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sábado, 25 de janeiro de 2020

Da ciência política como ciência preparatória para a pátria definitiva ou da importância de uma paróquia bem organizada para o bem-estar de uma cidade

1) Certa ocasião, eu havia lido uma reportagem que um pároco resolveu o problema do emprego em sua paróquia quando resolveu criar, digamos, a "pastoral do emprego".

2) Ele foi recolhendo os currículos dos paroquianos e vendo quais paroquianos tinham atividades economicamente organizadas e que estavam necessitando de mão-de-obra. Em pouco tempo, ele resolveu o problema do desemprego, integrou as pessoas de sua comunidade e criou um estudo de caso digno de ser estudado.

3.1) Todos os dias em nossas paróquias os párocos lidam, através de suas pastorais minimamente organizadas, com situações mais ou menos semelhantes como esta ou com outras situações de outra natureza.

3.2.1) Se política é a continuação da trindade, então devemos fazer estudos de caso de modo que os problemas de uma comunidade paroquial sejam resolvidos de modo que se haja uma maior integração entre o povo de Deus, a ponto não dependermos do assistencialismo político desses governos socialistas e comunistas, que estão fazendo com que tudo fique nas mãos do Estado e nada fique fora dele ou contra ele.

3.2.2) Ocorre que o Estado totalitário é uma entidade abstrata, fria e sem vida - ele não é uma pessoa como foi Jesus Cristo. Por ser impessoal, indiferente aos anseios do povo de Deus, ele não vai deixar o rebanho de lado de modo a socorrer a ovelha perdida, ao contrário do que o bom pastor faria.

4.1) Para se combater um governo totalitário municipal, será preciso que haja uma boa diocese ou arquidiocese onde as paróquias sejam realmente eficazes no plano da salvação, servindo ao bem comum. E isso implica termos pastorais de educação, pastorais de saúde, pastorais de emprego, pastorais do apostolado da diversão, pastoral dos surdos, dos cegos. Ou seja, precisamos ter um governo paralelo se quisermos fazer desobediência civil eficaz

4.2.1) Devemos estar atentos às boas práticas que são exercidas em todas as paróquias católicas do mundo inteiro e aplicar as coisas de modo que promovamos a palavra de Deus na sociedade, para que o país seja tomado como um lar em Cristo e que o pobre tenha a esperança de uma vida melhor quando se santifica através do trabalho e do estudo.

4.2.2) O fundamento do bom governo comunitário começa nas nossas comunidades paroquiais. As pastorais devem estar bem organizadas, com uma divisão de trabalho muito bem definida, de modo que os esforços salvíficos sejam altamente produtivos.

4.2.2) Por isso, o município deve ser visto como uma central que coordena os esforços das diferentes comunidades paroquiais e associações profissionais (guildas) no tocante a se tomar o lugar onde moramos como um lar em Cristo, a ponto de isso nos preparar para a pátria definitiva, que se dá no Céu. Como o todo é maior do que a soma das partes, cabe ao município fazer o que a mera soma das comunidades paroquiais e guildas locais não seria capaz de fazer por si mesma. Da mesma forma, a província é maior do que a soma de seus municípios, assim como a união é maior do que a soma de suas partes, as províncias.

4.2.3) É através desta pequena pátria que é o município que se tem uma idéia do que será o pais, que é esse todo composto de mais de 5 mil municípios espalhados de norte a sul.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 2020.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Breve discurso de aniversário

1) Meu aniversário chegou. Completei 39 anos hoje. Enquanto escrevia artigos para os meus contatos, recebi os cumprimentos em razão de meu aniversário e os agradecimentos pelo trabalho feito ao longo dos anos.

2) Foi um misto de dia de folga com trabalho - eu diria que foi o melhor dos dois mundos, já que trabalhei sem estresse hoje. Além de escrever artigos, eu também me aprimorei na arte de fazer modificações para o Civilization 5, sem mencionar que trabalhei na revisão de um projeto de digitalização que concluí recentemente: trata-se do livro O Homem da Independência, de Assis Cintra. Não deu para lançá-lo no dia do meu aniversário para que pudessem comprá-lo, mas farei uma oferta especial de aniversário no ano que vem, dependendo que de como estará o ânimo do país para o meu quadragésimo ano, em 2021.

3) Enfim, o dia foi muito produtivo - o que me deixa muito feliz. Há muito ainda por revisar - assim que o projeto ficar pronto, eu publico o livro no payhip para que possam fazer a compra.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2020.

Notas sobre um presente de aniversário que recebi ao longo do ano passado

1) Não publiquei mais do que alguns artigos no Academia.edu, mas já recebi mais de 58 menções e contando.

2.1) Segundo o que o Academia.edu me conta, meu nome foi citado num artigo publicado numa revista importante de psicologia experimental - o que me deixa muito feliz, até porque tomar múltiplos países como um mesmo lar em Cristo é um desejo psicológico livre e essas experiências devem ser coletadas e meditadas como uma experiência de família. Por essa razão, é essencial que na família nunca faltem indivíduos com vocação para a vida intelectual, visto que estes dados são de difícil acesso e só podem ser acessados através da intimidade familiar, o que pede um tipo muito especial de cientista social - cientista esse que o mundo não produz, mas que a verdadeira fé cristã é capaz de produzir.

2.2.1) Por isso que devemos rezar sem cessar para que nossas famílias sejam fontes inesgotáveis de vocações intelectuais. Umas vão para a investigação das coisas fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de serem chamadas por Deus para falarem em seu próprio nome (dom da profecia, um tipo especial de ciência), enquanto outras se dedicam à orientação das almas mais vulgares, a ponto de repetir o que Platão já ensinava: que verdade conhecida é verdade obedecida (dom do magistério, essencial ao sacerdócio).

2.2.2) Essas vocações têm sua razão de ser e têm suas funções muito bem definidas no plano da salvação. O próprio Deus criou uma multiplicidade de dons porque que viu que a divisão de trabalho produz maior eficácia no plano da salvação, a ponto de produzir uma obra salvífica de melhor qualidade e mais duradoura.

2.2.3) Uma obra civilizatória de melhor qualidade pode ser produzida a partir da divisão de trabalho dentro do âmbito paroquial e pastoral. Quanto melhor for a divisão de trabalho entre as pastorais e entre os párocos das paróquias, mais ganhos de almas para o Céu terá a Igreja - trata-se de ganho sobre a incerteza, neste vale de lágrimas.

2.2.4) Quando pararem com a cultura do super-homem, própria do meio protestante, aí as coisas começarão a dar os devidos frutos. E a crise de fé na Igreja estará superada

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2020.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Do comércio como uma forma de prestação de tributo - notas sobre isto

1) Antes de Adam Smith demonstrar que a verdadeira riqueza de uma nação livre não está concentrada nas mãos de um príncipe, mas, sim, distribuída nas mãos de um povo, era comum o comércio ser usado como uma forma de criar vínculos de servidão e vassalagem, através da economia de patrocínio.

2.1) Digamos que um príncipe fosse muito rico e quisesse demonstrar seu poder apoiando e protegendo cidades-Estado cuja economia gravitasse em torno do artesanato. Ele costumava fazer uma demanda em grande quantidade - se ela não fosse satisfeita, a cidade ficaria sem o auxílio militar desse príncipe, a ponto de correr o risco de ser invadida pelos inimigos.

2.2.1) Toda a economia dessa cidade era organizada e direcionada para atender às necessidades desse príncipe tal como um verdadeiro esforço de guerra, pois sua liberdade dependia da força dessas armas. Assim o trabalho era feito de modo a se pagar a um tributo em razão da segurança oferecida por esse príncipe, uma vez que ele garantia a liberdade desse povo através da força de suas armas, uma vez que sua autoridade aperfeiçoava a liberdade de muitos. 

2.2.2) A entrega do trabalho de um ano em bens de luxo ao príncipe era obrigação de fazer porque se fundava numa lei que anunciava uma oferta pública que era feita à cidade revelando uma demanda real, um privilégio temporário que só ela podia preencher. O dinheiro que o príncipe pagava de recompensa pelo serviço prestado era usado para patrocinar as artes e o desenvolvimento econômico e artístico da cidade, se fosse bem usado. Tratava-se de economia de patrocínio porque o príncipe via os habitantes dessa cidade-Estado como seus súditos, como seus protegidos.

3.1) Esse tipo de economia, que cria esquemas de vassalagem que fazem com que uma cidade se sujeite ao poder de um príncipe, tende a concentrar muito poder em poucas mãos.

3.2) Se esse homem não for a encarnação da própria virtude, do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, isso tenderá a ser uma tirania, tal como havia no Egito Antigo, onde o comércio de grãos fez com que todos ficassem reféns do Egito de alguma forma - e nesse ponto a economia de patrocínio vira economia política de propaganda; se esse homem for a encarnação do Cristo, do Faraó definitivo, então a monarquia de direito divino - onde Deus reina absolutamente sobre tudo e sobre todos através da figura de seu vassalo, que é o rei de uma nação - será o melhor dos governos, pois distribuirá os elementos da aristocracia a todas as três classes da sociedade - clero, nobreza e povo - a ponto de as três em concórdia serem a personificação da própria trindade, posto que a verdade constitui o fundamento da liberdade.

3.3.1) Por isso, que as sociedades das épocas mais antigas apostavam suas fichas na formação do caráter das futuras gerações, de modo a formar homens cada vez mais santos e virtuosos, capazes de amar e rejeitar aquilo que Cristo amou e e rejeitou.

3.3.2) Assim, a vida dos cidadãos seria mais tranqüila, mais estável uma vez que a ascensão do melhor, do mais virtuoso estaria garantida. Bem ao contrário dos modernos, onde a ascensão de um sujeito virtuoso através do voto se dá através da mais pura sorte, tal como se deu com o Bolsonaro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2020 (data da postagem original).

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Do uso e do abuso do estoque de produtos - notas históricas sobre isto

1.1) O armazém constitui a evolução do celeiro. Além de os os alimentos serem estocados para consumo futuro, a ponto de proteger a população do desastre da fome, ela permite a criação de um excedente. E o excedente pode ser trocado por dinheiro ou por outras commodities importantes.

1.2.1) Além de alimentos, diferentes produtos podem ser estocados: materiais de construção - como pedras e mármore -, peles, víveres, peixes, trigo, carne, vinho, incenso, metais e muitos outros bens destinados à produção industrial ou ao comércio. 
 
1.2.2) Graças à capacidade de armazenar um determinado bem por longos períodos sem que este se perca, o armazém favorece relações relações de troca. As primeira trocas eram relações face a face, fundadas na confiança, num encontro real e pessoal do produtor com um comprador necessitado. O pagamento pelos serviços feitos podiam ser feitos no ato da compra ou eram feitos mais tarde, contanto que o acordo seja feito por pessoas de palavra.

2.1) O maior problema quando se tem estoques é o dono deles, se for arrogante, ficar cheio de si até o desprezo de Deus. Ele começa a torcer para que a desgraça aconteça em um determinado lugar, de modo que possa vender alimentos a preços cada vez mais elevados e a colher ganhos cada vez mais brutais sobre a incerteza por conta disso, a ponto de forçar um determinado tipo de certeza ao seu favor ao manipular o tempo, como se tivesse a capacidade de usar magia.

2.2.1) O poder absoluto do Faraó do Egito Antigo começou a ser construído dessa maneira: a riqueza acumulada através do comércio dos grãos estocados, que antes dependia da produtividade das terras do Egito e das cheias Nilo, começou a se tornar usura, quando começaram a especular com o trigo, a abusar das dádivas do Nilo, enquanto muitas regiões do mediterrâneo sofriam com a fome ou tinham uma tecnologia de silagem deficiente. Como o Faraó do Egito ousou tomar o lugar do Deus verdadeiro, ele escravizou os hebreus.

2.2.2) Quando a Igreja Católica condena a especulação sobre a comida, ela veda a relação impessoal, mercantilizada, que se dá entre produtores e compradores no âmbito da produção de alimentos, a ponto de se criar uma cultura da morte, por conta da dinâmica de sobe-e-preço dos preços dos gêneros alimentícios.

2.2.3) Como esses dados tendem a ser massificados, repetitivos e padronizados, impossíveis de serem acompanhados pelo ser humano comum, eles tendem a ser geralmente monitorados por programas de computador, como se a lei da oferta e da demanda fosse automática, quando na verdade ela não é, uma vez que a troca depende da um acordo de vontade entre as pessoas envolvidas, de uma negociação - o que pede que eu, como vendedor, saiba com quem estou lidando e vice-versa. Dessa forma o mundo do mercado financeiro, do mercado especulativo, tende a se divorciar da economia real, fundada no encontro das pessoas, através prestação de serviços - e isso cria uma bolha, a ponto de a riqueza se tonar uma espécie de salvação da lavoura, o que não passa de ilusão.

2.2.4) Some-se a isso o fato de que muitas terras que poderiam ser tomadas como um lar em Cristo se tornam verdadeiros desertos demográficos, por conta da especulação de alimentos - o que cria uma leva de refugiados, o exército de reserva usado para destruir a população nativa da Europa, através de suas políticas multiculturalistas. Ainda que as terras sejam férteis, muitos não se interessam em plantá-la ou povoá-la, de modo a não ferir os interesses dos especuladores, o que é odioso. E esses especuladores são geralmente ligados à ideologia globalista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2020.

domingo, 19 de janeiro de 2020

Da importância do estudo para uma boa conversa - por que devemos nos preparar para ela tal como nos preparamos para uma guerra

1) Eis uma coisa que eu aprendi no The Sims 2: sempre que conheço alguém que se interessa por um assunto que tem relação com a minha área - mas que demanda um certo estudo da minha parte de modo a ter o que conversar com ela, visto que sou leigo no assunto - a primeira coisa que vou fazer é buscar uma bibliografia básica sobre assunto. Passarei alguns dias lendo ou mesmo escrevendo e meditando sobre o assunto de modo a ter o que conversar com quem me parece interessante.

2) Até mesmo para conversar você precisa estudar. Uma boa conversa sempre será produtiva, pois ela aponta pra Deus Padre Pio disse que devemos fugir da preguiça e das conversas inúteis.

3) Eu me formei em Direito, mas tenho interesse em Administração, Economia, História, Programação, Teologia, Sociologia, Antropologia, Psicologia, Psiquiatria, Geografia, Geopolítica, Filosofia, Nacionidade, Simbólica, Numismática, Jogos de Computador, Arquivologia, Digitalização e muitas outras coisas.

4) Um verdadeiro animal social é um predador no sentido de se alimentar das melhores qualidades da presa. Por isso que estuda para se preparar uma boa conversa, como se a conversar fosse uma boa batalha verbal ou uma guerra em prol da verdade, da conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2020.

Fuja das pessoas apaixonadas e do amor romântico

1) Quer minha atenção? Fale sobre política, filosofia, direito, economia e história. Fale sobre algo edificante. Se você me pede constantemente a atenção e não tem conteúdo, então não tenho outra escolha senão bloqueá-lo.

2.1) A verdadeira carência não se confunde com a carência preordenada. Embora os carentes sejam mendigos, eles agem de maneira diferente.

2.2) A verdadeira carência se reveste de Cristo e se alimenta da benevolência das pessoas, enquanto a carência preordenada, tal como a embriaguez, é movida pelas nossas paixões desordenadas e ela se alimenta da concupiscência, do vazio das nossas almas.

3.3.1) O concupiscente faz do desejo por atenção uma droga, da qual está viciado. E não sou um traficante de drogas, quando dou atenção a alguém.

3.3.2) E se dou atenção a uma pessoa que idealiza demais o amor romântico, a ponto de fazer disso um sentimento, não uma decisão, então meu tempo e meu trabalho estão sendo jogados na lata do lixo, visto que a pessoa quererá cada vez mais atenção, a ponto de inviabilizar minha atividade intelectual organizada, dedicada à salvação de muitos desta terra. Eu sou um objeto, não uma pessoa - é como essa pessoa apaixonada pensa.

José Octavio Dettmann




Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2020.