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quinta-feira, 21 de maio de 2015

Como o nominalismo afeta o conservadorismo

1) Muito preocupante a influência que o nominalismo exerce sobre a maioria de todos aqueles que se dizem conservadores no Brasil ou na Europa. 

2) Ao abraçarem o conservadorismo de tipo americano, eles abraçam um modelo de conservadorismo infectado pelas chagas do protestantismo e da maçonaria, coisas que são fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Esse "conservadorismo" não conserva dor nenhuma que decorre de Cristo; ele, na verdade conserva o que convém, ainda que isso seja dissociado da verdade - e o nome verdadeiro dessa infâmia é conservantismo, por estar à esquerda do pai no seu grau mais básico. Justamente porque muitos estão a confundir o conservadorismo com o conservantismo, eis aí porque muitos ficam a condenar a "direita", que na verdade é tão esquerda quanto a esquerda fabiana ou comunista.

4) Essa confusão existe porque muitos não pensam no significado das palavras e tendem a tomar os fatos como se fossem coisas, o que é uma marca de imanência, de cultura descristianizada solidamente estabelecida ao longo do tempo. E uma das conseqüências de se dominar a linguagem é que as palavras não trairão o seu significado, fazendo com o que o "sim" seja sempre "sim" e o "não" sempre "não" - por essa razão, o conservadorismo sempre é santo e perfeito, pois conservará a dor de Cristo. E aquilo que é fora disso é, e sempre será, conservantismo.

5) O nominalismo, enfim, criou uma esquerda que se declara direitista, criando uma espécie de aborto oculto, em sua forma mais simbólica - ao se dessacralizar a direita, tal como vemos por aí, simplesmente se perde a noção de que estar à direita do Pai gera e forma Cristo em Nós, coisa que é conforme o Todo que vem de Deus, fazendo com que percamos a esperança na restauração da antiga aliança entre o altar e o trono, coisa que se deu em Ourique. Esse tipo de coisa esvazia a santidade daquilo que está à direita do pai, no âmbito da política, retirando a noção de que a política deve ser organizada de tal modo a promover a caridade cristã, base sob a qual se toma o país como um lar. Quando se dessacraliza a direita, isso é simplesmente declarar que a verdade não existe e que ela tem várias facetas, tornando-se algo nefasto, relativista. 

6) Enfim, o nominalismo gera um pensamento dualista e gnóstico no qual há duas "verdades", fundadas em dois deuses: o Deus do Bem e o Deus do Mal. E esses deuses-partido ficam disputando o poder, de modo a reger a nação de tal maneira a que ela seja tomada como se fosse religião - e nesse tipo de ordem, o parlamento se torna uma espécie de Igreja ou Panteão em que os deuses do Olimpo, os políticos, ficam a brigar o tempo todo, de modo a ditar a sua verdade ao maior número de pessoas possível, matando-se toda e qualquer esperança de se tomar o país como um lar em Cristo. E é por conta dessa cultura utilitarista e fisiológica que muitos preferem fugir do país da mesma forma como ousam mudar de Igreja, quando esta está em Crise.

7) Da mesma forma que fora da Igreja não há salvação, não há salvação verdadeira se você não tomar o seu país como um lar, servindo a todos aqueles que amam e rejeitam as coisas tendo por Cristo fundamento. A fuga das responsabilidades decorrentes daquilo que é conforme o Todo leva à apatria - e é isso que deve ser abandonado. Ninguém tem o direito de mudar de corpo, sobretudo em momentos em que a ordem política, moral e social de uma nação encontra-se em metástase. Para se lutar contra um câncer, o único caminho é o tratamento - e o tratamento, neste caso, é vivendo a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus e tomando o país como um lar, apesar de todo o incômodo que decorre daqueles que tomam o país como se fosse religião, ao advogarem o Estado forte e totalitário.

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