"É preciso, com elas, sobretudo com as meninas, mas também com os meninos, tomar grandes precauções de modéstia. Que esta modéstia se resuma às duas principais regras seguintes: nada de sinais físicos de afeição, por conseguinte, nada de toques, nada de carícias, nada de abraços, nada de beijos, nada de brincadeirinhas, nada de palavras melosas. Mas, em matéria de bondade e de benevolência paternal, demonstrações expressivas, embora sempre respeitáveis, de maneira que a criança se sinta amada, adquira confiança, e se sinta livre, ainda que permaneça com temor reverencial. O sacerdote deve ter o talento de tratar as crianças a um só tempo como crianças e como cristãos. Eis um segredo bem difícil, mas bem necessário de descobrir. Podemos aqui facilmente cair de um extremo ao outro, sem encontrar o meio-termo. Se, sob o pretexto de que são crianças, não lhes dermos na quantidade exigida toda a substância da vida cristã, eis que suas almas ficarão condenadas a um jejum tanto mais funesto quanto os primeiros elementos da verdade são mais necessários e mais úteis a essa terra ainda virgem. Se, ao contrário, porque são batizadas, lhes servirmos um cristianismo em dose excessiva, haverá indigestão, consternação, desânimo e confusão" (Padre Desurmont, "A Caridade Sacerdotal").
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