1) Há quem diga que o que falo dos apátridas leva à noção de que estou falando de um Policarpo Quaresma, que tinha "amor pela pátria". Pois as pessoas de carne e osso mais parecem o personagem, que é um retrato fiel do que elas são: algo do que é decididamente fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, algo que o professor Olavo de Carvalho bem apontou, pois esse amor é insincero e fingido, fundado na pose e na afetação.
2) De fato, é bem isso que falo. O que temos são vários policarpos distribuídos por aí, que dão mais a si mesmos o que nem sempre, às vezes, decorre deles próprios, uma vez que perverteram o ensinamento de Jesus de que se deve a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Essa gente toda junta é o temível exército de Brancaleone, que não lutará para defender o país, mas, sim, para defender os seus interesses, já que a aposentadoria e a pensão da viúva têm mais valor do que a defesa da pátria, posto que o funcionalismo público e o carreirismo levam à noção de país tomado como se fosse religião e fora da conformidade com o todo que vem de Deus. Nele, o crime compensa.
3) Policarpo tinha um amor distorcido por essa pátria, que era fundada no amor de si, até o desprezo de Deus - e a pátria, tomada como se fosse coisa, se reduz a um sistema de várias cidades dos homens que amam a si mesmas de tal modo a nem se darem mais umas coisas outras, até o ponto de entrarem em separatismo - o que confirma a natureza insolidarista do brasileiro, tal como foi bem apontada por Oliveira Viana, em seu livro Instituições políticas Brasileiras, posto que se trata de uma solidariedade mecânica, onde a lei dos homens divorcia-se da lei natural, uma vez que o senso de de se tomar o país como um lar não se internalizou na carne de cada habitante desta terra. Policarpo tomava-a como se fosse religião - o que é um abuso. Até onde sei, ele era positivista.
4) Houve um imbecil, chamado Pasquale Mancini, fundador do moderno princípio das nacionalidades no Direito Internacional Público, que proclamou que a nação deve ser tomada como se fosse "uma segunda religião" e que ela era a "mônada racional da ciência "(sic). Mancini era de esquerda - suas idéias foram condenadas pela Igreja e muitas delas derivavam de Maquiavel, base de toda uma confusão demoníaca.
5) Enfim, o "amor" de Policarpo pela pátria era voltado para o nada, divorciado daquela missão do Cristo Crucificado de Ourique - por isso que chamo essa gente de apátrida.
6) O movimento romântico deu base para tudo isso e o realismo de Lima Barreto captou essa insanidade muito bem. Desde a independência, o Brasil ficou presa fácil de idéias arrivistas e modernistas, que foram minando as bases fundadoras da nação - o milagre de Ourique foi substituído por crenças científicas e ateístas, coisas que são subproduto da Revolução Francesa. A combinação do ateísmo militante com uma mente psicótica gerou um macunaíma.
7) Lima Barreto antecipou, de certo modo, o que Mário de Andrade falaria, alguns anos mais tarde.
2) De fato, é bem isso que falo. O que temos são vários policarpos distribuídos por aí, que dão mais a si mesmos o que nem sempre, às vezes, decorre deles próprios, uma vez que perverteram o ensinamento de Jesus de que se deve a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Essa gente toda junta é o temível exército de Brancaleone, que não lutará para defender o país, mas, sim, para defender os seus interesses, já que a aposentadoria e a pensão da viúva têm mais valor do que a defesa da pátria, posto que o funcionalismo público e o carreirismo levam à noção de país tomado como se fosse religião e fora da conformidade com o todo que vem de Deus. Nele, o crime compensa.
3) Policarpo tinha um amor distorcido por essa pátria, que era fundada no amor de si, até o desprezo de Deus - e a pátria, tomada como se fosse coisa, se reduz a um sistema de várias cidades dos homens que amam a si mesmas de tal modo a nem se darem mais umas coisas outras, até o ponto de entrarem em separatismo - o que confirma a natureza insolidarista do brasileiro, tal como foi bem apontada por Oliveira Viana, em seu livro Instituições políticas Brasileiras, posto que se trata de uma solidariedade mecânica, onde a lei dos homens divorcia-se da lei natural, uma vez que o senso de de se tomar o país como um lar não se internalizou na carne de cada habitante desta terra. Policarpo tomava-a como se fosse religião - o que é um abuso. Até onde sei, ele era positivista.
4) Houve um imbecil, chamado Pasquale Mancini, fundador do moderno princípio das nacionalidades no Direito Internacional Público, que proclamou que a nação deve ser tomada como se fosse "uma segunda religião" e que ela era a "mônada racional da ciência "(sic). Mancini era de esquerda - suas idéias foram condenadas pela Igreja e muitas delas derivavam de Maquiavel, base de toda uma confusão demoníaca.
5) Enfim, o "amor" de Policarpo pela pátria era voltado para o nada, divorciado daquela missão do Cristo Crucificado de Ourique - por isso que chamo essa gente de apátrida.
6) O movimento romântico deu base para tudo isso e o realismo de Lima Barreto captou essa insanidade muito bem. Desde a independência, o Brasil ficou presa fácil de idéias arrivistas e modernistas, que foram minando as bases fundadoras da nação - o milagre de Ourique foi substituído por crenças científicas e ateístas, coisas que são subproduto da Revolução Francesa. A combinação do ateísmo militante com uma mente psicótica gerou um macunaíma.
7) Lima Barreto antecipou, de certo modo, o que Mário de Andrade falaria, alguns anos mais tarde.
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