(0:00) Olimpíadas e geopolítica, muita gente me pediu para eu falar disso, eu já fiz um vídeo falando sobre o atentado terrorista de Munique, na Alemanha, (0:10) mas geopolítica se manifesta na Olimpíada ou as Olimpíadas são manifestações geopolíticas de muitas outras maneiras, (0:20) desde a escolha da sede, uso do soft power, mas hoje eu quero falar especificamente de um elemento geopolítico que está ligado com as Olimpíadas, (0:31) que é o nacionalismo. (0:33) Nós chegamos ao fim das Olimpíadas, dos Jogos de Paris, e se falou muito, o discurso de encerramento foi sobre como as nações estavam ali em paz, (0:45) apesar de todos os problemas que nós sabemos que o mundo tem hoje, geopoliticamente falando. (0:52) E realmente é curioso, e desse ponto de vista os Jogos Olímpicos representam um sonho almejado da geopolítica ou das relações internacionais, (1:04) que é a busca pela paz, a busca pela ordem, pela estabilidade, por justiça.
(1:11) De muitas maneiras, os Jogos Olímpicos conseguem representar isso. (1:17) A gente tem nações do mundo todo reunidas ali para competir de forma adversarial, mas com respeito e sem se matarem. (1:29) É uma competição pacífica no esporte, onde todos se enfrentam e se respeitam e mostram humildade.
(1:39) O que dizer daquele pódium da Simone Biles e da outra atleta americana reverenciando a Rebecca? (1:51) Aquela cena, aquela foto é muito forte. (1:54) Ela é uma foto que mostra, apesar da rivalidade, da competição, da animosidade, da disputa por poder, existe muito respeito. (2:05) Seria uma manifestação bonita da geopolítica, onde todos os competidores e adversários, no final das contas, se respeitam.
(2:17) Óbvio que o mundo fora do esporte não é assim, e por isso talvez os Jogos Olímpicos tenham essa relação com a paz, (2:28) de busca pela paz ou quase alcançando a paz. (2:32) Eu vou mais longe. (2:34) Um tema do final da cerimônia de encerramento falou sobre um ser de outro planeta que estivesse ali e vendo os Jogos Olímpicos.
(2:46) Vamos imaginar essa situação, onde a gente olhasse de fora da Terra e todos os povos da Terra estivessem reunidos praticando competições esportivas. (3:01) Claro que para nós, aqui de dentro, não enxergamos os Jogos dessa maneira. (3:07) É muito difícil a gente ter essa visão total do macro.
(3:12) A gente olha para os Jogos Olímpicos como uma manifestação das divisões que existem. (3:18) Afinal de contas, são os países que estão competindo ali, e o mundo está dividido entre várias pequenas ilhas, (3:27) cada um com o seu país, e você olha e fica pensando, a China ganhou aquilo, os Estados Unidos ganharam mais medalha, (3:35) nosso adversário agora é a Polônia, mas depois no outro esporte nós vamos enfrentar o Egito. (3:44) E a nossa visão, o nosso olhar, ele é recortado, ele não é um olhar, (3:48) todos os seres humanos estão aqui reunidos nesse lugar, de todos os grupos representados e competindo entre eles pacificamente.
(4:01) Talvez um alienígena que estivesse olhando isso de fora acharia interessante, (4:06) poderia até chegar à conclusão que nós somos uma espécie mais evoluída, mais organizada, (4:13) capaz de resolver as nossas diferenças sem se matar, mais justos, (4:21) enfim, uma série de qualidades que nem nós mesmos conseguimos enxergar nem neste momento específico, (4:28) porque a gente não consegue tirar a lente nacional. (4:33) Isso é muito interessante, é pura geopolítica, (4:38) porque nós partimos do nosso olhar para o mundo de acordo com o lugar que a gente veio. (4:46) Nada mais geopolítico do que isso, porque geografia é sobre lugar, (4:53) o lugar da onde você veio vai determinar para quem você vai torcer.
(5:01) E eu falo disso o tempo inteiro quando eu falo de geopolítica, que eu explico que existem dois amores. (5:08) O amor herdado, que você não escolhe, é dado para você. (5:13) O amor pelos nossos pais, você não escolhe, é dado, você recebeu, você herdou ele.
(5:19) E o amor adquirido, que é o amor que você escolhe, (5:22) o amor como, por exemplo, a pessoa que você quer escolher passar o resto da sua vida, (5:28) esse seria o amor adquirido. (5:29) Não em todas as sociedades, também já expliquei isso em várias sociedades, (5:33) você não escolhe com quem você casa, o casamento é arranjado. (5:38) Você aceita se casar não pelo amor adquirido, mas pelo amor herdado, (5:43) pelo amor à sua família, porque a sua família escolhe e você aceita, (5:47) porque você ama a sua família e aquele amor você não pode mudar.
(5:51) Ele não é racional. (5:53) É a mesma coisa com a nossa torcida, o nosso olhar para os Jogos Olímpicos. (5:58) Nós torcemos para o nosso país e a gente torce para o nosso país (6:03) não é porque ele é mais bonito, não é porque ele é mais justo, (6:07) porque ele é mais competente, porque ele é mais disciplinado, (6:10) porque ele tem mais força.
(6:13) A gente torce para o nosso país e todos os povos torcem para o seu próprio país (6:19) porque você nasceu ali, porque aquele é o seu país. (6:27) Essa não é uma escolha independente, não é uma escolha que você vai elencar valores, (6:32) critérios e falar assim, não, eu quero torcer para o melhor. (6:35) Não, você torce para o seu e você torce para ele porque ele é seu.
(6:42) Vejam, então a gente não consegue olhar para o mundo sem essa lente (6:47) e a gente assiste os Jogos Olímpicos com esse olhar, com essa visão, (6:53) com essa perspectiva o tempo inteiro e nós estamos aprisionados a ela. (6:59) Essa é uma lealdade conectada com a ideia do amor herdado. (7:05) A nossa nação, onde a gente veio, o lugar que a gente veio vai moldar quem somos (7:12) e parte da nossa identidade está ligada com essa identidade coletiva da nossa nação.
(7:20) Por isso que o nacionalismo é uma expressão do amor herdado. (7:26) Claro, eu posso mudar de nacionalidade, posso, eu adquiri, (7:31) mas mesmo assim, como eu sempre digo, você não vai apagar o lugar de onde você veio de verdade. (7:36) Você adquiriu um novo amor e aí é talvez a distinção entre Brasil e República Federativa do Brasil.
(7:44) Você nasceu no Brasil. (7:45) A nossa relação com a República Federativa do Brasil é bastante complicada, (7:50) mas a nossa relação com o Brasil é mais automática, ela é instantânea, ela é natural, ela é herdada (7:55) e por isso que a gente vai torcer para o Brasil. (7:59) Claro que essa lealdade, esse amor herdado, muitos falam que ele é incondicional, (8:06) que ele é uma disposição total e imediata de se sacrificar, de acreditar e torcer.
(8:12) Mesmo que a gente saiba que somos piores, nós estaremos torcendo. (8:17) Não acho que isso impede a gente de criticar, mas no dia seguinte a gente vai acordar (8:22) e vai torcer de novo para o nosso time, para o nosso país. (8:27) E essa manifestação do nacionalismo é muito forte.
(8:32) Parte da identidade nacional, que é isso que nos faz ser membros dessa comunidade imensa (8:38) de pessoas estranhas, na maioria delas, porque a gente não conhece a maioria dos brasileiros, por exemplo, (8:45) é o que nos une e o que nos faz andar junto. (8:49) Então essa identidade nacional é construída por vários elementos e o esporte é sim um elemento. (8:55) E eu sempre digo que no Brasil esse elemento é inclusive mais forte do que os outros elementos (9:00) que a gente precisaria, como a história, como termos heróis, como lideranças.
(9:05) Faltam muitos desses elementos na construção da identidade nacional brasileira. (9:10) E um dos elementos fortes, que talvez seja um dos únicos onde nós nos sentimos plenamente (9:17) ou totalmente focados em sermos brasileiros, é no esporte. (9:24) O esporte tem esse poder unificador, ele ajuda a construir identidades.
(9:28) Não é só aqui, mas aqui a nossa ênfase na nossa identidade nacional, o peso do esporte (9:34) na nossa identidade nacional é ainda maior do que nos outros lugares. (9:38) E infelizmente no Brasil ele termina no esporte, porque raramente ele ultrapassa o esporte. (9:46) O patriotismo brasileiro fica restrito e limitado só à ideia da hora que a gente está torcendo.
(9:52) E óbvio que isso afeta a nação, afeta a gente estar unido, a gente trabalhar junto, (9:57) a gente conseguir prosperar coletivamente em grande escala. (10:04) Uma outra discussão interessante sobre esse olhar dos Jogos Olímpicos e do nacionalismo (10:10) é uma pergunta se o patriotismo pode ser considerado uma virtude. (10:17) E muitos acreditam que sim.
(10:20) Eu acho que faz sentido a gente olhar como uma virtude, (10:23) porque você ser capaz de admirar, se sacrificar, torcer, gostar pelo seu grupo, (10:33) pelo grupo que você faz parte, é o que faz você prosperar. (10:38) O problema do Brasil é que a gente é incapaz de fazer isso em qualquer momento fora do esporte, (10:44) como eu estava explicando aqui para vocês. (10:46) Se a gente conseguisse fazer isso fora do esporte, a gente teria prosperado muito mais.
(10:51) Nações que são capazes de fazer isso fora do esporte em vários momentos, (10:55) como Alemanha, Japão e Estados Unidos, são nações muito prósperas, (10:59) porque elas conseguem construir mais coisas juntas. (11:05) Então o patriotismo é uma virtude. (11:07) O patriotismo no esporte também pode ser uma virtude.
(11:12) Dá alguns exemplos que manifestam a virtude máxima disso. (11:16) Um deles é o que aconteceu em 1971, no campeonato mundial de tênis de mesa. (11:23) A China estava jogando com os Estados Unidos, (11:25) e o jogador americano virou para o jogador chinês no final do jogo e falou assim, (11:28) olha, eu queria treinar com você, a gente pode treinar junto para eu aprender mais? (11:33) E ele ficou todo assustado, com medo, falou que não, e saiu correndo e contou para os técnicos.
(11:40) Os técnicos foram lá e contaram para oficiais do Ministério das Relações Exteriores, (11:44) e aquilo foi escalando até chegar no Mao Tse Tung, (11:47) e aí o Mao olhou e falou assim, não, ele está permitido de treinar com o americano. (11:53) Aquilo permitiu uma abertura de um canal de comunicação entre China e Estados Unidos, (11:59) é conhecido como a diplomacia do ping-pong e do tênis de mesa. (12:03) Então, nesse sentido, o esporte, o patriotismo no esporte, (12:07) abriu um espaço para uma diplomacia, para um canal de comunicação, (12:11) e isso mostra que o esporte, que o patriotismo no esporte pode sim ser uma virtude.
(12:19) A gente pode dizer que o patriotismo no esporte é uma linguagem do nacionalismo moralmente rica. (12:32) Claro que eu posso pensar em situações onde o patriotismo no esporte é nocivo e negativo, posso, (12:40) o próprio exemplo do atentado terrorista de 92 contra os atletas, de 72 contra os atletas israelenses. (12:49) Ali o patriotismo se manifestou, o patriotismo no esporte usou o esporte como uma arma de guerra, (12:58) matando, sequestrando e ferindo outros atletas.
(13:02) Uma outra situação que aconteceram nesses jogos em Paris, por exemplo, (13:07) você transformar o seu adversário em um vilão, pelo patriotismo. (13:13) Uma coisa é você torcer e tal, e querer que outro perca, (13:16) outra coisa é depois que acabou o jogo, acabou o resultado, (13:21) você usa as situações políticas para diminui-lo, para humilhar, (13:28) ou para usar aquilo de uma forma política. (13:32) Então quando a atleta brasileira ganhou da israelense, (13:37) muita gente ficou feliz pelo seu ódio a Israel, pelo antissemitismo, (13:44) ou por outras manifestações políticas diversas.
(13:49) Quando você transforma o seu adversário em um vilão, (13:52) aí então o patriotismo no esporte não se torna uma virtude, mas talvez um vício. (13:58) A gente tem muitas outras situações onde o nacionalismo ou o patriotismo (14:08) se manifesta no esporte de uma forma diferente. (14:11) Eu estou falando aqui para vocês que a gente não conhece os jogos olímpicos (14:16) sem ser pela lente dos países, o que é verdade, (14:21) mas se a gente olha para a Grécia Antiga, quem competia não eram países, (14:25) eram atletas e indivíduos.
(14:27) E hoje em dia os atletas e os indivíduos competem, (14:31) mas eles representam um outro grupo. (14:34) E a bandeira que vai subir é o hino daquele grupo, (14:37) e a torcida é por aquele grupo. (14:40) Então é menos sobre o indivíduo e mais sobre os países.
(14:45) Mas vejam que curioso, se o esporte é uma manifestação do nacionalismo, (14:51) ele ajuda a construir identidade nacional, (14:53) dá para pensar em várias situações onde o esporte está separado da nação (15:01) e mesmo assim não alterou a política. (15:06) Então talvez dá para se imaginar um momento que um jogo olímpico (15:12) ou um esporte de grande escala não vai ser só sobre nações. (15:18) A gente tem o time olímpico dos refugiados, (15:20) a Irlanda, que é uma nação independente, (15:25) ela tem o esporte unificado em grande medida com o Reino Unido.
(15:31) E a gente tem exemplos contrários, por exemplo, na Espanha, os bascos, (15:36) tem um time privado, interno, que se chama Atlético de Bilbao. (15:42) E esse time não pode ter jogadores que não forem de origem basca, (15:47) o que seria até preconceituoso. (15:50) Porque a Espanha não permite que ele tenha um time separado.
(15:55) Talvez, se ele tivesse um time separado, ele não ia precisar ter um time privado (15:59) com essas regras. (16:01) Já a Cataluña também poderia querer ter o seu time de futebol, (16:05) o seu competir autonomamente, (16:08) mas ela tem jogado com os seus jogadores na Copa dentro do time da Espanha. (16:14) E está tudo bem.
(16:41) A mesma coisa não, porque o Wales é parte, mas ela tem times separados. (16:49) E está tudo bem. (16:51) A gente chega num ponto até de existirem times (16:55) que não representam países, que eles não existem.
(16:59) Por exemplo, das Índias Ocidentais. (17:03) Isso é uma região de ex-colônias britânicas, (17:07) vulgo, a gente poderia definir como uma região do Caribe, (17:12) que tem 13 países e 19 áreas que são governadas por partes de outros. (17:19) E ali, esses países todos jogam juntos com um único time no críquete.
(17:26) E eles não são um país. (17:29) Então, percebe, a gente consegue criar times que competem (17:33) e a gente aceita a existência desses times, (17:36) mesmo eles não sendo países. (17:39) E certos países que já são independentes, como a Irlanda, (17:44) querem jogar com um outro país do qual eles faziam parte (17:47) e se libertaram politicamente.
(17:50) Às vezes o esporte consegue transcender a identidade nacional, o nacionalismo. (17:58) Outras vezes ele não transcende, mas ele se junta, (18:03) mesmo não sendo parte daquele lugar politicamente. (18:07) O que eu quero mostrar para vocês é que, claro, (18:11) eu comecei explicando aqui nesse vídeo que Olimpíada é sobre nação, (18:19) sobre nacionalismo.
(18:21) Mas existem situações onde essa regra é quebrada. (18:27) E isso é curioso. (18:28) Talvez isso seja uma representação, um exemplo dessas mudanças (18:34) dos nossos conceitos de Estado-nação, de nacionalidade e como isso funciona.
(18:41) Acho que o mais interessante é perceber aqui a ideia da nossa torcida. (18:47) E o que motiva a nossa torcida é a nossa relação com essa torcida. (18:51) E essa relação tem tudo a ver com a geopolítica.
(18:53) Porque você torce para quem você torce, porque você nasceu (18:59) ou porque você é daquele lugar. (19:01) E o lugar é a geografia. (19:04) A geografia é a parte da geopolítica que se conecta com a política (19:08) e, com isso, a política é o nacionalismo junto com a geografia.
(19:14) A gente tem Olimpíadas como uma manifestação pura de geopolítica. (19:21) Mas existem várias outras, como eu comentei com vocês, (19:23) depois eu faço outros vídeos explicando as outras. (19:27) Mas é interessante a gente pensar sobre isso.
(19:29) Imagina alguém vindo de fora e olhando para a terra, (19:32) todos os humanos reunidos ali, jogando e tal. (19:36) Parece que a gente vive em paz, que nós somos unidos (19:40) e que não existem as divisões que existem. (19:43) E mesmo entendendo as divisões dos países e das nações, (19:47) ainda assim a gente vai olhar e falar (19:50) que está tudo bem, são só rivalidades.
(19:54) Mas não é isso que está acontecendo na geopolítica, muito ao contrário. (19:57) É isso aí, gente.
Professor HOC
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domingo, 18 de agosto de 2024
A Geopolítica das Olimpíadas
A internet por um fio - sobre a guerra submarina que pode acabar com sua conexão
(0:01) Os atuais embates geopolíticos pelo poder tornam evidente a importância de proteger cada vez mais (0:08) as infraestruturas críticas de ataques. Uma dessas infraestruturas críticas, (0:15) que é pouco falada, mas desempenha um papel sensível no mundo, são os cabos submarinos. (0:25) Hoje nós vivemos em um mundo hiperconectado e os cabos submarinos são essenciais para (0:31) uma ampla gama de atividades vitais para a nossa sociedade moderna, desde transações financeiras (0:37) até comunicações globais ou cooperação científica internacional.
Somente no setor financeiro os cabos (0:44) submarinos transportam cerca de 10 trilhões de dólares em transferências financeiras diariamente. (0:51) Eles são comumente utilizados em redes internacionais de telecomunicações, interligam países e (0:56) continentes e são fundamentais para a utilização da internet da forma como conhecemos atualmente. (1:02) As primeiras conexões submarinas foram registradas em meados da década de 1850 entre Dover, na (1:09) Inglaterra, e Calais, na França, poucos anos após a invenção do telégrafo.
Em 1858 foi lançado ao (1:17) mar o primeiro cabo transatlântico ligando Londres à Terra Nova e Labrador, no Canadá. Na época eles (1:24) eram bem frágeis e protegidos por uma mistura de cânhamo, substância produzida com a folha da (1:30) cannabis, e uma borracha indiana. Desde então as conexões submarinas evoluíram, passaram a ser (1:36) feitas por fibra ótica e hoje podemos afirmar que os mais de 485 cabos submarinos existentes e (1:44) operantes são responsáveis pelo tráfego de mais de 95% dos dados intercontinentais.
O restante é (1:51) feito através de satélites que apresentam a mesma finalidade. Porém, os cabos submarinos ainda ganham (1:56) em termos de custo de instalação e manutenção, velocidade de transferência dos dados e quantidade (2:02) de dados transferidos. Eles são tão cruciais para a revolução digital quanto a expansão do poder (2:07) computacional e os avanços da inteligência artificial.
A construção desses cabos submarinos (2:13) remonta a tempos mais pacíficos. Além disso, eles ainda não representavam uma vantagem geopolítica (2:19) importante. O objetivo no início era apenas viabilizar serviços de comunicação mais ágeis.
(2:25) Por essa razão, eles não foram projetados para serem constantemente patrulhados e reparados. Porém, (2:31) hoje a realidade é outra. O advento da internet impulsionou a revolução das comunicações e alavancou (2:37) a importância dos cabos submarinos a um papel muito mais sensível e estratégico para a economia global (2:43) e para o sistema de comunicação mundial.
Não é apenas um volume crescente de dados atravessando (2:48) os cabos submarinos. A sensibilidade desses dados também está aumentando, envolvendo não somente (2:54) dados de pessoas privadas ou entes privados, como também de governos. Com isso, a proteção dos cabos (3:02) passou a estar diretamente relacionada à segurança nacional dos países.
Hoje, não estar conectado a (3:08) um cabo submarino significa não fazer parte do mundo. Um bom exemplo disso é o que ocorreu com (3:13) os residentes da ilha Matsu de Taiwan quando o navio chineses cortaram os dois cabos das ilhas (3:19) no início de fevereiro desse ano. Esse evento ficou conhecido como o bloqueio invisível e todos foram (3:25) afetados.
As empresas tiveram suas atividades afetadas sem acesso a seus sistemas, aeroportos (3:30) e hotéis também. Sem acesso à plataforma de comércio eletrônico, a logística básica foi (3:36) prejudicada para os negócios, como restaurantes e lojas. Durante 50 dias, os residentes ficaram (3:42) com acesso limitado à internet, utilizando um sistema de transmissão de rádio por micro-ondas (3:47) que fornecia também acesso limitado e lento à internet.
Mas os ilhéus de Matsu tiveram sorte. (3:54) Em 31 de março, as autoridades taiwanesas conseguiram que uma embarcação reparadora começasse a consertar (4:01) os cabos. Normalmente, a espera é muito longa porque a demanda pelos 60 navios de cabos do (4:08) mundo supera muito a oferta, especialmente porque alguns dos navios, além de fazerem reparos, (4:13) também fazem novas instalações.
Assim, fica evidente como os cabos submarinos passaram a (4:18) representar um tema sensível para os países. Ainda mais agora que o mundo enfrenta um cenário (4:22) de forte instabilidade nas relações internacionais entre grandes potências e com a invasão da Rússia (4:28) à Ucrânia, podendo então os cabos se tornarem um alvo para disputas geopolíticas. Um fator (4:34) importante que complica a proteção de cabos submarinos para os países é que eles são em (4:39) grande parte de propriedade de empresas de comunicações privadas.
Os cabos geralmente (4:44) são financiados por consórcios de empresas de telecomunicações, envolvendo também cada vez mais (4:50) grandes empresas de tecnologia. O mercado é dominado por quatro fornecedores principais. (4:55) A primeira é a Alcatel Submarine Networks, da França, subsidiária da Nokia.
A segunda é a (5:01) Subcom, com sede nos Estados Unidos. A terceira é a NEC, do Japão. E a quarta é a Huawei Marine (5:08) Networks, chinesa, que controla 10% do mercado submarino de cabos de internet no mundo.
Os (5:15) provedores, tais quais Amazon, Facebook, Google, Microsoft, estão aumentando sua participação e (5:23) transformando completamente o mercado de cabos submarinos, construindo a infraestrutura necessária (5:28) por conta própria. Por costume, nenhuma empresa operadora dos cabos está pensando na segurança (5:34) do sistema global ou considerando os grandes desafios geopolíticos futuros que podem ameaçá-los. Além (5:41) disso, os proprietários privados têm mostrado até agora uma grande relutância em assumir os custos (5:47) de aumentar as medidas de proteção.
A propriedade privada de cabos submarinos fez com que muitos (5:52) governos, até muito recentemente, não tivessem o mesmo papel ativo que em outras indústrias (5:57) estratégicas, como energia e transporte marítimo, por exemplo. Além disso, os cabos submarinos não (6:04) têm bandeira, ou seja, são em sua maioria propriedades privadas. Eles não são legalmente (6:10) associados a nenhum país em particular.
Isso complica o status dos cabos sob a lei internacional. (6:16) A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982, por exemplo, não apresenta (6:22) disposições que proíbem os Estados de tratar os cabos submarinos como alvos militares legítimos (6:28) durante a guerra. Talvez o ponto mais preocupante relacionado a ataques contra a infraestrutura de (6:33) comunicação submarina seja que agentes mal intencionados não precisam ameaçar ou (6:38) perpetrar ataques em cabos ou infraestrutura de outros atores.
Eles podem simplesmente controlar (6:44) e dominar redes de cabos submarinos próprias para coagir e punir inimigos. Ao dominar uma rede, (6:50) os governos poderiam usar a vantagem tecnoeconômica e o controle desses cabos para alavancagem política. (6:58) Por exemplo, um Estado que domina uma rede pode ameaçar o livre acesso à internet para aqueles (7:04) a quem os cabos chegam.
Isso pode criar uma dependência entre os países que utilizam o (7:09) mesmo cabo, aumentando também a vulnerabilidade desses países. Outra preocupação que tem surgido (7:15) também se respeita a espionagem e os ataques cibernéticos. Por mais que sejam atividades mais (7:21) difíceis do que simplesmente cortar o cabo, por envolver a necessidade de se chegar a ter um (7:26) ponto estratégico no cabo, no fundo do mar, para instalar o material necessário para a espionagem, (7:31) ainda assim é um risco real que muito preocupa os países, levando o debate sobre a necessidade de (7:36) se aprimorar a tecnologia e as estratégias de monitoramento ou patrulhamento.
Essa questão (7:42) está relacionada à entrada no mercado de grandes instaladores e operadores de cabos estatais ou (7:48) afiliados ou financiados pela China, Rússia e outros estados autoritários. Países onde a diferença (7:54) entre público e privado é muitas vezes tênue. Isso significa que questões sobre segurança, (8:00) competição e domínio de cabos submarinos podem passar a ser propositalmente incorporadas às (8:07) políticas desses países.
A China, por exemplo, está explorando a vulnerabilidade das redes, (8:13) investindo nos cabos submarinos e financiando projetos como uma extensão submarina de sua (8:19) iniciativa do Belt and Road, que é a nova rota da seda. Isso passou a configurar como uma estratégia (8:25) de influência, pois os líderes chineses entendem bem a importância de controlar, (8:30) acessar e distribuir informações e inteligência para as populações. O Plano Estratégico Made (8:36) in China 2025 visa que a China controle 60% do mercado global de fibra ótica até 2025.
(8:45) Até o momento, das sete maiores empresas de cabos de fibra ótica do mundo, cinco são chinesas. O (8:51) país está expandindo continuamente a sua frota submarina e desenvolvendo seu próprio setor de (8:56) cabos submarinos. Além disso, oferece a outros países projetos de instalação de cabos a preços (9:02) baixos, uma estratégia que, por mais que pareça altruísta, levanta preocupações em relação à (9:07) dependência e à vulnerabilidade dos países em relação à China.
Na região do Pacífico, (9:12) muitas ilhas ainda não estão conectadas e sofrem com uma infraestrutura precária para a internet. (9:18) Lá, observamos uma corrida constante entre empresas americanas e chinesas para liderar (9:23) a instalação de cabos na região. A Micronese Oriental, por exemplo, abriu um processo de (9:28) licitação para ter seu próprio cabo submarino e o financiamento ficou com o Banco de Desenvolvimento (9:33) Asiático.
Essa licitação desagradou os Estados Unidos, que investem em cabos na região e não (9:39) querem a China interferindo no negócio. O governo dos Estados Unidos, que possui uma forte influência (9:44) pela região, disse que o cabo pode gerar ameaças à segurança caso instalados por uma empresa (9:49) chinesa. Por conta disso, os estados federados da Micronese recuaram e desistiram por hora de (9:56) usar o financiamento do Banco Asiático.
A competição entre Estados Unidos e China aumenta a perspectiva (10:01) de outros países usarem os cabos para se impor geopoliticamente. A Global Cloud Exchange da (10:08) Índia, por exemplo, é proprietária do cabo Falcon, que conecta Egito, Sudão, Arábia Saudita, Iêmen, (10:16) Oman, Emirados Árabes Unidos, Catar, Bahrein, Kuwait, Iraque, Irã, Índia, Sri Lanka e Maldivas. (10:23) Se, por exemplo, a reaproximação do Irã e da Arábia Saudita, mediada pela China, se desgastar, (10:30) um dos parceiros pode optar por inviabilizar o seu ponto de recepção do cabo ou optar pela (10:36) utilização de um outro cabo, prejudicando assim todos os envolvidos.
Todos esses fatos nos levam (10:42) a traçar três tendências que estão acelerando os riscos à segurança dos cabos submarinos. Primeiro, (10:48) à medida que o mundo continua a se digitalizar, muito mais cabos serão necessários nos próximos (10:53) anos. Espera-se que seu número cresça cerca de 30% ao ano e, com isso, a relevância dos mesmos (10:59) para o mundo também vai aumentar.
Segundo, o volume de dados enviado cresce diariamente, (11:05) assim como a sua sensibilidade. E terceiro, essa infraestrutura crítica será vista cada (11:10) vez mais por países autoritários como uma ferramenta para promover o seu poder e influência. (11:16) Dada a importância crítica dos cabos submarinos para a segurança transatlântica, garantir sua (11:22) total proteção deve ser uma prioridade coletiva.
Embora os cabos sejam gerenciados, (11:28) mantidos e protegidos de forma privada, os governos têm de promover avaliações de risco (11:33) nacional referentes aos projetos, garantir o compromisso do setor privado com a segurança (11:39) através de leis e desenvolver recursos nacionais de monitoramento e reparo dos cabos. Além disso, (11:46) o desenvolvimento de tecnologias emergentes, como a criptografia avançada e a inteligência (11:51) artificial, pode fortalecer ainda mais a segurança deles, impedindo ataques cibernéticos e garantindo (11:57) a integridade das comunicações. Para os próximos anos, esperamos que tanto os países quanto as (12:03) empresas que compõem o mercado se unam para proteger o que hoje conhecemos como a espinha (12:08) dorsal que sustenta a comunicação global.
Professor HOC
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(0:00) Bonjour à tous, je fais souvent ici beaucoup de vidéos en utilisant des analogies historiques pour vous sur (0:07) des conflits passés comme la Seconde Guerre mondiale, la Guerre froide et comment ces situations du passé se (0:14) répètent aujourd'hui. Mais dans la vidéo d'aujourd'hui, je veux remonter un peu plus dans le temps et prendre la (0:21) Première Guerre mondiale comme référence pour vous montrer comment de nombreux éléments qui ont conduit à la (0:27) Première Guerre mondiale peuvent se répéter et peut-être nous conduire à une Troisième Guerre (0:35) mondiale. Faisons une pause dans notre vidéo pour que je parle de Insider, notre (0:48) partenaire et sponsor ici sur la chaîne, avec une nouveauté intéressante.
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De grandes forces (2:27) structurelles ont entraîné la concurrence entre l'Allemagne et le Royaume-Uni, comme, par exemple, des impératifs (2:34) économiques, la géographie et l'idéologie. La croissance économique rapide de l'Allemagne a modifié l'équilibre (2:40) des pouvoirs et permis à Berlin d'étendre ses objectifs stratégiques. Une partie de cette expansion, (2:46) notamment dans le domaine maritime, s'est produite dans des zones où les Britanniques avaient des intérêts stratégiques (2:53) profonds et bien établis.
Les deux puissances, l'Allemagne et le Royaume-Uni, en sont venues à se considérer (3:00) comme des opposés idéologiques, souvent en exagérant leurs différences. Les Allemands caricaturaient (3:07) les Britanniques comme des exploiteurs avides du monde, tandis que (3:14) les Britanniques voyaient les Allemands comme des malfaiteurs autoritaires cherchant à étendre leur influence et à réprimer. Les (3:21) deux pays semblaient être sur une trajectoire de collision, destinés à entrer en guerre, mais ce ne sont pas les (3:26) pressions structurelles, bien qu'importantes, qui ont provoqué la Première Guerre mondiale.
La guerre (3:32) s'est produite à cause de décisions individuelles erronées et d'une profonde myopie des deux côtés. Pour être (3:39) plus clair, la guerre était toujours probable, mais elle était loin d'être inévitable. Par exemple, (3:45) peut-être que la guerre n'aurait pas eu lieu si les dirigeants allemands, après le chancelier Otto von Bismarck, (3:50) n'avaient pas été aussi audacieux en modifiant l'équilibre du pouvoir naval.
L'Allemagne célébrait (3:57) sa domination en Europe et insistait sur ses conquêtes et ses ambitions de grande puissance, (4:03) ignorant les règles et normes internationales. Cette posture a inquiété non seulement l'Angleterre, (4:09) mais aussi d'autres pays. Cela était justifiable, car l'Allemagne faisait peu (4:14) d'efforts pour présenter tout cela comme la création d'un nouvel ordre mondial plus juste.
(4:20) Une vision tout aussi myope prévalait de l'autre côté. Churchill, chef de la marine britannique à l'époque, (4:27) a conclu en 1913 que la position mondiale dominante de son pays, ouvrez les guillemets, (4:34) "semble généralement moins raisonnable pour les autres pays que pour nous", fermez les guillemets. En d'autres termes, (4:42) les Britanniques avaient beaucoup de mal à comprendre comment les autres les percevaient.
(4:47) Les responsables et les médias britanniques diffusaient des critiques acerbes contre l'Allemagne, (4:52) en particulier contre les pratiques commerciales des Allemands. Londres regardait Berlin avec méfiance, (4:58) interprétant chacune de ses actions comme des preuves d'intentions agressives et échouant à comprendre (5:04) les craintes de l'Allemagne quant à sa propre sécurité dans un continent où les Germains étaient entourés (5:11) de potentiels ennemis. L'hostilité britannique n'a fait qu'approfondir les insécurités allemandes et exacerber (5:19) leurs ambitions.
Quelque chose de très similaire se produit aujourd'hui dans le monde. (5:24) Tout comme l'Allemagne et l'Angleterre avant la Première Guerre mondiale, la Chine et les États-Unis (5:28) semblent pris dans une spirale descendante qui pourrait déboucher sur une catastrophe pour les deux pays (5:33) et pour le monde entier. Tout comme au début du siècle dernier, des facteurs structurels profonds (5:40) nourrissent aujourd'hui l'antagonisme entre les deux.
La concurrence économique, l'insécurité géopolitique et une (5:45) méfiance profonde augmentent les risques d'un conflit. Mais les facteurs structurels ne (5:52) sont pas une fatalité. Les décisions prises par les dirigeants peuvent éviter une guerre ou mieux gérer (5:58) les tensions qui surgissent inévitablement dans une compétition entre grandes puissances.
(6:02) Bon, laissez-moi approfondir le parallèle historique pour que vous compreniez les similitudes entre ces (6:08) deux moments. Tout comme l'hostilité entre l'Allemagne et la Grande-Bretagne il y a plus d'un siècle, (6:14) l'antagonisme entre la Chine et les États-Unis a des racines structurelles profondes nées à la (6:20) fin de la Guerre froide. À cette époque, Pékin et Washington étaient, en quelque sorte, des alliés, car les deux craignaient (6:25) davantage le pouvoir de l'Union soviétique qu'ils ne se craignaient l'un l'autre.
(6:31) Mais l'effondrement de l'État soviétique, leur ennemi commun, a presque immédiatement (6:37) poussé les dirigeants à se concentrer davantage sur ce qui séparait Pékin et Washington que sur ce qui (6:43) les unissait. Les États-Unis dénonçaient de plus en plus le gouvernement répressif de la Chine. La Chine, (6:50) de son côté, se ressentait de l'hégémonie mondiale et de l'interventionnisme américain.
Cependant, (6:54) cette exacerbation des opinions n'a pas immédiatement conduit à une détérioration des relations entre les États-Unis (7:00) et la Chine. Au cours de la décennie et demie qui a suivi la fin de la guerre froide, les administrations américaines successives (7:06) pensaient qu'elles avaient beaucoup à gagner en facilitant la modernisation et la croissance (7:12) économique de la Chine. Tout comme les Britanniques, qui ont d'abord accueilli favorablement l'unification de (7:17) l'Allemagne en 1870 et l'expansion économique allemande qui a suivi, les Américains étaient motivés par (7:24) leur propre intérêt en soutenant l'essor de Pékin.
La Chine était un marché immense pour les produits et (7:30) capitaux américains et, en plus, à cette époque, le pays semblait disposé à faire des affaires selon le (7:36) modèle américain, à importer le mode de vie américain ainsi que ses habitudes de consommation et même à (7:42) embrasser l'idéologie américaine sur la façon dont l'économie et les marchés devaient fonctionner. (7:46) Cependant, sur le plan géopolitique, la Chine était considérablement plus prudente à l'égard (7:53) des États-Unis. L'effondrement de l'Union soviétique a choqué les dirigeants chinois, et le succès militaire (7:58) des États-Unis lors de la guerre du Golfe en 1991 leur a montré que la Chine vivait désormais dans un monde (8:04) unipolaire où les États-Unis pouvaient exercer leur pouvoir presque à leur guise.
À (8:11) Washington, beaucoup ont été scandalisés par l'utilisation de la force par la Chine contre sa propre population (8:16), lors de l'incident de la place Tian'anmen en 1989 et ailleurs. Tout comme l'Allemagne et la (8:24) Grande-Bretagne dans les décennies 1880 et 1890, la Chine et les États-Unis ont commencé à se voir (8:32) mutuellement avec plus d'hostilité, même si le commerce entre eux augmentait. Ce qui a réellement changé la dynamique (8:38) entre les deux pays, c'est le succès économique inégalé de la Chine.
Jusqu'en 1995, le PIB de la Chine (8:44) représentait environ 10 % du PIB des États-Unis. En 2021, il avait grimpé à environ 75 % du PIB (8:53) américain. En 1995, les États-Unis produisaient environ 25 % de la production mondiale de biens, tandis que la Chine en produisait moins de 5 %.
Mais aujourd'hui, la Chine a dépassé les États-Unis. L'année (9:06) dernière, la Chine a produit près de 30 % de la production mondiale de biens, tandis que les États-Unis (9:12) n'en ont produit que 17 %. Ce ne sont pas les seuls chiffres qui reflètent l'importance économique d'un pays (9:19), mais ils donnent une idée du poids d'une nation dans le monde et indiquent où réside la capacité (9:26) de fabrication, par exemple, y compris des équipements militaires.
Les choses ont commencé (9:33) à se détériorer et à se gâter davantage en 2003, avec l'invasion américaine de l'Irak. La Chine s'est opposée à (9:39) l'attaque menée par les États-Unis, même si Pékin se souciait peu du régime du (9:44) président irakien Saddam Hussein. Plus que les capacités militaires dévastatrices des États-Unis, ce qui a vraiment choqué les dirigeants à Pékin, c'est la facilité avec laquelle Washington pouvait (9:53) ignorer les questions de souveraineté et de non-intervention, des concepts qui étaient les piliers de (9:58) l'ordre international même que les Américains avaient persuadé la Chine d'accepter.
Les Chinois (10:05) s'inquiétaient que les Américains ne suivaient pas les règles internationales, tout en obligeant (10:10) les autres pays à les respecter. En d'autres termes, l'Irak d'aujourd'hui pourrait être la Chine de demain. Parallèlement, (10:17) le budget militaire de la Chine a doublé entre 2000 et 2005, puis a de nouveau doublé jusqu'en 2009.
Pékin (10:24) a lancé des programmes pour mieux former son armée, améliorer son efficacité et a investi dans de nouvelles (10:30) technologies, révolutionnant ses forces navales et de missiles. À un moment donné, entre 2015 et 2020, (10:37) le nombre de navires de la marine chinoise a dépassé celui de la marine américaine. Certains affirment (10:42) que la Chine aurait considérablement élargi ses capacités militaires, indépendamment de ce que (10:47) les États-Unis avaient fait deux décennies plus tôt.
Après tout, c'est ce que font les grandes puissances émergentes (10:53) à mesure que leur puissance économique augmente. Cela peut être vrai, mais le moment précis (10:58) de l'expansion de Pékin était clairement lié à sa peur que la seule superpuissance mondiale, (11:04) les États-Unis, aient à la fois la volonté et la capacité de contenir l'ascension de la Chine (11:10) s'ils le souhaitaient. Tout comme l'Allemagne a commencé à craindre d'être contenue à la fois (11:16) économiquement et stratégiquement dans les décennies 1890 et au début des années 1900, au moment même où (11:23) l'économie allemande croissait plus rapidement, la Chine a commencé à craindre d'être (11:28) contenue par les États-Unis précisément lorsque son économie était en plein essor.
L'un des (11:33) plus grands exemples de la façon dont la présomption et la peur peuvent coexister était l'Allemagne sous le commandement du Kaiser (11:40) Guillaume II. Les Allemands croyaient à la fois qu'ils étaient inévitablement en ascension et que (11:46) la Grande-Bretagne représentait une menace existentielle à leur montée en puissance. Les journaux allemands étaient remplis (11:52) de nouvelles sur les avancées économiques, technologiques et militaires du pays, prophétisant (11:57) un avenir où l'Allemagne surpasserait toutes les autres nations.
Selon de nombreux Allemands, leur modèle (12:03) de gouvernement, qu'ils définissaient comme un hybride de démocratie et d'autoritarisme, était l'envie du monde. (12:10) Ils prétendaient que la Grande-Bretagne n'était pas vraiment une puissance européenne, insistant sur le fait que l'Allemagne (12:15) était désormais la puissance la plus forte du continent et qu'elle devait être laissée libre de réorganiser (12:21) la région de manière rationnelle, en fonction de la réalité de sa force. Les passions nationalistes ont augmenté (12:28) dans les deux pays à partir des années 1890, et l'image qu'ils avaient l'un de l'autre s'est (12:35) détériorée.
La peur a grandi à Berlin que ses voisins et la Grande-Bretagne étaient déterminés (12:41) à empêcher le développement naturel de l'Allemagne sur son propre continent et à entraver sa future (12:47) prédominance. Ne remarquant pas l'impact de leur rhétorique agressive sur les autres, les dirigeants (12:53) allemands ont commencé à voir l'ingérence britannique comme la cause principale des problèmes de leur pays, (13:00) tant chez eux qu'à l'étranger. Ils voyaient le réarmement britannique et les politiques commerciales (13:05) plus restrictives comme des signes d'intentions agressives.
Tradução para o francês:
D'autre part, les dirigeants britanniques (13:11) imaginaient que l'Allemagne était largement responsable du déclin relatif de l'Empire britannique, (13:17) bien que de nombreuses autres puissances se soient développées aux dépens de la Grande-Bretagne. La Chine d'aujourd'hui (13:22) montre de nombreux signes de présomption et de peur similaires à ceux que l'Allemagne affichait après (13:29) les années 1890. Les dirigeants du Parti communiste chinois, le PCC, ont été immensément fiers de la manière dont (13:36) leur pays a affronté la crise financière mondiale de 2008 et ses conséquences de manière plus (13:41) efficace que leurs homologues occidentaux.
De nombreux Chinois voyaient la récession mondiale de cette époque non seulement (13:48) comme une calamité fabriquée aux États-Unis, mais aussi comme un symbole de la transition de la (13:53) direction de l'économie mondiale des États-Unis vers la Chine. Les dirigeants chinois, y compris ceux (13:59) du secteur des affaires, ont passé beaucoup de temps à expliquer aux autres que la montée inexorable (14:05) de la Chine était devenue la tendance dominante dans les affaires internationales. Dans ses politiques régionales, (14:11) la Chine a commencé à se comporter de manière plus affirmée vis-à-vis de ses voisins, (14:16) réprimant par exemple les mouvements d'autodétermination au Tibet et au Xinjiang, (14:21) détruisant l'autonomie de Hong Kong et, ces dernières années, insistant de plus en plus souvent sur son droit (14:28) de prendre Taiwan par la force, si nécessaire.
Ensemble, l'arrogance croissante de la Chine et le nationalisme croissant (14:34) aux États-Unis ont contribué à porter Donald Trump à la présidence en 2016, après qu'il a (14:40) dépeint la Chine comme une force maléfique sur la scène internationale. En fonction, Trump a lancé une (14:45) expansion militaire dirigée contre la Chine et a déclenché une guerre commerciale pour renforcer la suprématie (14:51) commerciale des États-Unis, marquant une rupture nette avec les politiques moins hostiles poursuivies par (14:57) son prédécesseur, Barack Obama. Lorsque Joe Biden a remplacé Trump en 2021, il a maintenu bon nombre des (15:04) politiques de Trump visant la Chine, soutenu par un consensus bipartisan qui voit la Chine comme (15:10) une grande menace pour les intérêts des États-Unis, et depuis, il a imposé davantage de restrictions commerciales (15:16) visant à rendre plus difficile l'acquisition de technologies sophistiquées par les entreprises chinoises.
Pékin (15:22) a répondu à ce changement de posture dure à Washington en montrant autant d'ambition que (15:27) d'insécurité dans ses relations avec les autres pays. Certaines de ses plaintes concernant le (15:31) comportement américain sont étonnamment similaires à celles que l'Allemagne a formulées contre la (15:37) Grande-Bretagne au début du XXe siècle. Pékin a accusé Washington d'essayer de maintenir un ordre (15:42) mondial intrinsèquement injuste, la même accusation que Berlin a formulée contre Londres.
Pendant ce temps, (15:48) les États-Unis ont tenté de développer une politique à l'égard de la Chine qui combine dissuasion et (15:53) coopération limitée, semblable à ce que la Grande-Bretagne a fait en développant une politique à l'égard (15:58) de l'Allemagne au début du XXe siècle. Dans la relation anglo-allemande, (16:02) trois conditions principales ont transformé cet antagonisme croissant en guerre. La première (16:07) était que les Allemands étaient de plus en plus convaincus que la Grande-Bretagne ne permettrait pas à l'Allemagne (16:13) de monter sous aucune circonstance.
En même temps, les dirigeants allemands semblaient incapables de (16:19) définir pour les Britanniques ou pour quiconque comment, en termes concrets, la montée (16:26) de leur pays changerait ou non le monde. La deuxième condition était que les deux parties craignaient (16:32) l'affaiblissement de leurs positions futures. Cette vision a encouragé certains dirigeants à croire (16:37) qu'ils devaient mener une guerre plus tôt que plus tard.
La troisième condition était une quasi (16:43) absence de communication stratégique. En 1905, Alfred von Schlieffen, chef d'état-major (16:50) allemand, a proposé un plan de bataille garantissant une victoire rapide sur le continent, où l'Allemagne (16:55) devait faire face à la France et à la Russie. Ce plan a fuité et a suffi à faire changer d'avis (17:01) les Britanniques et à leur inspirer la crainte des Allemands.
Toutes ces conditions semblent aujourd'hui être présentes (17:07) dans la relation entre les États-Unis et la Chine. Le président chinois, Xi Jinping, et la direction du (17:11) Parti communiste sont convaincus que l'objectif principal des États-Unis est d'empêcher (17:17) la montée de la Chine. Les propres déclarations de la Chine sur ses ambitions internationales sont (17:22) si vagues qu'elles sont pratiquement dénuées de sens.
En interne, les dirigeants chinois sont (17:27) sérieusement préoccupés par le ralentissement de l'économie du pays et par la loyauté de leur (17:32) propre peuple. Pendant ce temps, les États-Unis sont tellement politiquement divisés que la gouvernance (17:38) à long terme devient presque impossible. Le potentiel de mauvaise communication (17:42) stratégique entre la Chine et les États-Unis est énorme en raison de l'interaction limitée entre les (17:48) deux parties.
Toutes les preuves actuelles indiquent que la Chine élabore des plans militaires pour envahir un jour (17:53) Taiwan, provoquant une guerre entre les États-Unis et la Chine, tout comme le plan militaire (17:58) allemand a contribué à provoquer une guerre entre l'Allemagne et la Grande-Bretagne pendant la Première Guerre (18:03) mondiale. Pendant la compétition intense entre grandes puissances, même de petits conflits (18:08) pourraient facilement avoir des conséquences désastreuses, comme l'ont montré les préparatifs de la Première Guerre mondiale (18:14). Prenons, par exemple, un conflit pas si petit, mais la guerre actuelle d'agression (18:21) de la Russie contre l'Ukraine.
Beaucoup dans le camp occidental espèrent que la Chine pourra jouer (18:26) un rôle constructif dans les négociations de paix du conflit, étant donné que Pékin a mis l'accent sur le respect de (18:32) la souveraineté et de l'intégrité territoriale de tous les pays. La Chine doit se rappeler qu'une des plus grandes (18:38) erreurs de l'Allemagne avant la Première Guerre mondiale a été de soutenir l'Autriche-Hongrie pendant que ce pays (18:44) menaçait ses voisins dans les Balkans. Tout cela alors que les dirigeants allemands faisaient appel à (18:50) des principes élevés de justice internationale.
Cette hypocrisie a contribué à déclencher la guerre en 1914. (18:57) À ce moment-là, la Chine est en train de répéter cette erreur avec son soutien inconditionnel à la Russie. Bien que (19:04) l'Ukraine soit actuellement la source de la plus grande tension, c'est Taiwan qui pourrait être les Balkans des années (19:11) 2020, c'est-à-dire l'étincelle potentielle de notre Troisième Guerre mondiale.
Tant la Chine que les États-Unis (19:18) continuent de sous-estimer les chances croissantes d'un conflit à Taiwan (19:26) d'ici la prochaine décennie. Et, il n'est jamais inutile de rappeler qu'un conflit entre eux déclencherait (19:33) une Troisième Guerre mondiale.
Professeur HOC
Publacation Connexe:
https://www.youtube.com/watch?v=6w1w6MR7Zyg
sábado, 17 de agosto de 2024
How World War I Explains World War III
Hello everyone, I often make many videos here drawing historical analogies for you from past conflicts such as World War II, the Cold War, and how these past situations are repeating themselves today. But in today's video, I want to go back a little further in time and bring World War I as a reference, showing you how many things that happened then that led to World War I may be repeating and perhaps leading us to World War III.
British historian Paul Kennedy explained in his book The Rise of the Anglo-German Antagonism, 1860-1914, how two traditionally friendly nations ended up in a spiral of mutual hostility that led to World War I.
Large structural forces drove competition between Germany and the United Kingdom, such as economic imperatives, geography, and ideology. Germany's rapid economic growth shifted the balance of power and allowed Berlin to expand its strategic objectives. Part of this expansion, especially in the maritime field, occurred in areas where the British had deep and well-established strategic interests.
The two powers, Germany and the United Kingdom, began to see each other as ideological opponents, often exaggerating the differences. The Germans painted a caricature of the British as greedy exploiters of the world, and the British saw the Germans as authoritarian wrongdoers seeking expansion and repression. The two countries seemed to be on a collision course destined for war, but it wasn't the (3:26) structural pressures, important as they were, that triggered World War I.
The war happened because of misguided individual decisions and deep shortsightedness on both sides. To be clearer, war was always likely, but it was far from inevitable. For example, the war might not have happened if the German leaders after Chancellor Otto von Bismarck hadn't been so bold in altering the balance of naval power.
Germany celebrated its dominance in Europe and insisted on its ambitions as a great power, disregarding international rules and norms. This stance alarmed not only England but also other countries. This was justifiable, as Germany made little effort to portray all this as merely the creation of a new, fairer world order.
A similar shortsightedness prevailed on the other side. Churchill, the head of the British Navy at the time, concluded in 1913 that his country's prominent global position, quote, "often seems less reasonable to other countries than to us," unquote. In other words, the British had great difficulty understanding how others saw them.
British officials and media spread harsh criticisms against Germany, particularly against German commercial practices. London viewed Berlin cautiously, interpreting all its actions as evidence of aggressive intentions and failing to understand Germany's fears about its own security in a continent where the Germans were surrounded by potential enemies. British hostility only deepened German insecurities and fueled their ambitions.
Something very similar is happening in the world today. Just as Germany was to England before World War I, China and the United States seem caught in a downward spiral that could end in disaster for both countries and the entire world. Much like at the beginning of the last century, deep structural factors are fueling the antagonism between the two.
Economic competition, geopolitical insecurity, and a profound mistrust are increasing the chances of conflict today. But structural factors are not destiny. The decisions leaders make can prevent a war or better manage the tensions that inevitably arise from competition between great powers.
Now, let me deepen the historical parallel so you can understand the similarities between these two moments. Just like the hostility between Germany and Britain over a century ago, the antagonism between China and the United States has deep structural roots that were born at the end of the Cold War. In the final stages of that conflict, Beijing and Washington were, in a way, allies, as both feared the power of the Soviet Union more than they feared each other.
But the collapse of the Soviet state, their common enemy, or the common enemy of both, almost immediately caused leaders to focus more on what separated Beijing and Washington than what united them. The United States increasingly condemned China's repressive government. Meanwhile, China (6:50) resented America's global hegemony and interventionism.
However, this escalation of opinions did not lead to an immediate decline in relations between the United States and China. In the decade and a half following the end of the Cold War, successive American administrations believed they had much to gain by facilitating China's modernization and economic growth. Just like the British, who initially embraced the unification of Germany in 1870 and its subsequent economic expansion, the Americans were motivated by self-interest in supporting Beijing's rise.
China was a huge market for U.S. products and capital, and at that time, the country seemed willing to do business in the American way, importing the American lifestyle, consumer habits, and even embracing the American ideology of how economies and markets should function. However, on a geopolitical level, China was considerably more cautious toward the United States. The collapse of the Soviet Union shocked Chinese leaders, and the U.S.'s military success in the Gulf War of 1991 showed them that China now existed in a unipolar world in which the U.S. could exercise its power almost at will.
In Washington, many were outraged by China's use of force against its own population, in the Tiananmen Square incident in 1989 and elsewhere. Just like Germany and Britain in the 1880s and 1890s, China and the United States began to view each other with more hostility, even as trade between them grew. What truly changed the dynamic between the two countries was China's unparalleled economic success.
By 1995, China's GDP was about 10% of the United States' GDP. By 2021, it had grown to around 75% of the U.S. GDP. In 1995, the United States produced about 25% of the world's manufactured goods, while China produced less than 5%.
But now China has surpassed the United States. Last year, China produced nearly 30% of the world's manufactured goods, while the United States produced only 17%. These are not the only figures that reflect a country's economic importance, but they give an idea of a nation's weight in the world and indicate where the capacity to manufacture things lies, including military equipment.
Things began to worsen and sour even more in 2003, with the U.S. invasion of Iraq. China opposed the U.S.-led attack, even though Beijing cared little for the regime of Iraqi President Saddam Hussein. More than the devastating military capabilities of the United States, what truly shocked leaders in Beijing was how easily Washington could disregard issues of sovereignty and non-intervention, concepts that were pillars of the very international order that the Americans had persuaded China to join.
The Chinese were concerned that the Americans did not follow international rules, yet at the same time forced other countries to abide by them. In other words, today’s Iraq could be tomorrow’s China. Meanwhile, China’s military budget doubled between 2000 and 2005, and then doubled again by 2009.
Beijing launched programs to better train its army, improve its efficiency, and invested in new technologies, revolutionizing its naval and missile forces. At some point between 2015 and 2020 the number of Chinese naval ships surpassed that of the U.S. Navy. Some argue that China would have dramatically expanded its military capabilities regardless of what the United States had done two decades earlier.
After all, this is what rising great powers do as their economic power increases. This may be true, but the specific timing of Beijing’s expansion was clearly linked to its fear that the world’s sole superpower, the United States, had both the will and the capability to contain China’s rise, should it choose to do so. Just as Germany began to fear being contained both economically and strategically in the 1890s and early 1900s, exactly when Germany’s economy was growing most rapidly, China began to fear being contained by the United States precisely when its own economy was on the rise.
One of the greatest examples of how presumption and fear can coexist was in Germany under Kaiser (11:40) Wilhelm II. The Germans believed both that their rise was inevitable and that Britain represented an existential threat to that rise. German newspapers were full of stories about the country’s economic, technological, and military advances, predicting a future in which Germany would surpass all others.
According to many Germans, their model of government, which they defined as a hybrid of democracy and authoritarianism, was the envy of the world. They claimed that Britain was not truly a European power, insisting that Germany was now the strongest power on the continent and should be free to rationally reorganize the region according to the reality of its strength. Nationalist passions increased in both countries from the 1890s onwards, while their perception of each other deteriorated.
Fear grew in Berlin that its neighbors and Britain were determined to halt Germany’s natural development in its own continent and prevent its future predominance. Unaware of the impact of their aggressive rhetoric on others, German leaders began to see British interference as the root cause of the country's problems, both at home and abroad. They viewed British rearmament and more restrictive trade policies as signs of aggressive intentions.
On the other hand, British leaders imagined that Germany was largely responsible for the relative decline of the British Empire, although many other powers were growing at Britain’s expense. China today shows many of the same signs of presumption and fear that Germany exhibited after the 1890s. Leaders of the Chinese Communist Party, the CCP, took great pride in how their country handled the global financial crisis of 2008 and its aftermath more efficiently than their Western counterparts.
Many Chinese saw the global recession at that time not only as a calamity manufactured in the U.S., but also as a symbol of the transition of global economic leadership from the U.S. to China. Chinese leaders, including those in the business sector, spent much time explaining to others that China’s inexorable rise had become the defining trend in international affairs. In its regional policies, China began to act more assertively towards its neighbors, (14:16) such as by repressing self-determination movements in Tibet and Xinjiang, destroying Hong Kong's autonomy, and in recent years, more frequently insisting on its right to take Taiwan by force, if necessary.
Together, China’s growing presumption and rising nationalism in the U.S. helped bring Donald Trump to the presidency in 2016, after he portrayed China as a malign force on the international stage. Once in office, Trump initiated a military buildup aimed at China and launched a trade war to reinforce U.S. commercial supremacy, marking a clear break from the less hostile policies pursued by his predecessor, Barack Obama. When Joe Biden replaced Trump in 2021, he maintained many of Trump’s China-targeted policies, supported by a bipartisan consensus that sees China as a major threat to U.S. interests. Since then, Biden has imposed more trade restrictions aimed at hindering Chinese companies from acquiring advanced technology.
Beijing (responded to Washington's hardening stance with both ambition and insecurity in its relationships with other countries. Some of its complaints about American behavior are surprisingly similar to those Germany made against Britain in the early 20th century. Beijing accused Washington of trying to maintain an inherently unjust world order, the same accusation Berlin made against London.
Meanwhile, the U.S. has tried to develop a policy towards China that combines deterrence with limited cooperation, similar to Britain's approach to Germany in the early 20th century. In the Anglo-German relationship, three main conditions turned this growing antagonism into war. The first was that the Germans increasingly convinced themselves that Britain would not allow Germany to rise under any circumstances.
At the same time, German leaders seemed incapable of defining for the British or anyone else how, concretely, the rise of their country would change or not change the world. The second condition was that both sides feared the weakening of their future positions. This view encouraged some leaders to believe that they should fight a war sooner rather than later.
The third condition was an almost total lack of strategic communication. In 1905, Alfred von Schlieffen, the chief of the German general staff, proposed a battle plan that would ensure a quick victory on the continent, where Germany had to deal with France and Russia. This plan leaked, and it was enough to confirm British fears of the Germans.
All these conditions now seem to be present in the U.S.-China relationship. Chinese President Xi Jinping and the Communist Party leadership are convinced that the primary goal of the United States is to prevent China's rise. China's own statements about its international ambitions are so vague as to be practically meaningless.
Internally, Chinese leaders are seriously worried about their country's slowing economy and the loyalty of their own people. Meanwhile, the United States is so politically divided that effective long-term governance is becoming almost impossible. The potential for strategic miscommunication between China and the U.S. is enormous due to the limited interaction between the two sides.
All current evidence points to China making military plans for one day invading Taiwan, producing a war between the U.S. and China, just as Germany's military plan helped produce a war between Germany and Britain in World War I. During intense competition between great powers, even small conflicts could easily have disastrous consequences, as the lead-up to World War I showed. Take, for example, a conflict that isn't so small—the current Russian war of aggression against Ukraine.
Many in the Western camp hope that China could play a constructive role in peace negotiations for the conflict since Beijing has emphasized respecting the sovereignty and territorial integrity of all countries. China should remember that one of Germany's biggest mistakes before World War I was supporting Austria-Hungary as it threatened its neighbors in the Balkans. All this while German leaders appealed to high principles of international justice.
This hypocrisy helped produce the war in 1914. At this moment, China is repeating that mistake with its unconditional support for Russia. Although Ukraine is currently causing the most tension, it is Taiwan that could be the Balkans of the 2020s—the potential spark for our World War III.
Both China and the United States remain asleep to the increasingly likely chances of a conflict happening in Taiwan at some point within the next decade. And it is never too much to remember, a conflict between the two would trigger World War III.
Professor HOC
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The Company that Forged the Modern World: The East India Company
East India Company ship on trade mission to India |
(0:00) When the East India Company commissioned a painting of the events that took place in 1623 in (0:08) Amboina, a clove-producing island in what is now the Indonesian archipelago, the painting inflamed (0:15) and ignited public opinion. Entitled The Amboina Atrocities, the painting depicted the torture and (0:21) beheading of ten English merchants by Dutch agents, allegedly for attempting to (0:27) seize control of the lucrative spice trade in the region. The painting was so incendiary that after (0:33) only two weeks on display at the Company's headquarters, the king ordered it removed, and it was never (0:39) seen in public again.
But the memory of the events at Amboina endured. Between 1624 and 1781, the East India (0:47) Company published a pamphlet a dozen times entitled A True Relation of the Unjust, Cruel, and Barbarous Proceedings against the English, with two frightening illustrations on the (0:58) cover depicting Dutch interrogators torturing the English merchants, all (1:03) of whom had now been turned into martyrs. The Amboina massacre, as it became known, became part of the (1:09) origin story of the Company and, by extension, of the British Empire in Asia.
The defeat at Amboina and (1:16) the cruel deaths of its merchants drove the Company away from the spice trade in the East Indies (1:21) and competition with the Dutch East India Company, VOC, VOC. Instead, (1:28) the East India Company turned to the textile trade—cotton and silk—with (1:33) the Mughal Empire in South Asia, eventually expanding its lucrative trade to (1:38) products such as tea and the illegal opium trade, while extending its influence throughout (1:43) the Indian subcontinent to the Persian Gulf, China, and other parts of Asia. What began with the massacre (1:48) of Amboina would eventually result in the creation of an empire that spanned the globe and (1:54) ultimately forged the modern world as we know it.
The East India Company, possibly the (2:05) most painful public-private partnership in history, contributed to the formation of the British (2:11) Empire, spurred European industrialization, and unified the global economy. It was the principal (2:16) among dozens of other companies that obtained monopoly rights and sovereign claims (2:21) through political concessions issued. These companies, avatars of the crown, combined the pursuit of (2:28) profit with the prerogatives of government, although they often ruled as they pleased, (2:34) with no respect for laws, let alone local customs.
By importing raw materials, (2:40) they fueled the manufacturing sector of the Industrial Revolution, stimulated demand (2:44) for foreign goods, and dominated the growing capital markets of London, (2:49) while executing the state's desires in building the British Empire. (2:54) These companies helped claim nearly one-third of the world's territory for the United Kingdom, (2:59) making the Empire the largest ever known. Since that time, historians have debated (3:04) the significance and lasting impact of these companies from the Imperial Era.
Some, using (3:09) their profit and scale as a metric, see today's giant corporations as (3:14) contemporary manifestations of such companies that were common in that era. (3:19) Others view the largest of them, the East India Company, as even more powerful. It has been (3:25) described as the CIA, the NSA, and the biggest and most terrifying multinational on Earth, all (3:31) rolled into one company.
A corporation whose power, much like that of a company like Meta, (3:36) remained virtually unchecked for years. These companies often existed beyond the (3:43) reach of state regulation and, in many ways, functioned as independent states (3:48) with their own forms of sovereignty. Born out of relentless wars, (3:53) the East India Company and the VOC became two of the most powerful corporations (3:59) the world has ever known.
Both were granted state-guaranteed monopolies and possessed (4:03) powers typically associated with sovereign states, including the right to build fortresses, (4:08) maintain armies, mint currency, declare war, sign treaties, and engage in diplomacy with (4:16) non-European entities. They were also unmistakably commercial enterprises at the (4:21) forefront of financial innovation, which, combined with their unbridled ambition and license to wage (4:26) war, generated incredible wealth, enough to fuel the Dutch Golden Age of the 17th (4:31) century and the British Industrial Revolution in the 18th and 19th centuries. In Amsterdam, paintings by great (4:37) artists like Rembrandt and Johannes Vermeer adorned the era, and innovative ideas, including (4:43) those of philosophers Baruch Spinoza and Hugo Grotius, spread everywhere.
In London, (4:50) imported commodities contributed to the growth of domestic production and the emergence (4:55) of an urban middle class. Many at the time, including the thinker and conservative Edmund Burke, (5:00) saw the fortunes of the East India Company and those of Great Britain as being (5:06) inexorably linked. The VOC emerged as the world's first publicly traded company, (5:12) paying average annual dividends of 18% for nearly two centuries.
At its peak, the VOC was worth the equivalent (5:19) of about $7.9 trillion today, a value greater than the combined current market values (5:27) of Alibaba, Alphabet, Amazon, Apple, AT&T, Bank of America, Berkshire Hathaway, Chevron, (5:34) ExxonMobil, Facebook, Johnson & Johnson, McDonald's, Netflix, Samsung, Tencent, Visa, and Walmart. (5:42) The East India Company, meanwhile, evolved into a permanent publicly traded company in 1657. (5:49) Like modern corporations, it had the legal status of a corporate person with rights (5:55) but few obligations, transferable shares, limited liability, and a separation between (6:01) management—the directors—and owners—the shareholders.
As with the VOC, anyone could (6:07) invest in the imperial trade venture, profiting financially and even claiming (6:12) a certain overseas power. To give you an idea, in the early 19th century, the East (6:18) India Company had a private army of 200,000 soldiers, twice the size of the United (6:23) Kingdom's. It was responsible for nearly half of the country’s trade and governed most of the (6:28) Indian subcontinent.
Shareholders annually elected merchants and statesmen who (6:34) formulated and implemented policies, determining the fate of millions of (6:38) inhabitants in regions under the Company’s control. The VOC and the East India Company (6:44) blurred the lines between public and private in pursuit of profit and power, but they were not (6:49) alone. European states granted these kinds of licenses and helped dozens of private companies (6:56), which, in turn, provided the engines of imperial and capitalist expansion worldwide.
(7:01) In England's march to build its empire, there were dozens of other companies of this type that (7:06) received monopoly rights and financed and drove the earliest attempts to found (7:12) English colonies and profit from the trade of all kinds of raw materials, as well as enslaved people (7:17). English merchants, establishing the economic and political foundations of the empire, still (7:23) depended on state intervention to secure access to markets. Military (7:28) ships kept the doors of trade open, for example, in China during the Opium Wars in the (7:33) 19th century.
The navy patrolled colonial waters, protecting the transport of goods, especially (7:39) after the Battle of Lagos, a devastating defeat in 1693. The imperial companies generously (7:46) contributed to state coffers through customs duties, with just five companies, (7:52) mainly the East India Company, accounting for about a third of Britain's public budget (7:57) in the mid-18th century. These companies also helped generate many (8:03) jobs, whether in London's ports or at sea and on the empire's battlefields.
The Levant (8:09) Company alone employed around 5,000 sailors by the late 17th century. But to interpret (8:16) the British Empire as a story of corporate colonialism still leaves only a (8:21) partial image of this history. David Livingstone, the famous British missionary and explorer of the (8:29) 19th century, summed up the imperial creed of the United Kingdom in three words: Christianity, commerce, and (8:36) civilization.
Power and profit certainly drove both states and companies, just as (8:41) they do for corporations today. But states and companies, during the Age of Empire, did not operate (8:46) in ideological vacuums, just like modern corporations. The notion of the UK's civilizing mission was seen as crucial both in the metropolis and throughout the Empire.
This (8:58) led countless missionaries, like Livingstone, to spread the Gospel and Western norms (9:04) around the world, while young colonial administrators tried to reshape the Empire’s subjects (9:10) in the liberal and modern image of the United Kingdom. But the East India Company was far (9:14) from unanimous approval, nor was it eternal, and eventually found itself dismantled and eliminated (9:20) by the British state. As early as the 17th century, an English parliamentarian wrote of the Company (9:26) as a bloodsucker of the common good.
Their destructive behavior extended to (9:33) local populations through famine-inducing policies, exploitative labor practices, and (9:39) scorched-earth tactics. The famous economist Adam Smith even ridiculed such companies for (9:45) their negligence, insisting that they were relics of a bygone era of capitalist organization that (9:50) hindered economic growth and gave rise to mismanagement and abuse. Burke himself, (9:56) as a politician, led the impeachment trial of Warren Hastings, the Governor (10:02) General of Bengal from the East India Company, in the House of Lords.
He was outraged not (10:08) by Britain's imperial ambition but by the conduct of Hastings and East India Company officials, whom Burke ridiculed as "boys without tutors, minors without (10:20) guardians." In the trial, he said, "The world is set loose upon them with all its temptations, (10:27) and they are set loose upon the world with all the powers that despotism encompasses."
Parliament, (10:34) especially after the fiscal crisis of the East India Company and the massive government bailout (10:39) in the 1770s, insisted on reducing the company's corporate sovereignty, replacing it (10:46) with increased oversight until, after the seismic rebellion in India in 1857, it nationalized (10:52) the company's administration under British crown power. Less than 20 years later, the company was (10:58) dissolved, although its corrupt practices lived on in other states and companies of the Empire, (11:03) as well as in some of today's multinational corporations. Governments and corporations today can (11:09) and should learn from the mistakes of the global giants that financed and propelled (11:13) European empires.
These companies, launched as capitalist ventures, quickly (11:19) became public-private partnerships, acquiring and maintaining territories while transcending (11:24) sovereign borders and frequently staying out of reach of the laws of sovereign states. (11:30) Like some of today's multinationals, they were very good at lobbying and creating new (11:36) structures and corporate forms to avoid state-led legislation that couldn't (11:40) contain them. The recent questioning of Mark Zuckerberg by the U.S. Congress and (11:46) Facebook's disproportionate influence on political outcomes bore some similarities (11:50) to Hastings' interrogations by Burke in the 18th-century parliament.
These necessary (11:56) critiques can be satisfying in the face of existential global crises that demand solutions (12:02) rather than complaints and warnings. Whether it’s the East India Company or Facebook, (12:08) multinational corporations often exploit the weaknesses of the state—or its complete absence.
Professor HOC
Original Post:
Socialism in Cuba Leads to Extreme Poverty for 89% of the Population
(0:00) Good morning, welcome to the channel for another video. (0:05) Today is Thursday, July 18th, 2024, and the topic we will discuss today is the resounding failure, (0:13) the terrible disaster of what socialism is in Cuba. In Cuba, like everywhere else, but especially in Cuba, according to a report from the Cuban Human Rights Observatory, (0:29) more than 80% of Cuba's population is in a catastrophic situation. (0:40) But before we get into the topic, I’d like to make the usual requests for those who aren’t subscribed to the channel: please subscribe, (0:47) give this video a like, and share it with your friends, acquaintances, and family, in WhatsApp (0:59) or Telegram groups, post it on social media, and for those who would like to support the channel, (1:04) you can do so through Pix, which is right here below.
(1:09) I would like to thank everyone who has contributed so far. (1:15) As I said, there is a site called Infobae, which does very serious journalism. In a report by Gaston Calvo (1:27) on July 16th, just a short time ago, (1:35) just a few hours ago, almost, or at least two days ago, (1:42) he reports on a study from the Cuban Human Rights Observatory that shows extreme poverty in Cuba has reached an alarming 89% (1:59) of the population this year. It’s a disaster, the inevitable path of socialism to its criminal execution in other aspects as well. (2:08)
Before continuing, I’d like to remind you of some important things. (2:19) Cuba is a dictatorship with heavy repression. One of the most scandalous things in recent times was the Mais Médicos program. (2:30) This wasn’t just in Brazil but also in other countries. It’s a kind of modern slavery, where these people provided services in (2:45) other countries, and a significant portion of the money was collected by the Cuban government. It’s basically renting out people. Cuba has also sent young people to Russia to work, but when they arrive, they are captured by the Russian army and end up fighting (3:06) and often dying in Ukraine.
(3:09) We must not forget the recent unveiling of a statue of Fidel Castro by Putin, (3:16) which he praised as a great revolutionary aesthetic. (3:26) He glorified the communist revolution in Cuba, and in the past weeks, it was reported that there are Chinese military bases in (3:42) Cuba. (3:42) And this is the Cuba so favored by Lula's government, a country in a terrible situation, and we will see how Lula’s government (4:04) has worked to ensure it remains this way. (4:07) The report, titled "State of Social Rights in Cuba," also revealed widespread dissatisfaction (4:15) with the regime of Miguel Díaz-Canel, with more than 91% expressing their discontent.
(4:26) In conversations with Infobae, Yaxis Siris, the director of strategy at the Cuban Human Rights Observatory, said that in Cuba, not only are civil and political rights violated, (4:40) but also social rights. (4:42) He stated that the Cuban regime not only represses but also impoverishes. (4:48) In fact, impoverishing is a way of repressing.
(4:52) This is the seventh report on this issue, and it shows the methods they use (5:01) to collect this data. They claim the report aims to warn and denounce the growing impoverishment of Cuban families, the scarcity of food, the shortage of medicines, (5:18) and the deterioration of public services related to food. (5:23) Extreme poverty has reached 89% of the Cuban population. (5:34) The food crisis is the main social problem, affecting 72%.
(5:39) Then come electricity blackouts due to energy shortages, inflation, and the high cost of living. (5:49) Following that are issues related to wages, public health, and corruption. (5:55) Nine out of ten Cubans say they have skipped breakfast, lunch, or dinner due to lack of money (6:07) or food shortages.
(6:09) Only 15% have been able to eat three meals without interruption. (6:15) People are skipping meals because of food shortages (6:22) and poverty. (6:26) Thirty-three percent of the population couldn’t acquire the medications they needed due to high prices or (6:34) the scarcity of medicine, which can only be obtained from state-run pharmacies (6:43) because Cuba’s health system is completely state-controlled.
(6:50) 89% of those surveyed have a negative view of Cuba's public health system. (6:58) My friends, if you listen to any defender of Cuba, they'll say it’s one of the best health systems in the world. (7:04) And there are some supporters of the Workers' Party (PT) here in Brazil who say that, and other leftists who do the same.
(7:10) But look at what Cubans themselves think about what they are experiencing in Cuba. (7:17) The results are important, says Siris, because this way we know the true reality the Cuban people are living, and we aren't swayed by the regime’s propaganda, (7:25) which for many years sold the idea throughout Latin America that Cuba is a model of social rights. (7:36) This is the image of a socialist regime according to the doctrines of those who are now in power in Brazil.
(7:51) Well, I'd like to remind you that in February of this year, 2024, the Brazilian government sent food (8:03) to Cuba, which was ultimately an effort to help sustain the Cuban dictatorship. (8:11) But now see the cynicism with which these foods were sent and the notes from Brazil's foreign ministry. (8:19) The Lula government announced, according to Crusoé magazine, that it delivered (8:25) a shipment of 125 tons of powdered milk produced in Brazil, with additional shipments of powdered milk, rice, corn, and soy to follow, as stated in a note from the foreign ministry back in February.
(8:42) Now look at the reason they claim to be sending this food: it’s to promote food and nutritional security in Latin America by providing resources for the production, distribution, and support of healthy and sustainable food systems. (9:00) This is a lie from start to finish. (9:05) The Workers' Party government admits there is hunger in Cuba while praising the wonders of the communist model, as the article says.
(9:14) And it's important to note, as they do here, that Cuba is not at war. (9:21) It’s also worth recalling that in July 2021, the Cuban people took to the streets en masse to protest (9:30) and demand an end to the dictatorship. The regime increased repression and imprisoned nearly 2,000 people, including minors. (9:41) This is the regime that is supported and praised by today's leaders in Brazil.
(9:49) The goal of the Lula government is to appease the Cuban people's dissatisfaction to prevent (9:57) new protests and a possible regime change. (10:04) According to historian Boris González Arenas, who lives in Havana, the United States (10:11) sends a lot of food to Cuba, which is then distributed to the population (10:16) through ration cards. (10:19) In other words, there is a loyalty system to the regime in the form of ration cards that allow people to obtain food.
(10:28) Historian González continues, stating that Lula’s government, since previous terms, has strengthened ties with Castroism. (10:35) Brazil sent hundreds of millions of dollars for the renovation of the Port of Mariel through (10:42) BNDES. (10:43) Everyone remembers that, and everyone remembers the default on the debt by Cuba.
(10:49) Now, sending food is also a way of supporting the dictatorship. (10:54) In any case, the regime is already in total collapse, says this Cuban historian. (11:02) So, I wanted to bring these terrible statistics on hunger in Cuba and the dreadful collapse of the socialist regime there, to show the fruits socialism brings to the nations where it is implemented, often by force.
(11:23) I'll stop here. I ask everyone who can to like this video, share it, and, if possible, make a contribution to the channel via the Pix link below. See you in the next video tomorrow.
José Carlos Sepúlveda
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Le socialisme à Cuba mène à l'extrême pauvreté de 89% de la population
(0:00) Bonjour, bienvenue sur la chaîne pour une nouvelle vidéo. (0:05) Aujourd'hui, nous sommes jeudi, 18 juillet 2024, et le thème que nous allons aborder est l'échec (0:13) retentissant, le terrible désastre qu'est le socialisme à Cuba. À Cuba comme ailleurs, (0:21) mais à Cuba en particulier, selon un rapport de l'Observatoire Cubain des Droits de l'Homme, (0:29) plus de 80 % de la population cubaine est dans une situation catastrophique. (0:40) Mais avant d'entrer dans le sujet, j'aimerais faire ces demandes habituelles : pour ceux (0:47) qui ne sont pas abonnés à la chaîne, s'il vous plaît, abonnez-vous, likez cette vidéo (0:52) et partagez-la avec vos amis, connaissances, familles, dans les groupes WhatsApp, (0:59) Telegram, postez-la sur les réseaux sociaux. Ceux qui souhaitent soutenir la chaîne peuvent (1:04) le faire via le Pix, qui est en bas.
(1:09) Je remercie déjà tous ceux qui ont contribué jusqu'à présent. (1:15) Comme je l'ai dit, il y a un site appelé Infobae, qui fait un journalisme très sérieux. (1:27) Dans un article de Gaston Calvo, datant du 16 juillet, donc très récemment (1:35) — il y a seulement quelques heures, pour ne pas exagérer, ou il y a deux jours —, il (1:42) fait un reportage sur un rapport de l'Observatoire Cubain des Droits de l'Homme, (1:52) qui montre que la pauvreté extrême à Cuba a atteint un alarmant 89 % de la population cette année. (1:59) En d'autres termes, c'est un désastre, c'est le chemin criminel du socialisme vers sa (2:08) propre destruction. (2:13) Avant de poursuivre, j'aimerais rappeler certaines choses importantes, (2:19) à savoir que Cuba est une dictature avec une forte répression. Ils ont mené l'un des programmes les plus scandaleux (2:30) de notre époque : le programme "Mais Médicos" (Plus de Médecins), qui ne concernait pas seulement le Brésil, mais aussi d'autres pays. (2:35) Une sorte d'esclavage moderne où ces médecins travaillaient dans d'autres pays, (2:45) et une grande partie de leur salaire était prélevée par le gouvernement cubain, une sorte (2:51) de location de personnes. De plus, Cuba envoie des jeunes en Russie, où ils sont (2:59) enrôlés dans l'armée russe, finissant souvent par combattre (3:06) et mourir en Ukraine.
(3:09) Il ne faut pas oublier l'inauguration récente, il y a peu de temps, (3:16) par Poutine, d'une statue de Fidel Castro. Il l'a exaltée comme étant (3:26) une statue avec une grande esthétique révolutionnaire, et donc glorifiant la révolution communiste (3:33) à Cuba. De plus, ces dernières semaines, la présence de bases militaires chinoises à (3:42) Cuba a été rapportée. Et c'est dans cette Cuba, cette même Cuba si choyée par le gouvernement Lula, (3:58) que cette situation terrible persiste. Nous allons voir comment le gouvernement Lula (4:04) travaille pour que cela continue. (4:07) Le rapport, intitulé "État des Droits Sociaux à Cuba", révèle également un mécontentement (4:15) généralisé envers la gestion du régime de Miguel Díaz-Canel, avec plus de 91% exprimant leur mécontentement.
(4:26) Dans une interview avec Infobae, Yaxi Siris, directeur des stratégies de l'Observatoire Cubain des Droits de l'Homme, (4:32) a déclaré qu'à Cuba, non seulement les droits civils et politiques sont violés, (4:40) mais aussi les droits sociaux. Il a ajouté que le régime cubain ne fait pas que réprimer, (4:48) il appauvrit aussi. Or, appauvrir est une manière de réprimer.
4:52) C'est le septième rapport sur ce sujet, et il montre les méthodes utilisées (5:01) pour recueillir ces données. Ce rapport vise à alerter et dénoncer (5:10) l'appauvrissement croissant des familles cubaines, la pénurie alimentaire, la pénurie de médicaments, (5:18) ainsi que la détérioration des services publics alimentaires. (5:23) La pauvreté extrême touche 89% de la population cubaine. (5:34) La crise alimentaire est le principal problème social, touchant 72% de la population.
(5:39) Viennent ensuite les coupures d'électricité, les pénuries d'énergie, car il n'y a pas assez d'énergie, ainsi que l'inflation et le coût de la vie. (5:49) Il y a aussi des problèmes de salaires, de santé publique, et de corruption. (5:55) Neuf Cubains sur dix disent avoir sauté un repas, que ce soit le petit-déjeuner, le déjeuner ou le dîner, faute d'argent (6:07) et à cause de la pénurie de nourriture.
(6:09) Seuls 15 % ont pu manger trois repas sans interruption. (6:15) Imaginez, des gens qui ne peuvent pas prendre leurs repas à cause du manque de nourriture, (6:22) de la pénurie et de la pauvreté. (6:26) 33 % de la population n'a pas pu se procurer les médicaments dont elle avait besoin à cause de (6:34) leur prix élevé ou de la pénurie de médicaments, disponibles uniquement dans les pharmacies d'État, (6:43) qui sont les seules légales et qui existent à Cuba, car le système de santé cubain (6:48) est totalement étatisé.
(6:50) 89 % des personnes interrogées évaluent négativement le système de santé publique à Cuba. (6:58) Mes chers amis, si vous écoutez n'importe quel défenseur de Cuba, il vous dira que c'est l'un des meilleurs systèmes (7:04) de santé au monde. (7:06) Et ici, il y a des membres du PT qui disent cela, ainsi que d'autres personnes de gauche.
(7:10) Voyez ce que les Cubains eux-mêmes pensent de ce qu'ils vivent à Cuba. (7:17) Les résultats sont importants, dit Siris, car ils révèlent la véritable réalité (7:25) que le peuple cubain vit, et ils nous permettent de ne pas nous laisser emporter par la propagande du régime (7:30) qui, pendant de nombreuses années, a vendu l'idée en Amérique latine que Cuba est un modèle de droits (7:36) sociaux. (7:37) Voici l'image et le visage d'un régime socialiste, selon les doctrines de ceux (7:46) qui sont aujourd'hui au pouvoir au Brésil.
(7:51) Eh bien, je voudrais rappeler qu'en février de cette année, 2024, le gouvernement brésilien a envoyé des aliments (8:03) à Cuba, ce qui, en réalité, n'était qu'un effort pour aider à maintenir la dictature (8:11) cubaine. (8:12) Mais regardez maintenant le cynisme avec lequel ces aliments ont été envoyés et les notes du ministère des Affaires étrangères. (8:19) Le gouvernement Lula a annoncé, et cela provient de la revue Crusoé, que le gouvernement a livré (8:25) un lot de 125 tonnes de lait en poudre produit au Brésil, ainsi que des cargaisons supplémentaires de lait (8:32) en poudre, de riz, de maïs et de soja. Ces envois seront effectués, selon une note du ministère des Affaires étrangères, cela date de février.
(8:42) Maintenant, regardez la raison qu'ils invoquent pour envoyer ces aliments : promouvoir (8:48) la sécurité alimentaire et nutritionnelle en Amérique latine en fournissant des ressources pour la production, (8:55) la distribution et le soutien de systèmes alimentaires sains et durables. (9:00) Tout cela est un mensonge du début à la fin. (9:05) Le gouvernement du PT admet qu'il y a de la faim à Cuba tout en louant les merveilles du modèle (9:12) communiste, selon l'article.
(9:14) Et il est bon de rappeler, comme ils le font ici, que Cuba n'est pas en guerre. (9:21) Il est aussi important de rappeler qu'en juillet 2021, les Cubains sont descendus en masse dans la rue pour protester (9:30) et demander la fin de la dictature. Le régime a intensifié la répression et a emprisonné près de (9:36) 2 000 personnes, y compris des mineurs. (9:41) Voilà le régime soutenu et chéri par les dirigeants actuels du Brésil.
(9:49) Le but du gouvernement Lula est de calmer l'insatisfaction du peuple cubain afin d'éviter (9:57) de nouvelles protestations et un changement de régime. (10:04) Selon l'historien Boris González Arenas, qui vit à La Havane, les États-Unis, (10:11) par exemple, envoient beaucoup de nourriture à Cuba, qui est ensuite distribuée à la population (10:16) via des cartes de rationnement. (10:19) En d'autres termes, il existe un système de fidélité au régime où vous devez avoir une carte de rationnement (10:25) pour obtenir de la nourriture.
(10:28) Le gouvernement Lula, depuis ses mandats précédents, poursuit cet historien, a beaucoup renforcé (10:33) les liens avec le castrisme. (10:35) Le Brésil a envoyé des centaines de millions de dollars pour la rénovation du port de Mariel par le biais (10:42) de la BNDES. (10:43) Tout le monde se souvient de cela, et tout le monde se souvient du non-paiement de la dette par Cuba.
(10:49) Maintenant, envoyer des aliments est aussi une façon de soutenir la dictature. (10:54) Quoi qu'il en soit, le régime est déjà en total effondrement, selon cet historien cubain. (11:02) Je voulais donc partager ici ces données terribles sur la faim à Cuba, ces données terribles sur (11:10) la déchéance du régime socialiste à Cuba, et pour montrer les conséquences du socialisme (11:17) dans les nations où il s'installe, presque toujours par la force.
(11:23) Je termine ici et je demande à tous ceux qui peuvent de liker cette vidéo, de la partager (11:29) et, si possible, de faire un don à la chaîne via le Pix en bas de l'écran. À demain pour une nouvelle vidéo.
José Carlos Sepúlveda
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