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domingo, 19 de janeiro de 2020

Das vantagens de se ter uma namorada em terras distantes

1) Quando se tem uma pessoa que te ama e que mora fora do Brasil, fica mais fácil tomar a terra onde ela mora como se fosse seu próprio lar. Se a pessoa que te ama é tão católica quanto você, você pode tomar os dois países como um mesmo lar em Cristo, a partir do casamento, uma vez que não serão apenas dois corpos que se tornarão um só mas também duas famílias, duas comunidades, dois países. E isso deve ser exercido pelas melhores pessoas da sociedade, que fazem parte da nobreza. Trata-se de uma decisão de extrema gravidade, firmado diretamente com o Crucificado de Ourique, a ponto de fazer um pai de família ser um pequeno rei de Portugal.

2.1) Quando você está se relacionando com alguém que te ama incondicionalmente e que mora na Luistãnia Dispersa, a tendência é a casa da pessoa amada se tornar um lugar de acolhida para você - um porto seguro, a ponto de fazer da casa da pessoa amada uma espécie de caravançarai, um ponto de partida para se servir a Cristo em lugares ainda mais distantes. Sempre que fizer alguma compra de livros nos EUA, por exemplo, mande os produtos para a casa da amada e vá buscar as coisas lá na casa dela, sem pagar uma fortuna de frete. 
 
2.2.1) A casa da pessoa amada será o lugar de múltiplos encontros: do seu amor pelos livros, do seu amor pela verdade, do seu amor pela pessoa amada - e todos esses amores se sujeitam ao amor de Deus, a ponto de fazerem desse encontro um ganho sobre a incerteza, um momento inesquecível, não só para a economia do país, mas também em termos de história de família.
 
2.2.2) Para fazer da casa da pessoa amada um caravançarai, você precisa fazer do amor uma decisão: você precisa cuidar da pessoa amada como se fosse a coisa mais importante do mundo, a ponto de dar a vida por ela. E para quem faz da atividade intelectual uma profissão, uma atividade econômica e espiritualmente organizada, destinada à salvação de muitos, a pessoa amada deve ter no mínimo conteúdo, uma alma volta para o belo, para Deus. Ela não pode ser uma pessoa presa ao mundo, à falsa idéia de que o amor é um sentimento, tal como é suscitada pela cultura de massas das novelas e das músicas. Se o amor for uma decisão, a pessoa amada não se sentirá usada, muito menos explorada, com relação ao uso de seus bens.

3) Dentro da família que vai ser formada muitas coisas podem ser feitas, de modo a se driblar o câmbio e o frete. Tudo o que é preciso ser feito é cultivar um relacionamento muito afável e leal com a pessoa amada, ajudando-a naquilo que ela mais precisar. Afinal, o que um bom homem mais necessita é de uma boa esposa e de uma boa amiga, a ponto de fazer desse casamento uma relação produtiva não só para os próprios nubentes como também para todos que estão ao redor, já que nacionidade é família ampliadíssima, por conta de dois países serem tomados como um mesmo lar em Cristo em razão de dois povos serem seus destinos ligados por conta de um casamento familiar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2020.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Notas sobre geometria sagrada

1) A trindade é um triângulo eqüilátero - nela, cada pessoa tem seu papel definido e tem a mesma essência divina que une todas as coisas à conformidade com o Todo que vem de Deus, a razão primordial que move a criação de todas as coisas do Universo.


2.1) Toda comunidade revelada faz da política uma continuação da trindade no plano histórico, ligando a Terra ao Céu.

2.2.1) Quando Portugal se põe a serviço de Cristo em terras distantes, esse triângulo tende a entrar em processo de recursividade, uma vez que a ordem fundada na verdade está na própria verdade, no verbo que se fez carne. Se todas as comunidades reveladas da Cristandade entrarem em processo de recursividade através do exemplo de Portugal, então nós teremos o Reinado Social de Cristo-Rei.

2.2.2) A recursividade está presente no caleidoscópio - e isso seria mais belo do que vemos num caleidoscópio. Só teremos a dimensão disso imaginando essas coisas e estudando muito Portugal como modelo de império criado para servir a Cristo em terras distantes - sem isso, tal imaginação fica impossível, de modo distribuir esse conhecimento de tal modo a revelar novas comunidades desejosas de seguir o mesmo caminho.

2.2.3) Qual é o melhor modelo matemático para visualizar o que falo? O Triângulo de Sierpiński. Todas as coisas fundas na trindade têm por base a ciência da Cruz e se nós singramos os mares da expansão da fé navegando o Mar Oceano da Misericórdia.

3.1) Atenas, Roma e Jerusalém constituem uma trindade. Elas são a base para a forma da dessa ordem. Atenas é o berço da filosofia; Roma é o berço da ordem, do direito, da justiça e Jerusalém é o berço do cristianismo. Cada país contém dentro de si esta trindade.

3.2) Os maçons e os marxistas querem derrubar esta ordem. E para isso buscam imaginar comunidades negando os três pilares. A Itália é a comunidade imaginada que visa resgatar a Roma dos Césares, onde César é Deus e tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, a ponto de esse país ser tomado como uma religião; a Grécia é a comunidade imaginada visa resgatar a antiga liberdade dos gregos e com ela seu paganismo através do passado arqueológico e Israel foi criada para que os judeus que mataram Jesus voltassem para a Terra Santa para preparar o terreno para a chegada do Messias Judeu que está por vir.

3.3) Esse horror metafísico constitui um triângulo escaleno e cada ponto desse triângulo foi pensado por políticos que são o arquétipo do déspota esclarecido, do homem enquanto animal que mente e que deseja ser um Deus. Trata-se de uma atualização constante do neopaganismo, da tirania dos mortos sobre os vivos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 2020.

Da relação da Filosofia da História com a epistemologia e com o mitologema ouriqueano

1) Se a História pode levar a qualquer caminho, então devemos estudar a História do Brasil como o caminho que deu errado, o que nos afastou do Crucificado de Ourique a partir da alegação de que o Brasil era colônia de Portugal. E o Brasil de 1822 foi uma comunidade imaginada para fazer o jogo do diabo, para não servir a Cristo dentro do que foi estabelecido em Ourique.

2) O verdadeiro caminho implica servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique. Se você não estudar a História de Portugal neste aspecto, você não compreenderá o caminho tortuoso que o Brasil tomou.

3) Se Jesus é o Juiz da História (Construtor e Destruidor de Impérios), então devemos entender que Portugal existe para construir um Império para Cristo, visto que Ele queria que Seu Santo Nome fosse publicado entre os povos mais estranhos das terras mais longínquas. É por esta razão de ser que você compreende e julga Portugal diante dos olhos da eternidade.

4) Se não existe conhecimento sem sabedoria, então a filosofia da História produzirá uma verdadeira epistemologia se for fundada nesta realidade, nesta razão de ser.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 2020.

Notas sobre Filosofia da História

1) Claude Lévi-Strauss dizia que a História não estava associada a nenhum homem em particular, mas que se consistia num método de catalogação de estruturas humanas e anti-humanas. Para ele, a História podia levar a qualquer caminho.
 
2) Lévi-Strauss, como todo bom marxista, está errado. Cristo é a verdade e o juiz de toda a História. Por isso, a História da Humanidade se dá na História da Criação do Mundo e vai até o dia do Juízo Final. Ela está conectada ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é Senhor dos Exércitos, Sumo Legislador, Justo Juiz, além de Construtor e Destruidor de Impérios, como disse para D. Afonso Henriques.

3) Se a História leva a qualquer caminho, então todo caminho buscando liberdade fora da verdade terminará sendo um caminho de trevas. O que ocorreu em 1822 não foi Independência, mas o seqüestro da América Portuguesa por parte da maçonaria de modo que ela pudesse realizar suas utopias mais vãs - e isso terminará em desgraça.

4) O Estudo da filosofia da História é o Estudo do verdadeiro caminho, estabelecido em Ourique, em contraponto com o falso, estabelecido em 1822, tendo por base a Revolução Americana, cujo exemplarismo exportou um modelo de revolução para o mundo inteiro.
 
5) A afirmação de que a história não pertence a nenhum homem em particular afirma necessariamente que nenhum homem é fonte de santidade - ou seja, esta afirmação é anticristocêntrica e é mais consoante com a cosmovisão protestante que divide o mundo entre eleitos e condenados, sendo que os condenados nunca poderão ser absolvidos de seus pecados. A falta de esperança neste vale de lágrimas gera uma verdadeira angústia, um verdadeiro horror metafísico - e isso atenta contra o homem, enquanto objeto sublime da criação, a figura mais amada por Deus.

6) Se dialética é a lógica do provável, então a tendência natural é estudarmos a História de Portugal, a partir de Ourique, e a História do Brasil, a partir de 1822, para depois refletirmos o que poderia ter acontecido com o Brasil se D. Maria I tivesse dado cabo dos Maçons. Como Rainha de Portugal, ela tinha a competência para processar e executar a pena capital, mas a sua piedade foi mais forte que seu senso de justiça, neste caso - e isso foi um erro que custou muito caro. Do caminho provável, poderemos encontrar um caminho seguro para sairmos deste beco sem saída em que nos metemos, fundado no homem, pelo homem e para o homem, enquanto animal que mente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 2020.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Chamar de anti-semita quem é anti-sionista - um caso de manipulação semântica, de desinformação

1) Engana-se quem pensa que anti-semita seja só o judeu. O cristão, por ser descendente espiritual de Abrahão, é também semita. Pio XII falou muito bem disso.

2) Como o cristão geralmente é pacífico, ele não percebe que os sionistas estão manipulando semanticamente a palavra semita de tal modo que o anti-sionismo seja sinônimo de anti-semitismo, a ponto de fazer disso uma blindagem. O cristianismo sofre todas as perseguições e não é considerado anti-semitismo.

3.1) Os incultos não percebem que sionismo é maçonaria e se funda em conservantismo.

3.2) Quem rejeita Jesus como Messias está à esquerda do Pai. O "judaísmo" que ainda há são os herdeiros do conservantismo ancestral - se esses herdeiros tivessem conhecimento da verdade, seriam naturalmente bom cristãos, bons católicos. A mesma coisa pode ser para os que são herdeiros da tal "reforma" de Lutero, que não passa de uma Revolução.

3.3) Ao contrário do que Chesterton falou, estas tradições não são a democracia do mortos, mas a tirania dos mortos sobre os vivos, que ainda nos exercem poder através da ignorância e do seu legado, na forma de obras e de uma legião discípulos fanáticos, que não sabem o que estão fazendo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2020 (data da postagem original).

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Sobre comunidades icônicas e comunidades idolátricas

1) As comunidades imaginadas podem ser classificadas em comunidades icônicas e em comunidades idolátricas.

2.1) Israel no tempos antigos é uma comunidade icônica - a própria memória daqueles tempos, constantes na bíblia e na interpretação de seus símbolos, nos aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus. A comunidade icônica, fundada no judaísmo antigo, transmutou-se em cristianismo, em catolicismo e daí nasceram comunidades reveladas, que constituem a Cristandade.

2.2) Os que rejeitaram a pedra angular, que é Jesus, e que conservam o judaísmo farisaico conveniente e dissociado da verdade imaginaram uma comunidade. E através do sionismo e da maçonaria, criaram o Estado de Israel de hoje, que nada tem a ver com o Israel histórico e com o Reino Latino de Jerusalém, que é a verdadeira comunidade criada pela Igreja a partir da verdade revelada para libertar a Terra Santa dos Muçulmanos, desses assassinos de cristãos contumazes.

3.1) As comunidades idolátricas são as que fazem o país ser tomado como se fosse uma religião, como o Brasil em tempos de Copa do Mundo ou o Brasil da época do Petróleo é nosso.

3.2.1) O Egito Antigo é outro caso de comunidade idolátrica: foi uma dominação pensada e planejada para promover a glória dos faraós do Egito Antigo. Todo o legado das Pirâmides de certa forma é uma espécie de propaganda do que eles supostamente foram em tempos imemoriais.

3.2.2) Mas os Faraós do Egito são falsos deuses e não voltarão dos mortos. O Faraó definitivo, Jesus Cristo, venceu a morte e condenou esses ídolos a serem eternamente sepultados nas areias do deserto. Eles só vieram à tona e receberam o fascínio que possuem porque existe toda uma contracultura liberal e anticristã que sustenta tudo isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2020.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

O que diferencia uma comunidade imaginada de uma comunidade revelada?

1) A maior prova de que comunidades reveladas existem é que nações surgem a partir de um milagre, como aconteceu com Portugal a partir da vitória na Batalha de Ourique.

2) Por conta das promessas de Cristo, o rei é vassalo de Cristo e os melhores da pátria se organizam em sociedades iniciáticas, servindo a Cristo nas suas melhores habilidades: a nobreza serve através de suas habilidades de guerra, através da Ordem de Cristo; o clero serve evangelizando os povos de além-mar, através da Ordem dos Jesuítas e o povo vai morar nas novas terras lavrando a terra ou estabelecendo outras atividades economicamente organizadas através das guildas.

3) Assim, as novas terras passam a ser tomadas como um mesmo lar em Cristo, uma vez que os três estamentos da sociedade foram chamados a servir a Cristo em terras distantes, cada uma em suas funções, fazendo com que a política e a economia sejam a continuação da trindade no seu plano operativo, militante.

4) Estas três sociedades iniciáticas tinham caráter operativo, sendo que a Guilda guardava a natureza de uma associação de famílias que detinham os segredos de uma profissão enquanto uma tradição de família, fortalecendo assim o caráter iniciático.

5) Comunidades imaginadas, rompidas com essa razão de ser fundada em Ourique, tendem a ser controladas por maçonarias especulativas. E maçonarias especulativas buscam a unidade transcendental das religiões como se todas as religiões fossem boas, o que é um verdadeiro insulto à nossa razão de ser. A maçonaria especulativa é a mãe do multiculturalismo, um dos subprodutos da nefasta ideologia liberal.

José Octavio Dettmann