristo em terras distantes - e ser professor universitário de uma universidade pública onde o Estado está em aliança com Deus é circunstância favorável para se ensinar de maneira livre, pregando sempre a verdade e não aquilo que é conveniente e dissociado da verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de março de 2018.

Servir àquele que virá pela segunda vez - notas sobre o fundamento da civilização portuguesa, esse evangelho não escrito que precisamos conhecer

1) Se o Pai trabalhou, se o Filho trabalhou, então o Espírito Santo trabalhará de modo que pavimente as coisas para a segunda vinda de Cristo. Por essa razão, podemos dizer que a missão salvífica destinada ao Império Português é um verdadeiro evangelho não escrito, um desdobramento do Novo Testamento, pois todo um caminho está sendo pavimentado para a segunda vinda de Cristo que virá. Só não sabemos quando.

2) Eis aí que servir implica a pavimentar o caminho para Aquele que virá. Se o trabalho nos revela um pouco do ser que trabalha, então essa projeção do ser nas coisas, feitas para apontarem para aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, acaba servindo de semente para as novas pessoas que virão, que se tornarão viçosas quando conhecerem sua história como modelo de conduta, de amizade para com Deus. Eis o serviço como forma de capitalização moral.

3) Quando se reduz o homem àquilo que ele faz, então todas as coisas passam a ter um fim em si mesmo; a riqueza se torna uma espécie de salvação num mundo dividido entre eleitos e condenados - e isso é dizer que Deus é mau, o que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, pois o verdadeiro Deus é bom. E neste ponto a obra tende a não ter valor, já que o homem que ama a si mesmo até o desprezo de Deus está se libertando do corpo social de modo a cair numa armadilha, pois a falsa liberdade é uma verdadeira prisão - e o pior de tudo que ele está induzindo a outros a seguirem o seu caminho sistematicamente, a ponto de edificar uma anticivilização.

4.1) O Brasil de 1822, secedido de Portugal e daquilo que se fundou em Ourique, é a antítese do evangelho português.

4.2.1) Se você quiser fazer a síntese, você precisará estudar o brasilianismo, a história do mundo português que renegou ao Crucificado de Ourique e que quis buscar a si mesmo. 

4.2.2) Você precisa estudar essa história de modo que modo a edificar uma nova civilização a partir dos escombros da anticivilização criada a partir da secessão, do ato de apatria praticado pelo príncipe-regente a ponto de fazer do Brasil de hoje a imagem e semelhança da maçonaria, fazendo todo o povo que aqui vive viver em conformidade com o Todo que vem do Estado, que é tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. Essa anticivilização está prestes a ruir e o salvacionismo desta ordem que está a morrer de nada adianta, pois não há nada de bom naquilo que está gangrenado, que precisa ser amputado e jogado fora.

4.31) Quando se conhece todo o caminho da antítese, todo o curso da desonra, você pode fazer a síntese, tendo por lastro aquilo que se fundou em Ourique, a ponto de restaurar o caminho das honras tendo por Cristo fundamento. 

4.3.2) Afinal, tudo o que conhecemos a partir dessa antítese do evangelho português leva ao nada, à perda da utilidade do trabalho salvífico, tal como vemos na clássica imagem do malandro carioca, nacionalmente e internacionalmente conhecida. O Brasil secedido em 1822 é o arquétipo mais perfeito do nada, na cultura universal, pois foi no Brasil onde o domínio totalitário atingiu o estado da arte, como bem apontou o professor Loryel Rocha. E isso podemos ver na literatura que essa anticivlização produziu - e o maior exemplo disso é a obra machadiana, que é um retrato perfeito dessa anticivilização.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de março de 2018 (data da postagem original).

Notas sobre economia da salvação, da santificação por meio do trabalho, essencial para se tomar o país como um lar em Cristo

1) Deus criou o homem como sendo sua imagem e semelhança.

2) Quando o homem começou a perder a amizade de Deus sistematicamente, a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, então todo um caminho precisou ser traçado de modo que Deus viesse até nós, a ponto de assumir a forma humana e ser igual a nós em tudo, exceto no pecado. Neste sentido, o Antigo Testamento é a narrativa de todo o caminho que foi traçado até a chegada do Messias, que deu pleno cumprimento ao legado acumulado e edificado, um verdadeiro capital moral e espiritual criado por conta do trabalho acumulado de gerações de pessoas que foram amigas de Deus antes da chegada do Messias, que pavimentaram a estrada por onde o missionário por excelência passaria. Tudo isso fundado nos Dez Mandamentos.

3) Deus, como criador, criou todas as coisas por amor - todos os seus atos, todas as suas obras, apontam para a Sua pessoa - eis porque o acessório, a obra criada, segue a sorte do principal, o Criador, que é o pai de todas as coisas que d'Ele decorrem. Por isso, Deus é amor e serviço em essência, pois para criar o mundo feito à sua imagem e semelhança Ele trabalhou seis dias da semana e no sétimo dia Ele descansou. A narrativa da criação do mundo mostra o trabalho como fonte da criação de riquezas, a gênese de todas as coisas; se Deus trabalhou, então o homem, ao imitar a Deus neste fundamento, santifica-se trabalhando.

4.1) Quando o homem perde a amizade de Deus e torna-se a medida de todas as coisas, a ponto de negá-Lo sistematicamente, então o trabalho deixa de ser voltado para o amor, para aquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus, e passa a ser voltado para o nada, para o amor de si até o desprezo de Deus.

4.2.1) Como trabalhar é exercer a liberdade de modo a edificar alguma coisa, então trabalhar de modo a fazer da riqueza um sinal de salvação é criar uma ordem onde a falsa liberdade passe a ditar todas as coisas como se fosse a verdadeira, a ponto de criar relativismo moral, o que leva à morte.

4.2.2) Essa falsa ordem gera uma liberdade com fins vazios e faz as pessoas escolherem sistematicamente os piores meios de modo a se chegar a fins extremamente nefastos, já que o homem que perdeu a amizade de Deus escolheu o que é conveniente e dissociado da verdade - e neste ponto, a democracia se torna algo nefasto, pois muitos preferirão Barrabás a Jesus. Se o povo é o conjunto de seres humanos que tomam determinado território como um lar, então a democracia pode ser pervertida, se o lar for visto como um fim em si mesmo e se o homem for visto como a medida de todas as coisas. Se a voz do povo é a voz de Deus, então isso é pronunciar o nome de Deus em vão sistematicamente, pois o Estado será tomado como se fosse religião, na forma do Estado Democrático de Direito.

5.1) Para que o caráter salvífico da vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus fosse restaurado, Deus precisou assumir a forma humana, de modo a dar pleno cumprimento à lei mosaica. E por conta disso o verbo se fez carne e passou a habitar em nós, por meio da eucaristia. Jesus, que é Deus em forma humana, restaurou a criação, seja agindo como missionário, seja agindo como carpinteiro.

5.2) Se a criação é a primeira construção, então a arquitetura, a segunda construção, surge a partir do momento em que Deus feito homem restaura o mundo de modo que as coisas realmente apontem para a conformidade com o Todo que vem de Deus. Não apenas os prédios públicos devem apontar para Deus - até mesmo a fundação de impérios deve se pautar na missão de servir a Cristo de modo que o país seja uma escola que prepare a todos para o Céu, para a pátria definitiva.

5.3) Isso pode ser feito dentro dos limites naturais do império ou se expandido até terras distantes, de modo a fazer com o que os habitantes nativos dessas terras distantes passem a ser agentes colaboradores dessa tarefa salvífica. Não é à toa que Portugal é o único império que não perecerá, pois foi um Império de cultura, o Império que Cristo escolheu de modo que o caminho fosse preparado para a sua segunda vinda na Terra, desta vez definitiva.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de março de 2018.

Notas sobre a conseqüências econômicas e políticas da liberdade voltada para o nada, vulgarmente chamada de liberalismo

 1) O liberalismo. tal como o mundo diz, pode até promover mais progresso material que muitos outros regimes políticos e econômicos. Contudo, esse progresso possui o seu preço: a progressiva substituição da população autóctone por uma população alienígena. 

2) Uma vez que esse processo foi demasiado longe, por força da adesão majoritária da população, ele chega a um ponto em que não mais poderá ser revertido. É neste ponto que a população entra em crise, tendo que escolher entre a continuidade do seu povo e sua tradição (tendo por conseqüência viver uma vida materialmente módica) ou uma vida materialmente próspera, mas que leva à extinção gradual de seu povo e de suas cidades, que ficam cada vez mais repletas de criminalidade, favelas e sujeira. 

3) Enfim, este é o preço que se paga ao viver uma vida de liberdade voltada para o nada!

Carlos Cipriano de Aquino (com adaptações)

(https://web.facebook.com/permalink.php?story_fbid=2061275514154407&id=100008159344771)

Facebook, 29 de março de 2018.

sábado, 24 de março de 2018

Por que o conservantismo é gnóstico?

1) Se o homem é o animal que conserva o que é conveniente, a ponto de ver nisso um espelho do seu amor de si até o desprezo de Deus, então o homem é o animal que mente em nome da verdade, pois vive em conformidade com o Todo que vem do erro, que leva a um nada. Se ele mente em nome da verdade, então ele conserva o que é conveniente dissociado da verdade, fazendo do homem o pior dos animais, segundo Aristóteles.

2.1) O homem que emula e vive a vida praticando conservantismos não é uma pessoa. Como um bom homo oeconomicus, eles se reduziu a suas funções e atributos. Ele é o que faz ou o que fabrica, já que a riqueza se tornou uma salvação.

2.2) Se o homem é o que faz ou que fabrica, então o amor de si até o desprezo de Deus sempre vai buscar libertar-se do corpo social que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, já que viver nesse corpo social constitui uma verdadeira prisão. E a solidariedade social, fundada no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, termina sendo substituída pela noção do homem atomizado, já que tudo o que era sólido se desmanchou no ar.

3) Eis ai porque o conservantismo é marcadamente gnóstico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de março de 2018.

O verdadeiro homem é sólido; o conservantista é pastoso, gelatinoso

1) Os conservantistas não sabem do que são feitos. Mas eu sei: eles são feitos de tudo o que é pastoso e gelatinoso, já que os valores morais estão sendo lentamente dissolvidos a ponto de tudo ficar líqüido. E onde não há verdade, é porque Deus está morto; se Deus está morto, então conservar o que é conveniente e dissociado da verdade se tornou norma constitucional estatuída e criada, já que ela atende bem aos anseios do amor de si sistemático até o desprezo de Deus, o que edifica liberdade voltada para o nada.

2.1) Como disse Marx, o que é sólido vai se desmanchar no ar; não como naftalina, mas através da dissolução lenta e gradual dos nossos valores, por meio do mais puro relativismo moral e cultural.

2.2) É dos libertários e conservantistas que virá o comunismo, pois a anarquia é o estado gasoso por excelência; do caos vem a ordem totalitária, onde tudo estará no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele. Como bem sabemos, eles conservam de maneira conveniente e dissociada da verdade essa falsa oposição, a ponto de ninguém ser capaz de lembrar de Deus, mas do hedonismo criado a partir da ética protestante e do espírito da capitalismo, essa pseudocivilização que foi edificada a partir do atentado sistemático à autoridade da Igreja de Cristo, coisa que foi feita a partir de heresiarcas como Lutero e Calvino. Afinal é do hedonismo, da riqueza vista como sinal de salvação, que ficam a criar falsas filosofias por aí dizendo que Deus está morto (ou que a verdade não existe ou não pode ser encontrada em parte alguma).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de março de 2018.

Só haverá conservadorismo no sentido verdadeiro do termo onde houve império de cultura (e não império de domínio)

1) Se você quer abraçar o mundo respeitando toda sorte de opinião, a ponto de a opinião verdadeira e mentirosa terem o mesmo peso para você, então não me procure. E nem me venha com lisonja, a ponto de dizer que minhas postagens são "opressoras" - vai chegar um dia em que você me deletará porque "oprimi" demais, a ponto de esmagar aquilo que você conserva conveniente e dissociado da verdade. Afinal, eu estou aqui pra isto: testo você todos os dias, só pra saber do que você é feito. Se você é forte, você nunca me deletará; se você é fraco, acabará me deletando - e a minha fortaleza está no fato de que você não consegue me vencer no campo das idéias porque você não tem idéias ou argumentos, muito menos compromisso com a verdade, coisa que se dá em Cristo Jesus. Como todo bom vampiro, eu me alimento do sangue dos conservantistas, pois sou mais forte do que esses fracos. Mas não ando nas trevas como eles, dado que ando na luz.

2.1) Se você é do tipo que defende essas idéias libertárias e conservantistas (que são chamadas "liberais-conservadoras" por puro eufemismo de linguagem, de modo a mascarar feiura dessa mentalidade revolucionária), então é melhor você sair daqui.

2.2) Para quem é livre em Cristo, a ponto de fazer do pão da vida o memorial d'Aquele que padeceu na Cruz por mim, então ser conservador é motivo de honra. E por conta dessa honra, Cristo em Ourique deu aos portugueses a missão de servir a Ele em terras distantes, já que Cristo é Senhor dos Exércitos e também quis um Império para Si de modo que Seu nome fosse publicado entre as nações mais estranhas.

2.3) Eu sou conservador, pois sou católico e descendente de português. Sei de onde vim e sei para onde eu vou. Se você vive dentro de algo que não decorre de Ourique, então você é apátrida. Aqui é o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - isto aqui nunca será colônia anglo-saxã ou russo-chinesa, até porque o Brasil nunca foi colônia, mas uma província de além-mar, já que servir a Cristo em terras distantes implica tomar essas terras distantes como um lar em Cristo, a ponto de fazer dos nativos que nunca conheceram as palavras de Cristo aliados nesse processo, coisa que se dá por meio do casamento, que é um ato nobre. Tirando Portugal, que outro império da História a Humanidade foi de capaz de fazer tal coisa?

3) Por isso digo e respeito: só pode haver conservadorismo verdadeiro onde houve um império de cultura; onde houve império de domínio o máximo que haverá é conservantismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de março de 2018.

Para servir a Cristo em terras distantes, é preciso ser sincero

1) Alguns dizem que meu perfil é bem específico. Até porque ser alguém te define a ser o que você é, dentro daquilo que Deus deseja de você, para se viver a vida em conformidade com o Todo que vem d'Ele e para Ele. E isso não é uma limitação, mas uma ação afirmativa própria de quem é movido pelo Santo Espírito de Deus, pois falar a verdade se limita a dizer ou fazer o que é bom e correto, fundado na conformidade com o todo que vem de Deus.

2) Por isso nem todos são iguais, pois cada ser é único e indivisível. Por isso, ser alguém exige algo muito mais do que simular ser alguém que não é, pois isso pede para você estar presente de um Deus que sabe tudo sobre você e que não pode ser enganado, dado que Ele não erra. Eis a sinceridade - trata-se de um desafio permanente e eterno.

3.1) A pior coisa, e digo por experiência própria. é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estar à esquerda do Pai sistematicamente, ainda que se digam de direita, nominalmente falando. Eu tenho observado isso, quando escrevo sobre política na internet, sobretudo no facebook.

3.2) A maior manifestação desse conservantismo é ver o homem confiando no homem - e isso é uma maldição, pois nega o que foi fundado em Ourique, onde o primeiro cidadão de Portugal foi elevado a vassalo e rei do país por força do Filho do Altíssimo, que é o Rei dos Reis. Por isso, devo imitar D. Afonso, quando o assunto é tomar o país como um lar em Cristo - e isso me pede que eu não me limite a acreditar na mentira de que o Brasil foi invadido e que sua condenação eterna ao subdesenvolvimento foi pavimentada com a chegada dos portugueses e suas caravelas, já que a tese da invasão se trata no amor de si até desprezo de Deus, o que é falso, pois cria uma cultura de eleitos e condenados a ponto de matar a santa religião verdadeira, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) Eu prefiro estar do lado da verdade. E para ver quem está com a verdade, eu prefiro ver se a pessoa está diante de Deus. E isso implica ver o que não se pode ver; se cada um tivesse sua própria opinião, se cada um tivesse sua própria verdade, a verdade é que não haveria verdade alguma ou que ela não se encontra lugar algum. O que haveria seria relativismo moral, fingimento.

5) Por isso que não respeito quem age contra a verdade, pois quem assim age peca contra Deus primeiro, ao negá-Lo sistematicamente antes de pecar contra mim, já que, como criatura, sou acessório que segue a sorte do principal, o Criador. Não posso dar ao erro o mesmo peso que devo dar ao certo, assim como não posso dar ao ignorante - ao que vive em conformidade com o todo que vem do erro, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade e servindo liberdade com fins vazios - o mesmo peso que devo a uma pessoa esclarecida, que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

6) É duro ser sincero, mas é melhor ser assim. Eu prefiro ser radical na verdade, pois isso decorre de Deus.

7) Escrevo muito sobre isso, pois a vida é verdadeiro drama, um verdadeiro dilema. As coisas para mim devem ter um sentido - se nada tivesse sentido, viver não valeria a pena. Digo isso porque o país está precisando mesmo disso, já que a vida vivida na mentira, sistematicamente falando, se torna inviável de ser vivida, pois é cultura da morte. Mais do matar o corpo, isso também mata a alma.

8.1) Enfim, levei muitos anos até encontrar um sentido que me fizesse tomar este país como um lar e consegui encontrá-lo, apesar de todas as mentiras que contam sobre a razão pela qual este país foi povoado. Muitos, infelizmente, não conseguem ter a mesma sorte e desistem da vida, já que a vida humana não foi feita para ser vivida destituída de sentido, como diz Viktor Frankl.

8.2) Quando luto pela restauração do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, eu luto por esse sentido, já que o Brasil de 1822, o secedido, não passa de um eterno barco à deriva, sem rumo. Sou pelo que funcionava - por isso que estudo História, pois desejo restaurar em cada consciência individual o desejo de servir a Cristo em terras distantes, o que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu. E neste caso, estudar História e produzir conhecimento é apostolado, pois aponta para a verdadeira fé. E isso santifica o trabalho do Historiador, seguindo os ensinamentos de São Josemaría Escrivá.

8.3.1) Quem buscar nesta terra outra coisa que não aquilo que se fundou por força do milagre de Ourique, do qual vem a missão de servir a Cristo em terras distantes, está buscando a apatria de antemão - essa pessoa será espectro de homem, pois viveu para perecer, para ser esquecida, ao tomar da água do rio de esquecimento, ao tomar um homem como se fosse religião de modo que este tenha poder sobre todos os outros, a ponto de buscar salvacionismo no Estado tomado como se fosse religião a torto e a direito, sem medida. Isso sempre foi prenúncio de fracasso - sei do que estou falando.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de março de 2018.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Notas sobre a natureza da função social da propriedade privada

1) Aquilo que a Constituição fala de "função social da propriedade privada" é, na verdade, vedação ao abuso dos três poderes inerentes da propriedade privada: usar, gozar e dispor. Graças ao abuso desses três direitos, por conta do comodismo, todo um patrimônio é dissipado por conta de as coisas serem empregadas com fins vazios, prejudicando a ordem econômica e social de uma nação inteira.

2) Se uma empresa de família está na mão de um diretor que vai causar danos iminentes à reputação da empresa, ao bom nome da família, então esse diretor deve ser afastado. Assim pessoas com reputação de ovelhas negras da família jamais governarão a empresa de modo que o bom nome da família não vá para a lama.

3) Neste ponto, o Estado pode servir de poder moderador de modo que pessoas jurídicas não cometam pecados perenes. Mas esse Estado precisa estar em aliança com aquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus - se este for fundado por leis positivas dissociadas de Deus, então a vedação voltada para o nada favorece o abuso de direito. E todo o patrimônio construído acaba sendo dissolvido na geração posterior. Eis a cultura de ingratidão, própria das sociedades modernas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de março de 2018.

Notas sobre conservantismo e egoísmo (notas sobre uma das razões pelas quais eu me vejo obrigado a bloquear pessoas)

1) Detesto ter que bloquear pessoas que me pedem alguma coisa que não posso dar no momento, por não ter dinheiro suficiente pra isso. Essas pessoas, se gostassem de mim de verdade, saberiam que quando digo não é não. Se elas insistirem, então estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade e eu não tenho outra alternativa senão bloqueá-las.

2) Algumas pessoas podem pensar que isso é cultura de descarte. Eu nunca gostei de descartar alguém. Eu sou obrigado a bloquear uma pessoa por conta de a convivência com a mesma se tornar insuportável - afinal, eu estou aqui no facebook para trabalhar e não para me aborrecer. E pra produzir bem, eu preciso de paz; não posso ter tormentos, a ponto de estes fazerem minha passagem aqui se tornar contraproducente, pois pessoas do país inteiro dependem disso que faço, de modo a terem suas consciências despertas.

3.1) Eu bloqueio a pessoa para me preservar de um conflito. É até um ato de amor, pois não quero brigar com a pessoa por não dar a ela o que me pede. Não é porque eu não quero - é porque eu não posso. Se o país não estivesse dominado por comunistas, eu poderia ter entrado tranquilamente para a iniciativa pública e teria bastante dinheiro para ajudar quem necessitasse de mim.

3.2) Pelo menos, se não fosse por esta circunstância tão difícil, eu não teria desenvolvido o dom da escrita. Esse dom surgiu como uma reação a esse estado de coisas que está aí - e estou pavimentando meu caminho nessa trilha extremamente sinuosa e espinhosa, o que toma tempo, muito tempo

3.3) Se essa é cruz que tenho de carregar, então carregá-la é uma honra, pois não há outra.

4.1) Só Deus sabe como tem sido difícil dizer não às pessoas.

4,2) Quando escrevo, eu não penso em mim, mas no país. Se pensasse em mim, poderia ter muito dinheiro, mas seria um eterno medíocre, como ocorre com a maioria dos meus colegas de faculdade, que venderam suas respectivas almas para a esquerda, em troca de um carguinho na iniciativa pública. Eles estão muito bem financeiramente, mas passarão pela vida sem ter feito algo de bom, pois abraçaram o caminho da morte em vida, que é o caminho da apatria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de março de 2018.

Notas sobre pessoas perenes, o instituto do fideicomisso e o problema do comodismo inerente numa sociedade que vê a riqueza como um sinal de salvação

1) Se uma pessoa jurídica é uma pessoa perene, então seria mais provável que essa pessoa fosse acessória, seguindo a sorte de seu principal - no caso, a família que constituiu tal pessoa, de modo a transmitir direitos hereditários por meio do fideicomisso. Somente uma pessoa perene pode ser confiável a ponto de ser testemunha de várias transmissões de direitos de propriedade por meio da herança, ao longo do tempo. É a tradição em pessoa, pois contempla até mesmo pessoas não nascidas na época em que foi aberta uma eventual sucessão testamentária.

2.1) Roberto Santos bem apontou que pessoas perenes cometem pecados perenes.

2.2) Isso existe porque pessoas jurídicas são criadas com intuito de gerarem lucro, quando lidam com a questão de produzir riqueza de maneira organizada (empresas). Elas permanecem vivas numa sociedade onde a riqueza é vista como um sinal de salvação, dado que pessoas físicas diferentes assumem o comando da corporação, sem se levar em conta o critério da origem da família, mas tão-somente o mérito corporativo, que é um critério puramente humano. Assim, a obra deixa de seguir a sorte de seu criador, a ponto de que acabar seguindo caminhos sinuosos, nefastos, contrários à filosofia familiar que norteou à fundação da empresa.

2.3) Por força do critério da sucessão corporativa, fundada no mérito, maldito será o homem que confia no homem, a ponto de gerar uma sucessão desastrosa, fundada no amor de si até o desprezo de Deus, já que a riqueza se tornou um sinal de salvação. Dessa forma, o corpo institucional se liberta do corpo social mais básico, a família - o que confirma a natureza gnóstica dessas pessoas jurídicas, como se existissem por si mesmas tal como são as pessoas físicas - e isso é uma ilusão.

3.1) Ora, uma pessoa jurídica, embora tenha patrimônio, não pode agir por si mesma, pois uma pessoa física precisa dirigi-la.

3.2.1) Os atos nefastos que essa pessoa praticar seguem a sorte dos atos que a direção praticar - por isso, não pode ser qualquer pessoa que pode suceder tal instituição, pois atos nefastos podem ser praticados a ponto de irem até mesmo contra a finalidade pela qual a pessoa jurídica foi constituída, o que leva à desconsideração da pessoa jurídica, de modo a se apurar a responsabilidade civil e até mesmo criminal de seu diretor.

3.2.2) Tal como na República Romana, espera-se uma pessoa preparada, que tenha sido recrutada pela empresa ainda jovem e que tenha percorrido todo o caminho das honras corporativo de modo que possa bem comandá-la - e nem sempre esse novo comandante vem de alguém vindo da família.

3.3.1) As repúblicas corporativas sofrem do problema do comodismo, pois o filho do fundador da corporação nem sempre está preparado para assumir a sucessão da empresa, uma vez que não há nas corporações algo análogo à figura da coroa no Reino, onde funcionários regiamente pagos se encarregam de preparar o príncipe desde pequeno até chegar à maioridade pronto para governar a empresa.

3.3.2) Esse instituto análogo pode existir quando existe a figura do fideicomisso. Nela, uma pessoa jurídica ligada à família cuida dos direitos sucessórios até o momento em que o menor incapaz se torna apto a assumir a empresa do pai e continuar cuidando o negócio da família.

4.1) É pelo fideicomisso que as pessoas perenes tendem a ser moderadas, de modo que não cometam pecados perenes, que são pecados de pessoas físicas que se estendem no tempo e no espaço, produzindo danos extremos, devastadores.

4.2.1) Se os poderes de usar, gozar e dispor não fossem tão concentrados em poucas mãos, este instituto poderia ser democratizado, com o avanço do distributivismo.

4.2.2) Se os pais são como pequenos reis, então haveria pequenas coroas que cuidariam do patrimônio das empresas da família até o momento em que os herdeiros estivessem prontos para comandar as empresas e expandir o trabalho do antecessor.

4.2.3) Essas pequenas coroas serviriam de poder moderador, moderando os atos do novo patriarca da família de modo que o orgulho e a má consciência não destruam o patrimônio construído pela geração anterior, que existe para que se sirva a Deus e para que o país seja tomado como um lar em Cristo, o que prepara todo um povo para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de março de 2018.

domingo, 18 de março de 2018

Como o avanço da técnica fez com que a capitalização se pervertesse numa usura: o caso da agricultura e da edição de livros

1) Existem dois tipos de reprodução: a que se dá por força da natureza e a que se dá por mãos humanas.

2.1) A reprodução por força da natureza tem a tendência de melhorar a qualidade genética de uma espécie de planta ou de animal.

2.2) Para se melhorar constantemente a qualidade, é preciso que se faça uma seleção constante de modo que as melhores sementes sejam entregues de modo a se pagar os juros devidos num empréstimo de sementes.

2.3) Essa seleção é feita pelos laboratórios, criando um registro de patentes na forma de cultivar - como esses laboratórios concentram bens e riqueza em poucas mãos, elas acabam sabotando a economia agrícola, criando uma cultura de usura, por força do constante avanço tecnológico, fazendo com que o aprimoramento da força vital das sementes fosse monetizado, por se tratar de serviço interessado com lucro e não para aperfeiçoar a obra de Deus. Isso cria um conflito de interesse que faz com que o Estado tenha de legislar sobre todo e qualquer aspecto do direito autoral, seja na criação de tecnologia nova, seja na edição de livros novos.

3.1) A cópia que se dá por mão humana, como vemos nos livros fabricados pelos monges copistas, tende a ser uma reprodução de uma peça original, que lhe serve de modelo. Ela visa não só a preservar o que se conhece, em caso de perda, mas também serve para disseminar conhecimento, embora de uma maneira muito lenta. Mas tudo muda a partir do momento em que se surge a imprensa e acelera a disseminação do saber, criando um verdadeiro conflito de interesses, por força da contrafação ou por força do contrabando de livros censurados em determinado país.

3.2) Quando um autor tem direito de cópia sobre determinada obra, isso implica que ele tem o direito de mandar imprimir quantas cópias ele quiser de seu livro, e esse direito é estendido aos descendentes de maneira permanente até o momento em que não haja mais alguém para suceder o autor nos direitos econômicos que decorrem de sua personalidade, posto que a pessoa do autor se torna perene por força da obra escrita, imortalizando assim o nome da família da qual faz parte.

3.3.1) Como se trata de matéria de capitalização moral, ele se torna livre para atender a demanda, uma vez que escrever é um ato de evangelização, o que levaria o público a ter de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, se esse escritor vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus e se for capaz de escrever obras de boa qualidade. 

3.3.2) Laços entre a comunidade e o escritor são formados de modo a se formar uma espécie de distributivismo - o escritor empresta seu saber, o povo se aprimora com base na leitura do livro e novos conhecimentos são criados quando este conhecimento influi em cabeças que vivem a vida em circunstâncias diferentes da do escritor, de modo a não só corrigir como também aprimorar a obra escrita. Esse empréstimo se torna uma coisa perene; ele não se finda com a morte do criador, pois as pessoas físicas passam, embora a relação exista entre leitor e escritor, podendo ser conhecida de uma maneira deduzida, já que o fato está encoberto - e só as pessoas mais inteligentes da sociedade serão capazes de descobri-lo.

3.4.1) O problema dos direitos autorais começa a partir do momento em que nem todos os escritores são capazes de criar editoras de modo a administrar os direitos exclusivos de cópia de sua obra - e é neste ponto que os direitos econômicos da obra se divorciam dos direitos de personalidade, decorrentes da paternidade da obra. Assim, o mercado tende a se concentrar somente nos best sellers, inviabilizando a circulação de novas idéias, geralmente vindas de escritores em começo de carreira.

3.4.2) Some-se a isso o fato de que moramos numa sociedade descristianizada, pois o relativismo moral fomenta uma falsa liberdade de pensamento, a ponto de obras extremamente danosas para a vida sadia em sociedade serem vendidas tal como se fossem bananas na feira.

3.4.3) Como o papel aceita qualquer coisa, uma pessoa mal intencionada escreve uma história de qualidade questionável e essa história é vendida como se fosse boa, por meio da política de vendas das editoras, que só promovem best-sellers, concentrando o mercado editorial em poucas mãos, a ponto de não atender a demanda de maneira eficiente e eficaz, fazendo com que a mentira ocupe o espaço destinado à verdade. E é onde há a concentração de bens em poucas mãos que surge a questão da pirataria.

3.4.4) No cenário digital, a pirataria abriu caminho para que pequenos autores publicassem seus livros através de autopublicação ou por meio de publicações patrocinadas por meio de financiamento coletivo, possibilitando que eles possam ter suas próprias editoras, resolvendo assim a crise contratual decorrente do divórcio do direito econômico da obra e o direito de personalidade do autor, que permitiu que as editoras exercessem o poder de manipular o mercado e perverter a cultura de uma sociedade como um todo, o que é um prato cheio para a esquerda, que usou isso como um esquema de poder.

3.4,5) Essa crise de confiança que pavimentou o conflito de interesses entre editoras e escritores e entre produtores de alimentos e laboratórios decorre da usura, pois fizeram dessas atividades um meio de se ganhar dinheiro, que passou a ser visto como uma espécie de salvação, pervertendo a capitalização natural e moral desde dentro, posto que tanto a agricultura quanto o ofício de escritor foram dessacralizados, por conta da perda de sua razão de ser, pois essas coisas existem para promover Deus e não o amor de si até o desprezo de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de março de 2018.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Se o comunismo é uma religião política satânica, então eles se valerão de sacrifícios humanos para poderem se renovar

1) É fato sabido que o PSOL criticava a intervenção federal no Rio.

2) O professor Loryel Rocha apontou que o comunismo é uma religião política.

3) Como se valem da própria torpeza, posto que fomentam banditismo, entraram com uma ação pedindo a anulação da intervenção federal, um dia antes do assassinato da vereadora Marielle Franco.

4) A morte dela fez com que o min. Lewandowski, relator do feito, levasse o caso a plenário, acelerando a possibilidade de esse pedido ser acolhido.

5) Não quero ser leviano, mas vejo que isso não foi um assassinato - a vereadora não morreu por conta de sua pessoa, mas porque ela é uma escrava dessa bandeira - por isso, o PSOL tem direito de vida e de morte sobre as suas crias, fazendo do partido uma espécie de pater familias. Como o comunismo é uma religião política satanista, então é bem provável que ela foi sacrificada com tal propósito. Foi um sacrifício humano - e o ritual se deu de maneira premeditada .

6.1) O sentido do sacrifício humano nas sociedades mesoamericanas é a renovação da ordem cósmica. No caso do comunismo, que é fundado no antropocentrismo e no imanentismo, o sentido do sacrifício é a renovação do caos, de modo que a ordem deles emerja desse caos (inversão simbólica do significado histórico dos sacrifícios humanos). 

6.2) Eis porque a esquerda se vale tanto de cadáver fresco de modo a avançar a sua agenda, pois tanto a morte de Marielle quanto a morte de Marisa Letícia obedecem a um padrão. Não importa se o método para se obter um cadáver seja assassinato ou morte natural - o que importa é que haja um cadáver para servir de palanque, pois os fins justificam os meios. Eles renovam o caos de modo que desse caos emerja uma ordem revolucionária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de março de 2018.