1) Aprendi através do meu amigo Rodrigo Arantes que capital é tudo aquilo que maximiza a riqueza.
2) Se a riqueza se funda no trabalho, então o capital é tudo o que se acumula por meio da santificação através do trabalho, pois ninguém sai da condição de ubogi para a condição de bogaty se a pessoa não sujeitar sua vontade e suas necessidades aos méritos do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, pois Ele é o caminho, a verdade e a vida, uma vez que ninguém vai ao Pai senão pelo Filho, assim como ninguém vai ao justo juiz senão pela santa advogada nossa, que é a virgem Maria, a mãe desse juiz.
3.1) Como o tempo kairológico é o tempo da plenitude das coisas nos méritos de Cristo, então é natural que tenhamos fé, esperança e caridade de modo que possamos melhor ordenar nossas necessidades à reta razão de modo a preferirmos os bens do futuro aos bens do presente, pois estes são melhores que os bens imediatos, uma vez que esses bens são apenas provisórios e atendem a necessidades humanas putativas, fundadas no amor de si até o desprezo de Deus, a ponto de serem ilusórios, posto que não atendem a necessidade humana nenhuma, uma vez que o homem não só de pão mas da palavra de Deus.
3.2) E toda economia que se reduz a atender a necessidades meramente corporais, ela na verdade não atende a necessidade humana nenhuma, pois não entende o sentido da condição humana para a qual este foi criado por Deus, dado o seu caráter revolucionário. A maior prova disso é que existe uma relação na língua inglesa entre gula e ganância - e isso está na palavra greed, uma vez que esses bens putativos, próprios de povos pagãos e neo-pagãos, só atendem necessidades que são próprias da matéria, nunca as da alma e as do espírito, que, junto com as necessidades do corpo, são as três dimensões ontológicas do ser humano, enquanto criatura criada por Deus. Por essa razão, é desnecessário dizer que um país descristianizado é o paraíso do trambique e do estelionato, tal como acontece no Brasil dos tempos atuais, pois eles, por conservantismo, criaram um ambiente onde Deus está morto e onde a justiça é uma ilusão.
4.1) Como contraponto ao tempo cronológico, ao tempo próprio do pagão e neo-pagão, um novo tempo foi criado e nele todo acordo feito por pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por fundamento o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem tem por escopo trazer não só vantagens para ambas as partes - que é o que se vê nas aparências - mas também para o bem comum - que é o que não se e que precisa ser visto com os olhos fundados na compreensão, próprios de quem vê as coisas de maneira contemplativa, pois a pessoa está buscando as coisas do alto a ponto de bem atender as necessidades do corpo, da alma e do espírito, pois o conjunto dessas necessidades atendidas nos méritos de Cristo dá sentido a toda existência humana.
4.2) Como essas coisas se fundam no sangue do cordeiro que tira o pecado do mundo, então o conteúdo desses acordos fundados no bom coração de Jesus não possui nenhum teor usurário, nenhum interesse mesquinho fundado na ganância. A maior prova disso é a palavra agreed (e nela podemos ver, basicamente, ganho sobre a incerteza neste vale de lágrimas - o que caracteriza lucro - e se caracteriza por ser um ganho movido sem o espírito de ganância, uma vez que esse acordo, e os meios de sua negociação, foram temperados pela benevolência, prudência, justiça e caridade, coisas que remetem a Kairós, que é prefiguração de Cristo na mitologia grega e que se contrapõe a Khronos, que é a personificação da ganância, do time is money, da pressa enquanto inimiga da perfeição).
4.3.1) Por essa razão, o agreement é o ethos onde se encontra toda uma comunidade de pessoas revestidas de verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que se santificam através do trabalho e do estudo de modo que, juntas, possam progredir e prosperar de modo a deixar um legado civilizacional que resista ao teste do tempo nos méritos de Cristo, uma vez que Cristo quis um império para Si de modo que seu Santo Nome seja anunciado a todos os povos.
4.3.2) Este ambiente de agreement, fundado na economia da comunhão, é o verdadeiro New Deal que pode ser feito, o qual remete à Nova Aliança que Deus fez com os homens por meio de Cristo. E este New Deal não tem nada a ver com o New Deal de Roosevelt ou com o New Deal verde de Biden, que são arranjos conservantistas e maçônicos.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2022 (data da postagem original).