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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Como os erros praticados pelos nossos políticos costumam prejudicar os que dependem de nossa prosperidade - considerações iniciais sobre isso

1) Recentemente, eu aprendi que o Uruguai e o norte da Argentina tinham pequenas oficinas que salgavam a carne de modo que ela ficasse conservada enquanto percorria longas distâncias. Era a indústria saladera - o charque era usado para alimentar os escravos aqui no Brasil.

2) Quando o Brasil aboliu a escravidão, a economia desses dois países quebrou junto. Da mesma forma, quando o Brasil deixou de ser Império e se tornou uma republiqueta, quem acabou quebrado foi Portugal, a tal ponto que a monarquia portuguesa não resistiu ao regicídio ocorrido em 1910, não muito tempo depois de 1889.

3) Quando estudamos História do Brasil, jamais estudamos o impacto econômico de certas decisões que aqui foram tomadas e que acabam afetando os países que dependem da nossa prosperidade para poderem prosperar.

4.1) Eu não vi até agora historiadores fazerem um estudo dessas relações de maneira séria, a respeito do efeito colateral dessas medidas.

4.2) Isso pediria que os historiadores tomem dois ou mais países como um mesmo lar, a ponto de perceberem claramente essa relação. Isso vai muito além do mero nacionalismo imbecilizante e do salvacionismo político.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2018.

Comentários adicionais:

Carlos Cipriano de Aquino: Muito bem falado. Aqui no Brasil, a história, a sociologia e a realidade local precisam ser primeiro pesquisadas e investigadas para só, então, serem discutidas publicamente. É tanta coisa importante que é negligenciada e desconhecida do público que isso impede a possibilidade de discuti-las de imediato.

Do potencial dos escritos que produzo para a indústria de jogos de estratégia

1) Estou traduzindo meus artigos para o inglês. Estou enviando para os meus colegas que fazem modificações para os Civilizations 5 e 6 de modo que façam coisas melhores em prol da comunidade que joga esses jogos.

2) Eu envio a eles artigos de História do Brasil, bem como análises e reflexões que eu mesmo fiz desses jogos e de outros que considero relevantes. Só não publico essas análises no facebook porque o pessoal prefere jogo do tipo tiro, porrada e bomba, no sentido bolsonariano do termo. Como sinto que o horizonte de consciência desse pessoal da esquerdireita é reduzido, então eu deixo essas publicações reservadas a mim, por falta de gente interessada nelas.

3.1) Quando difundo esses artigos, é justamente para esses contatos que fazem modificações para esses jogos de que tanto gosto.

3.2) O maior exemplo disso é que a modificação que introduz um botânico que pega plantas de um lugar e as transfere para outro para o Civilization 6 foi inspirada numa análise minha. É uma dos melhores modificações já feitas para esse jogo.

3.3) Estou conseguindo exercer influência cultural nesses que fazem modificações para o jogo. E isso certamente ditará o destino das próximas edições da franquia, no futuro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2018.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Robôs substituem seres humanos, por conta da escassez de mão-de-obra imigrante


Abel Montoya lembra de seu pai, que chegava em casa dos campos de alface todas as noites. Ele era a exaustão em pessoa - as calças estavam todas sujas de lama até os joelhos.

_ "Meu pai queria que eu ficasse longe do trabalho manual. Por isso, ele me incentivou que eu estudasse, que eu devorasse os livros" - foi o que Montoya disse. Ele fez isso a ponto de ir para a faculdade.

Por ironia do destino, Montoya foi recentemente contratado para trabalhar numa empacotadora de vegetais. O ambiente de trabalho é barulhento, frio e úmido, que exige mais da capacidade física do que da capacidade mental - um verdadeiro subemprego.

Aos 28 anos, Montoya é parte de uma nova geração de trabalhadores da Taylor Farms, uma das maiores produtoras de vegetais frescos do mundo. Essa empresa recentemente adquiriu um exército de robôs especialmente projetados para substituir os seres humanos no trabalho pesado. A máquina pode empacotar de 60 a 80 sacos por minuto, a ponto de fazer o trabalho de duas pessoas ao mesmo tempo.

_ "Adquirir robôs para este tipo de trabalho tem se tornado produtivo. Os americanos estão buscando cada vez mais alimento saudável e a mão-de-obra está ficando cada vez mais escassa. Por isso, adquirir tal equipamento tem se mostrado um verdadeiro ganho sobre a incerteza, um verdadeiro lucro operacional"- é o que foi dito pelos trabalhadores da Taylor Farms.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Dos drones como uma evolução do pombo-correio

1.1) Quando estava em Santo André, onde meu irmão mora, cheguei a ver uma matéria onde algumas pizzarias estavam entregando pizza nos endereços da mesma região metropolitana por meio de um drone.

1.2.1) Se o drone tiver GPS, então ele pode ir a qualquer lugar - e se ele tiver muita autonomia de vôo, ele pode fazer a travessia Brasil-Portugal, fazendo do céu um mar navegável para todos.

1.2.2) Graças à tecnologia, é possível associar um endereço a uma localização no GPS - e se ele tiver piloto automático, melhor ainda. Se o drone pode carregar uma embalagem de pizza, então ele pode fazer o trabalho de pombo-correio. Posso mandar pequenas encomendas para os meus pares que estejam na mesma região metropolitana onde me encontro ou em terras muito distantes

2.1) É possível perfeitamente mandar mensagens e dinheiro em espécie num envelope, como dólares, euros ou outras coisas, dispensando o intermédio de um banco ou do vale-postal dos correios. Basta um acordo com os meus pares de modo que me enviem esse dinheiro, quando o assunto é fazer uma viagem - é claro, a idéia não é burlar o fisco, mas viabilizar uma relação privada entre amigos à distância, uma vez que algumas coisas no mundo exigem dinheiro em espécie. Assim, evito o câmbio, a concentração de poder em poucas mãos, uma vez que um acordo em terras distantes pode ser feito nessa direção, favorecendo a integração entre pessoas ainda que estejam em regiões geográficas diferentes. Graças ao drone, as pessoas podem ter seu correio particular.

2.2.1) Um dos maiores problemas talvez sejam as favelas - e os traficantes certamente mandarão chumbo no drone.

2.2.2) Isso sem contar que gente rica em má consciência iria acabar fechando os aeroportos do país por meio de um drone. E neste ponto, é preciso realmente haver planos de vôo de modo que você possa pilotar seus drones de maneira segura sem prejudicar a liberdade de ir e vir das pessoas.

2.3) Assim que tiver dinheiro, eu vou aprender a pilotar drones e financiar o desenvolvimento de um nessas especificações.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 2018.

Matérias relacionadas:


https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/como-devem-ser-as-entregas-feitas-por-drones-no-brasil-31102018?fbclid=IwAR0igpoY5RoepMO0aCruHUxTAEJ6auFa2wnvmrPpM-FNlFbTud9ujU-6rvc

Comentários Adicionais:

Edmundo Noir: 

1) Dettmann, você me marcou em uma reportagem muito interessante.

2) A tecnologia ainda está bem inicial e é bem cara. Quebrar um drone não é nada difícil - sem mencionar que em regiões de tráfego intenso e com a paisagem povoada de arranha-céus, colisões são bem mais freqüentes do que no meio agrícola, além do risco de vandalismo.

3.1) Mas há uma solução simples e muito interessante e que eu não havia pensado: o drone não entregaria o pacote diretamente na residência, mas em centrais de distribuição. Parece algo bobo, mas que resolve inúmeros problemas. A localização das centrais poderia ser cuidadosamente planejada pela logística de transporte de modo que o drone chegue a seu destino tendo pela frente o menor número possível de obstáculos. Esses drones serviriam como um modo auxiliar, feito de modo a agilizar as entregas e reduzir os custos.

3.2) Ainda há muito para avançar, uma vez que os drones precisam ter uma maior capacidade de carga de modo a otimizar os custos decorrentes da viagem, mas essas coisas virão num médio prazo, justamente no momento em que o uso de drones estiver largamente disseminado na sociedade, a ponto de surgir uma cultura em torno de seu uso.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Descubra idéias interessantes, mas evite o modismo

1) Na época em que estava na faculdade, eu vi um livro chamado societarismo. Eu digitalizei esse livro.

2) Nas minhas andanças, eu vi um outro livro chamado equibasismo, no site do Loryel. Não sei bem o que é, mas verei o livro assim que puder.

3.1) Eu vou estudando essas coisas interessantes, mas a melhor solução sempre virá da sã doutrina da Igreja. Pelo menos, o lado bom de estudar essas coisas é que ninguém vai te encher o saco enquanto isso não for um modismo intelectual.

3.2.1) O que separa o estudante sério dessa massa que se diz de direita e que na verdade é esquerdista é que o pensamento do Olavo será estudado de maneira séria enquanto ele não for um assunto da moda - e esse modismo vai acabar quando o professor Olavo estiver irrevogavelmente falecido, uma vez que os verdadeiros alunos não irão esquecê-lo.

3.2.2) O Brasil verdadeiro está nas mãos dos poucos que têm esse interesse genuíno - debates sérios podem ocorrer entre esses poucos, sem que você veja o desgosto de transformarem o seu professor num guru de seita, como muitos estão a fazer - o que me irrita e muito.

4.1) O mal desta terra é transformar alguém que é bom em sua área num ídolo. A idolatria leva à irracionalidade, a ponto de descambar num messianismo político, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele.

4.2) Essa tendência messiânica está sendo manipulada politicamente desde o advento da Nova República - vários foram os presidentes messiânicos: Tancredo, Collor, Lula, Dilma e agora Bolsonaro.

4.3) Essa tendência precisa ser combatida, pois fomenta má consciência nas pessoas a ponto de conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade, uma vez que esperar é morrer. Trata-se de um fenômeno de psicologia de massa que precisa ser estudado a sério e combatido, pois não é saudável idolatrar alguém; a admiração, ainda que sincera, tende a ser voltada pro nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de dezembro de 2018.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Sobre a verdadeira razão de ser das artes liberais

1) Se Cristo é a verdade e deu pleno cumprimento à lei mosaica, então a verdadeira liberdade se dá na santa escravidão, uma vez que a pessoa realiza a sua vocação quando se santifica através do trabalho de modo a promover a Deus na comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de a cidade dos homens ser um espelho da Jerusalém celeste, a polis divina.

2) Se Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, então as artes liberais se tornam servas da verdade se o artista se colocar sob a Santa Escravidão, a ponto de se santificar através do trabalho, já que Deus é a medida de todas as coisas, uma vez que o belo é escravo da verdade, a ponto de a liberdade ter a sua conexão de sentido naquilo que decorre de Deus.

3) Se o belo e verdadeiro governa todas as coisas, então o compromisso com a excelência será distribuído a toda e qualquer vocação, a ponto de o artífice imitar o artista no seu ofício, de modo a ganhar o pão de cada dia. Por isso mesmo, os melhores sapatos do sapateiro tenderão a ser confortáveis aos pés de quem os usa, uma vez que o sapateiro vê o Cristo necessitado nas pessoas de seus clientes, pois os pés deles lembram os pés do mensageiro, que são belos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2018.

Notas sobre a consciência

1) Damos o nome de consciência quando a lei de Deus encontra pleno cumprimento no corpo e na alma do cristão, a ponto de chamá-lo para a ação no sentido de imitar a Cristo em tudo aquilo que é virtuoso, a ponto de colaborar de maneira decisiva para o aperfeiçoamento da comunidade política dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento com aquilo que tem de melhor: os seus dons.

2.1) Eu tenho o dom de escrever - foi o dom que Deus me deu.

2.2) Eu vou manejando as palavras de tal maneira a dizer aquilo que Deus quer que eu diga para o meu próximo, ainda que esteja em terras distantes.

2.3) O que escrevo semeia consciência reta, vida reta e fé reta, a ponto de a literatura ser uma arte servil no tocante a servir liberdade pautada na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que a arte é liberal em Cristo, por Cristo e para Cristo. Por conta disso, eu me torno um profeta, pois Deus age no meu trabalho.

3.1) Para que eu me aprimore no meu trabalho, devo estudar a arte de bem dizer as coisas de modo a fazer isso de uma maneira melhor.

3.2) Se faço isso de maneira organizada, então o estudo da língua portuguesa e de toda literatura produzida nessa língua se torna uma verdadeira ciência. E se, na qualidade de escritor, eu sou professor de uma nação inteira, então eu sou cientista, além de profeta, pois provo o sabor das coisas de modo a ficar com o que é conveniente e sensato, uma vez que essas coisas apontam para Deus. Eis o verdadeiro saber.

4) Se o que escrevo fomenta consciência nas pessoas, a ponto de agirem no mundo de modo que Deus seja promovido em tudo quanto é canto então eu fomento cultura. E a consciência é uma chamada para a ação fundada nesta trindade: profecia, ciência e cultura.

5.1) Nunca diga as coisas fundadas no amor de si até o desprezo de Deus. A escrita é uma arte liberal; quando está em santa escravidão, ela promove o belo, fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

5.2) Descubra sempre os outros e diga as coisas sempre tendo por guia o Santo Espírito de Deus - só assim que você ativará sistematicamente o órgão da inteligência das pessoas de modo a viverem a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2018.