Um leitor me mandou esta crítica:
Eu, como centrista, tenho em mente de que tudo deve ser ponderado e bem pensado, pois as minorias e até os extremos no espectro politico, devem, sim, ser ouvidos. Queremos democracia, não queremos? Então todos têm voz, voto e direito de participar das decisões - de maneira ordeira e civilizada, é claro. Sem abusos ou preconceitos, sejam eles quais forem!
Eu respondo:
1) Se política é a promoção da caridade organizada, a oposição, para ser conforme o todo, deve criticar as coisas de maneira a que a situação não se perverta, a ponto de decidir as coisas com base na sabedoria humana dissociada da divina, pois a fala é uma prerrogativa e deve e precisa ser usada de modo a se edificar consciência, de modo a que nenhum limite fundado na mais reta razão seja violado. Uma oposição vigilante colabora de modo a que a situação não se corrompa, uma vez que o poder corrompe absolutamente. Neste ponto, um governo de colaboração é crucial.
2) Tanto situação quanto oposição representam o país pelo fato de estarem à direita do pai - e por estarem à direita do pai, o regime de colaboração é marcado pelo parlamentarismo, com monarquia.
3) Existem dois caminhos possíveis na realidade política brasileira: ou o país continua sua trajetória como um Império independente ou volta a ser parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Por isso que faz muito mais sentido uma política fundada na nossa realidade histórica concreta, posto que só temos apenas dois partidos: o partido brasileiro e o partido português. O resto se pauta na liberdade para o nada, coisa que se funda à esquerda do pai, e isso deve ser abolido.
4) Se o objetivo é servir a Cristo em terras distantes, a tendência é que haja uma conciliação de interesses. E a conciliação não se confunde com neutralidade política, como que querem os centristas, pois a neutralidade parte do argumento de que todos têm sua verdade, o que edifica liberdade para o nada, base para a mentalidade revolucionária - e isso não é a posição mais correta a ser feita. E o lugar mais apropriado da conciliação de interesses é no Poder Moderador, pois há nele freios e contrapesos que garantem a alternância do poder, ao longo do tempo e das circunstâncias.
5) Democracia de massas, onde todos têm a sua própria verdade, não é algo que é conforme o todo que vem de Deus, pois edifica liberdade para o nada. O correto é que tenhamos um governo dos melhores e que qualquer pessoa do povo pode ser parte nesse processo - e, para isso, basta que se estude e colabore no processo de fazer com que o país seja tomado como se fosse um lar. A verdadeira democracia, para ser conforme o Todo, é uma aristocracia distribuída a toda a população, combinada com meritocracia e aliança do altar com o trono.
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