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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Se D. Luiz I é pai de nossa pátria, então a Rainha da Inglaterra é nossa tia

1) D. Luiz I é, por Direito Natural e pela graça de Deus, Imperador do Brasil, então ele é o legitimo sucessor de D. Pedro II. Ou seja, ele é o pai de nossa pátria - por essa razão, posso chamá-lo de meu pai - se tomei D. Pedro II por meu pai, não seria difícil tomar o atual Imperador da mesma forma, já que D. Luiz I é herdeiro dele.

2) Como nas monarquias os povos são tomados como uma grande família, então não seria estranho chamar a Rainha da Inglaterra de minha tia, pois a Inglaterra e o Império do Brasil são irmãos por força do batismo que fundou os dois reinos, embora a Inglaterra tenha renegado sua fundação católica. Como todos os soberanos são irmãos por força de Cristo, então posso tomar um inglês como meu primo, em Cristo. Ou seja, entre mim e um inglês não há uma relação entre estranhos, mas uma verdadeira vizinhança, pois todas as monarquias cristãs são parte da Cristandade, onde Cristo diz o direito, por ser o Rei dos Reis.

3) Não é um parentesco de sangue - trata-se de uma parentesco na fé, muito mais amplo do que o conceito de família, isso se tomarmos o sentido sociológico do termo, que só abrange quem está no mesmo teto, o que reduz os nossos horizontes, a tal ponto que acabamos não percebendo esta realidade que é evidente por si mesma. Isso transcende toda a esfera do privado; ela é, na verdade, a verdadeira ordem pública.

 José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2016.

Como o centralismo levou ao neopaganismo e à republicanização do mundo

1.1) Não é da natureza da monarquia o centralismo administrativo.

1.2) Como o Rei tende a tratar seu povo como se fosse parte da família, a corte acaba sendo itinerante e o Parlamento acaba sendo montado a partir da reunião eventual dos melhores da Pátria em torno do Rei, o Pai da Pátria e o primeiro cidadão da verdadeira república fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Onde o Rei fixa a sua residência, a cidade termina sendo a principal cidade da nação, por conta de o Rei estar presente ali.

2.1) Como as estruturas de poder se tornaram complexas - a tal ponto que era preciso que se resolvessem problemas políticos e econômicos do modo mais meticuloso e pragmático possível, por meio de métodos científicos fundados na Ciência do Poder - inevitavelmente o país foi descambando para um totalitarismo - e a monarquia cristã e orgânica passou a ser uma república laica, neopagã e mecânica.

2.2) O primeiro momento em que isso se deu foi no absolutismo, a partir do momento em que vemos o governante dizer que o Estado era ele ou que ele era o senhor do senhores e não o servos dos servos, tornando-se uma espécie de Messias e esquecendo-se completamente do fato de que ele era um vassalo de Jesus Cristo, um filho da Igreja, um exemplo a ser seguido pelo povo, por ser o primeiro cidadão da nação tomada como se fosse um lar em Cristo - e tal postura viola à Lei Natural, o princípio da nao-traição à verdade revelada.

2.3) Por conta desse fenômeno do centralismo, a teoria política do patriarcado - do poder natural dos reis, por força de um mandato de Céu - acabou se perdendo. E o país tomado como se fosse um lar em Cristo acabou se reduzindo a um país tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. Isso se deu a tal ponto que os melhores da pátria foram substituídos pelos piores do povo, pois a nova classe política, essa classe de víboras por profissão, era produto do mesmo espírito proletário que afetou a toda a sociedade por conta da Revolução Industrial - e isso é tão verdadeiro que não se preocupavam mais com o bem comum, mas com as próximas eleições.

3) Desde que os ventos dessa nova ordem que edificou liberdade para o nada atingiram o mundo português como um todo, o País acabou perdendo sua história, fundada em Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2016.

Matéria relacionada:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/09/a-metropole-e-filha-da-centralizacao.html

A metrópole é filha da centralização administrativa

1.1) No México, os bairros são chamados de "colônias" - a riqueza dessas colônias, que se funda tanto na atividade imobiliária quanto no comércio ou na prestação de serviços, é destinada ao centro da cidade, que é onde fica a sede da administração municipal. Quanto mais colônias uma cidade tiver, maior a influência do centro sobre essas colônias, que constituirão a periferia em torno desse centro de poder.

1.2) Às vezes a influência desse centro é tão poderosa que exerce influência sobre as cidades mais próximas, fazendo com que haja o surgimento de uma região metropolitana, em que a cidade mais importante acaba servindo de cidade-líder da região, de cabeça da região, enquanto as demais ficam como cidades-dormitório. Isso pode ser percebido facilmente, com relação aos municípios da Baixada Fluminense - antes da construção da Ponte Rio-Niterói, o Rio de Janeiro, enquanto distrito da Guanabara, exercia influência sobre os municípios de sua ponta da Baía; já Niterói, a então capital do Estado do Rio de Janeiro, exercia influência sobre São Gonçalo, que ficava na outra ponta. Com a integração das duas cidades numa área conurbada todo o eixo de poder da região sendo modificado, fazendo a capital do Estado se deslocar para o Rio de Janeiro, que tinha toda uma infraestrutura já montada, por ter sido capital do Brasil por muitos anos.

1.3) Ao tornar-se capital do Estado, a cidade do Rio assumiu uma prerrogativa que antes era de Niterói: sustentar os municípios do interior do Estado, como os do Norte Fluminense, o Sul Fluminense e a Região Serrana - uma responsabilidade para a qual a cidade do Rio não estava preparada, aumentando ainda mais a pressão dos custos da máquina pública sobre a economia da cidade. Naturalmente, os caciques políticos do interior, que nunca se preocuparam em espalhar o progresso para o todo o Estado, viram na cidade do Rio um bom hospedeiro para se praticar parasitismo.

2.1) Se o socialismo é essencialmente parasita, então isso explica porque, desde a fusão, a gente só teve governos de esquerda na cidade e no Estado, já que o município sustenta o Estado criado por força da integração de Niterói ao Rio, algo que é irreversível do ponto de vista da realidade política da região.

2.2) Se é uma grande verdade que a economia massificada favorece ao aumento da intervenção estatal, a prova disso aqui no Rio é evidente por si mesma: a invasão dos bárbaros se deu de fora para dentro (do interior para a capital). Isso sem contar toda uma invasão vertical que já havia antes, coisa que começou com Pombal: a invasão predatória dos governantes sobre os governados, por conta da centralização administrativa da cidade, que serviu de sede do governo do Reino Unido e do Brasil independente, tanto na monarquia quanto na República. A construção desse aparato administrativo complexo e asfixiante gerou a nefasta querela do estatismo, o eterno conflito entre a classe dirigente (o estamento burocrático) e o povo, tal como bem apontou Faoro em Os Donos do Poder.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2016.

Matéria relacionada:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/09/como-o-centralismo-levou-ao.html

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Quem é a verdadeira extrema direita? Uma análise da realidade

1.1) Para todo aquele que se disser que é de direita - em função do fato de que os moderados se sentavam à direita na Assembléia Nacional Constituinte, nos Tempos da Revolução Francesa -, eu aplicarei a teoria da asserção.

1.2) Pouco importam o que digam: eles conservam o que é conveniente e dissociado da verdade: o desejo de buscar liberdade fora da liberdade em Cristo, algo que é voltado para o nada e fundado no que é material, efêmero, coisa essa que só o dinheiro pode comprar. Por conta disso, estão à esquerda do Pai no seu grau mais básico e, tal como os islâmicos, eles preparam o caminho para que os totalitários - os que estão mais compromissados com a mentalidade revolucionária - assumam o poder de vez, esvaziando toda a essência de nossa civilização, a tal ponto que o mediterrâneo se tornará um verdadeiro lago muçulmano.

2) A verdadeira extrema direita é aquela que está à direita do Pai e que vive à vida na conformidade com o Todo que vem de Deus do modo mais radical - e esse radicalismo se funda no amor e na verdade. Ela não toma o país como se fosse religião, de modo a negar a religião verdadeira - ela toma o país como se fosse um lar em Cristo, pois isto será a escola que os preparará até a pátria do Céu, a Pátria definitiva. Ela não é nacionalista e isolacionista, mas nacionista e universalista, pois Cristo veio para salvar a todos os homens do pecado, uma vez o fenômeno de tomar o país como se fosse um em Cristo é universal e se funda na eternidade. O nacionismo não leva em conta tempo e lugar, mas circunstâncias que melhor favoreçam esse senso, ao longo da História.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2016.

Notas sobre as cores neutras

1.1) O branco é a cor do Todo, da soma de todas as cores.

1.2) Não é à toa que é a cor da paz, da paz que vem de Cristo, vem daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus - e não é à toa que o branco é a cor usada para se referir a uma festa litúrgica, dado que este será o nosso corpo glorioso, uma vez que seremos transfigurados tal como Cristo o foi, quando Este vier pela segunda vez, no dia do Juízo Final.

2) O preto é a cor do Nada, da ausência de todas as cores. É a primeira cor do maligno, pois decorre da ausência de bem.

3) Uma das razões pelas quais Deus permite o pecado é para que aprendamos a conservar a dor de Cristo através do fato de se conservar o que é conveniente e sensato. Por conta disso, o preto - a cor da prudência - é usado em nome do branco, da conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.1) Se a mentalidade revolucionária decorre do vermelho, da cor da ousadia, em nome do branco ela vira coragem e acaba sendo usada na luta contra o mal, uma vez que nós bebemos do sangue de Cristo através do vinho, já que o sangue d'Ele foi derramado por conta daquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.2) Do sangue de Cristo (vermelho, cor da coragem) com o azul do céu, nós temos o roxo, a cor da realeza. E a realeza é por essência imitação de Cristo de modo a servir ao bem comum, uma vez que o pai se sacrifica pelos filhos tal como o pastor se sacrifica pelas ovelhas - e é exatamente por isso que o Rei deixa de ser ele mesmo e passa a ser uma espécie de Cristo para o seu povo, fazendo o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo, tal como vemos em Ourique.

5) Da fusão do preto com o branco, temos o cinza: dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus, é o casamento da bondade com a prudência - e isso implica tomar o país como se fosse um lar em Cristo.

6) Fora desse simbolismo cristológico, da fusão de preto (ausência de cor) com o branco, cor do pacifismo (ausência de guerra), nós temos o cinza, a cor do mornos, dos vazios que se preocupam em conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

7) As nuances do conservantismo são o hedonismo, a luxúria, a avareza, a inveja e outras tantas coisas que me esqueço de citar. E essas nuances são os tons de cinza que são fora da conformidade com o Todo que vem de Deus. E é esta uma das possíveis explicações do título daquele lixo chamado 50 Tons de Cinza, que é um fenômeno da desumanização da literatura, pois tentam corromper as mentes pela imaginação, coisa que nos leva a lembrarmos de Sodoma e Gomorra, assim como do amor livre marxista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2016.

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http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/08/se-o-amarelo-e-cor-da-atencao-entao-e.html

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Notas sobre o significado do laranja, enquanto cor que prepara o caminho para o vermelho, a cor do totalitarismo por excelência

1) Quando se dá muita atenção às coisas do mal, fundadas no pecado original, a cor que costuma se atribuir ao conservantismo é laranja, que é a combinação de vermelho (cor do mal) com amarelo (cor da atenção).

2.1) Uma das marcas desse amor se dá pelo que se conserva conveniente e dissociado da verdade, que é o amor de si - e isso se da através do materialismo e do hedonismo.

2.2) Heréticos como Calvino costumam atribuir à riqueza um sinal de salvação - e o amor ao trabalho, como um acessório que segue a sorte fundada no amor ao dinheiro, é o que marca a ética protestante e o espírito do capitalismo.

2.3) A Holanda, que adota como cor nacional a cor laranja, se tornou o primeiro país da História a seguir essa ética. Os Estados Unidos, ao romper com os valores da Inglaterra, passaram a adotar por modelo essas coisas que vieram da Holanda, já que a principal a cidade deste país, Nova York, foi fundada pelos holandeses, sob o nome de Nova Amsterdam - e não é à toa que o nome "yankee" é uma corruptela de uma palavra holandesa: janker, que é uma espécie de nobreza aburguesada, uma vez que construiu seu poder e influência comprando títulos de nobreza, por meio dessa ética protestante. E foram esses mesmos jankers que fizeram a unificação da Alemanha, coisa que foi liderada pela Prússia.

3.1) Os Estados Unidos adotaram valores conservados convenientes e dissociados da verdade como a base de sua constituição - e isso edifica liberdade para o nada.

3.2) De uma tradição constante de liberdade para o nada vem o relativismo moral, a decadência moral mascarada de progresso material, tecnológico e científico. Da imitação sistemática disso veio a globalização da cultura revolucionária. Desse caminho preparado pelo libertarismo (da liberdade fora da liberdade de Cristo, coisa que é praticada de maneira sistemática) vem o totalitarismo, do qual vem o fascismo (socialismo de nação), o nazismo (socialismo de raça) e o comunismo (socialismo de classe).

3.3) Como disse o Olavo, a mentalidade revolucionária é uma cultura - e o comunismo é decorrência dessa cultura.

4.1) Se o laranja é o último grau da escala de atenção, é porque ele prepara o caminho para o perigo, cujo símbolo é vermelho. E é da liberdade voltada para o nada que se prepara o caminho para o comunismo.

4.2) O comunismo constrói seu poder por meio de crimes. Nos tempos da Revolução Russa, era por meio de roubos e assassinatos; quando atingem o poder, eles usam meios mais sofisticados como corrupção e lavagem de dinheiro. E eles não têm escrúpulos de usar membros de família como laranjas de seus negócios escusos - basta ver o Lula, por exemplo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 2016.

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A verdade sobre esse negócio de combate aos preconceitos

1) Em tempos de combate ao preconceito - pelo menos, é o que costuma ser alegado -, mandar pai e mãe para o banco dos réus sob a alegação de abandono de incapaz, quando estes resolvem educar os filhos em casa e protegê-los da devassidão do mundo, é um verdadeiro preconceito.

2) Esta norma é inconstitucional e fora da conformidade com o Todo que vem de Deus; quando o que é conveniente e dissociado da verdade passa a ser norma e passa a ser uma exigência social, própria do Estado tomado como se fosse religião, então ela vira um odioso preconceito - um preconceito contra a verdade, coisa que vem de Cristo. E quem ama a verdade deve desobedecer a esse conservantismo, pois é insensato.

3) Enfim, como disse o professor Olavo, em nome do combate ao preconceito, fundado no princípio de que verdade conhecida é verdade obedecida, os revolucionários criam preconceitos fundados no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. É algo bem sutil, muito bem mascarado, mas produz algo extremamente nefasto.

4) Por isso que todo aquele que for incapaz de enxergar a verdade contida nas ações humanas será incapaz de dizer o direito, muito menos será capaz agir com justiça. Não é à toa que as faculdades de Direito não fabricam advogados, juízes, promotores - na verdade, eles fabricam ativistas judiciais; ou judiciários, se eles estão ocupando os cartórios.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2016.