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terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Descubra idéias interessantes, mas evite o modismo

1) Na época em que estava na faculdade, eu vi um livro chamado societarismo. Eu digitalizei esse livro.

2) Nas minhas andanças, eu vi um outro livro chamado equibasismo, no site do Loryel. Não sei bem o que é, mas verei o livro assim que puder.

3.1) Eu vou estudando essas coisas interessantes, mas a melhor solução sempre virá da sã doutrina da Igreja. Pelo menos, o lado bom de estudar essas coisas é que ninguém vai te encher o saco enquanto isso não for um modismo intelectual.

3.2.1) O que separa o estudante sério dessa massa que se diz de direita e que na verdade é esquerdista é que o pensamento do Olavo será estudado de maneira séria enquanto ele não for um assunto da moda - e esse modismo vai acabar quando o professor Olavo estiver irrevogavelmente falecido, uma vez que os verdadeiros alunos não irão esquecê-lo.

3.2.2) O Brasil verdadeiro está nas mãos dos poucos que têm esse interesse genuíno - debates sérios podem ocorrer entre esses poucos, sem que você veja o desgosto de transformarem o seu professor num guru de seita, como muitos estão a fazer - o que me irrita e muito.

4.1) O mal desta terra é transformar alguém que é bom em sua área num ídolo. A idolatria leva à irracionalidade, a ponto de descambar num messianismo político, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele.

4.2) Essa tendência messiânica está sendo manipulada politicamente desde o advento da Nova República - vários foram os presidentes messiânicos: Tancredo, Collor, Lula, Dilma e agora Bolsonaro.

4.3) Essa tendência precisa ser combatida, pois fomenta má consciência nas pessoas a ponto de conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade, uma vez que esperar é morrer. Trata-se de um fenômeno de psicologia de massa que precisa ser estudado a sério e combatido, pois não é saudável idolatrar alguém; a admiração, ainda que sincera, tende a ser voltada pro nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de dezembro de 2018.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Sobre a verdadeira razão de ser das artes liberais

1) Se Cristo é a verdade e deu pleno cumprimento à lei mosaica, então a verdadeira liberdade se dá na santa escravidão, uma vez que a pessoa realiza a sua vocação quando se santifica através do trabalho de modo a promover a Deus na comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de a cidade dos homens ser um espelho da Jerusalém celeste, a polis divina.

2) Se Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, então as artes liberais se tornam servas da verdade se o artista se colocar sob a Santa Escravidão, a ponto de se santificar através do trabalho, já que Deus é a medida de todas as coisas, uma vez que o belo é escravo da verdade, a ponto de a liberdade ter a sua conexão de sentido naquilo que decorre de Deus.

3) Se o belo e verdadeiro governa todas as coisas, então o compromisso com a excelência será distribuído a toda e qualquer vocação, a ponto de o artífice imitar o artista no seu ofício, de modo a ganhar o pão de cada dia. Por isso mesmo, os melhores sapatos do sapateiro tenderão a ser confortáveis aos pés de quem os usa, uma vez que o sapateiro vê o Cristo necessitado nas pessoas de seus clientes, pois os pés deles lembram os pés do mensageiro, que são belos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2018.

Notas sobre a consciência

1) Damos o nome de consciência quando a lei de Deus encontra pleno cumprimento no corpo e na alma do cristão, a ponto de chamá-lo para a ação no sentido de imitar a Cristo em tudo aquilo que é virtuoso, a ponto de colaborar de maneira decisiva para o aperfeiçoamento da comunidade política dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento com aquilo que tem de melhor: os seus dons.

2.1) Eu tenho o dom de escrever - foi o dom que Deus me deu.

2.2) Eu vou manejando as palavras de tal maneira a dizer aquilo que Deus quer que eu diga para o meu próximo, ainda que esteja em terras distantes.

2.3) O que escrevo semeia consciência reta, vida reta e fé reta, a ponto de a literatura ser uma arte servil no tocante a servir liberdade pautada na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que a arte é liberal em Cristo, por Cristo e para Cristo. Por conta disso, eu me torno um profeta, pois Deus age no meu trabalho.

3.1) Para que eu me aprimore no meu trabalho, devo estudar a arte de bem dizer as coisas de modo a fazer isso de uma maneira melhor.

3.2) Se faço isso de maneira organizada, então o estudo da língua portuguesa e de toda literatura produzida nessa língua se torna uma verdadeira ciência. E se, na qualidade de escritor, eu sou professor de uma nação inteira, então eu sou cientista, além de profeta, pois provo o sabor das coisas de modo a ficar com o que é conveniente e sensato, uma vez que essas coisas apontam para Deus. Eis o verdadeiro saber.

4) Se o que escrevo fomenta consciência nas pessoas, a ponto de agirem no mundo de modo que Deus seja promovido em tudo quanto é canto então eu fomento cultura. E a consciência é uma chamada para a ação fundada nesta trindade: profecia, ciência e cultura.

5.1) Nunca diga as coisas fundadas no amor de si até o desprezo de Deus. A escrita é uma arte liberal; quando está em santa escravidão, ela promove o belo, fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

5.2) Descubra sempre os outros e diga as coisas sempre tendo por guia o Santo Espírito de Deus - só assim que você ativará sistematicamente o órgão da inteligência das pessoas de modo a viverem a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2018.

Da corporação de ofício enquanto desdobramento do princípio de que a autoridade aperfeiçoa a liberdade

1) Se a autoridade aperfeiçoa a liberdade, então ela prescreve regras e métodos de modo que a arte não seja servida com fins vazios.

2.1) O homem rico no amor de si até o desprezo de Deus é vaidoso, vazio por dentro. Se a arte espelha o que há na alma do artista, então o que há de podre nele estará na sua obra, a ponto de promover o feio e o disforme.

2.2) Nesse ponto, a arte moderna reinstitui o paganismo, fundado no homem como a medida de todas as coisas. Dentro da ética, ele é o melhor dos animais; separado do direito e da justiça, torna-se o pior dentre eles.

3.1) Como os primeiros reis são pais de família, então os pais que exercem o ofício vão ensinando aos seus filhos o que é belo. E nesse ponto, aprender o ofício dos pais é parte da catequese, uma vez que o pai, se for imitador do verdadeiro Deus e verdadeiro homem, tem experiência no ofício, uma vez que santificou seu trabalho a ponto de de servir a Deus e ao próximo.

3,2) Como o direito nasce da experiência, então as regras de estética decorrem das experiências que este teve sozinho ou quando aprendeu com os outros no sentido de servir ao belo, de tal modo que o país seja tomado como um lar em Cristo.

4.1) Se várias famílias amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e trabalham na mesma profissão, então a guilda dos artistas se torna o ponto de encontro onde as famílias se encontram e aprendem umas com as outras a ponto de promoverem o belo no sentido de promover o bem comum, de modo a bem promover os interesses da cidade e achar uma forma de ganhar alguma coisa com isso em tempos de incerteza.

4.2) Como a profissão de artista se torna uma profissão popular, porque ela é distribuída a todos os que querem seguir este caminho da vida, então todos se tornam artífices, a ponto de se tornarem pedreiros, ferreiros, tintureiros, sapateiros e todas as outras coisas.

4.3) Enfim, é da guilda de artistas que vem a base de todas as outras profissões. Há uma multidão de reis, de vassalos de Cristo, que governam esta profissão, a ponto de se tornar uma verdadeira politéia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2018 (data da postagem original).

Comentários sobre um ensinamento do professor Loryel Rocha

1) Certa ocasião, o professor Loryel Rocha comentou um diálogo entre Humpty Dumpty, um ovo antropomórfico, e Alice no livro Alice no País do Espelho, de Lewis Carroll.

2.1) Humpty Dumpty dizia que a palavra pode ser manipulada de modo que o filósofo diga o que ele quiser.

2.2) Se o homem tem direito à verdade que quiser, então as palavras acabarão se tornando verdadeiros venenos, pois servirão as coisas com fins vazios. E, nesse ponto, ovo antropomórfico é um verdadeiro sofista.

3.1) Se Deus é a razão de ser de todas as coisas, então as palavras podem ser manejadas de tal modo que apontem para aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus. Ele é o verbo que se fez carne - e é o chefe de todas as coisas.

3.2) A palavra em Deus é remédio e cosmético. É remédio porque cura o doente e a ignorância, a ponto de dar a ele a fé, a esperança e a caridade; é cosmético porque ajuda a promover o belo no sentido de a língua do país ajudar na edificação do bem comum, a ponto de o país ser tomado como um lar em Cristo por força disso, uma vez que a língua segue a sorte do principal: a verdade, a qual se funda em Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2018 (data da postagem original).

Notas sobre o sumo estilo, fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem

1.1) Certa ocasião, o professor Olavo de Cavalho havia dito que o estilo é o homem.
 
1.2) Se o homem tem direito à verdade que quiser, então haverá a apeirokalia, pois o feio é o belo para quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, uma vez que não há regras estéticas que norteiam o trabalho do artista, a ponto de ser uma verdadeira anarquia, um verdadeiro caos.

1.3) Como o diabo gosta do que é feio e disforme, então o que serve liberdade com fins vazios concede ao diabo o status quo, o que lhe é indevido. Eis no que dá o homem como a medida de todas as coisas.

2.1) O sumo estilo, ou estilo canônico, decorre do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

2.2) Se esse homem for imitado, então o sumo artista, através do belo, acabará evangelizando nações inteiras, uma vez que o belo, por servir à verdade, aponta para tudo aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) Para se tomar um país como um lar em Cristo, é preciso que o belo seja sempre promovido, a ponto de promover uma chamada para a ação no sentido de integrar as pessoas a ponto de dar-lhes responsabilidades naquilo que decorre de Ourique.

3.2) Se é preciso servir a Cristo em terras distantes, então a fé reta, a vida reta e a consciência reta - a trindade do belo - devem ser servidas em terras distantes, a ponto de a vida em Cristo, por Cristo e para Cristo ter um sentido fundado n'Esse que é a verdade em pessoa.

3.3.1) As artes liberais devem servir à verdade, uma vez que este é o verdadeiro sentido da liberdade.

3.3.2) Deus é a razão de ser todas as coisas, a ponto de tudo ficar em conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que Cristo foi igual a nós em tudo, exceto no pecado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 2018.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Notas sobre a relação entre conservantismo, liberalismo e imodéstia

1) Por conta de não haver entre nós um rei, na qualidade de vassalo de Cristo, as pessoas não aprendem a se portar diante da missa. Por isso, aparecem na missa de maneira imodesta, uma vez que não estão vendo o que precisa ser visto. Ao estarem diante do Rei dos Reis e Sumo Sacerdote, tenderão a tratá-Lo como um qualquer quando Ele vier pela segunda vez e de maneira definitiva - eis o pecado da irreverência.

2) A falta de um vassalo de Cristo entre nós, de um sucessor de D. Afonso Henriques, indica que a mentalidade liberal fincou raízes de tal forma que as pessoas estão perdendo o senso de conformidade com o Todo que vem de Deus, pois o que vejo de rapazes e moças trajados de maneira inapropriada na Santa Missa é um indicativo de que elas estão preferindo conservar o que é conveniente e dissociado da verdade: suas relações com o mundo, o diabo e a carne, relações essas que deveriam ser cortadas de antemão, pois nos afastam da amizade com Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 2018.