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sábado, 2 de maio de 2015

Se liberdade de expressão é prerrogativa, então a rede social é campo para apostolado

1) Se a liberdade de expressão é prerrogativa, então falar as coisas na rede social implica que estejamos prontos para servir a verdade a todos aqueles que necessitam ouvi-la - a rede social é, pois, campo propício para o apostolado. Você faz por escrito aquilo que normalmente você faria pregando e andando por aí, pelos confins da Terra.

2) Entrar na rede social pressupõe que você tenha responsabilidade e senso para dizer as coisas de modo a servir bem seus semelhantes. Se você não tiver maturidade ou preparo para estar aqui, então não entre na rede social. A experiência pode ser devastadora, principalmente para quem não está preparado para servir a verdade.

3) Quando o orkut foi criado em 2004, eu não me achava suficientemente pronto para fazer o que faço. Só comecei a fazer isso em 2007, quando me senti pronto para fazer o meu trabalho missionário. E é por conta disso que fui progressivamente trocando os que conheci por conta das circunstâncias por todos aqueles que amavam e rejeitavam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento. Fui progressivamente sendo convertido ao cristianismo, à medida que fui conhecendo muita gente séria e íntegra, que foi me ensinando a palavra de Deus, como a Sara Rozante​ ou Cristina Froes​, por exemplo.

4) Enfim, nestes 8 anos de apostolado virtual, tudo o que fiz foi servir a Cristo em terras distantes. Fiz navegando - navegando no ciberespaço. E navegar foi-me preciso, já que o está ao meu redor no mundo real foi edificado para o nada. E viver para o nada não me é preciso. Enfim, foi a única liberdade que me sobrou, já que as outras liberdades práticas foram tomadas por conta do marxismo cultural.

Sobre a verdadeira liberdade de expressão

1) A liberdade de expressão, para ser conforme o todo, implica necessariamente responsabilidade para se falar as coisas de uma maneira edificante, de modo a que o próximo aprenda a amar e rejeitar as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento. A liberdade de expressão é uma prerrogativa, fundada naqueles que aprendem a bem usá-la, ao dizerem seu sim a Deus. Ela é a base para autoridade, para o justo fundamento de se falar bem a verdade. Por isso que toda publicação necessita de um "imprimatur", já que o trabalho foi lido previamente - e se ele é conforme o Todo que vem de Deus, deve se dar liberdade para seguir seu curso, pois a verdade se imporá por si mesma.

2) A liberdade de expressão, fundada no libertarismo, na liberdade para o nada, não está atrelada ao compromisso de dizer a verdade, mas de romper com ela - e esse tipo de coisa nos leva à mentalidade revolucionária. Ela é uma ferramenta fundada para se buscar a liberdade em si mesma, sem a necessidade de Cristo, tal como está preceituada na Constituição. Se a Constituição não nos impõe censura ou licença, é sinal de que o País não se preocupa em edificar seu senso de ser tomado como um lar com base na aliança do altar com o trono, já que ele não se preocupa com a verdade, que se funda em Cristo.

3) Num país que visa à aliança do altar com o trono, dizer as coisas implica ser responsável e ser consciente por aquilo que se diz - se você é sério e responsável, você não terá dificuldade de se expressar ou ser censurado, pois as pessoas que amam e rejeitam as mesmas, tendo por Cristo fundamento, coisas conhecem a sua pessoa e seu compromisso para com a verdade. E escrever implica distribuir a verdade de uma maneira sistemática - e a distribuição sistemática começa a partir do momento em que você serve a alguns e ganha confiança desses alguns e assim sucessivamente. Por isso que nunca publico um livro sem antes ganhar o respeito e a credibilidade de uma certa parcela daqueles que desejam aprender a conservar a dor em Cristo, de modo a que o pais seja tomado como um lar. Por enquanto, meu mercado moral e espiritual e é pequeno - e a publicação só é necessária se houver uma demanda muito grande por tudo aquilo que estou a dizer.

4) Escrever um livro ou um artigo, ou gravar um áudio fundado na defesa da verdade, nos pede toda uma preparação, no sentido de servir a verdade a quem precisa ouvi-la. Ela pede toda uma formação e todo um senso de responsabilidade de modo a dizer as coisas de maneira séria, justa e correta - e quando se faz isso, a liberdade de expressão é concreta porque você está livre em Cristo e você está dizendo as coisas do modo mais retamente possível, pois fora de Cristo a liberdade de expressão será liberdade para o nada, o que é mau e prejudicial.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 02 de maio de 2015 (data da postagem original).

A questão das Coréias não é muito diferente do que ocorreu na Alemanha

1) A Questão da Coréia do Sul e Coréia do Norte é mais ou menos a mesma coisa, tal como houve na Alemanha Ocidental e Oriental.

2) Por conta da Guerra Fria, um mesmo povo é dividido de tal modo a que um enxergue o outro como uma imagem distorcida do outro. Para que esse projeto de poder se execute, os comunistas criam muros da vergonha, de modo a que o povo dominado tome o país como se fosse religião e se isole do resto dos outros povos. No espaço de gerações, quando muros são derrubados, por conta da falência do comunismo, muitos vão ao suicídio, por não conseguirem assimilar a realidade.

3) Além do mais, a cultura de país tomado como se fosse religião, fundada no amor ao dinheiro, na impessoalidade, na liberdade fundada para o nada, inviabiliza a recuperação das áreas afetadas, justificando uma ressurreição do esquerdismo, por conta das ilusões. 

4) Para sociedades que ficaram desalojadas do Cristo, trocar o assistencialismo estatal pela economia de trabalho livre pode ser uma experiência extremamente destrutiva, pois muitos não estão prontos para abraçar a realidade diante de tanto tempo de cultura de alienação e de ignorância. 

5) Psicologicamente, isso pode ser devastador, a ponto de fazer muita gente se matar. É muito comum na Alemanha as pessoas que conviveram com a República Democrática Alemã se matarem, posto que a integração das pessoas se deu mais pelo dinheiro, pela economia, do que pela cultura ou pela carne, de modo a que fossem reunidos sob a conformidade com o Todo que vem de Deus. Enfim, toda reunificação fundada na política de se tomar o país como se fosse religião tende a ser ilusória, pois não há território sem alma. 

5) Em país tomado como se fosse religião tem-se o conceito de protecionismo, além de nacionalismo, seguido de uma crença exagerada na auto-suficiência e da autogestão, fundada numa liberdade para o nada, já que não há liberdade nenhuma, pois não se permite crer em Cristo nesses países. E isso é uma maneira de se matar a integração interna, pois tudo está no Estado e nada pode estar fora do Estado. E única maneira de crescer que sobrou é a conquista militar.

6) Países que se reduzem a uma religião de Estado apostam muito no culto à personalidade - e adotam governos hereditários fundados mais na pura propaganda desse líder, que é tomado como se fosse um Deus, no que nas virtudes dos governantes que servem a Cristo, por conta de prestarem o serviço de tomarem o país como se fosse um lar em Cristo. Por isso que os Kim são o espectro dos reis, tal como são os presidentes da República no Brasil.

7) Enfim, é mais ou menos o que acontece na Coréia do Norte e a Coréia do Sul. Não é muito diferente do que aconteceu entre as duas Alemanhas.

Dúvida de um leitor

1) Sr. José Octavio Dettmann, gostaria muito que se posicionasse em relação a uma questão prática, no intuito de entendê-lo: qual é a sua opinião sobre a Coréia do Sul? 

1) Ao meu ver, trata-se de um capitalismo de Estado, com promíscuas ligações do Chaebol (composto de grandes empresários) com o Estado - algo incompatível com um sistema democrático, tendo já inclusive extinguido lá recentemente um partido comunista, ao prender seu principal dirigente. O Partido já tem dois ministros da fazenda que abandonaram o cargo este ano por denúncias de corrupção. 

3) A Coréia do Sul não tem bases cristãs e possui uma das maiores taxas de aborto e suicídio do mundo. Lá, há censura na internet em matéria de política - e a presidente de lá assinou recentemente um acordo de cooperação em matéria de tecnologia da informação com o Brasil, coisa que está aos cuidados do ministro das comunicações, Ricardo Berzoini, visando a políticas de "governança em internet". 

4) É que falam da Coréia do Sul sempre comparando com a Coréia do Norte, sempre exaltando aquela em detrimento desta, notadamente em relação ao desenvolvimento e educação (85% tem curso superior). Eles esquecem as diversas questões aqui colocadas, onde, ao meu ver, tanto uma quanto outra são farinha do mesmo saco,.

5) Isso precisa ser esclarecido, principalmente agora, visto que o Olavo de Carvalho está pregando a necessidade de um Estado fraco (pequeno), mas não mostra muito bem como fazer isto num sistema democrático, podendo ser tão utópico quanto o Estado forte dos comunistas, sobretudo nos moldes da Coréia do Sul. 

6) Esta questão de gastos do governo numa economia globalizada é, ao meu ver, um dos principais problemas mundiais, com as coisas se complicando com países como a China, a Coréia do Sul, e até mesmo EUA e Japão. 

7) Gostaria muito que me esclarecesse seu ponto de vista nestas questões, concluindo o que realmente acha especificamente em relação à Coréia do Sul, no intuito de conhecê-lo melhor.

De Róger Badalum


Repetir um assunto só aprofunda o tema

1) Repetir e revisitar o tema não esgota o assunto - apenas atualiza e aprofunda o tema.

2) Se já escrevi mais de mil artigos sobre nacionismo, é porque estou interessado em conhecer a verdade sobre essa questão, posto que ela não é fácil de ser compreendida, além de haver toda uma confusão mental que inviabiliza a maneira pela qual devemos tomar o país como um lar, pois muitos estão a tomar o pais como se fosse religião, o que é errado e preocupante.

3) Poderia falar sobre vários assuntos, mas não falaria algo que preste, posto que não estudei os assuntos.

4) Eu prefiro falar sobre um tema que compreendo bem a falar sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Poderia ser interessante me versar sobre vários assuntos, mas meditar sobre algo que pudesse compreender muito bem é que me faz ser útil e necessário a quem deseja conhecer a verdade.

5) A Igreja Católica fala as mesmas coisas há 2015 anos e isso não é chatice. E a verdade precisa ser repetida - e é o que sempre faço. 

6) Então, não se preocupem com o fato de estar repetindo e repetindo as mesmas coisas - o que digo se funda na verdade, ainda que ela seja a mais anticomercial possível. E o meu interesse é falar a verdade, aquilo que precisa ser dito e ouvido por quem me lê. O sucesso não me interessa - o que me interessa é servir a Cristo, na melhor forma que sei fazer: escrevendo.

Toda escolha pede estudo e conhecimento

1) Toda ação política implica uma atitude - e toda atitude, para estar em conformidade com o Todo que vem de Deus, pede muita reflexão e muito estudo.

2) Quando se profere uma opinião, é preciso que digamos as coisas para o bem do próximo - e isso pede estudo, de modo a que possamos apontar a necessidade de que uma medida é correta, tanto por ser conforme o Todo que vem de Deus, quanto necessária, por força da realidade que nos cerca.

3) A mesma coisa se dá com relação ao voto, às escolhas. O voto pede que conheçamos as circunstâncias em que o país se encontra, que tomemos o país como um lar, e que meditemos, de modo a conhecer os motivos determinantes que norteiam a escolha - e isso é crucial para uma escolha séria e responsável. 

4) A cultura de voto pede uma cultura de debate, em que você conheça pessoalmente as pessoas que estejam na política dispostas a fazer esse serviço, de modo a bem servi-lo, de modo a que estejamos na conformidade com o Todo que vem de Deus.

5) Uma cultura de debate pede um ambiente de alta cultura, onde o hábito de se estudar, de se refletir e de se escrever seja a base para tudo o que é de mais necessário. Isso não existe no Brasil.

6) Onde não há alta cultura, então não há debate - e onde não há debate o voto será medido pela quantidade de votantes e não pelos motivos determinantes que norteiam uma escolha. Pois o conhecimento dos motivos determinantes é quem norteia as eleições com base em propostas concretas e não em extravagantes promessas, muitas quais das fora da forma da lei.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2015 (data da postagem original).

Os números não devem nos governar

1) Enquanto houver uma cultura onde a opinião do mais sábio é igualada à opinião do mais ignorante, cultura essa fora da conformidade com Todo que vem de Deus, o que haverá é populismo, tirania fundada na maioria de fato, numérica.

2) O fato de haver isso é um claro indício de que os números não devem governar o mundo. É na maioria numérica, em que os votos são apurados com base na quantidade e não nos motivos determinantes que norteiam uma escolha, que temos a cultura de se tomar o país como se fosse religião.