1) Toda ação política implica uma atitude - e toda atitude, para estar em conformidade com o Todo que vem de Deus, pede muita reflexão e muito estudo.
2) Quando se profere uma opinião, é preciso que digamos as coisas para o bem do próximo - e isso pede estudo, de modo a que possamos apontar a necessidade de que uma medida é correta, tanto por ser conforme o Todo que vem de Deus, quanto necessária, por força da realidade que nos cerca.
3) A mesma coisa se dá com relação ao voto, às escolhas. O voto pede que conheçamos as circunstâncias em que o país se encontra, que tomemos o país como um lar, e que meditemos, de modo a conhecer os motivos determinantes que norteiam a escolha - e isso é crucial para uma escolha séria e responsável.
4) A cultura de voto pede uma cultura de debate, em que você conheça pessoalmente as pessoas que estejam na política dispostas a fazer esse serviço, de modo a bem servi-lo, de modo a que estejamos na conformidade com o Todo que vem de Deus.
5) Uma cultura de debate pede um ambiente de alta cultura, onde o hábito de se estudar, de se refletir e de se escrever seja a base para tudo o que é de mais necessário. Isso não existe no Brasil.
6) Onde não há alta cultura, então não há debate - e onde não há debate o voto será medido pela quantidade de votantes e não pelos motivos determinantes que norteiam uma escolha. Pois o conhecimento dos motivos determinantes é quem norteia as eleições com base em propostas concretas e não em extravagantes promessas, muitas quais das fora da forma da lei.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 2 de maio de 2015 (data da postagem original).
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