1) Inspirado nas aulas do professor Rodolfo Gracioli, professor que dá aula de atualidades no Estratégia Concursos, estou desenvolvendo o meu próprio caderno de atualidades, levando em consideração as nossas realidades, não aquelas que são cobradas em concurso público, que são escabrosas e que pedem que se crie um caderno paralelo.
2) O preço de uma preparação para concurso público é ter que responder questões de natureza progressista, daquelas que agradam ao examinador da banca, mas que desagradam a minha melhor parte que dialoga com Deus, pois sei que Este eu não posso enganar. Como sei que vou lidar com material insalubre para a alma, vou precisar de comunhão e confissão freqüentes, de missa todos os dias para poder suportar o suplício que seria esta preparação. Talvez viesse a consagrar minha preparação e minha aprovação à Nossa Senhora de Fátima, de modo a lutar de forma ferrenha contra o comunismo.
3) Para grandes desafios, para grandes sacrifícios, a cruz é a solução, a fonte da única e verdadeira ciência fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus - e quanto mais eu conservo a dor de Cristo, mais chego longe, pois estou me preparando para o bom combate. E esse combate vai se prosseguir até mesmo durante o decorrer da carreira até o momento de me aposentar.
4) Para quem deseja assumir grandes cargos, grandes responsabilidades, o dom da fortaleza precisa ser cultivado - e isto precisa se tornar uma necessidade, a ponto de tonar liberdade, pois a verdade é o fundamento dessa liberdade.
5.1) Mas, como minha vocação mesmo é escrever e como já sobrevivi a mais comunista das universidades fluminenses e a mais esquerdista das instituições púbicas flumineses - que é a Procuradoria-Geral do meu Estado -, estou preferindo coisas mais tranqüilas, já que eu quero sossego e paz. Estou montando aos poucos minha livraria digital e aos poucos vou progredindo na medida das possibilidades.
5.2) Talvez na geração do meu filho ou filha os tempos estarão mais favoráveis para se ocupar um espaço no concurso público, pois, neste tempo que vivo, eu precisaria ser um homem bem diferente do que sou, a ponto de ser mais resiliente e ter uma virtude da fortaleza fora do comum, coisa que não tenho. Como não estava preparado para a guerra em que estava metido, optei por não seguir esta guerra, pois ela não me fazia sentido. Mas o que aprendi eu certamente passarei ao meu filho, pois vou prepará-lo para esta guerra, pois ela pode ser um cenário possível. E a possibilidade leva à necessidade de se buscar a virtude da fortaleza, pois isso leva o virtuoso a dar testemunho da verdade dentro de suas circunstâncias, o que o levará a se santificar através do trabalho, ainda mais em tempos de crise revolucionária.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2022 (data da postagem original).
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