"O sofrimento forma a alma como nada mais pode fazer."
- Diálogos com Solzhenitsyn
"O sofrimento acompanha sempre uma inteligência elevada e um coração profundo. Os homens verdadeiramente grandes devem, parece-me, experimentar uma grande tristeza."
- Fiódor Dostoiévski
"Desde criança só um assunto me interessa: o sofrimento humano. Tudo o mais, para mim, é frescura."
- Olavo de Carvalho
sábado, 10 de agosto de 2024
Aforismos sobre o sofrimento humano
Como o IBGE de Lula está falsificando dados sobre o desemprego no Brasil - a Argentina nos ensina
(0:00) Deixa eu te fazer uma pergunta bem rápida aqui. (0:03) De acordo com o IBGE, aqui no Brasil, saiu um relatório dizendo que o desemprego no país está caindo. (0:13) É isso que você percebe? (0:15) É essa a impressão que você tem quando você anda por aí, conversa com pessoas fora da bolha, conversa com qualquer indivíduo? (0:22) É essa a impressão que você tem, que o desemprego do Brasil está melhorando, que a economia do Brasil está melhorando? (0:27) Quando você vai no supermercado fazer as suas compras, é essa a percepção que você tem? (0:32) Quando você paga a sua conta de luz, sua conta de água, a mensalidade do seu filho, quando você viaja de avião, (0:38) quando você põe gasolina no posto, qual é a percepção que você está tendo? (0:42) Que o Brasil está melhorando ou piorando? (0:43) De acordo com uma pesquisa publicada essa semana, do Paraná pesquisa, 52% da população percebe que tudo aumentou o preço.
(0:53) E a percepção é que a economia está diminuindo, está piorando e o desemprego aumentando. (0:58) Aí eu te pergunto, como que a maioria do povo percebe que o desemprego está aumentando (1:02) e o IBGE solta um estudo falando que o desemprego está diminuindo? (1:07) Vamos lá. (1:08) Para você entender essa história, eu vou te apresentar agora algo que acabou de acontecer na Argentina.
(1:14) Ex-presidente do IBGE argentino é preso. (1:17) Guillermo Moreno, ex-presidente do INDEC, que é o IBGE de lá, (1:22) durante o governo Nestor Kirchner, foi condenado a três anos de prisão por manipular dados de inflação e crescimento do PIB. (1:31) Como esse é o órgão que publica como é que está indo a questão da inflação e do PIB, (1:37) ele falseou esses dados, o que acabou levando prejuízo a investidores, ao país inteiro, destruindo a economia.
(1:44) Está preso. (1:45) Porque ele manipulou os dados. (1:47) E por que eu estou te mostrando isso? (1:49) O cidadão, você olha nele e vê que ele tem cara de bandido.
(1:55) Esse é ele numa festinha. (1:57) Tem cara de gangster. (2:00) Preste bastante atenção nesse rosto. (2:03) Esse é o cara que manipulou os dados do IBGE argentino e agora está preso. (2:09) Dito isto, eu quero te apresentar esta pessoa aqui. (2:11) Este cidadão aqui.(2:14) Este aqui é o Márcio Pochmann. (2:16) Márcio Pochmann foi escolhido para ser o chefe, o diretor, o presidente do IBGE aqui no Brasil. (2:23) A mesma posição que o Guilherme tinha lá na Argentina, que agora está preso por manipulação. (2:27) Vamos lá. (2:28) Quem é Márcio Pochman? (2:30) Novo presidente do IBGE. (2:32) A favor de um Estado mais presente, Pochmann está alinhado à agenda econômica de Lula.
(2:38) Quando esse cara foi nomeado, houve um rebuliço, uma revolta aqui no Brasil, (2:46) porque até a esquerda, até a imprensa, sabia que o cara não tinha competência. (2:51) Olha aqui. (2:51) Fez uma gestão ideológica do IPEA, Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, (2:56) e o fará no IBGE, caso seja confirmado.
(3:00) Ninguém gostou dessa indicação, porque ele não só não tem competência, (3:03) mas é completamente ideologizado. (3:06) Está aqui no antagonista os planos de Pochmann para mudar as estatísticas do IBGE. (3:12) O presidente do Instituto defende que é preciso atualizar métodos (3:15) e para que reflita melhor o verdadeiro PIB nacional.
(3:18) E aqui ele mais uma vez. (3:20) Márcio Pochmann no IBGE é garantia de abobrinha barata e pepino caro. (3:25) Lula escolheu o economista Márcio Pochmann para comandar o IBGE, (3:28) formado nessa heróica trincheira da resistência ao neoliberalismo, (3:31) que é a Unicamp, e Márcio Pochmann é petista até o último N do nome dele.
(3:38) E como tal, foi soldado do partido na presidência do IPEA entre 2007 e 2012, (3:43) descartando técnicos que pensavam demais. (3:47) Por que eu estou mencionando isso? (3:49) Essa pesquisa, esse relatório do IBGE falando que o desemprego diminuiu, (3:56) eu vou te falar o que eu tenho percebido conversando com muitos empresários. (3:59) Durante o governo Bolsonaro, o auxílio emergencial, (4:02) uma pessoa que recebia o auxílio Brasil, que agora o Lula mudou para a Bolsa Família, (4:08) ela não deixava de receber esse benefício se trabalhasse.
(4:12) Então a pessoa era motivada a trabalhar, porque assim ela teria uma renda maior. (4:16) Então ele recebia lá os seus 600 reais e se ele trabalhasse ele continuaria recebendo. (4:22) Todo mundo quis buscar emprego.
(4:24) As pessoas falam assim, pô, se eu ganho 600 aqui, eu vou ganhar um salário mínimo? (4:28) Eu estou ganhando 1.800 reais, então eu vou trabalhar. (4:31) O que o Lula fez e qual foi a alteração que o Lula fez? (4:35) O Lula determinou que agora se uma pessoa trabalha, (4:38) ela não pode receber o auxílio Brasil ou Bolsa Família. (4:42) O que as pessoas estão fazendo? Estão deixando de procurar trabalho.
(4:46) Elas estão falando assim, já que eu recebo 600 reais para ficar em casa coçando o saco, (4:50) então eu não vou procurar trabalho. (4:51) Na equação que se faz o cálculo para medir a porcentagem da população desempregada, (4:57) só são consideradas as pessoas que estão procurando emprego. (5:01) Então vamos lá, duas coisas que o governo fez.
(5:03) Primeiro, só é considerado desempregado pessoas que estão procurando emprego. (5:08) Aquela pessoa que não procura mais emprego por medo de perder o Bolsa Família, (5:13) ela não é contabilizada. (5:15) Então aí você pode excluir milhões de pessoas.
(5:17) E segundo, o maior criador de emprego, e eu falo aspas bem fortes, (5:23) é o próprio governo, no sentido que ele está contratando pessoas e abrindo novas vagas. (5:27) Só que esse dinheiro é gasto, não é PIB. (5:30) Porque é um salário de pessoas que não estão produzindo riqueza para o Brasil.
(5:35) Então é um salário que nós estamos pagando, aumentando ainda mais o rombo da fiscal, (5:42) o rombo do gasto público do nosso país. (5:45) Então duas coisas que ele está fazendo. (5:46) Ele está falseando, forjando criação de emprego através de abertura de vagas para trabalhar para o Estado.
(5:54) E segundo, eles não estão contabilizando as pessoas que não estão procurando emprego, (5:57) e elas não estão procurando emprego porque é da política assistencialista do Lula, (6:00) que só conta quem procura emprego. (6:02) Então nós temos aqui na Argentina, nós temos esse cidadão aqui. (6:09) Porcaria.
(6:10) Na Argentina nós temos esse cidadão aqui. (6:13) E no Brasil nós temos esse cidadão aqui. (6:18) São basicamente a mesma coisa.
(6:21) Nós estamos falando esse aqui e esse aqui. (6:26) É impressionante a similaridade Brasil-Venezuela, Brasil-Argentina durante o governo esquerdista. (6:32) Mas essa é a verdade.
(6:33) O desemprego está aumentando, tudo está ficando mais caro, (6:37) o poder de compra do povo brasileiro está diminuindo, (6:40) e parabéns para todo mundo que fez o L. (6:42) Agora, eles vão trabalhar insistentemente, ativamente para enganar a população. (6:48) É por isso que eles querem censurar e regulamentar a internet (6:50) para que a gente não fale para vocês o que realmente está acontecendo. (6:54) Um abraço.
Deputado Federal Gustavo Gayer
Postagem Relacionada:
Sobre a estratégia do carcoma na Espanha
(0:00) Estamos sendo vítimas de uma estratégia a que chamamos de estratégia do carcoma, (0:04) que consiste em se ir minando e erodindo, pouco a pouco, todas as instituições, (0:08) todos os freios e contrapesos, sempre com fins políticos, (0:12) de modo a sempre deteriorá-los para que um dia, (0:18) quando você se der conta, tudo caia: (0:22) a separação de poderes, (0:25) o Estado de Direito, a empresa livre, a liberdade e a prosperidade, (0:27). Eles vão colocando ativistas com fins políticos em todas as instituições, (0:33) para que um dia, quando a sociedade despertar, (0:38) ela já não tenha a quem recorrer, pois não haverá um tribunal para protegê-los (0:40) e muitos menos um meio de comunicação social para levar a sua voz injustiçada para o mundo. (0:45) Eles pensaram muito bem nisso, criando ainda um regime paralelo, (0:48) extrajurídico, como eu disse, que beneficia os que só a ganhar com a ordem antidemocrática.
(0:53) E essa estratégia passa, ela é cada vez mais visível, (0:58) pelo desprestígio e controle dos meios de comunicação, (1:02) pela politização dos juízes, (1:04) pela expulsão das forças e corpos de segurança do Estado, (1:06) pelo desprezo ao rei, pela manipulação da história, (1:10) pelo controle ideológico da educação. Tudo isso soa familiar, não é? (1:14) Dividir a sociedade, sempre em confronto, (1:18) colocando obstáculos ao livre mercado, (1:20) degradando os concursados, (1:23) destruindo a alternativa política para torná-la impossível (1:27) e, por fim, pactuando com criminosos. (1:31) E, além disso, sempre, sempre, com uma conseqüente deterioração econômica. (1:35) Sempre.
A economia também acaba sofrendo igualmente. (1:39) Na Espanha, estamos vivendo a criminalização da normalidade, (1:43) da vida cotidiana, a de sempre, (1:47) e, no entanto, o crime está sendo normalizado. (1:49) Para que tudo pareça igual, que a escala de valores se quebre, (1:52) que pactuar com alguém que vem do terrorismo seja normal, (1:58) que perdoar pessoas que cometeram graves delitos (2:02) contra a unidade da Espanha e o patrimônio seja comum. (2:05) É nisso que estamos agora, em uma ofensiva total de engenharia social (2:10) para transformá-la, para destruir a convivência (2:13) e apenas para se manter no poder.
Cayetana Álvarez de Toledo
Postagem Relacionada:
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quarta-feira, 7 de agosto de 2024
Comentários sobre as nuances da palavra dostępny, em polonês
dostępny - disponível
1) Em polonês, a palavra dostępny, que quer dizer disponível em português, dá a impressão de que a pessoa vive em dois tempos: o tempo cronológico, próprio do mundo corporativo e das coisas deste mundo, e o tempo kairológico, que é o mundo da plenitude das coisas, ao viver as coisas fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus.
2) Ao integrar as duas coisas fundadas nestes dois tipos de tempo num único modo de ser, podemos dizer que ela é pau-pra-toda-obra, a ponto de se santificar através de todo e qualquer trabalho, a ponto de consagrar a missão que lhe foi confiada ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, de tal maneira que Seu Santo Nome seja publicado em todo e qualquer lugar, incluindo o mundo corporativo.
3) Obviamente, esta pessoa é um verdadeiro anfíbio, pois, na esperança de conservar a memória da dor de Cristo fundadas nas cinco chagas (ou ranas - feridas em polonês) do Senhor o mais cedo possível (em polonês, rano), ela certamente acaba engolindo o maior sapo, por conta dos conservantismos próprios deste mundo. E de tanto apanhar dos conservantistas, essa pessoa se torna forte, antifrágil, já que ela é constantemente forjada e reforjada por Deus de tal modo a servir a Cristo naquilo que lhe foi confiado. Tal como a Virgem Maria, essa pessoa é maleável e dócil aos olhos de Deus, por ser dúctil - fácil de trabalhar e de se lidar, a exemplo dos metais.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 07 de agosto de 2024 (data da postagem original).
segunda-feira, 5 de agosto de 2024
Análise Cruzada entre o Livro "Sua Majestade, o Presidente do Brasil" (Hambloch) e o Vídeo "Por que ditaduras revolucionárias duram tanto tempo" (Professor HOC)
O livro "Sua Majestade, o Presidente do Brasil" e o vídeo "Por que ditaduras revolucionárias duram tanto tempo?" exploram a natureza e a dinâmica das ditaduras, cada um com suas nuances e perspectivas. O livro de Hambloch se concentra especificamente no caso brasileiro, examinando como a tradição caudilhista e o personalismo moldaram a política do país, resultando em um sistema presidencialista autoritário. O vídeo do professor HOC, por outro lado, adota uma abordagem mais comparativa, analisando as origens revolucionárias de ditaduras como China, Irã e Rússia, e como essas origens contribuem para sua longevidade.
Pontos de Convergência:
Autoritarismo e Personalismo: Ambos destacam o papel do autoritarismo e do personalismo na manutenção de ditaduras. Hambloch argumenta que a figura do "presidente-monarca" no Brasil, com poderes quase ilimitados, é central para a perpetuação do sistema. O vídeo do professor HOC, por sua vez, demonstra como líderes como Mao, Khomeini e Putin consolidaram seu poder por meio da eliminação de opositores e da centralização do controle.
Papel das Forças Armadas: Ambos reconhecem a importância das forças armadas na sustentação de regimes autoritários. Hambloch descreve como os militares brasileiros frequentemente intervieram na política, seja por meio de golpes ou do apoio a presidentes autoritários. O vídeo do professor HOC também enfatiza o papel crucial das forças de segurança na repressão da dissidência e na manutenção da ordem, como exemplificado pela Guarda Revolucionária Iraniana e pela KGB russa.
Fragilidade da Oposição: Tanto o livro quanto o vídeo apontam para a dificuldade de se construir uma oposição eficaz em regimes autoritários. Hambloch observa que a falta de um sistema partidário forte e a constante repressão dificultam a organização de movimentos de oposição no Brasil. O vídeo do professor HOC, de forma similar, argumenta que as origens revolucionárias de algumas ditaduras, como a China, resultaram na eliminação de qualquer oposição organizada, facilitando o controle do Estado.
Pontos de Divergência:
Foco de Análise: O livro de Hambloch se concentra exclusivamente no Brasil, enquanto o vídeo do professor HOC adota uma perspectiva mais global, comparando diferentes ditaduras revolucionárias.
Origens do Autoritarismo: Hambloch atribui o autoritarismo brasileiro à sua herança caudilhista e à falta de uma tradição democrática sólida. O professor, por outro lado, enfatiza as origens revolucionárias de algumas ditaduras e como a violência e a instabilidade dos primeiros anos desses regimes contribuíram para sua consolidação e longevidade.
Fatores Econômicos: Hambloch dedica grande parte de sua análise aos aspectos econômicos do autoritarismo brasileiro, argumentando que a má gestão financeira e a corrupção perpetuam o sistema. O professor HOC, embora reconheça a importância da economia, foca mais nos aspectos políticos e sociais das ditaduras.
Conclusão:
Apesar de suas diferenças de foco e abordagem, o livro e o vídeo oferecem insights complementares sobre a natureza e a dinâmica das ditaduras. O livro de Hambloch fornece um estudo detalhado do caso brasileiro, enquanto o vídeo do professor HOC oferece uma perspectiva comparativa mais ampla. Juntos, eles contribuem para uma compreensão mais profunda dos desafios da construção e manutenção da democracia em contextos autoritários.
Nota de experiência - como estou construindo o debate imaginário entre os defensores do pensamento tecnocrático e seus críticos
A)
As transcrições dos vídeos do Buntownik Jutra que tratam sobre
tecnocracia e sobre a ditadura global científica, já devidamente
traduzidas para o português;
B) Os e-books que eu mesmo preparei dos livros de Hilaire Belloc, Thorstein Veblen e Ernest Hambloch;
C)
As transcrições que fiz dos vídeos do professor HOC sobre as ditaduras
globais e sobre como prever o comportamento desses ditadores;
2)
Eu produzi um diálogo projetado onde os principais defensores do
pensamento tecnocrático (Brzeziński e Wells) estiveram cara-a-cara com
seus críticos (Belloc, Veblen, Hambloch e professor HOC)
3) Para
eu aperfeiçoar este debate, eu vou ter que adquirir os livros de
Zbigniew Brzeziński e H.G Wells, livros esses que ainda não tenho - além disso, eu devo chamar para o debate
Frédéric Bastiat, para reforçar o lado dos críticos. E para isto, tudo o que preciso fazer é incluir o livro A lei nas próximas análises
4) Este trabalho está ficando promissor - o
que me motiva a seguir adquirindo as obras de modo a digitalizá-las. Por
mim, conhecimento nunca é demais.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 05 de agosto de 2024 (data da postagem original).
Diálogo entre os pensadores que forjaram o pensamento tecnocrático e seus críticos
Participantes:
- Zbigniew Brzeziński: Autor de "Between Two Ages: America's Role in the Technetronic Era" e membro da Comissão Trilateral.
- H.G. Wells: Autor de "The Open Conspiracy" e outros trabalhos que influenciaram o pensamento tecnocrático.
- Hilaire Belloc: Autor de "O Estado Servil", crítico do capitalismo e do socialismo, prevendo a convergência de ambos em um Estado Servil.
- Thorstein Veblen: Autor de "A Teoria da Classe Ociosa", crítico da classe ociosa e do consumo conspícuo.
- Ernest Hambloch: Autor de "Sua Majestade, o Presidente do Brasil", estudioso do Brasil que analisou a política e a economia do país.
- Professor Heni Ozi Cuckier: Autor dos vídeos "Por que ditaduras revolucionárias duram tanto tempo?" e "Como prever o que ditadores vão fazer?".
Cenário:
Um encontro hipotético onde os autores discutem suas ideias e perspectivas sobre a sociedade, a política e a economia.
Diálogo:
- Brzeziński: A tecnocracia é o futuro inevitável. A complexidade do mundo moderno exige que as decisões sejam tomadas por especialistas, não por políticos ineficientes.
- Wells: Concordo. A humanidade precisa de uma nova ordem mundial, guiada pela ciência e pela razão, para superar os conflitos e a destruição causados pelos estados-nação.
- Belloc: Mas essa "nova ordem" não levará a um novo tipo de servidão? A concentração de poder nas mãos de uma elite tecnocrática pode ser tão opressiva quanto qualquer outra forma de governo.
- Veblen: Exatamente. A tecnocracia apenas substitui a classe ociosa tradicional por uma nova elite, que se legitima através do conhecimento técnico em vez da riqueza herdada. O problema fundamental da desigualdade e da exploração permanece.
- Hambloch: A história do Brasil confirma essa preocupação. A concentração de poder nas mãos do presidente, mesmo justificada por ideais de progresso e desenvolvimento, muitas vezes levou a abusos e à supressão da liberdade.
- Professor HOC: As ditaduras, mesmo aquelas que se originam de revoluções populares, tendem a se perpetuar no poder, usando a força e o controle da informação para reprimir a oposição. A tecnocracia, com sua ênfase na expertise e na eficiência, pode facilmente se transformar em um regime autoritário.
- Brzeziński: Mas a tecnocracia não precisa ser autoritária. Ela pode ser democrática, desde que os especialistas sejam escolhidos e supervisionados pelo povo.
- Wells: A educação é a chave. Precisamos criar uma sociedade onde todos tenham acesso ao conhecimento e possam participar das decisões de forma informada.
- Belloc: Mas quem garante que essa educação não será usada para doutrinar e manipular as massas, como já vimos acontecer em regimes totalitários?
- Veblen: A verdadeira questão é a distribuição do poder. Enquanto a riqueza e o conhecimento estiverem concentrados nas mãos de poucos, a tecnocracia será apenas uma nova roupagem para a velha opressão.
- Hambloch: A solução está em fortalecer as instituições democráticas e garantir a participação de todos os cidadãos nas decisões que afetam suas vidas.
- Professor HOC: E em reconhecer que os líderes, mesmo os mais bem-intencionados, são falíveis e podem cometer erros. A vigilância constante e a capacidade de questionar as decisões dos governantes são essenciais para proteger a liberdade e a democracia.
Conclusão:
O diálogo destaca a complexidade do debate sobre a tecnocracia, expondo diferentes perspectivas sobre seus potenciais benefícios e perigos. A necessidade de equilibrar a expertise técnica com a participação democrática e a proteção das liberdades individuais emerge como um desafio central para o futuro da sociedade.