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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Brasil e EUA como terras prometidas - uma análise comparada


1) Em Ourique, Cristo disse a el-rei D. Afonso Henriques que Portugal serviria a Ele em terras distantes. As terras onde Portugal faria o serviço podem ser tomadas como terras prometidas, que podem ser unidas sob a forma de um Império. Em Cristo, o conceito de terra prometida é aperfeiçoado e universalizado, levando a todos os povos a terem por senhor Cristo, que é senhor de toda a Eternidade, juiz dos vivos e dos mortos - e todos os povos que tomam os seus lugares como um lar em Cristo estão necessariamente sujeitos a sua jurisdição universal, já que Ele é o caminho, a verdade e a vida.

2) Seria interessante conseguir arrebanhar cristãos não-católicos ao menos para essa noção de missão que vemos no caso de el-rei D Afonso Henriques, pois não há senso de se tomar o país como um lar sem a noção de terra prometida. O problema aqui é o quinhentismo - e ele precisa ser quebrado, pois ele mata a noção de Brasil como terra prometida, coisa que se deu em Ourique, em 1139.

3) Ao se tomar o quinhentismo, a chegada dos portugueses como se coisa, Oliveira Viana, em suas Instituições Políticas Brasileiras, conta que o Brasil está no século VI desde a chegada de Cabral. Adota um marco temporal dissociado da fé fundadora, a fé cristã.

4) A verdade é que  Santa Missa é o desdobramento daquela missão que se deu em Ourique. Aqui, Portugal serviria a Cristo nestas terras. Por isso que devemos ver o Brasil como um capítulo, um desdobramento dessa missão, que é global, causa do Império Português, onde o sentido dessa pátria tomada como um lar é servir a Cristo em terras distantes. Eis aí a origem do Reino Unido, tal como D. João VI criou - e eu como futuro cidadão do Reino Unido, preciso olhar as coisas sob esse ângulo, dado que terei dupla nacionalidade (de português e brasileiro)

5) Essa noção de terra prometida entra em choque com a visão dos peregrinos do Mayflower, que tomaram a terra para a qual imigraram, a Nova Inglaterra, como sendo terra prometida, Quando cruzaram o Atlântico, eles cruzaram o Mar Vermelho - isso foi tomado em sentido alegórico. E isso é um dos efeitos da Sola Scriptura.

6) Há um paralelo da História da Bíblia com a própria história dos EUA. Quem tem uma tese sobre isso é a professora Cecília Azevedo, que é professora de História da UFF.

Meditando sobre uma sugestão que me foi dada

1) Existem menos nomes do que tipos de estrutura de poder. 

2) Colocar os termos em explicação opositiva, tal como império x reino pode ser didaticamente agradável, mas não seria real. 

3) A noção de Império dos Romanos, quando cruzou a noção de Reino dos Hebreus, enquanto evolução do patriarcado, permitiu que novos povos passassem a conhecer a verdade fundada na salvação, pois todos seriam iguais perante a lei eterna - povos inteiros teriam um mesmo senhor, por toda a eternidade. E foi nesta circunstância que Jesus foi mandado para cá. Não dá para se viver em conformidade com o Todo que vem de Deus sem o conhecimento desta circunstância específica, que serve à eternidade.

4) Talvez uma abordagem interessante fosse comparar o significado das palavras dadas aos sistemas de poder em cada língua (principalmente hebraico e latim). Além de comparar, seria interessante tentar identificar os elementos que essas línguas não explicitam, ou seja, o que é dado como "óbvio".

Exemplo: 

5) Quando a Palestina lidou com Roma, lidou com uma organização social e política sem igual, sem precedentes. Nem os egípcios e nem os babilônios a tinham.

6) Uma coisa é certa: Império não é dominato. O dominato é a evolução da ditadura romana. O Império é a evolução da república romana.

7) O dominato leva ao absolutismo, fundada no fato de que o Imperador é Deus, como se deu no Império Romano pagão. No Império do Brasil, o poder moderador, exercido pelo Imperador, impedia que nenhum homem reduzisse o seu semelhante a um escravo - é por conta do poder moderador que o Império é a evolução da república romana.

8) Enfim, vou meditar sobre isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de abril de 2015 (data da postagem original).

Diferença entre Reino e Império


1) Reino é quando você rege um mesmo povo que possui uma grande unidade cultural e lingüística, feita de tal modo a marcar uma identidade, um jeito de ser - além disso, este povo habita terras com limites bem definidos, fundados ou em limites naturais ou na ocupação de uma terra tomada como se fosse um lar desde há muito tempo, feita de tal modo a ser tomada como se fosse uma terra prometida por Deus para ser o lar desse povo por gerações sem fim, de modo a estar em conformidade com o Todo que vem D'Ele e somente D'Ele, o que é a fonte da mais reta tradição. Em geral, as pessoas do povo tem um parente em comum: o rei, que é o patriarca, o pai dos pais. Tal como havia 12 tribos em Israel, o Rei é alguém que é escolhido por Deus, de modo a reger seu povo numa grande família.

2) Império é quando você tem povos de origem diferente, com culturas diferentes e diferentes modos de se tomar o lugar como um lar - e o objetivo da monarquia é evitar que esses lugares sejam tomados como se religião, levando isso ao separatismo. Para que esses diferentes povos coordenem entre si, é preciso haver uma língua comum, uma moeda comum, pesos e medidas comuns e alguém que coordene as coisas, de modo a que os diferentes povos de diferentes lugares, até mesmo os mais distantes, tomem essa unidade como se fosse um lar. O imperador, além de ser o pai dessa unidade, dessa federação, a longo prazo será Rei, se esses povos forem constituindo descendência de tal modo a formar um povo brasileiro, onde os indivíduos possuirão descendência que abrange todos os Estados da federação, de todas as províncias do Império. 

3) O povo brasileiro, fundado na nacionidade, só pode existir no Império. E quando houver isso, tornar-se-á reino.

A verdade sobre o princípio da impessoalidade


1) Quando você serve a um Rei ou Imperador que sabe que sua autoridade decorre do fato de que ele deve ser a Cristo Crucificado, o princípio da impessoalidade converte-se em princípio da pessoalidade - como Jesus é o caminho, a verdade e a vida e que ninguém vem ao pai senão por Ele, então você saberá bem que ao servir ao seu Rei é servir a Jesus; se Jesus é o Rei dos Reis, então servir a Ele é servir à verdade. E ao servirmos aos nossos semelhantes, devemos enxergar nele o próprio Jesus, que se fez homem, pois Ele quis ser nosso irmão e veio a nós todos salvar.

2) O princípio da impessoalidade decorre do fato de que o País é tomado como se fosse religião. Num país sem Deus, tem-se a crença de que as leis produzidas pelo homem bastam. Mas sabedoria humana dissociada da divina leva a uma liberdade voltada para o nada, a uma liberdade onde a forma tem mais importância que o conteúdo, a verdade em Cristo - e neste ponto, a impessoalidade é sinônimo de indiferença.

3) Impessoalidade, no sentido da lei natural, implica não usar a pessoalidade com fins maléficos, já que os benéficos, decorrentes da verdade em Cristo, existem por si só porque Ele é o caminho, a verdade e a vida - e esse fim benéfico é a norma de tudo, pois é o sensato. Enfim, a impessoalidade é na verdade personalismo sistemático, serviço distribuído, fruto de uma política organizada, que estimula a promoção da caridade.

O Exército de Caxias só existirá se estiver realmente subordinado ao Imperador


1) O Poder Executivo é o poder por excelência dos que administram as coisas. Conduta ad ministerium implica receber ordens sempre de alguém cuja autoridade decorra de estar em conformidade com o Todo que vem de Deus e de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar. E isso decorre da monarquia - e é na monarquia que a autoridade dos ministros e dos seus subordinados tem respaldo; essa autoridade é derivada da autoridade do Imperador, cuja autoridade decorre da aliança que se fez em Ourique, em 1139, por ordem do próprio Cristo Crucificado.

2) O Poder Executivo é dividido em tempos de paz e em tempos de guerra. Em tempos de guerra, os militares cuidam da coisa; em tempos de paz, são os civis.

3) O exército de Caxias só terá seu nome pronunciado dessa forma enquanto sua autoridade estiver comissionada à autoridade do Imperador. Fora disso, é como pronunciar em vão o nome de Deus. Na verdade, os milicos divinizaram Caxias e eles se acham deuses. E a maioria do povo, acostumada a esse bezerro de ouro, toma os militares como deuses.

4) A administração pública civil está toda viciada na cultura do carreirismo público, um dos efeitos maléficos do positivismo - além disso, já foi cooptada toda pelo PT. 

5) Enfim, não existe Poder Executivo - o que existe é apenas um espectro totalitário, impropriamente chamado de Poder Executivo. Além disso, Legislativo e Judiciário estão aparelhados, por força dessa espectro. Só resta apenas uma parte do povo que não se contaminou, que luta pela restauração da monarquia, e os anti-petistas, que são muitos. 

6) Eis aí o problema do impasse! O PT vai cair? Sim, vai - mas os vícios continuarão. O que será mantido conservado será frágil e dissociado da verdade. Mas esta é a única janela pela qual devemos agir, no âmbito do monarquismo cultural. 

7) Se a monarquia se mostrou grande é porque ela foi testada nos tempos de crise, em tempos de luta armada - que se faça, então, a sua força na via cultural, nestes tempos de crise, que é uma luta pior do que a luta armada, pois a qualifica. Só assim é que restauraremos as bases pelas quais este país deve ser tomado como um lar, em Cristo.

Por que deleto republicanos no facebook?


Por trás desses adoradores de militares e dos que ostentam a bandeira da república no perfil no facebook, há sempre um maçom, se vocês olharem de perto. 

E vocês chamam essa gente cretina de "direita" ou "conservadora"?

Só existe apenas uma direita verdadeira: a que é católica e monarquista. Só quem crê na volta da aliança do altar com o trono é que pode se dizer de direita, de maneira legítima. O resto é só anti-PT, fundada em sabedoria humana dissociada da divina, algo tão nefasto quanto o PT.

Somos bem menores do que o mundo pensa, pois ficamos quase 100 anos proibidos de defender o que pensamos. Mas Deus está conosco - a Internet ajuda na nossa causa.

domingo, 5 de abril de 2015

Os comunistas só se valem do conservantismo seus propósitos maléficos


1) Com a República houve a queda da tradição do altar com o trono como fiel da balança na relação dos governos para com os poderes constituídos, transformando o outrora vibrante parlamento numa praça de negócios, em vez de ser uma escola de estadistas, como costumava ser. Ao tomar este fato social como se fosse coisa - somada à maldade intrínseca -, ocorre, então, que os marxistas vão chamar de "conservadores", o que, na verdade, são os conservantistas: os que conservam este governo, baseado em interesses particulares, de maneira conveniente, ainda que isso esteja dissociado da verdade, uma vez que este governo fomenta mentalidade revolucionária.

2) A diferença não é apenas na nomenclatura dada ao problema, mas na solução sugerida: os marxistas desejam, então, eles mesmos tomarem o poder daqueles que chamam "conservadores", só para poderem ter o controle e o monopólio de toda a ordem conservantista, agravando ainda mais o estado das coisas. Nós, como conservadores - no sentido de que conservamos a dor daquele que morreu por nós na Cruz e que deu causa a uma civilização inteira - não desejamos o poder pelo poder, mas a restauração do poder pelo bem do Brasil e do povo brasileiro: a Monarquia.

(Vito Pascaretta​)